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PRÁTICAS DOCENTES EM UMA TURMA MULTISSERIADA DE 1ª À 4ª SÉRIES DA EJA

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Apresentação em tema: "PRÁTICAS DOCENTES EM UMA TURMA MULTISSERIADA DE 1ª À 4ª SÉRIES DA EJA"— Transcrição da apresentação:

1 PRÁTICAS DOCENTES EM UMA TURMA MULTISSERIADA DE 1ª À 4ª SÉRIES DA EJA
AUTORA DO TCC: GISLANE LUIZA NORONHA FREITAS [1] ORIENTADORA DO TCC: MARIA AUXILIADORA VILELA PAIVA [2] [1] Professora, Escola Municipal Feu Rosa, Serra, ES. [2] Educacdora Matemática, Prfª Dr.ª, Instituto Federal do Espírito Santo, Vitória, ES. 1. INTRODUÇÃO Eu também faço parte deste grande grupo de brasileiros que não teve acesso aos sistemas organizados de educação na época dita certa. Embora tenha concluído minha educação básica na idade que todos deveriam terminar, não consegui entrar em um curso superior logo sem seguida. Motivos alheios à minha vontade me fizeram adentrar no mercado de trabalho antes de uma formação superior. Minha trajetória profissional foi sendo modificada de acordo com as oportunidades que surgiam, o que foi importante para que eu fosse construindo minha formação a partir de minhas vivências e, consequentemente, minhas experiências. Essas experiências foram diversas, passando pelo contato com administração de empresas e com a área de saúde, até que a aproximação com a educação surgiu quase que naturalmente, fazendo aflorar um sentimento e uma vontade que eu mesma não sabia que existiam. Essa relação me levou a cursar pedagogia, enfim eu começava uma graduação, e me aproximar da grande diversidade que está inserida na educação. Aproximei-me um pouco mais da educação infantil e da educação especial, nas quais foquei minha pesquisa de conclusão de curso de graduação. É também na educação infantil que se concentram minhas maiores experiências profissionais. Minha entrada na especialização PROEJA fez aproximar-me mais uma vez da diversidade, desta vez com a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a educação de jovens e adultos nessa confluência com a educação profissional e a educação básica. Essa trajetória de aprendizagem culmina nesta pesquisa de conclusão de curso que busca relacionar as aprendizagens que tive durante o curso, meus desejos de pesquisadora em formação, minha experiência com séries iniciais da educação básica e, como não poderia deixar de ser, meus diálogos com colegas, professores e minha orientadora. Esses fatores influenciaram na definição do objetivo geral de pesquisa como: levantar algumas estratégias utilizadas por uma professora em uma turma multisseriada de 1ª à 4ª séries da EJA. E mais especificamente: • Analisar o material didático utilizado pela professora; • Levantar estratégias utilizadas pela professora a partir de seu ponto de vista ao trabalhar com leitura e produção de textos; • Levantar estratégias utilizadas pela professora ao trabalhar com leitura e produção de textos a partir do ponto de vista de estudantes. Neste pôster concentramo-nos nos dados obtidos no material didático. O material utilizado pela professora é a coleção “É bom aprender: educação de jovens e adultos”, livro selecionado no primeiro PNLD-EJA, promovido pelo MEC. São três volumes e nos limitamos a analisar a seção de Língua Portuguesa. Pudemos perceber em várias situações que o material didático utilizado não está condizente com o momento vivenciado por eles. Exemplificamos algumas dessas situações. A primeira delas é relativa a uma sugestão de leitura. FIGURA 1. Texto para leitura, livro 1, p.50 e 51. O texto selecionado não leva em conta a valorização dos conhecimentos prévios. Não há relação com situações que possam ter sido vividas anteriormente pelos estudantes jovens e adultos, embora se trate de contos populares. Os personagens e as situações trazidas são bastante infantilizadas o que vai de encontro a um tratamento apropriado a sujeitos adultos. A orientação inicial se inicia com uma afirmativa: “os contos populares encantam pessoas de todas as idades”, sem uma sugestão de lembranças anteriores sobre contos conhecidos, ou seja, o diálogo não é priorizado, o que nos remete a Freire quando diz que [...] não é possível o diálogo entre os que querem a pronúncia do mundo e os que não a querem; entre os que negam aos demais o direito de dizer a palavra e os que se acham negados deste direito. É preciso primeiro que, os que assim se encontram negados no direito que, os que assim se encontram negados no direito primordial de dizer a palavra, reconquistem esse direito, proibindo que este assalto desumanizante continue. (FREIRE, 2005, p.91) 2. metodologia A pesquisa em questão é de caráter qualitativo de levantamento. Qualitativa porque envolve uma abordagem interpretativa e naturalística para o assunto, visando observar, escutar, julgar, enfim compreender situações e contextos que contribuem com a aprendizagem de estudantes jovens e adultos. A pesquisa é de levantamento porque se baseia em busca de informações junto a um grupo de pessoas relacionado com o problema investigado, neste caso estudantes jovens e adultos e professora de uma turma de alfabetização da EJA. Além disso, são analisados materiais didáticos, mais especificamente o livro de apoio que o professor utiliza como matriz para reprodução de materiais para os alunos. A escola escolhida para a pesquisa está localizada no bairro Parque das Gaivotas, município de Vila Velha. A turma multisseriada possui 15 estudantes de forma bastante heterogênea, principalmente em termos de idade, marca da EJA em nosso país, possuindo estudantes com idades variando de 15 a 70 anos. São estudantes que pararam de estudar em situações diferentes, no entanto com histórias bem parecidas, na maioria das vezes para trabalhar. A turma é multisseriada, ou seja, possui estudantes não alfabetizados e semialfabetizados. A professora da turma tem formação de magistério há 16 anos, e concluiu pedagogia a 4 anos e trabalha com turma de EJA há 3 anos. Para essa pesquisa foram utilizados como instrumentos de coleta de dados: questionários para alunos, entrevista com professora e análise de livro didático. Diversas outras situações semelhantes podem ser encontradas no livro, situações que desconsideram a condição de não criança dos educandos, a maioria delas se esquecendo, como bem diz Freitas (2011), que é importante considerar que diferentemente do ensino de crianças para o qual pode ser necessário antecipar a experiência objetiva pelo uso da imaginação, a experiência do adulto já está lá esperando para ser apropriada. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS As diversas interações feitas no movimento de pesquisa nos ajudaram a concluir que ainda há um grande caminho a ser percorrido tanto no processo de formação de professores quanto na produção e utilização de materiais didáticos que sejam apropriados para Educação de Jovens e Adultos. A aproximação da prática docente, a ação de ouvir os alunos e, sobretudo, o acesso ao livro didático utilizado pela professora nos mostra um desrespeito às especificidades da EJA, não valorizando saberes previamente construídos e não dando espaço para o estabelecimento de diálogos. aGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a DEUS e aqueles que me ajudaram a realizar este trabalho; à minha orientadora, Maria Auxiliadora, pelo carinho e dedicação que a mim foi proporcionada na condução dessa pesquisa; às minhas filhas, Bruna, Cássia, Isabela e Simone; em especial o meu marido e companheiro Rony por apostar nos meus sonhos; aos meus amigos que sempre respeitaram a minha ausência e sempre me incentivaram 3. Resultados e discussão Como dito anteriormente, a intenção desta pesquisa foi LEVANTAR ALGUMAS ESTRATÉGIAS UTILIZADAS POR UMA PROFESSORA AO TRABALHAR COM UMA TURMA MULTISSERIADA DE 1ª À 4ª SÉRIES DA EJA. Na tentativa de chegar a respostas fizemos as análises em três momentos. Começamos pelo livro didático utilizado pela professora como matriz para reprodução de materiais para os alunos; trouxemos os dados coletados por questionários respondidos pelos alunos na tentativa de compreender histórias de vida e necessidades dos estudantes e por fim os dados coletados na entrevista feita com a professora. Utilizamos para a análise três categorias: 1) valorização dos conhecimentos prévios os estudantes, 2) respeito às necessidades específicas de estudantes jovens e adultos e o 3) diálogo. REFERÊNCIAS FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 46ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005. FREITAS, Rony C. O. Educação Matemática na Formação Profissional de Jovens e Adultos. Curitiba: Appris Editora, 2011.


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