Clareamento Dental
INTRODUÇÃO BUSCA PELA ESTÉTICA PROCEDIMENTO CONSERVADOR PROCEDIMENTO PRINCIPAL X PROCEDIMENTO AUXILIAR
ETIOLOGIA DAS ALTERAÇÕES DE COR TIPOS DE ALTERAÇÃO DE COR: EXTRÍNSECAS CONGÊNITA INTRÍNSECAS Pré- eruptivas ADQURIDAS Pós- eruptivas
DIAGNÓSTICO X TRATAMENTO Manchas extrínsecas Hábitos: Dieta:
DIAGNÓSTICO X TRATAMENTO Manchas extrínsecas Polimento coronário Clareamento
DIAGNÓSTICO X TRATAMENTO Manchas intrísecas: Clareamento Microabrasão Tratamento restaurador
AGENTES CLAREADORES Peróxido de carbamida Peróxido de hidrogênio Perborato de sódio Hidroxilite
AGENTES CLAREADORES Amônia Peróxido de carbamida Principalmente caseiro Carbopol Mecanismo de ação Amônia Peróxido de hidrogênio + uréia PH Dióxido de carbono
AGENTES CLAREADORES Peróxido de hidrogênio Principalmente consultório Produto cáustico Mecanismo de ação Eficiência 2,76 vezes maior
Clareamento Vital O clareamento vital refere-se ao branqueamento de dentes que apresentam vitalidade pulpar. Esse tipo de clareamento é eficaz : Manchas em esmalte. Dentes escurecidos pela idade, ou dentes naturalmente amarelados. Manchas localizadas na dentina.
Clareamento caseiro A técnica a ser eleita pode variar de acordo com: Preferência do paciente,podendo escolher entre a técnica caseira, ou em consultório. Esclarecer sobre os riscos do procedimento. Tempo de tratamento. Custo.
Clareamento caseiro Etapas do processo: Registro da cor inicial dos dentes através de uma escala de cor. Confecciona-se um modelo de gesso da arcada do paciente. Coloca-se uma folha plástica siliconizada resiliente, e o modelo de gesso no plastificador. Após o resfriamento,a folha plástica pode ser removida do modelo e recortada na linha dentogengival ou até mesmo 1 mm acima desta linha.
Clareamento caseiro Testar a moldeira plástica no paciente para verificar a adaptação e a presença de regiões que possam ferir a mucosa. Colocar uma 1 gota dentro de cada espaço da placa equivalente a cada dente. Escovar os dentes e usar o fio dental antes do tratamento. Remover todo o excesso do gel que extravasar da moldeira e estar atento ao tempo de aplicação. Após a remoção da moldeira, deve-se limpá-la cuidadosamente para retirar resíduos do agente e enxaguar a boca com água para remover os resíduos do agente clareador.
CLAREAMENTO CASEIRO O peróxido de carbamida nas concentrações de 10 ou 16% pode ser aplicado todas as noites, por 6 a 8 horas, ou durante o dia, em aplicações de uma a 2 horas cada. Já o peróxido de hidrogênio a 5,5 ou 7,5% deve ser usado 2 vezes ao dia,por 30 minutos a 1 hora cada.
CLAREAMENTO CASEIRO Vantagens: técnica simples e fácil, baixo custo, utiliza agentes clareadores com baixa concentração, pode ser empregado em vários dentes simultaneamente, utiliza substâncias fáceis de ser encontradas no mercado,não promove efeitos deletérios nos dentes e tecidos moles, é de fácil reaplicação nos casos de recidiva de cor. Desvantagens: como a aplicação do agente é feita pelo paciente, a evolução do tratamento dependerá do mesmo; alguns pacientes podem apresentar hipersensibilidade dental durante o tratamento;também não atua de modo eficaz em dentes que apresentam restaurações extensas, pois eles não possuem estrutura dentária suficiente para reagir adequadamente com o agente clareador.
Clareamento em consultório ‘A aplicação em consultório permite uma resposta mais rápida com a utilização de agente em maior concentração. Exige mais tempo de atendimento clínico e, portanto, maior custo. Etapas do procedimento: Registro da cor inicial dos dentes através de uma escalade cor. Protegem-se os tecidos moles . Faz-se um isolamento absoluto dos dentes que receberão o clareamento. Após isso, realiza-se um ataque ácido do esmalte com ácido fosfórico a 37% por 30 segundos. Aplica-se o agente clareador. Os dentes, então, são generosamente lavados com água, assim como todo o lençol de borracha, dos resíduos do clareador.
CLAREAMENTO DE CONSULTORIO Vantagens: utilização de materiais facilmente encontrados no mercado,maior controle da técnica — pois não depende da colaboração do paciente — ,maior controle dos locais de aplicação (principalmente nos locais de retração gengival, propícios à formação de hipersensibilidade). Desvantagens: necessita de um tempo maior de atendimento, é indispensável o uso de dique de borracha para proteger tecidos moles, em dentes que apresentam restaurações extensas, contra indicados a gestantes e lactantes,pacientes com irritações gengivais severas, fumantes e em pacientes em condições pré-cancerígenas.
Efeitos dos agentes clareadores nos tecidos bucais Um dos efeitos adversos mais comum é a sensibilidade dos dentes às trocas térmicas após a primeira hora de remoção da moldeira ou em períodos associados ao início do tratamento. Para tratar essa sensibilidade, deve-se interromper o tratamento por dois a três dias e utilizar uma solução de fluoreto de sódio a 0,05% ou 0,2 % em forma de gel ou nitrato de potássio aplicado em uma moldeira,como agente dessensibilizante. As fontes luminosas que degradam estes agentes clareadores podem causar algum risco de necrose pulpar caso aumentem a temperatura da polpa para mais de 5,5 ºC.
EFEITOS DOS AGENTES CLAREADORES NOS TECIDOS BUCAIS O oxigênio liberado da decomposição atuará aumentando a porosidade do esmalte. Os peróxidos, principalmente de hidrogênio, podem desnaturar as proteínas da matriz, e reduzindo a adesão entre dentina e materiais restauradores. Pode ocorrer irritação gengival que pode ter como causa tanto a substância clareadora como a moldeira plástica usada no clareamento caseiro. Além de xerostomia, irritação na garganta e no estômago. Devido à deglutição do agente,alteração da microbiota bucal e infecções oportunistas. Outros estudos ainda relatam que o os agentes clareadores usados no consultório Têm efeitos que contribuem para danos no DNA, colaborando para a carcinogênese.
Efeitos dos agentes clareadores sobre os materiais restauradores Os materiais restauradores não são clareados, recomenda-se a troca de todas as restaurações após o período de eliminação do material residual, que dura de 7 a 14 dias. No sistema adesivo, o gel clareador pode agir solubilizando-o e degradando-o, comprometendo a longevidade da restauração. Suspeita-se que os agentes clareadores, sobre restaurações de amálgama, podem aumentar a toxicidade através da oxidação, corrosão e dissolução da superfície do material. Quanto ao efeito dos clareadores sobre a textura superficial dos materiais restauradores, demonstrou-se que cimentos ionoméricos em especial, podem fracassar clinicamente quando submetidos à ação prolongada de agentes clareadores caseiros.
ATIVAÇÃO DOS AGENTES CLAREADORES COM LUZ E/OU CALOR LEDS (Light Emitting Diodes- Diodos Emissores de Luz) e LASER(Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation- Amplificação da Luz por Emissão Estimulada de Radiação)
LEDS Luz fria- não causa aquecimento Emissão de luz espontânea Catalisador do agente clareador fotossensível à base de caroteno (pigmento sensível à luz), convertendo rapidamente o peróxido de hidrogênio em água e oxigênio nascente, por meio de radiação não-ionizante. Vantagens: - Mínimo de sensibilidade pós-operatória. - Custo mais acessível quando comparado com aparelhos de arco de plasma ou laser de argônio. - Resultados clínicos excelentes.
LASER Emissão estimulada artificial. Vantagens: alívio imediato da sensibilidade. O laser de baixa potência apresenta diversas propriedades terapêuticas impedindo a repolarização das fibras nervosas responsáveis pelo advento da dor.
LASER Whitening Lase Plus DMC - Potência de 200 mW (baixa potência) . - Densidade de potência ou irradiância de 1.587 (mW/cm2). - Comprimento de onda infravermelho de 830 nm. - 72 LEDs e 1 laser de diodo.
Aparelhos de luz halógena: Optilux® (Demetron/Kerr) Aparelho de arco de plasma como o Apollo 95E® (Apollo Elite DMD) ou Sapphire® (Den Mat). Aparelhos que emitem LED e laser de diodo : -Ultrablue IV® (DMC Equipamentos) -Whitening Lase® (DMC) Apenas laser de diodo: -Lasering L808® (New Image do Brasil) Laser de argônio: o Accure 3000- Elite Model® (Laser Med Inc- USA).
Laser de argônio: Fótons de alta energia são emitidos que, por sua vez, estimulam vibrações moleculares no peróxido de hidrogênio sem nenhum efeito térmico.
Caso clínico 1: Paciente do sexo feminino com queixa de dentes escuros, apesar de no exame clínico não haver evidência de pigmentações endógenas ou exógenas. Alertada dos riscos de sensibilidade após o clareamento e da constatação que os dentes eram já claros e normais, a mesma mostrou desejo de torná-los “mais brancos”.
Sequência Isolamento absoluto Profilaxia ( com pasta sem oleosidade) Lavagem e secagem Aplicação do produto Lase Peroxide® (DMC) -15 gotas do peróxido de hidrogênio para 5 gotas do espessante de cor carmim (proporção sempre de 3:1). Pincelamento na superfície vestibular dos dentes isolados,permanecendo aí por 2 minutos. Ativação com o aparelho Whitening Lase® (DMC Equipamentos) por 3 minutos Aguardou-se mais 2 minutos para complementação da liberação do oxigênio pelo produto, totalizando-se 7 minutos.
Sequência Repetiu-se o procedimento todo no arco superior, limpou-se o produto com gaze, e imediatamente, aplicou-se flúor tópico neutro incolor por 5 minutos. (redução da sensibilidade) Após a incorporação dos íons fluoreto na estrutura adamantina, executou-se o polimento com disco de feltro impregnado com pasta diamantada para polimento (Diamond Excelâ- FGM), para obtenção de um glaze superficial do esmalte. Removeu-se o isolamento absoluto do arco superior e o procedimento foi repetido para o arco inferior. Do matiz e croma A2, obtive-se o matiz e croma A1
Considerações clínicas: O flúor fosfato acidulado (melhor as trocas inorgânicas ) deve ser evitado na técnica clareadora - aumento da permeabilidade do esmalte. Eventualmente flúor em alta concentração e nitrato de potássio podem ser utilizados como dessensibilizantes caso o paciente se queixe. -Flúor: oclui os túbulos dentinários pela deposição de enormes cristais. -Nitrato de potássio possui efeito anestésico, impedindo a repolarização das fibras nervosas, minimizando o mecanismo da dor. Efetividade do clareamento dental :evitar durante as próximas 24 a 48 horas a ingestão de alimentos quentes e gelados, alimentos com corantes e uso de batom.
Caso clínico 2: Artigo: Estudo de comparação do clareamento dental com peróxido de hidrogênio a 25% em consultório utilizando ou não ativação por meio de lâmpada de luz halógena. Ensaio clínico controlado em que as maxilas de 10 pacientes foram submetidos a clareamento dental com peróxido de hidrogênio a 25% em consultório e usando o método de maxilar dividido, em que em um quadrante se aplicou luz halógena por 20 minutos e no outro não. O procedimento foi realizado em 2 sessões Avaliou-se a alteração de cor -escala de cor Vita EasyShade. A conclusão: não há diferenças estatisticamente na mudança de cor (p=0,38).
Critérios de inclusão: pacientes do sexo masculino e feminino, faixa etária entre 18 e 28 anos. Critérios de exclusão: hipersensibilidade, fumantes, tratamento de clareamento prévio ou que apresentaram pigmentações pela ingestão de antibióticos. Procedimentos: Coletou-se dados dos pacientes e determinou-se cor inicial dos dentes central, lateral e canino de ambos quadrantes (I e II )- escala de cor de Vita EasyShade de EuroDent®. Fotografias de frente, com luz natural, antes de realizar o procedimento em cada paciente. Profilaxia com bicarbonato de sódio em ambos maxilares. Isolamento absoluto Peróxido de hidrogênio a 25 % da marca no quadrante I por 20 minutos, não colocar no quadrante II.
Remover com algodões. Repetiu-se o procedimento. Peróxido de hidrogênio a 25% quadrante II e exposição de lâmpada de luz halógena por 20 minutos, remover com algodões. Novamente colocou-se o peróxido de hidrogênio a 25% no quadrante II, e luz halógena por 20 minutos. Removeu-se o agente clareador e depois retirou isolamento absoluto. Avaliou-se a cor final os quadrantes -Vita EasyShade®. Flúor tópico Recomendação de evitar consumo de alimentos e bebidas com corantes por 1 semana Fotografias. Para análise , a cada amostra de cor da escala EasyShade Vita® se colocou um valor da Tabela 1, onde se calculou frequências absolutas e relativas em cada um dos grupos, experimental (exposto a luz halógena) e controle (não exposto).
CONCLUSÃO significativas na mudança de cor em pacientes que Não se encontraram diferenças estatisticamente significativas na mudança de cor em pacientes que foram submetidos a tratamento de clareamento dental em consultório com peróxido de hidrogênio ali 25% a ser ativado com e sem luz halógena.
Bibliografia http://www.dmcgroup.com.br/arquivos/manual/whitening_lase_plus .pdf http://www.dmcgroup.com.br/br/detalheproduto/odontologica/divis ao-equipamentos/clareamento/whitening-lase-plus/96 Bispo, L.B. Clareamento de dentes com associação LED e Laser. Odontologia. Clín.-Científ., Recife, 6 (2): 179-182, abr/jun., 2007 www.cro-pe.org.br Moreno,P., Lorena S., Ramirez, R., Ximena, D. et al. Comparación del blanqueamiento dental con peróxido de hidrógeno al 25 percent en consultorio, utilizando o no activación con lámpara de luz halógena. Univ. odontol; 29(62): 19-25, ene.-jun.
Dúvidas????