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Transcrição da apresentação:

 Romantismo e Realismo duas escolas literárias de grande importância para a Literatura Brasileira, ambas falam da sociedade, da burguesia e até mesmo da elite, portanto possuem uma oposição.  Romantismo: ideias de liberdade, liberdade da subjetividade, dos sentimentos, da imaginação criadora e da fantasia.  Realismo: ideias de racionalidade, objetividade e impassibilidade, propondo retratar fielmente a vida contemporânea para desnudá-la, criticá-la, transformá-la.

O Realismo Naturalismo

Tendências Ideológicas  Realismo e Naturalismo são movimentos que representam as mudanças ocorridas no mundo na 2ª metade do séc. XIX. Usando como palavra de ordem “observação e experimentação”.  Progresso científico: avanço no estudo da microbiologia; descoberta do bacilo da tuberculose; avanço nas cirurgias e psiquiatria.  Elevação ao valor supremo através do telégrafo, estradas de ferro, cabos transatlânticos, fundações siderúrgicas...  Novas correntes de pensamento: Positivismo (Augusto Comte), Socialismo Científico (Karl Marx e Engels), Evolucionismo (Charles Darwin), Determinismo (Taine).

 Os escritores passaram a analisar a realidade “materialista”, estruturando hábitos mentais, orientados pelo pragmatismo (a verdade deve ser útil e propiciar satisfação).  Assumiram uma postura de aversão a tudo que era inverossímil.  Passaram a representar a realidade, adotando uma visão binocular: Romance psicológico (interior do indivíduo), Romance social (mundo exterior).  Para os naturalistas, as paixões humanas eram determinadas pelo meio social, daí o registro de casos extremos de banalidades ou atrocidades no comportamento social.

Marcos da Literatura Realista- Naturalista  França: 1857 – Madame Bovary de Gustave Flaubert. Émile Zola (1868/1893) publicou Les RougonMacquart – focalizando a história de uma família do 2º Império – direcionando-se ao Naturalismo.  Portugal: 1865 – Questão Coimbrã – Antero de Quental (novas ideias) X Antônio Feliciano de Castilho (ideais românticos) Conferências Democráticas do Cassino Lisbonense – Antero de Quental, Augusto Soromenho, Eça de Queriós e Adolfo Coelho – publicação de “O Crime do Padre Amaro” (Eça de Queirós).  Brasil: 1868 – na Faculdade de Direito do Recife agitação cultural, divulgando novas ideias – Memórias Póstumas de Brás Cubas (Machado de Assis) e O Mulato (Aluisio Azevedo).

Realismo Naturalismo A investigação da sociedade e dos caracteres individuais é feita de “dentro para fora”, por meio de uma análise psicológica A investigação da sociedade e dos caracteres individuais ocorre de “fora para dentro”, experimentação Ênfase nas relações entre o homem e a sociedade burguesa, atacando suas instituições e seus fundamentos ideológicos: o casamento, o clero, a escravização do homem ao trabalho como meio de “vencer na vida” Ênfase na descrição da coletividade, dos tipos humanos que encarnam os vícios, as patologias e anormalidades reveladoras do parentesco entre o homem e o animal (devido a circunstâncias externas) Embora possuam tais diferenças bem marcadas, as duas escolas estão racionalmente engajadas em “fazer a anatomia do caráter” da sociedade burguesa, comprometendo-se revolucionariamente com a sua superação.

O Estilo Realista  Representa aspectos da vida política, econômica e social com todos os seus problemas. Análise das causas profundas, sua interdependência e seu dinamismo.  Os escritores empenharam-se em oferecer uma visão da realidade concreta, e alguns escritores como: Machado de Assis e Eça de Queirós revelaram as trevas do subconsciente, em que se fomentam os ódios inconfessados, os crimes que não se ousam cometer, as tentações abomináveis que não emergem senão em pesadelo.  Desmascararam o idealismo romântico por meio de paródias, caricatura e ironia.

O Estilo Naturalista  Oferece uma visão de mundo determinista, mecanicista: o ser humano é um animal guiado por forças fatalistas da raça, do meio físico-social e do momento histórico. Igualdade de proporção entre a razão e o espírito.  Interesse maior por temas de patologia social, como miséria, criminalidade, desequilíbrios psíquicos, lesbianismo, homossexualismo, incesto, ninfomania...  Em Portugal, Eça de Queirós representou o Naturalismo em “O primo Basílio (1878)”, “O Crime do Padre Amaro (1875)” e “Os Maias (1888)”. No Brasil Aluísio Azevedo representa o Naturalismo em “O Cortiço”

Traços característicos do Naturalismo  Pintura literária do puramente sensível  Verdade da sociedade  Trabalho popular  Luta entre o capital e a classe trabalhadora  Reforma social  Renúncia ao belo; sugestão ao feio  Objetividade do relato  Homem infeliz  Compromisso com a verdade tirânica  Exagero e simplificação  Psicologia materialista

Eça de Queirós ( )  1ª Fase: Romantismo Primeiros escritos folhetinescos “Prosas Bárbaras (1905)”, influência do satanismo da literatura ultra- romântica, sintomas de Realismo, obra de pouca importância.  2ª Fase: Naturalismo O Crime do Padre Amaro (1875), O Primo Basílio (1878), Os Maias (1888) – transição para a próxima fase. Crítica ao atraso da civilização e estagnação do país. Denúncia da classe média e das elites. Influências de Émile Zola (Naturalismo) e Taine (Determinismo).

 3ª Fase: Realismo Fantasista A Ilustre Casa de Ramires (1900), A Cidade e as Serras (1901). Mescla de observação realista e imaginação artística. Visão crítica temperada com propósitos humanitários e espírito de compreensão. Elogio da vida rural e tradições lusitanas, valorização do lirismo.  ESTILO  Eça enriqueceu a língua com seus achados, forjou novas palavras (neologismo), ampliou significados de outras, valorizou a expressão coloquial, fez uso do estrangeirismo. Senso de contrastes – notação grosseira com observação mais fina – humor saborosos e cortante.