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A DUPLA EXCLUSÃO: RAÇA E GÊNERO NA HISTÓRIA DO BRASIL REPUBLICANO

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Apresentação em tema: "A DUPLA EXCLUSÃO: RAÇA E GÊNERO NA HISTÓRIA DO BRASIL REPUBLICANO"— Transcrição da apresentação:

1 A DUPLA EXCLUSÃO: RAÇA E GÊNERO NA HISTÓRIA DO BRASIL REPUBLICANO
História do Brasil Independente II

2 QUESTÃO RACIAL “Raça” – categoria relacional e não normativa; construção social Críticas ao “essencialismo” – raça = natureza = identidade determinada Linhagens analíticas (matrizes): Gilberto Freyre (1933) e Florestan Fernandes (1965) O mito da “Democracia racial” Ação política e identidade racial: Estrutura e agenciamento

3 QUESTÃO RACIAL E EXCLUSÃO POLÍTICO-SOCIAL – BALIZAS HISTÓRICAS
Desagregação do sistema escravista ( ) Emergência do “racismo científico” no final do século XIX (darwinismo social, evolucionismo, eugenismo) – mestiçagem como desafio à “civilização” e ideologia do “branqueamento” Liberalismo oligárquico – “elitismo político” Pós-abolição: imigrantismo e substituição do trabalhador “afrodescendente” no setor mais dinâmico da economia (café) Racismo e segregacionismo legal - o caso brasileiro

4 PÓS-ABOLIÇÃO “Trata-se, fundamentalmente, de reconhecer que o processo de destruição da escravidão moderna esteve visceralmente imbricado com o processo de definição e extensão dos direitos de cidadania nos novos países que surgiam das antigas colônias escravistas. E que, por sua vez, a definição e o alcance desses direitos esteve diretamente relacionado com uma continua produção de identidades, hierarquias e categorias raciais (...) a grande preocupação das elites contemporâneas aos processos de emancipação era definir quem poderia ser cidadão” (RIOS, Ana & MATTOS, Hebe. “O pós- abolição como problema histórico” Topoi , 5/8, jan-jun 2004, ). “Detalhes sobre diagnósticos e projetos de construção nacional, produzidos por elites invariavelmente conservadoras, pautaram por muito tempo a discussão historiográfica sobre o período pós-emancipação. Melhor dizendo, o pós-abolição como questão específica se diluía na discussão sobre o que fazer com o ‘povo brasileiro’ e a famosa ‘questão social’ (MATTOS & RIOS, p. 191).

5 “NEGROS E POLÍTICA” Período que vai do final do Império ao Estado Novo foi marcado pelo surgimento de várias associações civis e por uma imprensa feita por e dirigida para os “homens de cor” Estes espaços de organização e solidariedade reuniam os setores letrados da população afrodescendente, em meio à massa de analfabetos. O grande número de analfabetos entre os afrodescendentes – 2/3 em deve-se às condições sociais de reprodução da força de trabalho (escrava ou “precária”) e às dificuldades institucionais de acesso às escolas privadas e públicas.

6 “NEGROS E POLÍTICA” Perspectivas: “assimilacionismo” (São Paulo); “sociedade paralela e identidade afro” (Salvador) e “mestiçagem” sem integração (Rio de Janeiro, Recife) Centro Cívico Palmares (1926) Frente Negra Brasileira (1931) FNB: Arlindo Veiga dos Santos e Justiniano Costa (presidentes) 1936: entre 40 e 200 mil associados FNB: afirmação da “dignidade dos negros” e inserção na “sociedade branca” (Petrônio Domingues) FNB: valores nacionalistas e autoritários – aproximação com o fascismo.

7 Desdobramentos na área político-cultural
Teatro Popular Brasileiro (Solano Trindade, 1943) Teatro Experimental do Negro (Abdias Nascimento, 1944) - Jornal “O Quilombo” – 1943 União dos Homens de Cor (RS) I Congresso do Negro Brasileiro (1950) Incorporação da “questão racial” na cultura nacional-popular de esquerda (pós-1945) Reconfiguração da identidade negra na cultura e na política (anos e 1970)

8 BIBLIOGRAFIA BÁSICA Joel Rufino dos Santos, "Movimento negro e crise brasileira", Atrás do muro da noite; dinâmica das culturas afro-brasileiras, Joel Rufino dos Santos e Wilson do Nascimento Barbosa, Brasília, Ministério da Cultura/Fundação Cultural Palmares, 1994 Miriam Nicolau Ferrara, A imprensa negra paulista ( ), São Paulo, FFLCH/USP, 1986 Marina Pereira de Almeida Mello, O ressurgir das cinzas: negros paulistas no pós-abolição: identidade e alteridade na imprensa negra paulistana ( ), São Paulo, Dissertação de Mestrado, FFLCH-USP, 1999 Petrônio Domingues, Uma história não contada. Negro, racismo e branqueamento em São Paulo no pós-abolição, São Paulo, SENAC, 2004 Laiana Lannes de Oliveira, A Frente Negra Brasileira: política e questão racial nos anos 1930, Rio de Janeiro, Dissertação de Mestrado, UERJ, 2002  Jeferson Bacelar, "A Frente Negra Brasileira na Bahia", Afro-Ásia, n. 17, Salvador, 1996, p Joselina da Silva, União dos homens de cor (UHC): uma rede do movimento social negro, após o Estado Novo, Rio de Janeiro, Tese de Doutorado, UERJ, 2005 Ricardo Gaspar Muller, Identidade e cidadania: o Teatro Experimental do Negro, Belo Horizonte, Dissertação de Mestrado, FFCH/UFMG, 1983 Márcio José de Macedo, Abdias do Nascimento: a trajetória de um negro revoltado ( ), São Paulo, Dissertação de Mestrado, FFLCH/USP, 2005 José Jorge Siqueira, Entre orfeu e xangô: a emergência de uma nova consciência sobre a questão do negro no Brasil ( ), Rio de Janeiro, Tese de Doutorado, UFRJ, 1997 CLOVIS MOURA. 'História do negro brasileiro'. São Paulo: Ática, 1989 Flávio Gomes. Negros e Política ( ). Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2005

9 GÊNERO E EXCLUSÃO Gênero: categoria relacional e não normativa-essencial Identidades e relações de poder no âmbito do público e do privado Estrutura e agenciamento: abordagens possíveis Memória social “liberal”: privilegia a luta das “sufragistas” e dos indivíduos do sexo feminino que ousavam desafiar padrões (“liberdade de pensamento e comportamento”) Memória social “de esquerda”: foco nas interações entra gênero e classe no mundo do trabalho e dos movimentos sociais

10 Mulheres no mercado de trabalho fabril- Brasil
1872 = 72% (aprox.) 1950 = 23% Concentração maior nas industrias de fiação e tecelagem. Hipótese historiográfica: entre 1920 e 1950, as mulheres deram lugar ao operário homem, como parte da imposição de novos valores sociais e de uma nova política na área trabalhista (médicos, juristas, políticos) Fábrica: lugar do assédio sexual e da imoralidade – trabalho braçal = corrupção moral; incompatibilidade física (ao contrário do que muitos industriais defendiam) Visão Anarquismo: igualdade dos sexos (plano discursivo e ideológico); contra a monogamia, direito à maternidade (e não “dever”), divórcio, amor livre Mulher: Estado e Igreja Católica enfatizam seu papel no mundo privado, como guardiã dos valores familiares e “mãe-civilizadora”. Novas configurações de masculinidade e feminilidade – mulher “santa” e homem “guerreiro”

11 Representações dominantes (discurso médico e jurídico “cientificista” – paradigma até anos 1960)
“Vocação” da mulher de acordo com determinismo biológico: maternidade, família, “Características inatas”: sentimentalismo, irracionalidade, inferioridade mental, fragilidade física Ideal masculino (trabalhador – anos 1930): higiênico, patriota, produtivo, disciplinado, submisso ao poder vigente Mulher casada: paradigma simbólico da “santa” e da “dona de casa”.

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13 BARBIERI, T. “Sobre la categoria de gênero: una introducción teórico- metodológica” In: Diretos reprodutivos. São Paulo, Fundação Carlos Chagas, 1981 SAFFIOTI, Helieth. A mulher na sociedade de classes (1969) DIAS, Maria Odila. Quotidiano e poder (1984) RAGO, Margareth. Do cabaré ao lar. A utopia da cidade disciplinar (1985)


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