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Monteiro Lobato Algumas observações
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Dados bibliográficos 1882, Taubaté; 1948, S. Paulo
José Renato Monteiro Lobato, ainda jovem muda seu nome para José Bento Desde pequeno muito afeito às leituras Estudou Direito na USP
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1911 – morre o avô, herdando a fazenda de Buquira
A experiência como fazendeiro traz elementos para a concepção de Jeca Tatu 1918 – compra a “Revista do Brasil” e cria a primeira editora brasileira: Monteiro Lobato & Cia.
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Publica seus primeiros livros: Urupês (1918), Cidades mortas (1919) e Idéias de Jeca Tatu (1919)
Após a falência de sua editora ingressa na diplomacia e, em 1926, vai trabalhar em Nova York, permanecendo ali por 5 anos.
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Impressionado com o desenvolvimento americano, retorna ao Brasil disposto a encabeçar uma campanha para a modernização do país. Ajudou a fundar a Companhia Editora Nacional e a Editora Brasiliense (esta publicou suas obras completas em 1945).
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1946 – foi viver na Argentina, onde deu continuidade ao seu trabalho como editor e onde seus livros foram traduzidos e publicados com grande sucesso. 1947 – retorna ao Brasil, vindo a morrer no ano seguinte.
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Obra Autor consagrado pelas obras infantis
Na literatura adulta foi um ícone da denúncia social Em 1914 publicou artigo sob o título “Uma velha praga”, em que trata da pobreza e falta de cultura do caboclo, destacando que jamais teria participação no desenvolvimento do país enquanto vivesse na profunda miséria em que se encontrava mergulhado o homem do campo; denuncia também a prática da queimada.
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Idéias de Jeca Tatu – apresenta a situação dos trabalhadores do campo
A partir da década de 20, passa a dedicar-se às obras infantis. Surgem personagens como Pedrinho, Narizinho, Emília e Visconde verdadeiras referências à infância do autor.
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1921 – publica “A menina do narizinho arrebitado”
1933 – “Histórias do mundo para crianças”, onde D. Benta conta a história da humanidade para seus netos de maneira didática e agradável.
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Em “Emília no país da gramática”(1934), a língua é um país habitado por sílabas, pronomes, etc.
1939 – “O picapau amarelo” descreve um lugar no qual vivem todos os personagens do mundo dos contos infantis.
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O grande mérito de Monteiro Lobato talvez tenha sido reunir harmoniosamente distintos elementos do mundo infantil, extraídos ou não da realidade, quais sejam: as brincadeiras infantis, a vida ao ar livre da fazenda, a presença da avó, a tia quituteira, as fábulas, as lendas e contos maravilhosos, etc.
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E não só do universo infantil: convivem num mesmo sítio personagens consagradas pela literatura universal, mitologia antiga, folclore brasileiro e inumeráveis aspectos da riqueza cultural da humanidade numa incomparável transcendência no tempo e nos espaços.
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A criança lobatiana é inteligente, perspicaz, curiosa, criativa, vive em harmonia com o adulto, comparando a visão deste ante a realidade com as experiências por ela vividas. Ainda que harmoniosa a relação adulto-criança, o primeiro é colocado sob o espectro da visão excludente entre realidade e fantasia. Já a criança lida melhor com as idas e vindas entre o imaginário e o concreto.
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