Esquemas-síntese do poema «Esparsa sua ao desconcerto do mundo»

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1 Esquemas-síntese do poema «Esparsa sua ao desconcerto do mundo»

2 Esparsa: sem mote; uma única estrofe de dez versos (décima); redondilha maior.
Tema: a denúncia do desconcerto do mundo (o Homem como vítima de leis perversas e arbitrárias). Jogo de antíteses Bons ≠ maus Tormentos ≠ contentamentos Eu ≠ mundo

3 Tese inicial: o sofrimento dos «bons» (v
Tese inicial: o sofrimento dos «bons» (v. 1) e a recompensa dos «maus» (v. 4). Virtuosos/íntegros/justos/retos/ benévolos/humanos Bons Divisão do mundo em dois campos opostos Maus Levianos/corruptos/injustos/ímpios/ perversos/cruéis 1.ª parte (vv. 1-5) Recompensas incoerentes com a natureza das pessoas «sempre passar […] graves tormentos» Inquietação constante Bons Maus «sempre nadar […] mar de contentamentos» Felicidade constante Realça a ideia de regra fixa, de norma de funcionamento do mundo, de lei absoluta e universal Repetição do advérbio de valor temporal «sempre» ( vv. 1 e 4) O Bem atinge-se através do Mal Conclusão

4 Simbologia do «mar de contentamentos» (v. 5):
Metáfora Imagem do mar — longa extensão Circunstâncias positivas, imensidão, abundância

5 Conclusão da reflexão proposta: o sujeito poético condenado eternamente ao fracasso, pois as leis da Ética só funcionam em relação a ele próprio. Estratégia adotada pelo sujeito poético Mudança de comportamento Atingir a felicidade através de ações negativas «fui mau» (v. 8) «o bem tão mal ordenado» (v. 7) 2.ª parte (vv. 6-10) Consequências da ação do sujeito poético MAS (v. 8) Mundo concertado para o eu — desânimo, frustração, revolta Conjunção adversativa «fui castigado» (v. 8) Foi punido por ter agido mal