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II Seminário Internacional
Qualidade dos Serviços de Acolhimento Institucional ATENÇÃO E APOIO EMOCIONAL AO SOFRIMENTO PSICOSSOCIAL DE CRIANÇAS ACOLHIDAS: O atendimento psicológico individual externo e a ação técnica no cotidiano dos serviços de acolhimento
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A Instituição CRAMI - Centro Regional de Atenção aos Maus Tratos na Infância do ABCD Fundada em 1988 Eixo de atuação: atendimento psicossocial a crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica e exploração sexual, bem como a seus familiares.
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Objetivo do atendimento da instituição:
Missão: Propiciar atendimento psicossocial a crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica e desenvolver ações preventivas que lhes possibilite defesa e proteção incondicional. A proposta institucional é oferecer o tratamento a criança e ao adolescente que tiveram seus direitos violados, bem como o atendimento à sua família, construindo novas formas de se relacionarem.
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O encaminhamento da família à instituição:
A criança o adolescente e sua família, que estejam em situação de violência doméstica, encaminhadas pelo CREAS - Centro de Referência Especializado da Assistência Social para acompanhamento psicossocial.
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A situação de Acolhimento Institucional:
O acolhimento institucional é medida de caráter excepcional e provisório, prevista no ECA para garantir a proteção integral de crianças e adolescentes em situação de risco pessoal ou social ou grave violação.
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A criança e o adolescente em acolhimento institucional: Por que fui acolhida(o)?
Questão perturbadora, da qual a resposta nem sempre é clara, ou faz sentido para a criança e para o adolescente. Por maior que seja a violência no ambiente doméstico, é lá que a criança e o adolescente, geralmente, quer estar.
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Algumas consequências da institucionalização:
Medo; Raiva; Culpa; Comportamento agressivo; Quadro de depressão e ansiedade; Ideações suicidas e homicidas.
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Prejuízos Emocionais:
A institucionalização, principalmente se for prolongada, pode impedir a ocorrência de condições favoráveis ao bom desenvolvimento da criança. A ausência da vida em família dificulta a atenção individualizada, questão importante ao desenvolvimento emocional da criança e do adolescente.
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As Perdas... Os pais que apesar de, na maioria das vezes, serem os agentes violadores de direitos, é a família que ela tem e ama; Do lar; Da individualidade; Da escola; Dos amigos; Da sua vida.
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As Falas... “Eu sinto saudades do cheiro do meu cobertor”
“Por que eu tive que sair de casa, se eu não fiz nada” “Eu não quero voltar a morar com minha mãe. Deixa ela quieta no cantinho dela” “Eu só quero uma família que goste de mim”
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O atendimento: Acolher Flexibilizar (enquadres diferenciados)
Sustentar Ter disponibilidade
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O atendimento: Fundamental e necessário sobreviver aos aspectos destrutivos emergentes pela criança ou adolescente. Para Winnicott (1947): “Se for inevitável que ao analista sejam atribuídos sentimentos brutais, é melhor que ele esteja consciente e prevenido, pois lhe será necessário tolerar que o coloquem nesse lugar”. (p.279) Ver: Winnicott, D.W. O ódio na contratransferência – Da Pediatria à Psicanálise Winnicott, D.W. Sobre “O Uso de um Objeto – Explorações Psicanalíticas
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As dificuldades: Constantes mudanças (de casa, dos cuidadores, de escola); Oscilações técnicas no atendimento; A falta de consenso sobre os processos que envolvem a vida da criança ou do adolescente; A transferência da criança ou adolescente de uma instituição para outra; A descontinuidade dos laços afetivos; Vivências que revitimizam, gerando insegurança, medo e falta de confiança no outro; (Re)construção dos vínculos.
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Desafios: Com a rede: (comunicação prejudicada, desvio do olhar para outras questões, que não a criança e o adolescente) Com a escola: (dificuldades em atender as especificidades da demanda de crianças e adolescentes institucionalizadas, recaindo na responsabilização e estigmatização)
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Desafios: Com a saúde: (medicalização excessiva e/ou inadequada)
Com a família: (vínculos extremamente fragilizados, aliados a crença de que os filhos estão sendo “mais bem criados” no serviço de acolhimento institucional)
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Possibilidades: Importância de um diagnóstico precoce, para a realização de encaminhamentos adequados e também precoce. Fortalecimento dos vínculos familiares (compreensão da dinâmica familiar, retomada dos vínculos, compreender os fatores que levaram o acolhimento). Flexibilidade nos atendimentos com enquadres diferenciados (atenção as especificidades de cada família).
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Importante: Trabalho articulado e complementar.
Capacitação da Equipe Técnica da Instituição de Acolhimento (formação continuada). Investimento no trabalho preventivo. Supervisão (também continuada).
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Remanesceu o meu existir a partir do seu olhar.
E a mim o que restou? Restou! Remanesceu o meu existir a partir do seu olhar. Marjori de Lima Macedo
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E a mim o que restou? Restou! ! Remanesceu o meu existir a partir
do seu olhar. Marjori de Lima Macedo
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