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1 Professor Edley

2 Período Imperial

3 Segundo Reinado

4 Segundo Reinado – Últimas Décadas

5 Política Externa Conflitos Internacionais no Segundo Reinado
Importantes conflitos marcaram as relações internacionais do Brasil durante o Segundo Reinado. Entre elas, destacam-se: – Questão Christie Ligadas ao rompimento das relações diplomáticas entre Brasil e Inglaterra, no período de 1863 a Deveu-se principalmente, à política britânica em relação à escravidão no Brasil e a dois incidentes relacionados com bens e militares ingleses. – Questão Platina Vinculada à preservação dos interesses econômicos e políticos do governo do Brasil na região do Rio do Prata – especificamente nas áreas fronteiriças com Uruguai e Argentina – quando o Império se viu na obrigação de intervir, em duas oportunidades, em assuntos domésticos uruguaios e argentinos.

6 Política Externa Questão Christie Problema da Escravidão
– Guerra do Paraguai Inicialmente um desdobramento da intervenção brasileira no Uruguai, foi um conflito – com distintas interpretações – em que Brasil, Uruguai e Argentina aliaram-se contra o Paraguai, no mais longo e sangrento episódio bélico na América do Sul. Questão Christie Com a perda dos privilégios alfandegários, em 1844 – após a instituição da Tarifa Alves Branco – os ingleses endureceram suas relações com o Governo Brasileiro, o que gerou inúmeros conflitos diplomáticos. A manutenção do Sistema Escravista em nosso país continuou sendo o principal alvo dos ingleses. Problema da Escravidão Com o desenvolvimento do Capitalismo Industrial, a principal potência mundial – a Inglaterra – tinha grande interesse em acabar com a escravidão negra.

7 Política Externa Isso porque, além de possíveis considerações humanitárias, os escravos não podiam participar do mercado consumidor capitalista, pois não recebiam salários. Paralelamente, em tese, o dinheiro que se gastava para comprar escravos deixava de ser empregado na compra de produtos industrializados. Recordemos, então, como foi combatido pela Inglaterra, o sistema escravista implantado no Brasil. Para reconhecer a Independência do Brasil, em 1826, o governo Inglês firmou um tratado com o governo brasileiro, para pôr fim ao Tráfico Negreiro. Sem avanços nesse sentido, os Ingleses conseguiram algum tempo depois, em 1831, a aprovação de uma Lei que declarava Livres todos os escravos trazidos para o país a partir daquela data. Como essa Lei, também não foi cumprida, o Governo Inglês resolveu ele mesmo fazê-las:

8 Política Externa Em 1845, aprovou-se na Inglaterra o Bill Aberdeen – de autoria do ministro Lord Aberdeen – um Ato que autorizava a marinha inglesa a apreender navios negreiros, mesmo em águas territoriais brasileiras. Amparadas por essa Lei, forças navais inglesas invadiram portos do Brasil para caçar navios negreiros e prender traficantes de escravos, mesmo sobre protesto do Governo Brasileiro. As relações entre os dois países ficaram tensas. Para pôr fim a essas pressão inglesa, o Ministro da Justiça do Governo Imperial Brasileiro, Eusébio de Queirós, conseguiu a Promulgação, em 1850, da Lei que recebeu o seu nome, proibindo a entrada no Brasil de Negros Traficados e autorizando a Expulsão dos Traficantes. O Governo Britânico, no entanto, ainda não estava totalmente satisfeito. A extinção do Tráfico Negreiro impedia a conversão de novas levas de populações africanas à condição de escravos, mas ainda havia os negros já escravizados no Brasil.

9 Política Externa Incidentes
Assim, os diplomatas britânicos no Rio de Janeiro passaram a exigir o cumprimento,mesmo que tardio da Lei de 1831: queriam que todos os escravos importados ilegalmente desde aquela data Fossem Libertados. E o Embaixador Inglês no Brasil na época, Willian Christie, passou a denunciar o descumprimento dessa Lei sempre que tomava conhecimento de um caso. Incidentes O mesmo Embaixador Inglês Willian Christie também esteve envolvido em dois incidentes que detonaram o episódio, propriamente dito, da chamada Questão Christie: – Em 1861, o Furto não esclarecido da carga do navio inglês Príncipe de Gales, que havia naufragado próximo à costa do Rio Grande do Sul. Provavelmente, pessoas que viviam próximo à praia, onde parte da carga apareceu, se apoderaram dela;

10 Política Externa Rompimento
– Em 1862, a prisão de três oficiais da marinha inglesa que estavam andando em trajes civis pelas ruas do Rio de Janeiro, embriagados e provocando desordem. Willian Christie exigiu do Governo Brasileiro exigiu uma elevada indenização (3.200 libras) pela carga do navio e a punição dos policiais que haviam prendido os oficias ingleses. Como suas exigências não foram atendidas, ordenou à marinha inglesa que aprisionassem Navios Mercantes Brasileiros. Rompimento A agressão inglesa revoltou parte da população do Rio de Janeiro. Muitos ameaçavam invadir a casa do Embaixador Inglês Willian Christie, bem como os estabelecimentos comerciais de ingleses que viviam no Brasil. Em face das possíveis conseqüências da questão Brasil-Inglaterra, ela foi submetida ao Arbitrariamento Internacional do Rei da Bélgica, Leopoldo I.

11 Política Externa Antecipadamente, D. Pedro II resolveu pagar a indenização referente à carga do navio inglês. Assim, o Arbitramento ficou restrito às demais exigências de Christie e à violência inglesa ao aprisionar navios brasileiros. O Rei Belga pronunciou favoravelmente ao Brasil, cabendo à Inglaterra desculpar-se por violar o território brasileiro. O Governo Inglês, no entanto, recusou a fazê-lo, levando o Imperador Brasileiro a determinar o rompimento das relações diplomáticas do país com a Inglaterra, em 1863. Essas relações foram reatadas apenas em 1865, quando o Governo Inglês, por meio de seu Ministro Edward Thornton, apresentou desculpas oficiais a D. Pedro II. O desfecho da Questão Christie reafirmou a soberania nacional brasileira, reconhecida formalmente pela principal potência da época: a Inglaterra.

12 Política Externa Questão Platina
Desde a época colonial, o Brasil tinha interesses na Região Platina, expressos, por exemplo, nos Tratados de Fronteira com a Espanha e na Guerra Cisplatina. Durante o Segundo Reinado, as preocupações da diplomacia brasileira concentravam-se nos seguintes objetivos: – Garantir o direito de navegação pelo Rio da Prata, formados pela junção dos Rio Paraná e Uruguai – único acesso por água para a província do Mato Grosso, na época; – Impedir que vaqueiros uruguaios atravessassem as fronteiras brasileiras e atacassem as fazendas gaúchas; – Impedir que a Argentina anexasse o Uruguai.

13 Política Externa Esses objetivos levaram o Brasil a participar de duas guerras: – Conta Oribe e Rosas – Presidentes do Uruguai e Argentina, respectivamente – Contra Aguirre – Presidente do Paraguai. Como suposto desdobramento do confronto com Aguirre, o Brasil também participou do conflito com o Paraguai, pois os paraguaios também tinham interesses no equilíbrio geopolítico da região do Rio do Prata, sua única saída para o Mar. Mas vejamos, primeiro, de maneira resumida,os confrontos com Uruguai e Argentina.

14 Questão Platina Intervenção contra Oribe e Rosas (1851-1852)
Após a formação da República Oriental do Uruguai (1828), foram organizados neste país dois partidos: Partido Branco Liderado por Manuel Oribe, que representava os criadores de gado e era ligado aos Argentinos; Partido Colorado Liderado por Frutuoso Rivera, que representava os comerciantes de Montevidéu e era ligado aos Brasileiros. As primeiras eleições Uruguaias foram vencidas por Frutuoso Rivera, em 1828, e seu governo não afetou os interesses brasileiros. Mas em 1834, a situação política Uruguaia inverteu-se.

15 Questão Platina O líder do Partido Branco venceu as eleições e, ao assumir o poder, uniu-se ao Presidente da Argentina, Juan Manuel Rosas, que pretendia anexar o Uruguai ao território Argentino. Essa união entre Oribe e Rosas prejudicava os interesses brasileiros na Região Platina. Alegando que os “blancos” desrespeitavam as fronteira do Rio Grande do Sul e provocavam conflitos com os fazendeiros gaúchos (havia, por exemplo, muito furto de gado na região), o Governo Brasileiro resolver intervir militarmente. E assim, em 1851, para garantir seus interesses econômicos e políticos, aliou-se ao “colorado” Rivera, que lutava contra Oribe desde 1836. O Presidente Argentino Rosas, percebendo no conflito uma boa oportunidade para realizar seu plano de anexação do Uruguai, manteve-se seu apoio a Oribe. Pouco tempo depois, as Províncias Argentinas de Entre-Rios e Corrientes organizaram uma Revolta contra Rosas.

16 Questão Platina Aproveitando-se da situação, o Governo Brasileiro apoiou a luta dessas Províncias, comandadas pelo General Argentino Urquiza. Oribe, Presidente do Uruguai, acabou derrotado com a ajuda das Tropas Brasileiras, comandadas por Caxias (1851). Na Argentina, Rosas também foi derrotado pelas Tropas do General Urquiza, apoiadas pelas Tropas Brasileiras (1852). Depois da Vitória, Urquiza assumiu o poder em seu país.

17 Questão Platina Guerra contra Aguirre (1864-1865)
Durante a década de 1850, o conflito político entre blancos e colorados continuou intenso no Uruguai. E os fazendeiros gaúchos também permaneceram em confronto com os blancos uruguaios, acusados de invadir fazendas e roubar gado no Brasil. Atendendo às pressões dos fazendeiros gaúchos, o Governo Brasileiro fez diversas reclamações ao Governo do Uruguai. Entretanto, o presidente uruguaio Atanásio Aguirre, do Partido Blanco, deu pouca atenção a essas reclamações. Isso fez com que o Governo Brasileiro declarasse Guerra ao Uruguai, em 1864, aliando-se novamente ao Partido Colorado, que nesse momento tinha como principal Líder Venâncio Flores. As Tropas Brasileiras atacaram o Uruguai por Terra, sob comando do General Mena Barreto e, por Mar, sob o comando do Almirante Tamandaré.

18 Questão Platina Em 1865, com o auxílio das Tropas Brasileiras, Venâncio Flores, derrubou Aguirre e assumiu o Governo Uruguaio. Aguirre pediu ajuda ao presidente do Paraguai, Solano López, e os dois estabeleceram uma Aliança Político-Militar que levaria ao início da Guerra do Paraguai.

19 Guerra do Paraguai (1864-1870) Guerra do Paraguai (1864-1870)
Para as autoridades brasileiras da época, o episódio que deu início à Guerra do Paraguai foi o aprisionamento, pelo Governo Paraguaio, do navio brasileiro Marquês de Olinda, em novembro de 1864. A embarcação navegava pelo Rio Paraguai com destino à Província de Mato grosso. Esse aprisionamento foi ordenado por Solano López em represália à invasão brasileira ao Uruguai, com a conseqüente deposição de Aguirre, seu aliado. Como desdobramento do episódio anterior, Brasil e Paraguai romperam relações diplomáticas, e tiveram início as hostilidades militares. Nessa guerra, houve primeiro um Avanço das Forças Paraguaias: Elas invadiram a Província Brasileira de Mato Grosso, em dezembro de 1864, e a Província Argentina de Corrientes, em abril de 1865, com o objetivo de atingir o Rio Grande do Sul e chegar ao Uruguai. Argentina e Uruguai acabaram apoiando o Brasil e formaram a chamada Tríplice Aliança, que lutou contra o Paraguai.

20 Guerra do Paraguai – Isolamento Paraguaio
As causas da Guerra do Paraguai foram interpretada por alguns historiadores, como Leòn Pomer, não apenas como reação aos arroubos autoritários de Solano López, mas também como repulsa ao modelo de desenvolvimento autônomo adotado pelo Paraguai. Nesta interpretação histórica, o modelo de desenvolvimento Paraguaio contrariava os interesses gerais dos capitalistas Ingleses, que preferiam ver os países da região como fornecedores de Matérias-Primas e Consumidores de seus produtos industrializados. Assim, segundo essa interpretação, supõe-se que a Inglaterra tenha fornecido a luta da Triplice Aliança contra o Paraguai e lucrado com a Guerra. Estudos mais recentes confirmam que o Paraguai, desde o Governo de seu primeiro Presidente, José Gaspar Rodrigues de Francia ( ), adotou uma política isolacionista que o diferenciava dos demais países da região.

21 Guerra do Paraguai O isolamento do Paraguai, afastado das Lutas Platinas, implicou o estabelecimento de um tipo de economia no qual o Estado tornou-se regulador de todas as atividades e detentor do monopólio do comércio da erva-mate, da madeira, e do tabaco, os produtos mais significativos da economia nacional. Ao confiscar terras da Elite tradicional, o poder econômico do Estado fortaleceu-se. Nessas terras, organizaram-se as Estancias de La Patria, estabelecimentos estatais arrendados a camponeses ou explorados pelo próprio Estado, nas quais também utilizava mão de obra de Escravos Negros e Prisioneiros.

22 Guerra do Paraguai Os Governos dos sucessores de Francia, os Presidentes Antônio Carlos Lopes ( ) e seu filho Francisco Solano López ( ), buscaram diminuir o grau de isolamento comercial do país, inserindo-o no mercado internacional. No entanto, estudos mais recentes sobre a Guerra do Paraguai, como os do historiador Francisco Doratioto, consideram incorreto atribuir aos interesses Ingleses a razão principal sobre o advento do conflito. Essas novas interpretações enfatizam as motivações geopolíticas específicas dos países beligerantes como as mais importantes causas da Guerra. No caso do Brasil, um dos objetivos era preservar a livre navegação pelo Rio Paraguai garantindo a comunicação maritmo-fluvial entre a Província de Mato Grosso e outras área do Brasil.

23 Versões da Guerra do Paraguai
Enquanto o café seguia sua marcha no oeste paulista e as propostas de abolição gradual da escravatura davam os primeiros passos, um acontecimento internacional iria marcar profundamente a história do Segundo Império. Esse acontecimento foi a Guerra do Paraguai, travada por mais de cinco anos de 11 de novembro de 1864, quando ocorreu o primeiro ato de hostilidades, e 1° de março de ela é conhecida, na América Espanhola, como Guerra da Tríplice Aliança. A guerra constituiu um claro de exemplo de como a história, sem ser arbitrária, é um trabalho de criação que pode servir a vários fins. Na versão tradicional da historiografia brasileira, o conflito resultou da megalomania e dos planos expansionistas do ditador paraguaio Solano López. Membros das Forças Armadas (especialmente do exército), encaram os episódios da guerra como exemplos da capacidade militar brasileira, exaltando os feitos heróicos de Tamandaré, de Osório e, em especial de Caxias. Nas escolas brasileiras, pelo menos até alguns anos atrás, admirávamos estes heróis e olhávamos com desdém par a figura sisuda do barbudo Solano. Atravessando a fronteira, encontramos no Paraguai uma historiografia oposta. O conflito é ali visto como uma agressão de vizinhos poderosos a um pequeno país independente...

24 Versões da Guerra do Paraguai
Na década de 1960, surgiu entre os historiadores de esquerda, como o argentino Leòn Pomer, uma nova versão, o conflito teria sido fomentado pelo Imperialismo Inglês. O Paraguai era um país de pequenos proprietários que optara pelo desenvolvimento autônomo, livrando-se da dependência externa. Brasil e Argentina definiam-se como nações dependentes, baseadas no comércio externo e no ingresso de recursos e tecnologias estrangeiros. Esses dois países teriam sido manipulados pela Inglaterra para destruir uma pequena nação cujo caminho não lhe convinha. Além disso, os Ingleses estariam interessados em controlar o comércio de algodão paraguaio, matéria-prima fundamental para a indústria têxtil britânica. Essa interpretação está muito ligada às concepções decorrentes na esquerda latino-americana das décadas de 1960 e Pensava-se naqueles anos que os problemas do continente resultavam basicamente da exploração imperialista. A Guerra do Paraguai seria um exemplo a mais de como a América Latina, ao longo do tempo, tinham apenas trocado de dono, passando de mãos Inglesas para Norte-Americanas.

25 Versões da Guerra do Paraguai
Nos últimos anos, a partir de historiadores como Francisco Doratioto e Ricardo Salles, surgiu uma nova explicação. Não se trata da última palavra no campo da História, mas de uma versão menos ideológica, mais coerente e bem apoiada em documentos. Ela concentra sua atenção nas relações entre os países envolvidos no conflito. Tem a vantagem de procurar entender cada um desses países a partir de sua fisionomia própria, sem negar a grande influência do capitalismo inglês na região. Chama a atenção, assim, para o processo de formação dos Estados nacionais da América Latina e da luta entre eles para assumir uma posição dominante no Continente.

26 Guerra do Paraguai – A Violência do Conflito
Iniciada em novembro de 1864, a guerra durou cinco anos, terminando em 1870 com a derrota do Paraguai e a morte de Solano López na Batalha de Cerro Corá. A economia do Paraguai foi totalmente destruída pelo conflito. As perdas humanas foram imensas, embora haja divergências entre os estudos históricos que apresentam cálculos sobre o número de mortes. Do Lado Brasileiro, segundo o historiador Francisco Doratioto, foram enviados para a Guerra cerca de 139 Mil Homens, dos quais morreram, aproximadamente, 50 Mil. Do Lado Paraguaio, muito mais vidas foram sacrificadas. De acordo com um estudo (1999) dos historiadores Thomas Whigham e Barbara Potthast, o Paraguai tinha entre 420 Mil e 450 Mil habitantes antes da guerra. Essa população sofreu redução de 60% a 69% com a guerra. Na interpretação de outros historiadores, esses números parecem exagerados. De qualquer forma, a Guerra do Paraguai constituiu-se no Conflito Armado mais sangrento da história Sul-Americana.

27 Guerra do Paraguai – Efeitos Internos
No Brasil, o conflito produziu efeitos que contribuíram para o descontentamento de diversos setores da sociedade brasileira e para a crise do Segundo Reinado. Entre esses efeitos destacamos: – Aumento da Dívida Externa Brasileira As finanças do país foram completamente abaladas em razão dos gastos com a Guerra. Por isso o Brasil passou a depender cada vez mais dos empréstimos obtidos com Banqueiros da Inglaterra, aumentando sua dívida externa; – Fortalecimento do Exército como Instituição Depois da Guerra, o Exército viu-se fortalecido e passou a desempenhar papel político, demonstrando simpatia pela Causa Republicana e posicionando-se contra a Escravidão no Brasil. Isso se explica, de certa forma, porque a maior parte das Tropas Brasileiras era composta de Escravos Negros e Homens Livres e Pobres.

28 Desdobramentos da Guerra do Paraguai
Vejamos outros desdobramentos internos da Guerra do Paraguai, segundo a análise do historiador inglês Leslie Bethel: O custo da guerra deixou uma grande nódoa nas Finanças Públicas do Brasil. Mas essa mesma guerra também estimulou a indústria brasileira – sem chegar a mencionar as fábricas de produtos têxteis (para uniformes do exército) e o arsenal do Rio – e, de alguma maneira, modernizou a infra-estrutura do país. O Recrutamento, o treinamento, o fornecimento de vestuários , de armamentos e o transporte para um Exército tão grande tinham desenvolvido a organização ainda rudimentar do Estado Brasileiro. A Guerra também aguçou as tensões sociais, mas, no saldo final, estimulou a causa da reforma social. Em maio de 1867, D. Pedro II anunciou que, após a Guerra, seriam tomadas medidas para emancipar os Escravos Brasileiros. A Guerra também estimulou a discussão sobre a reforma política do Brasil. Não foi por acaso que o último ano da guerra presenciou o nascimento do Partido Republicano (1870). Finalmente, a Guerra produziu,pela primeira vez no Brasil, um Exército moderno e profissional, interessado em desempenhar um papel político.

29 Abolicionismo

30 Abolicionismo

31 Abolicionismo A Luta pelo Fim da Escravidão
Durante o Século XIX, a escravidão africana atingiu seu ponto máximo no Brasil. De 1801 até meados do Século – quando foi proibida efetivamente a importação de escravos – estima-se que o Tráfico Negreiro tenha trazido para o país cerca de 1,7 Milhão de Africanos. Isso corresponde, aproximadamente, a 42% de todos os africanos obrigados a vir para o Brasil desde o início do Comércio Negreiro, no Século XVI. Nesse período, os escravos africanos foram destinados aos mais diversos setores da vida social e econômica: Fazendas que produziam para o mercado interno (gado, charques, cereais), lavouras de exportação (açúcar, algodão, e principalmente café), serviços urbanos de transporte de pessoas e cargas, comércio nas cidades, serviços domésticos, etc. A escravidão difundiu-se de tal maneira que a propriedade sobre escravos não se limitava a grandes senhores de engenho, fazendeiros e mineradores.

32 Abolicionismo Resistência Negra
Tanto no campo quanto na cidade era grande o número de pequenos escravistas, donos de um, dois ou três escravos, trabalhadores na pequena lavoura, nos serviços de rua ou de casa. Por todas estas características, os escravos marcaram em profundidade os costumes, o imaginário, a cultura e até, através de uma imensa miscigenação, o próprio perfil étnico-racial de nossa população. Resistência Negra Conforme temos estudado, as populações escravas nunca se conformaram com a exploração que sofriam. Por meio de diversas lutas que visavam acabar com a escravidão ou, pelo menos, reduzir sua carga de opressão, os africanos e seus descendentes participaram de Rebeliões, motins e da formação de Quilombos em diversas regiões do país, como Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. Devido à resistência negra, a expansão do escravismo no Século XIX não ocorreu de forma tranqüila, isto é, de acordo com os planos dos grupos sociais escravistas.

33 Abolicionismo Campanha Abolicionista
Além de não estar sempre unidas, de enfrentar periodicamente a contestação do povo livre do campo e da cidade, as elites brasileiras e os escravistas de modo geral tiveram de enfrentar a resistência dos cativos em cada lugar onde a escravidão floresceu. Campanha Abolicionista À resistência negra de sempre somou-se o crescimento do país (após a Guerra do Paraguai ), da campanha abolicionista ( ), isto é, pela libertação dos escravos. Esta campanha conquistou o apoio de vários setores da sociedade brasileira: Parlamentares, imprensa, militares, artistas e intelectuais como Joaquim Nabuco, José do Patrocínio, Raul Pompéia, Luiz Gama e Castro Alves. Para alguns historiadores, a conjuntura econômica internacional também favoreceu a luta pela libertação dos escravos no Brasil. Conforme vimos, o fim da escravidão atendia aos interesses dos industriais europeus, pois ampliava o mercado consumidor de seus produtos, tendo os Ingleses entre seus principais defensores.

34 Abolicionismo Leis Emancipatórias – Lei do Ventre Livre (1871)
O Governo Brasileiro promulgou, ao longo do período da campanha abolicionista, Duas Leis que emanciparam parcelas da população escrava do pais. Vamos a Elas: – Lei do Ventre Livre (1871) Lei que declarava Livre, todos os nascidos de mãe escrava a partir da data da promulgação. Na prática, essa lei teve efeitos perversos, pois os donos de escravos também se sentiram liberados da obrigação de alimentar os filhos de escravas, que seriam “livres”. Supõe-se que isso tenha agravado o descaso com essas crianças, refletindo no aumento da mortalidade entre elas, segundo alguns estudos. A Lei permitia ainda que os escravos, conseguindo dinheiro suficiente, comprassem sua própria Liberdade (Alforria).

35 Abolicionismo – Lei dos Sexagenários (1885)
Lei que declarava Livres os Escravos com mais de 65 anos. Na prática, essa Lei teve pouco alcance, devido ao pequeno número de escravos que conseguiam chegar a essa idade. Ela beneficiou mais os Donos de Escravos, que se viram libertados da obrigação de sustentá-los. Essas leis, que não puseram fim a escravidão, permitiram ao Senhor de Escravos ganhar tempo e adiar ao máximo a abolição definitiva. Desse modo, segundo os proprietários eles poderiam recuperar o capital investido. Por outro lado, essa Leis Emancipatórias também tornaram a Justiça uma nova arena de luta pela liberdade e impulsionaram a campanha abolicionista. Pela primeira vez na História do Brasil, ocorreram manifestações políticas e populares favoráveis à causa da abolição.

36 Os Sentidos do 13 de Maio 13 de maio “Libertação”
Qual o sentido do 13 de maio? Há vários sentidos, dependendo da visão de quem analisa a data. Vejamos os três principais: 13 de maio “Libertação” A data é vista positivamente, como um momento da abolição da escravatura. É comemorada como doação de liberdade da monarquia, representada pela Princesa Isabel, a “Redentora”. 13 de maio “Enganação” A data é vista negativamente, pois a “abolição” legal da escravidão não aboliu efetivamente a opressão sobre o negro. Para substituir esse 13 de maio “Enganação” constrói-se outra data histórica, 20 de novembro, data provável da morte de Zumbi, que se busca comemorar como o Dia da Consciência Negra. 13 de maio “Crítico” A data é vista positivamente, mas sobre novo enfoque. Não se valoriza a “dádiva” da monarquia abolindo a escravidão, mas sim a pressão do movimento popular – incluindo os próprios escravos – exigindo a extinção legal da escravidão. Em vez de doação real, a data é vista como conquista popular.

37 Abolicionismo Abolição da Escravatura
Foi somente em 13 de maio de 1888 que a escravidão foi extinta no Brasil, com a Promulgação da Lei Áurea pela Princesa Isabel. Ela era a Regente do Império na época, substituindo seu pai, D. Pedro II, que estava na Europa em Tratamento de Saúde. População Negra Depois da Abolição Apesar da conquista, a situação social dos negros após a abolição continuou extremamente difícil. Poucos possuíam bens ou dinheiro para trabalhar por conta própria ou condições de obter um emprego melhor. Assim, sem receber qualquer ajuda do Governo, boa parte dos negros continuaram nas fazendas onde viviam trabalhando até então como escravos, e não passaram a ser tratados como cidadãos livres.

38 Abolição Mais de Um Século depois da abolição da escravatura no Brasil, ainda pesa sobre os negros e seus descendentes a herança de mais de Trezentos Anos de Escravidão. Estatísticas recentes mostram que, apesar das conquistas, são eles os mais atingidos pelo problema da miséria, da fome, e da falta de moradia e pelas dificuldade de acesso à educação e saúde. Também recebem, em média, salários mais baixos. Além de todos estes obstáculos, ainda tem de enfrentar a Discriminação e o Preconceito Racial (que ainda existe), o que tem levado as comunidades negras a uma série de Movimentos Reivindicatórios.

39 Fim da Monarquia

40 Fim da Monarquia As Condições que Levaram à Instituição da República
A partir de 1870, teve início o período mais crítico do Segundo Reinado. O Império já não conseguia atender aos interesses de diversos setores da sociedade, muitas vezes em conflitos entre si. No entanto, curiosamente, as distintas insatisfações foram convergindo para uma mesma solução: O Fim do regime Monárquico e a instituição da República. Crise do Império Contribuíram para a Crise do Império, entre outros fatores, o movimento Republicano, os conflitos do Governo Imperial com a Igreja e o Exército e, principalmente o movimento abolicionista.

41 Fim da Monarquia Questão dos Escravos
O encaminhamento da questão dos escravos abalou as relações políticas entre o Governo Monárquico e os Proprietários dos Escravos e de terras. Estes não se conformaram com a Abolição da Escravidão e, sentindo-se abandonados pela monarquia, acabaram por abandoná-la também, depois de terem sido seu principal sustentáculo desde o início do Império. Essa insatisfação não iniciou, no entanto, com o fim do escravismo em já se manifestava pelo menos desde 1871, quando o Governo Imperial propôs a Lei do Ventre Livre. Iniciativa pessoal do Imperador e de seus conselheiros, essa Lei procurou atenuar o problema do “Inimigo Interno do Brasil” – os escravos africanos – pois, percebiam a fragilidade da segurança no país, que mantinha escravizada boa parte da sua população. Os grandes proprietários rurais, porém,não tinham a mesma percepção e não viram com bons olhos a intromissão do Estado nas relações entre Senhores e Escravos. Para eles, o projeto da Coroa tirava a força moral do Senhor, minando sua autoridade e dando aos Escravos apoio legal para aspirarem à Liberdade, pois a legislação previa o direito a Alforria àqueles que pudessem pagar pelo seu preço.

42 Fim da Monarquia Questão dos Escravos
O encaminhamento da questão dos escravos abalou as relações políticas entre o Governo Monárquico e os Proprietários dos Escravos e de terras. Estes não se conformaram com a Abolição da Escravidão e, sentindo-se abandonados pela Monarquia, acabaram por abandoná-la também, depois de terem sido seu principal sustentáculo desde o início do Império. Essa insatisfação não iniciou, no entanto, com o fim do escravismo em 1888. Já se manifestava pelo menos desde 1871, quando o Governo Imperial propôs a Lei do Ventre Livre. Iniciativa pessoal do Imperador e de seus conselheiros, essa Lei procurou atenuar o problema do “Inimigo Interno do Brasil” – os escravos africanos – pois, percebiam a fragilidade da segurança no país, que mantinha escravizada boa parte da sua população. Os grandes proprietários rurais, porém, não tinham a mesma percepção e não viram com bons olhos a intromissão do Estado nas relações entre Senhores e Escravos.

43 Fim da Monarquia Desse modo, ao mesmo tempo em que a Lei de 1871 produziu poucos efeitos práticos para os Escravos, foi o suficiente para desgastar o relacionamento entre Governo Monárquico e os Proprietários de Terras que os apoiavam. Posteriormente, em 1888, com a Abolição da Escravidão, houve o rompimento definitivo entre os Senhores de Escravos e o Governo Imperial. A partir de então, muitos grupos escravistas passaram a apoiar a Causa Republicana.

44 Fim da Monarquia Movimento Republicano
As idéias Republicanas já faziam parte de diversos movimentos, como a Inconfidência Mineira, a Conjuração Baiana, a Revolução Pernambucana e a Confederação do Equador. Mas foi só a partir de 1870 (com o fim da Guerra do Paraguai), que o movimento republicano estruturou-se de maneira concreta. Nesse ano, líderes republicanos do Rio de Janeiro lançaram o Manifesto Republicano, que num de seus trechos declarava: Somos da América e Queremos ser Americanos. Era uma referência ao fato de o Brasil ser o único país que mantinha o Regime Monárquico no Continente Americano. Em 1873 foi fundado o Partido Republicano Paulista, na Confederação de Itu,em São Paulo. Esse partido foi apoiado por importantes fazendeiros de café de São Paulo e logo passou a contar com seguidores no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul.

45 Fim da Monarquia Conflito com a Igreja
Desde o Período Colonial, a Igreja Católica era uma instituição submetida ao Estado, pelo Regime do Padroado. Isso significava, entre outras coisas, que nenhuma ordem do Papa poderia vigorar no Brasil sem antes ter sido aprovada pelo Imperador. Em 1872, no entanto, D. Vidal e D. Marcelo, Bispos de Olinda e de Belém, respectivamente, seguindo ordens do Papa Pio IX, puniram religiosos ligados à Maçonaria. D. Pedro II, atendendo a pedido de grupos maçônicos, solicitou aos Bispos que suspendessem as punições. Como eles se recusaram a obedecer ao Imperador, foram condenados a quatro anos de prisão. A punição gerou grande revolta entre os Católicos. Para superar a crise, os Bispos receberam o perdão Imperial em 1875 e foram libertados, mas o episódio abalou definitivamente as relações entre a Igreja e o Imperador.

46 Fim da Monarquia Conflito com o Exército
Depois da Guerra do Paraguai, o Exército Brasileiro foi adquirindo maior força e expressão política dentro da sociedade brasileira. O Governo Monárquico, no entanto, não se apercebia desta mudança nem a valorizava, porque até então não precisara desse corpo militar organizado para se manter no poder, pois podia contar com a Guarda Nacional, criada em 1831. Nas decisões políticas, o poder dos civis era enorme em relação ao dos militares. Parte dos oficiais do exército não se conformava com a situação e pretendia influir mais ativamente na vida pública, acreditando no patriotismo do exército como meio para conseguir a “salvação nacional”. Eles reivindicaram o aparelhamentos dos quartéis, melhores soldos, etc., mas os políticos tradicionais do Império mantinham o descaso, punindo até mesmo importantes oficiais que tornaram públicas as denúncias de corrupção no Governo ou suas censuras à escravidão. Foi em meio a essa situação que, em 1884, altos chefes do exército (como o Marechal Deodoro da Fonseca) revoltaram-se contra as punições aos oficiais que se expressavam publicamente.

47 Fim da Monarquia Proclamação da República
A oposição de tantos setores da sociedade levou a Monarquia a uma Crise sem precedentes. Percebendo a difícil situação em que se encontrava, o Gabinete Imperial apresentou à Câmara dos Deputados, em meados de 1889, um programa de reformas políticas de cunho Republicano, que incluía Liberdade Religiosa e de Ensino, autonomia para as Províncias e mandato temporário para Senadores. Essa reformas chegaram, porém, tarde demais. O caminho para a Instauração da República já estava traçado. Em 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca assumiu o comando das Tropas Revoltosas contra o Governo Monárquico e ocupou o Quartel-General do Rio de Janeiro. O Gabinete Imperial foi Deposto.

48 Fim da Monarquia O Ministro da Justiça e o Chefe de Gabinete foram presos. Naquela noite, constituiu-se o Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil. D. Pedro II, que estava em Petrópolis durante esses acontecimentos, recebeu, no dia seguinte, um Documento do Novo Governo solicitando que Se Retirasse do País. Em 18 de dezembro de 1889, o Imperador Deposto embarcou com a Família para a Europa. Tinha Início a História Republicana no Brasil.

49 Referência Bibliográfica
COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral: Volume 2 – 1ª edição – São Paulo, Saraiva, 2010. FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo, Edusp, 1995. MOTA, Carlos Guilherme. Brasil em Perspectiva. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1990. SILVA, Arlenice Almeida da. As Guerras da Independência. São Paulo, Ática, 1997. Google Image Wikipedia

50 Professor Edley


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