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TEMA: FRAGILIDADE E INSTABILIDADE FINANCEIRA

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Apresentação em tema: "TEMA: FRAGILIDADE E INSTABILIDADE FINANCEIRA"— Transcrição da apresentação:

1 TEMA: FRAGILIDADE E INSTABILIDADE FINANCEIRA
ECONOMIA FINANCEIRA E DESENVOLVIMENTO TEMA: FRAGILIDADE E INSTABILIDADE FINANCEIRA ALUNAS: LARISSA BENJAMIN – RA: MAYARA GARCIA – RA: YARA COMMAR CURIA – RA:

2 COMO NASCE A FRAGILIDADE FINANCEIRA E QUAL A TRAJETÓRIA MAIS PROVÁVEL AO SISTEMA?

3 A relação inevitável entre crescimento e endividamento, aliada à possibilidade, sempre presente, de que este resulte em crise financeira é a essência da "hipótese de fragilidade financeira" de Minsky. A fragilidade inerente ao crescimento nas economias de mercado reside no fato de que, a atividade econômica e as relações financeiras que a viabilizam, derivam e dependem de um "sistema de confiança". Este envolve, de um lado, as expectativas de renda futura daqueles que assumem dívidas (empresas, famílias e instituições financeiras, além do governo) e, de outro, as expectativas de retorno-risco daqueles que adquirem estes ativos (outra empresas, famílias e instituições financeiras).

4 O problema é que as expectativas que motivam (ou não) a emissão e aquisição de dívidas são em parte baseadas em avaliações objetivas e, no que Keynes chamou de "otimismo [ou pessimismo] espontâneo". O pagamento regular das dívidas depende da confirmação dessas expectativas e, em economias de mercado, não há qualquer garantia neste sentido. Nas palavras de Minsky: “Tal economia capitalista é instável devido a forças endógenas que refletem os processos de financiamento. Esses processos transformam um sistema tranqüilo e relativamente estável em um no qual a contínua expansão acelerada de dívidas, investimentos, lucros e preços é necessária para prevenir uma profunda depressão.”

5 Quando as expectativas dos agentes não se concretizam, cresce a inadimplência no crédito e/ou desvalorizam-se os títulos negociados no mercado. Em condições normais, esta frustração de expectativas pode resultar em uma simples desaceleração da atividade econômica. A situação se agrava, porém, se as dificuldades de pagamento persistirem. Com esse cenário, os bancos são obrigados a ajustarem seus balanços, por exemplo, elevando as exigências de capital, de provisões contra crédito, etc. Essa crise de crédito pode dar origem à uma crise de confiança (com aumento da preferência por liquidez em detrimento dos ativos financeiros), configurando, assim, uma quadro de crise financeira.

6 Se tal tendência não for rapidamente contida por uma política macroeconômica que restaure a confiança, desencadeia-se um "comportamento de manada", pelo qual, mesmo aqueles que ainda não têm razões objetivas para se desfazer de ativos, tornam-se também vendedores apressados, apenas porque os que já sofreram perdas estão agindo assim. Esta prevenção individual, porém, em vez de proteger os portfólios, acaba por levar à deflação de ativos, espalhando a crise. Nessa estrutura, as crises estariam relacionadas às expectativas frustradas levando a um sobre-endividamento, retração de crédito pelos bancos, queda no investimento, corridas bancárias e fragilização do sistema financeiro.

7 A DECISAO DE INVESTIMENTO
A decisão fundamental de uma firma é como financiar sua necessidade de capital, quanto através de seus próprios recursos e quanto através de empréstimos. Essa decisão define o tamanho da firma e a taxa de crescimento de seus ativos e vendas. Dois tipos de risco afetam o volume de investimento realizado por uma firma: o do tomador e o do emprestador. O primeiro se refere as dúvidas que o tomador tem de que ganhar os rendimentos que espera, e o segundo trata de um padrão moral ou insuficiência da margem de segurança devido a possibilidade de decepção da expectativa sobre o pagamento do empréstimo.

8 O risco do tomador tem dois lados: primeiro, em um mundo de incerteza, onde os ativos e firmas podem diferir muito, um agente avesso ao risco deve diversificar sua carteira de ativos. Segundo, o tomador vê as dívidas a serem pagas com certeza e os rendimentos potenciais como incertos, diminuindo sua taxa de segurança. Assim, ele diminui a taxa de capitalização que aplica a seus próprios recursos. O risco do emprestador pode aparecer explicitamente nos contratos, através de um acréscimo sobre as obrigações de pagamentos de dívidas, seja na forma de maiores taxas de juros, menores prazos, restrições ao pagamento de dividendos e limites de crédito que impeçam a contratação de novas dívidas, seja através da exigência de garantias ou colaterais. Tais exigências aumentam, à proporção em que se amplia a razão entre as dívidas e os recursos próprios, o que é uma medida de fragilidade financeira.

9 curva Qi representa os financiamentos internos que a firma espera que estarão disponíveis em um determinado período (que é independente dos níveis de investimento da firma). PI é o preço de oferta do ativo de capital, que é determinado pelos produtores desses ativos O montante de investimento que pode ser financiado pela firma é: Îi = Qi/Pi. . Se a quantidade de investimento desejada é maior que Î, então a firma terá um débito a ser financiado com pagamento futuro. A firma capitaliza seus recursos a uma taxa K. Para o investimento acontecer é necessário que Pk≥Pi, ou seja, que o preço de uma unidade de capital seja maior ou igual ao preço de uma unidade de investimento.

10 Sendo assim, o nível de investimento é determinado pela interseção da curva de demanda, que compreende o risco do tomador, com a oferta efetiva de bens de capital – que incorpora o risco marginal do emprestador, levado em conta que uma unidade adicional de dívida pode elevar o risco de todo o montante de financiamentos concedidos. O vínculo entre os preços do produto corrente, da demanda por investimento e dos bens de capital atua na geração de instabilidades endógenas, nas instabilidades financeiras.

11 A TRAJETÓRIA Dentro do arcabouço teórico desenvolvido por Minsky, a possibilidade ciclos econômicos, isto é, a passagem de um período de expansão, para um boom e a reversão para uma crise financeira, levando a uma recessão e eventualmente a um processo de deflação e depressão, é unicamente um resultado natural do processo capitalista. Além dos elementos apresentados anteriormente, tais quais os lucros, as expectativas e a dinâmica dos dois preços na determinação do investimento, as posturas financeiras prevalecentes na economia são os ingredientes adicionais na dinâmica do sistema.

12 Uma realidade última em uma economia é o conjunto de balanços inter-relacionados entre as várias unidades. Alguns itens no balanço criam fluxos de caixa. Fluxos de caixa são resultado de : (1) rendimento de produção do sistema (salários, impostos e não-corporativos financeiros); (2) estrutura financeira (juros, dividendos, rendas e reembolsos de empréstimos); As transações em rubricas do balanço geram fluxos de caixa que afetam, também, o preço de mercado de tais ativos. Esta capacidade de gerar fluxos de caixa com a venda de um ativo sem grandes concessões de preços mede a liquidez do ativo.

13 Sempre que, como resultado de uma melhoria de confiança e do crédito, a alavancagem de investimento aumenta, os proprietários do estoque herdado de bens de capital, cuja responsabilidade é compatível com a estrutura de um estágio anterior de confiança, encontram-se com uma margem não-utilizada de “empréstimo poder”. Esta margem é boa e, fornecer uma base para expansão de propriedade dos bens de capital. Um aumento na confiança e no estado de crédito é equivalente quanto ao seu efeito sobre o potencial de financiamento da dívida de investimento para a melhoria do rendimento atual;

14 Os banqueiros podem ser especuladores, assim como os empresários
Os banqueiros podem ser especuladores, assim como os empresários. Eles estão sempre especulando em sua capacidade de refinanciar as suas posições de ativos como os levantamentos de depósitos. Especulam também sobre a composição de seus ativos. Durante booms banqueiros compram de volta a capacidade de empréstimo com a venda de sua carteira de investimento para as famílias. O efeito de substituições de carteira é gerar, no agregado e no curto prazo, uma curva de oferta elástica de finanças. Como se desenvolve um boom, a curva de oferta de financiamento da substituição da carteira é absorvida, e a curva de oferta de financiamento pode tornar-se menos elástica.

15 Isso significa que na fase inicial de crescimento, condições de financiamento não mudam muito até que a dívida-financiamento se expanda rapidamente. Em fases posteriores ao do crescimento, condições de financiamento podem subir abruptamente. Assim o progresso de um boom vê experimentação em três níveis: As empresas se engajam mais fortemente no financiamento da dívida; Empresas e famílias cortam o dinheiro e o líquido de ativos, respectivamente, em relação a sua dívida; E os bancos aumentam os seus empréstimos à custa das detenções de títulos, especialmente da dívida pública.

16 A especulação tem três aspectos:
Os proprietários de capitais de ativos especulam por dívidas de financiamento de investimento e as posições no estoque de bens de capital; Os bancos e outras instituições financeiras especulam sobre o mix de responsabilidades que eles devem; E as empresas e famílias especulam sobre os ativos financeiros de sua propriedade e sobre como eles financiam suas posições nesses ativos. Durante um boom a demanda especulativa por moeda diminui e portfólios tornam-se mais fortemente ponderados com posições de dívida financiada. Os proprietários de bem de capital cometem parcelas maiores de seus fluxos de caixa esperados em operações de formulário. Os bancos aumentam a sua propriedade de empréstimos às custas de investimentos,por gestão de passivos aumentam a sua escala de investimentos, e por gestão de responsabilidade aumentam a sua escala de operações para as reservas de dinheiro.

17 Outras instituições financeiras também aumentam a sua escala de operações buscando ativamente fundos. Famílias e empresas substituem os ativos não-financeiros de dinheiro para o dinheiro como suas reservas líquidas. Como um boom desenvolve famílias, empresas e instituições financeiras, estas são obrigadas cada vez mais a se aventurar em atividades de tomada de posições. Quando o limite de sua capacidade de tomar emprestado de um para pagar o outro é atingido, a opção é ou vender alguma posição ou levar a um impasse no que se refere a aquisição de ativos.

18 Como os efeitos da dívida-deflação desgastam, como ocorre o desinvestimento e as posições financeiras são reconstruídas durante a fase de estagnação, uma recuperação e expansão começa. Uma recuperação começa com lembranças fortes da sanção extraída por causa de posições passivas expostas durante a deflação da dívida e com estruturas de responsabilidade que foram removidos da dívida. Estabilidade - mesmo de uma expansão - é desestabilizadora ao passo que se o financiamento mais aventureiro de investimentos vale a pena para os líderes, os outros os seguem. Assim, uma expansão, em ritmo acelerado, alimentar o boom.

19 Para Minsky, o gasto do governo poderia ao menos atenuar a queda no fluxo de lucros resultante do declínio do investimento, ou da reversão de expectativas excessivamente otimistas, e dessa forma, dar suporte ao preço dos bens de consumo. Contudo, o governo não é capaz de conter a instabilidade. Ele também acredita que o governo (Big Government) e um banco central ativo (Big Bank) são os dois grandes ‘estabilizadores’ necessários ao bom funcionamento da economia. O motivo pelo qual as economias capitalistas foram capazes de escapar das implicações catastróficas da instabilidade financeira é porque, na crença de Minsky, tais estabilizadores foram suficientemente hábeis em manter a economia no limiar de um eventual colapso.

20 Concluindo: A partir dessa trajetória, pode-se extrair a visão de um setor público atento com uma estrutura institucional que incentive o setor privado, privilegiando o bem-estar da população e dificultando a emergência endógena de crises financeiras mais severas. O Estado deve funcionar como um ‘sistema preventivo’. Estando ciente do caráter eminentemente instável do sistema capitalista, a mensagem de Minsky é que a sociedade deve perseguir o desenvolvimento e manutenção de instituições e de políticas que assegurem uma ‘‘good financial society’ (uma “boa sociedade financeira“), em que a tendência por parte das empresas e banqueiros em se engajar em finanças especulativas é limitada.


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