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As Realidades Actuais da Economia Chinesa Sedes e Fórum para a Competitividade Lisboa, 6 de Março de 2006 Luís Mira Amaral Administrador Sociedade Portuguesa.

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1 As Realidades Actuais da Economia Chinesa Sedes e Fórum para a Competitividade Lisboa, 6 de Março de 2006 Luís Mira Amaral Administrador Sociedade Portuguesa de Inovação Professor Catedrático Convidado DEG IST miraamaral@spi.pt China: Ameaças e Oportunidades para Portugal

2 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 2 1.A dinâmica do comércio internacional e a emergência da China 2.Os modelos de desenvolvimento económico da Índia e da China 3.O crescimento económico chinês e o peso da China no comércio internacional 4.China, a fábrica do mundo 5.A relação US Dólar - Yuan 6.As estratégias das empresas ocidentais 7.O Marketing dos bens de consumo para o mercado chinês 8.A China e a OMC 9.Riscos e incertezas 10. As marcas chinesas globais Índice ÍNDICE

3 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 3 Índice 11. Os clusters 12. Os start-ups tecnológicos 13. A capacidade de gestão na China 14. O governo das empresas chinesas 15. As empresas públicas 16. O sector bancário 17. O sector automóvel 18. A industria dos componentes para automóveis 19. A China e o automóvel eléctrico 20. O sector electrónico ÍNDICE

4 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 4 Índice 21. A industria química e petroquímica 22. O turismo 23. A publicidade 24. Os mercados de capitais 25. O meio ambiente 26. Os parceiros comerciais da China 27. A China e as empresas portuguesas – Têxteis, vestuário e calçado 28. As oportunidades para as empresas portuguesas: A experiência da SPI na China 29. A cultura de negócios na China: Barreiras e realidades. A experiência da SPI 30. Conselhos práticos para as empresas portuguesas ÍNDICE

5 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 5 No comércio internacional e na economia global, estão a emergir um conjunto de novos e dinâmicos players, nomeadamente os que englobam os chamados BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China). Destes BRICs é de salientar os casos especiais da Índia e da China. É provável que a China ultrapasse os EUA em 2041 como maior economia mundial e que a Índia ultrapasse o Japão em 2032. Segundo os economistas da Goldman Sachs, o PIB em dólares dos BRICs ultrapassará em 2039 o do G6 – França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e EUA. Se assim acontecer, daqui a 50 anos apenas os EUA e o Japão, dos actuais G6, estarão entre as 6 maiores economias mundiais. 1. A dinâmica do comércio internacional e a emergência da China A DINÂMICA DO COMÉRCIO INTERNACIONAL E A EMERGÊNCIA DA CHINA

6 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 6 Os BRICs que têm actualmente um PIB de cerca de 15% do PIB do G6, terão em 2025 uma produtividade que será 50% do G6 mas, em termos de rendimento per capita, mesmo daqui a 50 anos ele ainda será menor que o do actual G6. 1. A dinâmica do comércio internacional e a emergência da China A DINÂMICA DO COMÉRCIO INTERNACIONAL E A EMERGÊNCIA DA CHINA

7 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 7 A China começou o seu takeoff por volta dos anos 1980. A China usou a sua enorme poupança interna para construir a sua infraestrutura e recorre ao investimento directo estrangeiro (IDE) para construir fábricas e para ganhar o expertise necessário. A Índia começou a sua descolagem económica 10 anos depois da China, estando a transformar-se num grande centro de competências à escala mundial, nas indústrias baseadas na economia do conhecimento, tais como software e serviços de alta tecnologia. Contudo, a qualidade das infraestruturas – estradas, ferrovias, água, electricidade, ainda é fraca e o IDE é inferior ao caso chinês. 2. Os modelos de desenvolvimento económico da Índia e da China OS MODELOS DE DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO DA ÍNDIA E DA CHINA

8 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 8 Assim, os dois modelos de desenvolvimento são diferentes: o chinês resultou duma estratégia intencional do Estado, ao passo que na Índia aconteceu mais pelas forças de mercado. Bem se poderá dizer que com a China e a Índia se repete a história dos dois modelos de capitalismo descritos pelo economista francês Michel Albert no seu livro Capitalismo contra Capitalismo 2. Os modelos de desenvolvimento económico da Índia e da China OS MODELOS DE DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO DA ÍNDIA E DA CHINA

9 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 9 A Índia segue o modelo de capitalismo anglo-saxónico com um governo menos intervencionista ao passo que a China alinha com o modelo de capitalismo renano – próprio da Alemanha e do Japão em que o Estado é mais intervencionista na economia, dirigindo a actividade económica, investindo nas infraestruturas e decidindo muitas vezes quais as companhias que vão receber fundos públicos e que se podem financiar nos mercados de capitais locais, onde o governo intervêm. Pelo contrário, a menor intervenção estatal indiana abre mais o espaço para os empresários e para o florescimento do empresariado local feito por novos players. Tudo isto explica o tipo de empresas que florescem numa e noutra economia. Nem todas as indústrias terão vantagens comparativas na China. 2. Os modelos de desenvolvimento económico da Índia e da China OS MODELOS DE DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO DA ÍNDIA E DA CHINA

10 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 10 A Índia tem vantagens em segmentos que não requerem grandes infraestruturas físicas e que não são travados por pesadas regulamentações e restrições governamentais, tais como: - serviços de SW - concepção e design - call-centers - serviços de auditoria e contabilidade Aqui, com a ajuda de recursos humanos fluentes em inglês, a Índia tem claramente vantagem. Mas actividades manufactureiras de processo just-in-time que necessitem de estradas e ferrovias eficientes não terão vantagens na Índia. 2. Os modelos de desenvolvimento económico da Índia e da China OS MODELOS DE DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO DA ÍNDIA E DA CHINA

11 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 11 Tudo isto é particularmente evidente no sector automóvel. O sector desenvolveu-se na China como resultado do IDE, ao passo que na Índia tal foi feito pelo empresariado local com concepção e design próprios que possibilitaram o desenvolvimento duma industria automóvel nacional que tem também componentes electrónicos e mecânicos de alto valor. Assim, a Índia tem uma produção que depende mais do know- how do que de infraestrutura física. Em suma, embora os chineses não tenham falta de espírito empreendedor e de capacidade empresarial, tal é prejudicado ainda por mercados de capitais ineficientes, um sistema bancário com muito crédito mal parado e pela regulação e intervenção governamental em que muitas vezes os burocratas, em vez das forças de mercado, decidem quem é financiado. 2. Os modelos de desenvolvimento económico da Índia e da China OS MODELOS DE DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO DA ÍNDIA E DA CHINA

12 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 12 Criação de riqueza em pouco tempo num ciclo inédito de crescimento económico na história da Humanidade Crescimento económico de ordem dos dois dígitos nos últimos 20 anos; 9.7% em 2004 Crescimento sem preocupações ambientais e com grandes desigualdades sociais Esse crescimento está a redesenhar os fluxos económicos mundiais: energia, matérias primas, moedas. A China começa assim a fazer pelo lado da procura uma grande pressão nos preços da energia e das matérias primas, como a indústria ocidental e europeia já está a sentir (Portugal inclusivé). 3. O crescimento económico chinês e o peso da China no comércio internacional O CRESCIMENTO ECONÓMICO CHINÊS E O PESO DA CHINA NO COMÉRCIO INTERNACIONAL

13 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 13 O comércio externo cresceu em média cerca de 15% por ano no mesmo período. Em 2002, a China tornou-se no primeiro país a atrair mais IDE que os EUA (53.2 b USD para a China contra 52.7 b USD para os EUA). Em 2003, cerca de 1 b USD/mês de IDE foi para o Delta do Rio da Pérola, perto de Hong Kong, onde há clusters integrados de actividades manufactureiras para exportação. Até 2008, o PIB deverá crescer 65%, tornando a China uma das zonas mais dinâmicas do planeta. Dentro de 10 anos, a China ultrapassa o Japão, tornando-se a 2ª economia mundial. Mantendo-se as actuais taxas de crescimento, em 2041 a China ultrapassaria os EUA, tornando-se na 1ª economia mundial. 3. O crescimento económico chinês e o peso da China no comércio internacional O CRESCIMENTO ECONÓMICO CHINÊS E O PESO DA CHINA NO COMÉRCIO INTERNACIONAL

14 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 14 A China é desde 2003 o 2º parceiro comercial da UE, a seguir aos EUA. O comércio bilateral China-UE mais do que duplicou desde 1999, atingindo 125 mil milhões de euros no ano passado. O défice bilateral da UE com a China atingiu 62 mil milhões de euros. Quota de mercado do vestuário chinês com o fim das barreiras alfandegárias sobre importação de têxteis: 3. O crescimento económico chinês e o peso da China no comércio internacional Para equilibrar a relação vão ser celebrados, grandes contratos com empresas europeias (comboios rápidos, centrais eléctricas, automóveis, aviões comerciais) 2004 EUA16% 50% 50% UE18% 29% 29% O CRESCIMENTO ECONÓMICO CHINÊS E O PESO DA CHINA NO COMÉRCIO INTERNACIONAL

15 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 15 Empresas de telecomunicações chinesas começam a concorrer nos EUA e UE, alavancadas pelo crescimento no mercado interno chinês (há dez anos apenas 1% dos chineses tinham telefone, hoje têm cerca de 40%, ou seja 600 milhões dos quais 300 milhões usam telemóvel). A Huawei Technologies, maior empresa chinesa fabricante de TC, está a ter grande êxito no Brasil, México e na Europa. A Carrefour vende 1.6 milhões de euros em 53 superfícies e a taxa de crescimento das vendas é de 33 % /ano, contando abrir 15 novos supermercados/ano. 3. O crescimento económico chinês e o peso da China no comércio internacional O CRESCIMENTO ECONÓMICO CHINÊS E O PESO DA CHINA NO COMÉRCIO INTERNACIONAL

16 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 16 3. O crescimento económico chinês e o peso da China no comércio internacional Em meados do século XX, praticamente toda a população vivia no campo: CampoCidadeTotal 1980 800 Milhões 200 Milhões Mil Milhões 2004 780 Milhões (60%) 520 Milhões (40%) 1,3 Mil Milhões mais 25 Milhões irão para as cidades Construção de 600 novos centros urbanos até 2011 O CRESCIMENTO ECONÓMICO CHINÊS E O PESO DA CHINA NO COMÉRCIO INTERNACIONAL

17 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 17 Nos últimos cinco anos: Procura mundial de petróleo: + 6.17 milhões de barris / dia China: +2.06 milhões de barris / dia China – 2º maior consumidor de petróleo; 5º importador Reino Unido – 10.4 barris / habitante / ano Brasil – 4.3 barris / habitante / ano China – 1.5 barris / habitante / ano 3. O crescimento económico chinês e o peso da China no comércio internacional Desde 1999, um cada três barris de consumo adicional de petróleo veio para a China Se a China aproximar o consumo per capita do Brasil, a procura global de petróleo passa de 6 milhões de barris por dia para 16 milhões! Consumo de petróleo

18 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 18 No que respeita ao carvão, a China ainda é auto-suficiente. O carvão é responsável por 75% da procura de energia chinesa Consome 25% do aço mundial Consome 50% do cimento mundial 3. O crescimento económico chinês e o peso da China no comércio internacional Grande poluição Aumento do preço do carvão – 10 e 15% / ano O CRESCIMENTO ECONÓMICO CHINÊS E O PESO DA CHINA NO COMÉRCIO INTERNACIONAL

19 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 19 3. O crescimento económico chinês e o peso da China no comércio internacional GDP 19992000200120022003CAGR 1 Real GDP, $ million1.037.0541.120.0181.201.7791.298.3101.416.589 8.1% Real GDP at purchasing-power parity (PPP), $ million 5.190.9025.606.1746.105.4246.498.6007.090.640 Real GDP per capita, $8278879421.0111.096 7.3% Real GDP per capita at PPP, $4.1414.4414.7135.0595.486 1 Compound annual growth rate. O CRESCIMENTO ECONÓMICO CHINÊS E O PESO DA CHINA NO COMÉRCIO INTERNACIONAL Fonte: McKinsey Quarterly 2004, special edition: China today

20 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 20 O CRESCIMENTO ECONÓMICO CHINÊS E O PESO DA CHINA NO COMÉRCIO INTERNACIONAL Fonte: McKinsey Quarterly 2004, special edition: China today 3. O crescimento económico chinês e o peso da China no comércio internacional

21 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 21 Share of GDP, % Value added, $ billion 5-year CAGR of value added, 1 % Foreign direct investment (under contract), $ billion Level of government control 2 (0 = lowest, 100 = highest) Selected manufacturing sectors, 2002 Electronics and telecommunications equipment 3.430.422.814.627 Transport equipment2.926.316.72.367 Raw chemical inputs, chemical products 2.522.59.43.742 Electrical equipment, machinery2.119.114.1N/A16 Selected service sectors, 2001 Wholesale/retail trade, catering services 8.095.67.31.752 Finance/insurance5.667.56.80.587 Social services3.946.617.65.042 Transport, storage3.743.56.5N/A 1 Compound annual growth rate for manufacturing sectors, 1997-2002; for service sectors, 1996-2001. 2 For manufacturing sectors, level of government control is value added of government-owned companies as % of total sector value added (for companies with annual sales > 5 million renminbi); for service sectors, government control is revenues of government- owned companies as % of total sector revenues. 3. O crescimento económico chinês e o peso da China no comércio internacional Fonte: McKinsey Quarterly 2004, special edition: China today

22 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 22 Principal exports, 2003, $ billion Total (including all other): $485.1 billion Top export destinations, 2003, % United States21.1 Hong Kong17.4 Japan13.6 South Korea4.6 Germany4.0 Trade - Exports 3. O crescimento económico chinês e o peso da China no comércio internacional O CRESCIMENTO ECONÓMICO CHINÊS E O PESO DA CHINA NO COMÉRCIO INTERNACIONAL Fonte: McKinsey Quarterly 2004, special edition: China today

23 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 23 Principal imports, 2003, $ billion Total (including all other): $483.8 billion * Includes mineral fuels, lubricants, related materials. Top import origins, 2003, % Japan18.0 Taiwan12.0 South Korea10.4 United States8.2 Germany5.9 3. O crescimento económico chinês e o peso da China no comércio internacional Trade - Imports O CRESCIMENTO ECONÓMICO CHINÊS E O PESO DA CHINA NO COMÉRCIO INTERNACIONAL Fonte: McKinsey Quarterly 2004, special edition: China today

24 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 24 Foreign Investment FDI 1 as % of GDP, 1997-2005 2 1Foreign direct investment. 2 Forecast 3. O crescimento económico chinês e o peso da China no comércio internacional Fonte: McKinsey Quarterly 2004, special edition: China today O CRESCIMENTO ECONÓMICO CHINÊS E O PESO DA CHINA NO COMÉRCIO INTERNACIONAL

25 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 25 Productivity Growth in labor productivity for selected economies, 1990-2001, compound annual growth rate, % 3. O crescimento económico chinês e o peso da China no comércio internacional O CRESCIMENTO ECONÓMICO CHINÊS E O PESO DA CHINA NO COMÉRCIO INTERNACIONAL Fonte: McKinsey Quarterly 2004, special edition: China today

26 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 26 Business climate China´s industrial output by type of enterprise, % 100% = $289 $2.246 bilion bilion 1 Includes enterprises with controlling interest held by government. 3. O crescimento económico chinês e o peso da China no comércio internacional Fonte: McKinsey Quarterly 2004, special edition: China today O CRESCIMENTO ECONÓMICO CHINÊS E O PESO DA CHINA NO COMÉRCIO INTERNACIONAL

27 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 27 Business climate Structure of foreign investment, % 100% = $11 $47 bilion bilion 3. O crescimento económico chinês e o peso da China no comércio internacional O CRESCIMENTO ECONÓMICO CHINÊS E O PESO DA CHINA NO COMÉRCIO INTERNACIONAL Fonte: McKinsey Quarterly 2004, special edition: China today

28 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 28 Consumers Income per capita, $ Urban Rural 3. O crescimento económico chinês e o peso da China no comércio internacional Fonte: McKinsey Quarterly 2004, special edition: China today O CRESCIMENTO ECONÓMICO CHINÊS E O PESO DA CHINA NO COMÉRCIO INTERNACIONAL

29 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 29 Misallocation of capital 100% = 7.1 10 trillion 13 trillion million renminbi renminbi State-owned enterprises Quasi-private enterprises* Local private Small/midsize enterprises * Includes companies with foreign investment and large local private enterprises. ** Industrial output used as proxy for state-owned enterprises: industry value added used as proxy for local private small/midsize enterprises. *** Financial liabilities used as proxy for bank loans in order to determine state-owned enterprises share. 3. O crescimento económico chinês e o peso da China no comércio internacional O CRESCIMENTO ECONÓMICO CHINÊS E O PESO DA CHINA NO COMÉRCIO INTERNACIONAL Fonte: McKinsey Quarterly 2004, special edition: China today

30 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 30 Regional GDP per capita as % of national average (national average=100) 3. O crescimento económico chinês e o peso da China no comércio internacional Economic disparity Fonte: McKinsey Quarterly 2004, special edition: China today O CRESCIMENTO ECONÓMICO CHINÊS E O PESO DA CHINA NO COMÉRCIO INTERNACIONAL

31 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 31 A China será então a grande plataforma manufactureira do século XXI, devido à dotação de trabalho disponível mas avançará simultaneamente para produtos mais sofisticados baseados na escala de produção e intensidade de conhecimento. A China irá superar o tradicional trade-off entre salários baixos e trabalhadores e engenheiros qualificados. A China transforma-se assim rápidamente na fábrica do mundo e indubitavelmente num sério player em todas as industrias globais. A China está assim a afectar as capacidades competitivas de todas as empresas multinacionais devido ao baixo custo de manufactura em preços internacionais, tenham ou não tenham operações com a China. 4. China, a fábrica do mundo CHINA, A FÁBRICA DO MUNDO

32 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 32 A China desenvolveu um mix poderoso entre: - força de trabalho disciplinado e de baixo custo; - oferta abundante de pessoal técnico habilitado. A China graduou um milhão de técnicos e engenheiros em 2001 e dois milhões em 2002; - incentivos fiscais e não fiscais para atrair o IDE; - boas infraestruturas para suportar a operação de exportação de base manufactureira (rodovias, ferrovias, telecomunicações, electricidade e água). 4. China, a fábrica do mundo CHINA, A FÁBRICA DO MUNDO

33 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 33 A China tornou-se o nº1 mundial na produção industrial em: 1990 – têxteis e televisores. 2002 – frigoríficos, brinquedos (75% da produção mundial), câmaras, bicicletas a motor e sem motor, desktops dos PCs e DVDs, cigarros e telefones celulares (29% da produção mundial). Calçado (com 53,3% da produção mundial). Cerca de ¾ das exportações de electrónico vêm de empresas estrangeiras e cerca de 50% das exportações industriais vêm de produtos que foram montados e embalados na China a partir de componentes importados. 4. China, a fábrica do mundo As vantagens competitivas da China fazem dela plataforma ideal para a exportação para o resto do mundo. Mas esta plataforma situa-se num ambiente de rápida mudança e ainda com muitos riscos operativos que têm frustrado as possibilidades de lucros de muitas empresas. CHINA, A FÁBRICA DO MUNDO

34 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 34 A China espera manter as suas vantagens de custos baixos através da migração de população do interior. A China acredita que vai desenvolver nichos competitivos em novas áreas como: Hardware para computadores Biotecnologia Várias empresas chinesas estão a tornar-se competitivas nos mercados globais: Haier nos electrodomésticos Konko nas TVs Galanz nos microondas Huawei nas telecomunicações 4. China, a fábrica do mundo CHINA, A FÁBRICA DO MUNDO

35 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 35 Até agora a moeda chinesa, como aliás outras divisas asiáticas, tem-se mantido ligada ao dólar, fazendo a zona euro aguentar sozinha o impacto de desvalorização do dólar. O jogo tem sido simples: os EUA compram as mercadorias asiáticas e os bancos centrais asiáticos compram os títulos americanos, o que os faz financiar o défice externo americano e manter a paridade com o dólar pela pressão da procura de activos expressos em dólares. Essa paridade permite-lhes manter a competitividade das suas exportações. Mas essa acumulação nos Bancos Centrais de moeda estrangeira tende a aumentar a base monetária nessas economias, se não for feita a esterilização, o que vai gerar tensões inflacionistas, razão para tornar mais flexíveis os câmbios dessas moedas. 5. A relação US Dólar - Yuan A RELAÇÃO US DÓLAR - YUAN

36 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 36 Mas o apetite pelo bilhete verde não é eterno... A questão então é até quando isto se pode manter? Por outro lado, o governo americano tem feito pressão sobre o governo chinês para revalorizar o Yuan como forma de diminuir o défice comercial EUA-China. Estará o Yuan efectivamente subvalorizado? Como é possível sabe-lo se ele não está sujeito ao mercado cambial aberto, pois que há controle de capitais na China? Em todo o caso, se desaparecesse o controle de capitais, a cotação da divisa chinesa até poderia cair pois que tal poderia levar ao investimento chinês (das famílias e empresas) no exterior. A RELAÇÃO US DÓLAR - YUAN 5. A relação US Dólar - Yuan

37 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 37 Umas das razões para a prudência chinesa em não deixar revalorizar a moeda tem também a ver com a situação do seu frágil sistema bancário. Pelos padrões ocidentais, nenhum dos grandes bancos chineses atinge o mínimo nos rácios de solvabilidade... Recentemente e na sequência das pressões americanas, o governo chinês decidiu ligar a moeda a um cabaz de moedas dos seus principais parceiros comerciais (entre os quais o euro), em vez de a manter estritamente ligada ao dólar. Trata-se de um movimento de flexibilização cambial e de alguma revalorização da moeda que é positivo para a zona euro pois esta tem suportado praticamente sozinha a desvalorização do dólar na medida em que as moedas asiáticas estavam ligadas ao bilhete verde. A RELAÇÃO US DÓLAR - YUAN 5. A relação US Dólar - Yuan

38 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 38 As relações empresariais da China com o Ocidente estão a entrar numa fase mais madura, mais sofisticada e mais exigente. As empresas ocidentais têm então que pensar as suas estratégias e a sua estrutura, agora que a China já entrou na OMC: aprofundar a sua compreensão da cultura chinesa aprender a trabalhar com clientes e partners chineses prepararem-se para a emergência de marcas chinesas que se tornarão marcas globais 6. As estratégicas das empresas ocidentais AS ESTRATÉGIAS DAS EMPRESAS OCIDENTAIS

39 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 39 Muitas multinacionais investiram na China pensando aproveitar o grande potencial de mercado interno mas o governo insistiu para que elas promovessem as exportações. Grandes excedentes comerciais da China A aposta será então não só no crescente mercado doméstico mas também usar os recursos do país para competir na região e no mundo. 6. As estratégicas das empresas ocidentais AS ESTRATÉGIAS DAS EMPRESAS OCIDENTAIS

40 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 40 As maiores empresas ocidentais e japonesas começam a pensar na China como o fornecedor de componentes e produtos para o mercado mundial. Por exemplo, Carrefour, Wal-Mart e Tesco já compram na China ferramentas, brinquedos, vestuário e calçado a preços 25 a 30% inferiores à da produção ocidental. Tal está a ser extendido à alta tecnologia, electrónica de consumo, ao retalho e a muitos produtos industriais, dando a estas empresas uma vantagem competitiva sobre as quais se aprovisionam no mundo ocidental. A grande barreira a este aprovisionamento tem sido o middle management destas empresas ocidentais, que vêm no aprovisionamento chinês problemas logísticos e de stocks mais elevados do que a alternativa de comprarem nos mercados tradicionais 6. As estratégias das empresas ocidentais AS ESTRATÉGIAS DAS EMPRESAS OCIDENTAIS

41 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 41 Muitas empresas ocidentais começaram por posicionar os seus produtos para o topo da pirâmide, desenvolvendo marcas premium para 5 a 10% dos consumidores chineses, principalmente concentrados em mercados como Pequim e Xangai. Mas à medida que se desenvolve uma poderosa classe média com crescente poder de compra, tal terá de ser extendido a um novo sector afluente e a segmentos de menor rendimento que já perfazem 90% (em volume) do mercado chinês, onde aliás já estão a operar muitos produtores chineses. 7. O marketing dos bens de consumo para o mercado chinês O MARKETING DOS BENS DE CONSUMO PARA O MERCADO CHINÊS

42 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 42 Temos então uma das questões clássicas do marketing: Como atingir estes segmentos sem canibalizar as marcas prémio? - Uma das hipóteses é a verticalização da marca que tem o risco de diluir e canibalizar os produtos prémio; - Outra solução será a introdução de novas marcas para esses segmentos, desenvolvendo produtos distintos que também serão diferenciados no ponto de venda, gerindo canais de distribuição diferentes, mas tentando, contudo, jogar nas economias de escala proporcionadas pelas campanhas publicitárias já existentes. 7. O marketing dos bens de consumo para o mercado chinês O MARKETING DOS BENS DE CONSUMO PARA O MERCADO CHINÊS

43 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 43 Com a entrada na OMC, o enquadramento regulatório e legal tornar-se- á mais transparente o que levará a maiores oportunidades para as empresas estrangeiras que começarão a ser tratadas em plano de igualdade com as empresas locais. Adicionalmente, a entrada na OMC vai ajudar os reformadores do regime a fazerem as reformas estruturais internas que tornarão as empresas chinesas mais competitivas. A China vai ter que: reduzir tarifas; eliminar restrições ao acesso ao mercado doméstico; JVs serão obrigatórias apenas em algumas áreas, tais como a montagem de automóveis mas não na produção de motores. 8. A China e a OMC A CHINA E A OMC

44 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 44 eliminar exigências de exportação; eliminar barreiras ao aparecimento de empresas estrangeiras em sectores como os seguros e a distribuição. Em 2006, bancos estrangeiros oferecerão uma gama completa de serviços o que permitirá às famílias e indivíduos alternativas para as suas aplicações, desviando-as dos bancos públicos ligados ao ineficiente sector público. 8. A China e a OMC A CHINA E A OMC

45 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 45 Capacidade de implementação dos acordos da OMC e consequente respeito pelas regras. Excesso de oferta e deflação + Situação do Sistema Bancário e Financeiro A formula chinesa para o crescimento baseia-se num sistema financeiro fechado, com uma elevada poupança interna (~ 40% GDP) a ser canalizada para os bancos estatais que a aplicaram em muitas empresas estatais ineficientes e que usaram os meios financeiros para expandir a produção. 9. Riscos e Incertezas Rápido crescimento Output Preços no retalho Crédito mal parado RISCOS E INCERTEZAS

46 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 46 A sustentabilidade e constância do ritmo da mudança. A estrutura de poder político e a compatibilização com a economia de mercado e a emergência duma poderosa classe média. potencial para uma séria disrupção pois que o sistema chinês só trabalha bem quando os líderes de topo são capazes de dinimir as suas diferenças previamente sem grande discussão pública. Se se revelar publicamente desentendimentos entre os leaders, isto levará a uma estagnação politica a aumenta a probabilidade de que o descontentamento social leve a mais instabilidade politica. 9. Riscos e Incertezas RISCOS E INCERTEZAS

47 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 47 9. Riscos e Incertezas RISCOS E INCERTEZAS Estabelecimento de agências de regulação independentes do governo e dos operadores, o que ainda não acontece na energia e nas telecomunicações; Protecção da propriedade intelectual. Agora que a obrigação do IDE fazer JVs locais em muitos sectores está a diminuir, o IDE procura criar empresas que controla a 100%, as quais dão maior protecção da propriedade industrial nos processos. Já no que toca aos produtos, o risco de cópias, não respeitando a propriedade intelectual, ainda é grande...

48 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 48 As marcas chinesas estão a preparar- se para aparecer nos mercados globais: Empresas tais como Haier, TCL e Legend estão a tornar-se empresas globais graças à sua estrutura mista que lhes permite ultrapassar a fraqueza do sistema chinês: são conduzidas pelo objectivo capitalista de lucro mas recebem ainda apoios de braços governamentais, apoios esses próprios dum regime comunista. 10. As marcas chinesas globais AS MARCAS CHINESAS GLOBAIS

49 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 49 Os exportadores chineses não se confinam apenas às estratégias de volume. À medida que adquirem expertise migram para segmentos mais especializados de alto valor. A velocidade com que os exportadores chineses têm sido capazes de dominar importantes tecnologias tem sido impressionante. Têm, contudo, ainda uma desvantagem no que toca a produtos em que a escolha do consumidor está muito ligada à qualidade do serviço. Em tais mercados, a falta de experiência no marketing global e na qualidade de serviço (q.s) é ainda evidente. 10. As marcas chinesas globais AS MARCAS CHINESAS GLOBAIS

50 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 50 Há um grande número de redes competitivas (CLUSTERS) na China, cada uma composta por centenas de pequenas companhias (muitas familiares) situadas numa dada região e que operam como uma rede interdependente e com forte coesão. NETWORKS ON THE RISE 11. Os clusters OS CLUSTERS Fonte: Harvard Business Review, October 2003, HBR SPOTLIGHT: CHINA TOMORROW

51 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 51 Muitos gestores e empresários ocidentais julgam que os seus negócios high-tech são imunes à competição dos chineses, no que estão enganados. Por exemplo, LEGEND, o grande fabricante de PCs chinês, foi criado em 1984 por um grupo de cientistas chineses. Várias companhias chinesas usaram tecnologias state-of-the-art criadas em laboratórios governamentais para desenvolverem produtos para o mercado mundial. Tais tecnologias são muito baratas porque o governo chinês assumiu os custos do seu desenvolvimento. Por outro lado, essas start-ups são depois apoiadas pelos chineses que deixaram o país para estudar no estrangeiro e que hoje ocupam posições importantes no mundo empresarial ocidental. 12. Os START-UPS tecnológicos OS START-UPS TECNOLÓGICOS

52 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 52 A fraca capacidade de gestão é ainda o principal constrangimento à competitividade das companhias chinesas. Apesar de duas décadas de JVs e grandes investimentos na formação, os gestores chineses continuam a falhar nas tarefas críticas de integração e optimização de sistemas. As empresas chinesas vêem ainda o middle management apenas como um link de informação e de controladores de disciplina laboral e não como parceiros para mais ideias e processos. Os gestores chineses são bons a executar tarefas parcelares mas fracos na aplicação e integração de processos na cadeia de valor. A Gestão está condicionada a operar de acordo com os planos presentes, evitando tomar iniciativas aos níveis baixos. Um exemplo evidente é o sector da defesa onde, apesar dos elevados investimentos, o complexo militar–tecnológico chinês falha na produção de avançados sistemas integrados de armas o que torna a China dependente de Israel e Rússia. 13. A capacidade de gestão na China A CAPACIDADE DE GESTÃO NA CHINA

53 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 53 A situação está a melhorar mas levará anos a ultrapassar os bloqueamentos que permitem: - desenvolver empresas eficientes - desencadear processos inventivos - a introdução de flexibilidade nos níveis intermédios de gestão - encontrar os compromissos (trade-offs) óptimos ao longo da cadeia de valor. Neste aspecto, a China difere do Japão: Japão – a gestão era uma vantagem competitiva China – a gestão é uma desvantagem competitiva 13. A capacidade de gestão na China A CAPACIDADE DE GESTÃO NA CHINA

54 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 54 Ainda predominância de personalidades dominantes, respeitando pouco as regras de corporate governance, com pouco peso dos poucos gestores independentes que existem... Muitas empresas que estavam antes no sector publico ainda têm pequeno free-float pois que muitas das acções, supostamente em mãos privadas, estão na posse de companhias holding não cotadas que são controladas pelo governo... 14. O governo das empresas chinesas O GOVERNO DAS EMPRESAS CHINESAS

55 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 55 Empresas nas telecomunicações (China Mobile e China Telecom) são líderes mundiais pela escala de operação que têm, e como tal são potenciais players para operarem internacionalmente; Empresas nos sectores do carvão e aço têm conseguido fazer turnarounds e começam a ser rentáveis; Começou um processo de fechar e vender as empresas inviáveis, mas em regiões em que não se criaram industrias alternativas, há um grande potencial para sérias perturbações sociais; As ineficientes empresas públicas chinesas têm sido financiadas pelo sector bancário, agravando o que é um dos sérios problemas chineses: o mau estado do sector bancário. 15. As empresas públicas AS EMPRESAS PÚBLICAS

56 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 56 A maioria dos bancos chineses está tecnicamente falida, com crédito mal parado 2 vezes superior à situação líquida. Há um risco de o crédito mal parado aumentar se as condições macro se degradarem. Os bancos têm vindo a melhorar a sua gestão dos riscos de crédito pelo que a maior parte dos novos empréstimos já é rentável. Cerca de 2% das famílias chinesas contribuem para cerca de 50% dos depósitos o que poderá por em causa a estabilidade do funding bancário e gerar crises de liquidez. As taxas de juro activas e passivas ainda são fixadas administrativamente com spreads a permitirem elevadas margens financeiras. Só recentemente é que os bancos foram autorizados a aumentarem os spreads para os piores clientes. 16. O sector bancário O SECTOR BANCÁRIO

57 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 57 Se o nível de vida chinês ~ EUA China 600 milhões de carros, mais do que os existentes no planeta Entram diariamente em Pequim 1000 novos carros Em cada três meses 100 mil novos carros em Pequim Em 2007 será o 3º mercado automóvel mundial a seguir aos EUA e Japão. Actualmente é o 5º à escala mundial. 17. O sector automóvel Procura Ano 20044.5 milhões 201010 milhões O SECTOR AUTOMÓVEL

58 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 58 17. O sector automóvel O SECTOR AUTOMÓVEL O IDE devia investir em JVs e estava limitado nessas JVs a 50% do capital. A entrada no mercado estava sujeita a licença. A política industrial chinesa tinha o objectivo de fornecer tecnologia estrangeira às empresas estatais chinesas tornando- se campeões locais. As empresas tinham que se aprovisionar na industria local de componentes. Esta obrigação vai acabar em 2006 com as regras da OMC Produtividade destas JVs é menor na China que no Brasil, Índia ou México Capacidade de produtores chineses para se tornarem players globais?

59 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 59 As OEMs ocidentais começaram por desconfiar da qualidade dos fornecedores chineses e consideravam-nos menos fiáveis que os seus fornecedores tradicionais, como Portugal, Républica Checa ou México. Para a produção automóvel nos EUA, o México continua a ser o local mais barato, enquanto para a industria alemã o leste europeu continuará ainda a ser o fornecedor ideal de blocos de motores. Mas no longo prazo, tal poderá mudar, na medida em que as OEMs poderão optimizar o fornecimento à escala mundial, ajustando os seus próprios processos e exigências de produtos às capacidades e características dos fabricantes de baixos custos salariais em países como a China e a Índia. No longo prazo, como se aprende na microeconomia com as curvas de custo, tudo é variável, nada fica fixo! 18. A industria dos componentes para automóveis A INDUSTRIA DOS COMPONENTES PARA AUTOMÓVEIS

60 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 60 Em todo o caso, a mudança para fornecedores dos países de baixos salários acontecerá gradualmente à medida que os modelos antigos forem substituídos pelos novos e será atrasado pelas restrições ao encerramento das fábricas e despedimentos de trabalhadores no Japão e na Europa. Nos EUA, essa evolução poderá ser mais rápida por não haver essas restrições e pela natureza da relação entre os produtores americanos e os seus fornecedores 18. A industria dos componentes para automóveis A INDUSTRIA DOS COMPONENTES PARA AUTOMÓVEIS

61 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 61 Um caso muito curioso é o da empresa WANXIANG grande produtor de componentes para automóveis, que considera não ter vantagens competitivas para produzir automóveis com motor de explosão ou mesmo veículos híbridos, mas que vê nos automóveis eléctricos um grande futuro face aos problemas ambientais e de consumo de combustíveis fósseis. Como ainda ninguém domina tecnologicamente este tipo de veículos, nomeadamente no que toca à vida da bateria, à aceleração e velocidade do carro ou mesmo no que toca ao seu custo relativamente aos carros clássicos, a WANXIANG pensa que através de um planeamento e de esforços intensos de I&DT, a partir das tecnologias que já domina, poderá ser o primeiro a chegar ao mercado. 19. A China e o automóvel eléctrico A CHINA E O AUTOMÓVEL ELÉCTRICO

62 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 62 Não houve discriminação para o IDE e não houve barreiras administrativas à entrada no mercado de novos players, quer nacionais quer estrangeiros. Encorajamento da concorrência players locais competitivos que se estão a tornar players globais no mercado internacional. IDE foi instrumental no desenvolvimento de cadeias de fornecimento locais. China desenvolve cadeias de fornecimento que se extende até aos semicondutores e que fornece as companhias chinesas e estrangeiras Circulo virtuoso, atraindo mais IDE! 20. O sector electrónico O SECTOR ELECTRÓNICO

63 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 63 É um caso evidente de como a China alterou a dinâmica da industria mundial. Muitas empresas químicas no mundo ocidental serão forçadas fechar as suas fábricas nos EUA, Europa e Japão por via do efeito China. A China é o mercado mais atractivo para commodities e produtos químicos especiais. Por outro lado, a China começa a competir globalmente em alguns nichos de mercado onde os mercados mundiais são mais pequenos e mais fáceis de sofrerem impacto. Nas commodities essa ameaça é menos evidente dado que se trata de mercados de grande dimensão à escala mundial, onde a entrada de players chineses ainda não terá um impacto sensível. 21. A industria química e petroquímica A INDUSTRIA QUÍMICA E PETROQUÍMICA

64 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 64 Empresas dos sectores têxtil, electrónico e automóvel que incorporam produtos químicos no seu processo industrial estão crescentemente a deslocalizarem- se para a China. Dois gigantes petroquímicos – PetroChina e Sinopec – apareceram e começaram a consolidar-se no mercado doméstico. 21. A Industria química e petroquímica A INDUSTRIA QUÍMICA E PETROQUÍMICA

65 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 65 Em 2010 a China será o 1º receptor de visitantes Em 2014 a China será um dos principais emissores de turistas no mundo: 100 milhões. 22. O turismo O TURISMO

66 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 66 Em 2 anos a China passa o Japão e será o 2º no mercado mundial de publicidade. 23. A publicidade A PUBLICIDADE

67 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 67 As empresas chinesas emitirão nos próximos meses entre 15 e 20 mil milhões de euros de acções nas bolsas estrangeiras. Em 2003 afluíram investimentos ao mercado mobiliário de cerca de 1.6 mil milhões de euros. 24. Os mercados de capitais OS MERCADOS DE CAPITAIS

68 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 68 Nove das dez cidades mais poluídas do mundo são chinesas. Segundo o Banco Mundial, a poluição atmosférica custa ao país 25 mil milhões de euros em gastos com a saúde e perda de produtividade. Em 2040, a manter-se o ritmo de crescimento actual, a China ultrapassará os EUA como maior emissor de gases com efeito de estufa (CO2). 25. O meio ambiente O MEIO AMBIENTE

69 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 69 A China é já um grande player na economia global e um colosso comercial com um total de exportações e importações, em 2004, de 133 biliões (mil milhões) de USD. 26. Os parceiros comerciais da China OS PARCEIROS COMERCIAIS DA CHINA

70 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 70 Segundo a Fortune, edição de Outubro de 2004, os 10 principais parceiros comerciais da China em 2003 eram: 26. Os parceiros comerciais da China OS PARCEIROS COMERCIAIS DA CHINA RankingPaís Exp. p/ China (bUSD) Imp. da China (bUSD) Principal Exp. p/ China Principal Imp. da China 1Japão74,159,4 Componentes electrónicos Componentes para computadores 2EUA33,992,6Soja Componentes para computadores 3 Hong Kong 11,176,3 Componentes electrónicos Componentes para computadores

71 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 71 26. Os parceiros comerciais da China OS PARCEIROS COMERCIAIS DA CHINA RankingPaís Exp. p/ China (bUSD) Imp. da China (bUSD) Principal Exp. p/ China Principal Imp. da China 4 Coreia do Sul 43,120,1LCDsMilho 5Taiwan49,49,0 Componentes electrónicos Componentes para computadores 6Alemanha24,317,4Automóveis Componentes para rádios e TVs 7Malásia14,06,1 Componentes electrónicos Componentes para computadores

72 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 72 26. Os parceiros comerciais da China OS PARCEIROS COMERCIAIS DA CHINA RankingPaís Exp. p/ China (bUSD) Imp. da China (bUSD) Principal Exp. p/ China Principal Imp. da China 8Singapura10,58,9 Produtos petrolíferos refinados Componentes para computadores 9Rússia9,76,0PetróleoCouro 10Holanda1,913,5 Equipamento fotográfico Componentes para computadores

73 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 73 26. Os parceiros comerciais da China OS PARCEIROS COMERCIAIS DA CHINA Se considerarmos o bloco da União Europeia (UE), este assume-se já como segundo maior parceiro comercial da China, tendo-se assistido a um crescimento exponencial do comércio com a China, bem visível no quadro, retirado da Revista Exame, Janeiro 2005 (slide seguinte).

74 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 74 26. Os parceiros comerciais da China OS PARCEIROS COMERCIAIS DA CHINA País ExportaçõesImportaçõesSaldo 199920031999200319992003 Portugal30,5149,8280,5371,4-250,0-221,6 UE-2519 617,941 157,352 405,0105 336,5-32 787,1-64 179,2 Fonte: Eurostat in Exame Janeiro 2005

75 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 75 26 Os parceiros comerciais da China OS PARCEIROS COMERCIAIS DA CHINA A China tem um significativo excedente comercial com os EUA e a UE (não consideramos Hong Kong dado não ser uma país mas uma região especial da República da China). Com os outros parceiros comerciais, a China compra mais do que vende. Pode-se pois dizer que a China apresenta um excedente comercial com os EUA e com a UE e um défice comercial com o Resto do Mundo. Daí a importância que os americanos dão à taxa de câmbio entre o dólar e a divisa chinesa, pretendendo a sua reavaliação, como forma de diminuir o défice americano, como aliás já referimos nesta série de artigos.

76 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 76 26. Os parceiros comerciais da China OS PARCEIROS COMERCIAIS DA CHINA Quanto à UE, esta pretende reequilibrar a situação através de compras chinesas à industria europeia nos sectores da construção civil, aeronáutica, comboios e energia. Vê-se também a predominância da indústria electrónica no comércio externo chinês. De notar também a ligação da indústria automóvel alemã à China na exportação de veículos, no que acompanha a presença das OEMs alemãs na China, designadamente da Wolkswagen, que está em joint venture com a GM e os chineses na Shangai Automotive Industry Corp. (SAIC). Esta pretende, aliás, tornar-se na próxima grande companhia mundial de automóveis.

77 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 77 26. Os parceiros comerciais da China OS PARCEIROS COMERCIAIS DA CHINA De notar também o perfil do relacionamento da Rússia com a China, típico de um país como a Rússia que ainda exporta energia e matérias primas e não produtos industriais com valor acrescentado para os mercados mundiais. No que toca à UE, o crescimento das relações implicou uma duplicação do défice comercial da UE com a China. Quanto a Portugal, conseguimos reduzir ligeiramente o nosso défice comercial com a China entre 1999 e 2003.

78 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 78 De todo o pacote de adesão à OMC, o que terá efeitos mais visíveis a curto prazo é a abolição do Acordo Multifibras (MFA) até 2005. Pensa-se que as exportações de confecções da China crescerão 375% e que a sua quota de mercado mundial será em 2005-2006 de cerca de 47% contra 19,5% em 1995. 50% dessas exportações são feitas por empresas com IDE. Não são apenas os baixos salários a atrair o IDE. A produtividade da mão de obra e a qualidade estão a aumentar na China. Por outro lado, as empresas chinesas estão também a adquirir tecnologia estrangeira e por via disso, a sua produtividade e qualidade também aumentam 27. A China e as empresas portuguesas – Têxteis, vestuário e calçado A CHINA E AS EMPRESAS PORTUGUESAS – TÊXTEIS, VESTUÁRIO E CALÇADO

79 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 79 Após o acordo com a OMC, o IDE já não precisará de JVs. Poderá investir directamente. Para fazer face ao aumento da produção, aumentará cerca de 272% a importação de tecidos. A China será assim um grande exportador e um grande importador, uma vez que com o acordo da OMC, o mercado chinês será aberto aos produtos estrangeiros. Os efeitos sobre as empresas portuguesas serão de vários tipos: - Todos os nossos concorrentes que se aprovisionam ou produzem na China, beneficiarão de custos mais baixos e conseguirão por aí ameaçarem-nos na competitividade – preço; 27. A China e as empresas portuguesas – Têxteis, vestuário e calçado A CHINA E AS EMPRESAS PORTUGUESAS – TÊXTEIS, VESTUÁRIO E CALÇADO

80 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 80 - As empresas portuguesas com cadeias de valor competitivas poderão ver na China uma oportunidade quer de investimento para produzir mais barato, quer de mercado, à semelhança dos seus congéneres internacionais; - Para as nossas empresas sem essas cadeias de valor e para as que eram meras plataformas manufactureiras, a China é uma séria ameaça; - No que toca ao calçado, os efeitos não serão tão dramáticos pois aí não havia um MEA que protegia os produtores ocidentais, mas a progressão chinesa continuará de acordo com as tendências do passado recente. 27. A China e as empresas portuguesas – Têxteis, vestuário e calçado A CHINA E AS EMPRESAS PORTUGUESAS – TÊXTEIS, VESTUÁRIO E CALÇADO

81 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 81 A China é actualmente responsável por 53,3% de produção mundial (aprox. 6500 Milhões pares/ano) exportando 3900 Milhões de pares/ano para os seguintes mercados: - 3900 Milhões de pares/ano para os EUA - 1350 Japão - 105 Panamá - 91 Rússia - 73 França - 59 RU - 57 Polónia - 54 Itália - 52 Egipto 27. A China e as empresas portuguesas – Têxteis, vestuário e calçado A CHINA E AS EMPRESAS PORTUGUESAS – TÊXTEIS, VESTUÁRIO E CALÇADO

82 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 82 Portugal, com exportações de 90 Milhões de pares/ano é o nono exportador mundial. Para as empresas portuguesas de calçado, aplicam-se exactamente as mesmas considerações do sector do vestuário no que toca ao seu posicionamento estratégico em relação à China. 27. A China e as empresas portuguesas – Têxteis, vestuário e calçado A CHINA E AS EMPRESAS PORTUGUESAS – TÊXTEIS, VESTUÁRIO E CALÇADO

83 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 83 Da experiência do escritório da Sociedade Portuguesa de Inovação (SPI) em Pequim, podemos tirar indicações úteis para as empresas portuguesas. 28. As oportunidades para as empresas portuguesas: A experiência da SPI na China AS OPORTUNIDADES PARA AS EMPRESAS PORTUGUESAS: A EXPERIÊNCIA DA SPI NA CHINA

84 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 84 Sectores com potencial de exportação para a China: - Vinhos e Bebidas; - Têxtil e Vestuário Gama Alta; - Calçado de Couro de Gama Alta; - Materiais de Construção (cortiça, rochas ornamentais e industriais, cerâmica, material sanitário); - Máquinas Ferramentas; - Moldes e Componentes para Automóveis. Fazemos então uma análise SWOT para alguns desses produtos: 28. As oportunidades para as empresas portuguesas: A experiência da SPI na China AS EXPORTAÇÕES PARA A CHINA

85 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 85 28. As oportunidades para as empresas portuguesas: A experiência da SPI na China AS EXPORTAÇÕES PARA A CHINA -VINHO- AS EXPORTAÇÕES PARA A CHINA -VINHO- Pontos FortesPontos Fracos Grande tradição dos produtos portugueses; boa qualidade; imagem do Vinho do Porto; novidade para os consumidores chineses. Falta de imagem; pouca promoção e presença quase inexistente; pouca apetência dos distribuidores/importadores locais. OportunidadesAmeaças Grande potencial para a importação de vinhos de alta qualidade; poucas marcas portuguesas no mercado chinês; gosto e preferência dos consumidores. Forte competição e domínio dos vinhos espanhóis, franceses e italianos; oferta competitiva da Austrália e Califórnia; preços baixos do Chile, África do Sul e Argentina.

86 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 86 28. As oportunidades para as empresas portuguesas: A experiência da SPI na China AS EXPORTAÇÕES PARA A CHINA -TÊXTEIS, VESTUÁRIO E CONFECÇÕES- AS EXPORTAÇÕES PARA A CHINA -TÊXTEIS, VESTUÁRIO E CONFECÇÕES- Pontos FortesPontos Fracos Tecidos de alta tecnologia e com novos materiais são a nova atracção na China; a oferta portuguesa é competitiva em qualidade e preço face à oferta europeia. Não há presença/imagem portuguesa; não há promoção e marketing da oferta portuguesa. OportunidadesAmeaças Grande procura de roupa/vestidos com tecidos de alta qualidade de gama alta; o mercado procura tecidos com novos materiais a preços competitivos. Presença italiana muito forte, devido à classe e qualidade da oferta; empresas italianas muito agressivas na promoção dos seus produtos.

87 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 87 28. As oportunidades para as empresas portuguesas: A experiência da SPI na China AS EXPORTAÇÕES PARA A CHINA -CALÇADO DE COURO- AS EXPORTAÇÕES PARA A CHINA -CALÇADO DE COURO- Pontos FortesPontos Fracos A qualidade do calçado português; a presença prévia na Ásia e na China. Pouca promoção. OportunidadesAmeaças Calçado com marca, qualidade e bons preços é a nova coqueluche dos consumidores chineses; nichos de mercado para calçado importado com design. Produção local, quer de empresas chinesas quer de joint-ventures entre estrangeiras e chinesas, domina o mercado; distribuidores locais preferem fornecedores com forte aposta e suporte no mercado chinês, como acontece com os italianos.

88 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 88 28. As oportunidades para as empresas portuguesas: A experiência da SPI na China AS EXPORTAÇÕES PARA A CHINA -MOBILIÁRIO E ARTIGOS PARA O LAR- AS EXPORTAÇÕES PARA A CHINA -MOBILIÁRIO E ARTIGOS PARA O LAR- Pontos FortesPontos Fracos O design europeu é muito apreciado no mercado chinês; o design português poderia assim ser o novo hot spot para a procura chinesa. Falta de imagem; pouca promoção e pouca participação nas feiras. OportunidadesAmeaças Aumento da procura na China ligada à urbanização do país; a moda designadamente nas novas gerações, puxa por novos artigos decorativos e por novo mobiliário. Os produtos europeus, designadamente italianos e espanhóis, estão a tirar vantagens de imagem forte no mercado chinês; fornecedores do Japão, Coreia do Sul, Taiwan e Hong Kong estão a tornar-se grandes grossistas no mercado chinês para o mobiliário importado.

89 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 89 28. As oportunidades para as empresas portuguesas: A experiência da SPI na China AS EXPORTAÇÕES PARA A CHINA -CORTIÇA- AS EXPORTAÇÕES PARA A CHINA -CORTIÇA- Pontos FortesPontos Fracos Fornecedor nº1 com forte imagem no mercado chinês; domínio do mercado. Potencial custo elevado face a novos e competitivos fornecedores; consumidores chineses ainda pouco familiarizados com os produtos de cortiça, por falta de promoção. OportunidadesAmeaças Consumo crescente de vinho o que implica maior procura de rolhas; aplicações domésticas da cortiça nos telhados, pavimentos e revestimentos puxam por crescentes importações, devido ao processo de urbanização em curso. Fornecedores espanhóis; forte concorrência entre os fornecedores portugueses; fábricas chinesas oferecendo rolhas competitivas em termos da relação qualidade média / preços baixos.

90 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 90 28. As oportunidades para as empresas portuguesas: A experiência da SPI na China AS EXPORTAÇÕES PARA A CHINA -MÁQUINAS FERRAMENTAS- AS EXPORTAÇÕES PARA A CHINA -MÁQUINAS FERRAMENTAS- Pontos FortesPontos Fracos Forte aumento das exportações para a China nos últimos três anos; nível tecnológico. Pouca participação nas feiras chinesas; ausência de presença local para fornecer o serviço pós-venda e o apoio técnico aos clientes e utilizadores chineses. OportunidadesAmeaças Elevado potencial de mercado com forte procura de máquinas CNC; presença local para a oferta estrangeira, ajudando em termos de marca, qualidade, preço, serviço pós-venda e tempos de entrega; projectos chave-na- mão. A concorrência será muito forte e sem um compromisso forte e investimentos neste mercado será difícil a permanência no mercado; falta de imagem de Portugal e dos nossos produtos neste mercado.

91 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 91 28. As oportunidades para as empresas portuguesas: A experiência da SPI na China AS EXPORTAÇÕES PARA A CHINA -MOLDES E PLÁSTICOS AS EXPORTAÇÕES PARA A CHINA -MOLDES E PLÁSTICOS Pontos FortesPontos Fracos Grande capacidade de produção de moldes de alta precisão, complexidade e duração; elevados níveis tecnológicos, designadamente nos CAD/CAM/CAE incluindo desenho e análise a três dimensões (3D); elevados níveis tecnológicos nas tecnologias de injecção de plásticos. Fraca imagem dos moldes portugueses no mercado chinês devido à falta de apostas de longo prazo e de participação directa no mercado chinês; presença limitada da nossa industria nas feiras profissionais e no apoio local no mercado chinês. OportunidadesAmeaças Grandes oportunidades para as próximas décadas, devido à industrialização chinesa. Grande concorrência de players chineses nas gamas médias, do Japão e do Taiwan na gama média/alta e de italianos e alemães na gama alta.

92 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 92 28. As oportunidades para as empresas portuguesas: A experiência da SPI na China AS EXPORTAÇÕES PARA A CHINA -CASO DE SUCESSO- AS EXPORTAÇÕES PARA A CHINA -CASO DE SUCESSO- Joint-Venture entre um produtos português de cortiça e uma empresa de vinhos chinesa. - Razões para o sucesso (do lado português): relação de longo prazo com um grande cliente; criação de uma boa imagem para o mercado chinês, tirando partido da marca forte do parceiro chinês. - Razões para o sucesso (do lado chinês): poupança de custos em relação a outros fornecedores estrangeiros de cortiça; rolhas de alta qualidade em comparação com a produção local. - Razões para o sucesso da Joint-Venture: forte procura de rolhas de alta qualidade das empresas chinesas de vinhos.

93 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 93 28. As oportunidades para as empresas portuguesas: A experiência da SPI na China AS EXPORTAÇÕES PARA A CHINA -CASO DE INSUCESSO- AS EXPORTAÇÕES PARA A CHINA -CASO DE INSUCESSO- Empresa portuguesa no sector agro-alimentar. - Comprador chinês: grande shopping center; boa rede de distribuição. - Razões de insucesso: não foi feito apoio de mercado e desenvolvimento de negócio ao comprador chinês; o fornecedor nunca visitou a China, esperando em Portugal passivamente pelas encomendas; resposta lenta às comunicações e pedidos feitos por fax e email; o fornecedor português não entendeu dimensão e potencial do mercado chinês.

94 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 94 29. A cultura de negócios na China: Barreiras e realidades. A experiência da SPI A CULTURA DE NEGÓCIOS NA CHINA: BARREIRAS E REALIDADES. A EXPERIÊNCIA DA SPI A maior parte das empresas e da população não conhece Portugal e os produtos portugueses não são ainda conhecidos na China. A maior parte das empresas chinesas não fala inglês ou português. Um forte apoio ao desenvolvimento do mercado é esperado/exigido pelos compradores/importadores chineses, sendo necessárias algumas actividades de promoção e pesquisa de mercado na medida em que há muitos fornecedores, nacionais e estrangeiros. Os distribuidores e os consumidores chineses dão grande importância às marcas.

95 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 95 29. A cultura de negócios na China: Barreiras e realidades. A experiência da SPI A CULTURA DE NEGÓCIOS NA CHINA: BARREIRAS E REALIDADES. A EXPERIÊNCIA DA SPI As comunicações ainda são difíceis; a linguagem é diferente e os e-mails nem sempre funcionam, sendo os contactos feitos muitas vezes através do telefone e de reuniões. A China é ainda um mercado time consuming sendo necessário muito tempo e paciência para começar e desenvolver um negócio. Viajar para e na China sem apoio local (staff local falando inglês) é extremamente difícil, o que tornará muito complicado quer a logística e o transporte quer as reuniões a agendar.

96 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 96 30. Conselhos práticos para as empresas portuguesas CONSELHOS PRÁTICOS PARA AS EMPRESAS PORTUGUESAS - NO CURTO PRAZO- CONSELHOS PRÁTICOS PARA AS EMPRESAS PORTUGUESAS - NO CURTO PRAZO- Se se decidir apostar no mercado chinês, este deve ser considerado um mercado prioritário de exportação; deve-se oferecer produtos únicos (i.e., atractivos e adaptados ao gosto local) e competitivos (em termos de preço e qualidade quando comparados com a oferta local e internacional); são necessárias promoções frequentes e a construção gradual da imagem; deve-se trabalhar estreitamente com os partners locais; deve-se encontrar um bom partner local e desenvolver com ele uma excelente cooperação através duma oferta de excelência.

97 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 97 30. Conselhos práticos para as empresas portuguesas CONSELHOS PRÁTICOS PARA AS EMPRESAS PORTUGUESAS - NO MÉDIO PRAZO- CONSELHOS PRÁTICOS PARA AS EMPRESAS PORTUGUESAS - NO MÉDIO PRAZO- Deve-se fazer uma segmentação e desenvolvimento de mercado na sequência de apropriados estudos de mercado; deve- se criar e desenvolver a nossa própria marca na China, frequentando e participando em feiras locais e nacionais, que ajudarão a criar uma sólida imagem e reputação; deve-se trabalhar estreitamente com o parceiro local, no apoio e suporte às promoções; a presença local deve ir aumentando gradualmente até à criação, eventualmente, dum escritório local.

98 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 98 30. Conselhos práticos para as empresas portuguesas CONSELHOS PRÁTICOS PARA AS EMPRESAS PORTUGUESAS - NO LONGO PRAZO- CONSELHOS PRÁTICOS PARA AS EMPRESAS PORTUGUESAS - NO LONGO PRAZO- A China é um local para uma aposta de longo prazo, com empenho, evolução gradual e sucesso eventual, não é um local apenas para especulação de curto prazo; deve-se estudar a China de forma cuidadosa e consistente, aproveitando as inovações para o mercado internacional e adaptando-as ao mercado local; tempo, dinheiro, paciência e relações com os chineses são necessários para o sucesso na China; são necessárias na China pequenas e médias empresas com flexibilidade e especialistas em linhas de negócio.

99 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 99 Bibliografia Sociedade Portuguesa de Inovação, Seminário O Mercado Chinês e as Oportunidades de Investimento para as Empresas Portuguesas (ver: www.spi.pt em notícias):www.spi.pt As Realidades Actuais da Economia Chinesa, Luís Mira Amaral, Administrador da SPI; Chinese Market: Opportunities for Portuguese Companies, SPI Chief Representative in China. Fortune (Europe Edition), October 2004, Inside the New China; Harvard Business Review, October 2003, HBR SPOTLIGHT: CHINA TOMMORROW Harvard Business Review, August 2003: HP´s Living Cab in India Microcapitalism and the Megacorporation The McKinsey Quarterly, 2004 Special edition: China Today Homem Magazine, Novembro 2004: Grande Reportagem China BIBLIOGRAFIA

100 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 100 Bibliografia El País, 9 de Noviembre de 2003: China rompe los esquemas a Occidente The Economist, February 15th, 2003: China Eating Your Lunch? Deutsche Bank Research, January 9, 2004: Chinas financial sector: Institutional framework and main challenges China specie The Banker Supplement, May 2002: China Banking and the WTO factor INFOCHINA, Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa, Edições de Junho 2002, Janeiro 2003, Julho 2003, Janeiro 2004 Semanário Económico, 4 Junho 2004: Brasil, Rússia, India e China formarão bloco maior que o G6 Felix Ribeiro e Paulo Soeiro de Carvalho, Departamento de Prospectiva e Planeamento, Ministério das Finanças: PORTUGAL PROSPECTIL DAS ACTIVIDADES E DOS TERRITÓRIOS BIBLIOGRAFIA

101 Luís Mira Amaral China: Ameaças e Oportunidades para Portugal 6 de Março de 2006 101 Bibliografia Luís Mira Amaral, Congresso da Ordem dos Engenheiros, 21 de Outubro de 2004: A competitividade da Economia Portuguesa – Portugal no Século XXI – A dinâmica do comércio internacional e a emergência da China – O impasse e o cerco à economia portuguesa Luís Mira Amaral, SPI Lisboa, Taguspark, 12 Outubro 2004: Economia do Conhecimento e a Realidade Portuguesa BIBLIOGRAFIA

102 Porto - Portugal Edificio Les Palaces Rua Júlio Dinis, no. 242, 208 4050-318 Porto, PORTUGAL Tel: 22 607 64 00 Fax: 22 609 91 64 spiporto@spi.pt TagusPark Núcleo Central, 232 2780 - 920 Oeiras, PORTUGAL Tel: 21 421 22 49 Fax: 21 421 12 01 spilisboa@spi.pt Beijing – P.R.China China Garments Mansion, No. 915 Jianguo Rd., ChaoYang Dist. Beijing 100020 CHINA spichina@spi.pt California - USA 2102 Business Center Drive, Suite 220E Irvine, CA 92612 USA Tel: +1 949 253 5702 Fax: +1 949 253 5703 spiusa-irvine@usaspi.com Maryland - USA 5523 Research Park Drive, Suite 325 Baltimore, MD 21228 | USA Tel: +1 443 543-5530 Fax: +1 443 543-5533 info@usaspi.com Lisbon - Portugal www.spi.pt


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