Estratégias Cognitivas

Estratégias Cognitivas

Um desafio óbvio na apresentação dessas estratégias é que provavelmente não existe nenhuma maneira absoluta ou correta de determinar quantas técnicas cognitivas são essenciais para o bom andamento do trabalho, bem como classificar as diferentes estratégias .

Categorias gerais de técnicas cognitivas 1- Conexão entre pensamentos, situações ativadoras e evocação de afetos negativos. 2- Uso da busca de evidências e distorções cognitivas para se tornar mais objetivo quanto aos pensamentos 3- Uso de experimentos 4- Exploração de crenças e pressupostos subjacentes

Conceitos fundamentais para investigação dos pressupostos subjacentes: Empirismo colaborativo Diálogo socrático Descoberta guiada

Empirismo colaborativo: Necessário que terapeuta e paciente unam forças para investigar pensamentos e experiências de uma maneira derivada do método científico. Busca de evidências factuais que apoiam o pensamento Desmistificar o processo de mudança à partir do compartilhamento de técnica Atenção ao processo grupal - Pacientes tornam-se terapeutas uns dos outros - Promover perguntas sutis entre os membros

Diálogo Socrático Perguntas conectadas Experiências anteriores do indivíduo Perguntas com final aberto

Passo 1- Caracterização do problema de forma precisa e específica Passo 2- Identificação dos pensamentos, crenças e interpretações associadas Passo 3- Compreensão dos significados dos pensamentos para o paciente Passo 4- Avaliação das consequências dos pensamentos e suas bases de evidência

Diálogo Socrático Estar atento a complexidade do trabalho em grupo Perguntas dos membros e co- terapeuta Direcionamento através das perguntas realizadas Qual valor terapêutico das perguntas?

Utilidade dos questionamentos Fins não produtivos decorrentes de questionamentos sem o devido direcionamento

“ ...um componente importante do trabalho do terapeuta é ensinar os membros do grupo a fazerem perguntas úteis e terapêuticas entre si, além de estarem prontos para fazer questionamentos úteis a si próprios.”

Descoberta Guiada “ O terapeuta ajuda a lançar luz sobre o significado dos pensamentos e sobre problemas de lógica ou criar situações a partir das quais o paciente aprenda novas informações e diferentes formas de pensar, agir e sentir.”

Sugestões do grupo para ajudar na descoberta guiada Vários guias dentro do grupo Ficar atento para possíveis desvios Elaboração de experimentos para testar a validade de um pensamento

Técnicas Cognitivas: Conexão dos pensamentos às situações e ao afeto Uma das chaves para modificação de comportamento é compreender como o pensamento se processo no sujeito, quais são seus esquemas cognitivos.

Existem vários meios para obter informações a cerca de seus pensamentos relacionados com situações e emoções, utilizaremos o Diário de Pensamentos. Situação – Emoção - Pensamento

Identificar as situações onde ocorrem os pensamentos que eliciam emoções é de extrema importância para tomada de decisão quanto a melhor estratégia terapêutica a ser adotada. Situação 26/02/99.Em casa, pela manhã, sozinho, assistindo ao noticiário policial.

Informações importantes no campo situação: QUEM?? ONDE? O QUÊ? QUANDO?

É necessário identificar emoções e sintomas que estão associados aos pensamentos e situações, bem como tentar identificar o grau de intensidade. Estado de humor emoção/sentimento/sintoma físico -Ansioso 60 -Medo 70 - Taquicardia 45 -Tremor 50

Nesse último momento vamos nos atentar para os pensamentos automáticos do cliente, que compõem essa tríade cognitiva , afim de buscarmos junto ao cliente evidências que apoiam o pensamento, se realmente há conexões entre as situações entre outros.. Pensamentos Automáticos ( Imagens) “ minha casa é insegura” “ vou passar mal novamente” ....

Principais objetivos desta técnica Ajudar o cliente a conectar o eventos a um conjunto de pensamentos que têm consequências importantes no afeto Enfatizar a importância de compreender os pensamentos como passo inicial para mudar reações emocionais Manter processos grupais positivos e colaborativos, através da troca de experiências Modelar perguntas que alguém pode fazer a si mesmo ou aos outros para especificar pensamentos e suas conexões aos eventos e emoções.

Pg. 56 e 57..

RPD - Vamos praticar?? Habilidades sociais: dificuldades de relacionamento; família, escola, trabalho, amigos, falar em público, timidez...

Técnicas Cognitivas II: Uso da Busca de Evidências e Distorções Cognitivas

“ Uma vez que membros conseguem identificar os “pensamentos automáticos” dolorosos, o grupo pode começar a focalizar o reexame dessas conclusões negativas”...

Abordagem socrática: Questionar pensamentos Visão mais ampla e objetiva O que realmente esta ligado ao “FATO”

As questões cruciais desse processo envolvem tipicamente o ato de fazer as pessoas pensarem sobre suas experiências a partir de uma perspectiva diferente, considerando fatores que não consideraram no início e apontando quaisquer conclusões lógicas que possam não ser confirmadas pelos fatos.

ATENÇÃO!!!!!!!! É importante enfatizar que a busca de evidências e o exame das distorções não representam “pensamento positivo” nem as perguntas devem ser usadas como armadilhas para os participantes ou com o intuito de invalidar seus pensamentos. Em vez disso, elas capacitam os participantes a observarem a situação de forma objetiva e não – defensiva.

Verificando as distorções do pensamento negativo Buscar evidências favoráveis e contrárias a ele Fatos que apóiam a conclusão negativa ( não sugestões, interpretações e sim fatos) listar tais fatos Fazer perguntas que identifiquem informações verídicas relativas aos fatos que não sejam condizentes com a conclusão original.

Tipos de perguntas: 1- verificam todos os parâmetros situacionais relacionados ao pensamento negativo, especialmente aqueles que estiverem fora do controle ou da responsabilidade do paciente 2- solicitam que os participantes mudem a perspectiva da situação, fazendo –os perceber a situação “através” de outra pessoa 3- Fazem os pacientes focalizarem informações incompletas ou indefinidas

Principais tipos de Distorções Cognitivas Inferência Arbitrária: Tirar uma conclusão específica sem evidência que sustente ou mesmo diante de evidências contrárias. Ex. um trabalhador dedicado que , um dia não consegue realizar determinada tarefa pensa “ SOU UM PÉSSIMO EMPREGADO” Abstração Seletiva: Conceituar uma situação com base em um detalhe fora do contexto. Ex. tirei nota dez em 8 de 9 provas e nota 7 em uma delas, pensamento “ NÃO SOU CAPAZ DE FAZER NADA DIREITO”

Supergeneralização: Abstrair uma regra geral de um dos poucos incidentes isolados e aplicá-la de forma muito ampla ou em situações sem relação com aquela. Ex. Após uma experiência afetiva desagradável, pensamento: “ TODOS OS HOMENS NÃO PRESTAM” .. Maximização e minimização: Enxergar algo bem mais ou bem menos significativo do que de fato é. Personalização: Atribuir eventos externos a alguém sem evidências que apóiem uma conexão de causa.

Pensamento dicotômico: Categorizar experiências em um dentre dois extremos, “tudo ou nada”. Leitura mental: Esse erro ocorre quando alguém crê que sabe o que outra pessoa está pensando sem nenhuma evidência direta

Pg. 60

Técnicas Cognitivas III: Experimentos

Identificar perguntas não respondidas pela investigação do RPD Reunir informações necessárias para uma conclusão quanto a precisão de um pensamento negativo Encorajar os participantes do grupo a realizarem experimentos

“ Muitos experimentos envolvem alguma forma de retorno à situação e a busca de mais informações, mas a essência de qualquer experimento é formular uma hipótese acerca do pensamento e a maneira de testá-la”

Para obter um experimento realmente eficaz, é necessário criar duas hipóteses importantes, que tenham a credibilidade e que possam ser testadas com fatos, podendo ser verdadeiras ou falsas. Ex . Pg 64

Condução do experimento em grupo 1º Esclarecer a hipótese do paciente e uma encontrar uma hipótese alternativa equilibrada 2º Elaborar um método para testar as idéias, de modo persuasivo não apenas para o participante “foco” , mas para todos os outros membros. 3º Maximização do aprendizado, lembrando aos membros como eles mesmos podem usar experimentos.

4º Focalização em fatores grupais, incluindo coesão e retirada do foco de si mesmo. PG. 64

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