Currículo e Ensino de Ciências I

CURRÍCULO e POLÍTICAS EDUCACIONAIS

1.Contexto histórico educacional brasileiro: alguns marcos 2.A evolução da organização do Ensino de Ciências e da escola média 3.Questões históricas transversais 4.Políticas atuais Currículo e Ensino médio: Que escola é essa? Aspectos das políticas educacionais e o Ensino de Ciências (As finalidades, objetivo, etc. e seu reflexo nas formas de organização da escola média)

‘ 2000 v v 1945 v ‘vvv Primeira República Getúlio Vargas Pós Guerra Ditadura Democra- tização Tempos atuais 1. Contexto histórico educacional brasileiro: alguns marcos

‘ 2000 v v 1945 v ‘vvv Primeira República Getúlio Vargas Pós Guerra Ditadura Democra- tização 1931 Reforma Francisco Campos 1942 Reforma Capa- nema ª LDB 1971 Lei 5692/ ª LDB Tempos atuais Marcos na Educação:

‘ 2000 v v 1945 v ‘vvv Primeira República Getúlio Vargas Pós Guerra Ditadura Democra- tização 1931 Reforma Francisco Campos 1942 Reforma Capa- nema ª LDB 1971 Lei 5692/ ª LDB Oficialização do ensino médio Ênfase em valores nacionais Educação e trabalho Integração e Educação Básica Busca do desenvol- vimento Tempos atuais Marcos na Educação:

‘ 2000 v v 1945 v ‘vvv Primeira República Getúlio Vargas Pós Guerra Ditadura Democra- tização 1931 Reforma Francisco Campos 1942 Reforma Capa- nema ª LDB 1971 Lei 5692/ ª LDB Ensino secundário (5 + 2) Ensino secundário (4 + 3) Ensino de 1º e 2º grau Educação Básica Ensino Médio (4 + 3) Tempos atuais

Até (?) Ensino secundário: fundamental (5) e Complementar (2) Ensino secundário: Ginasial (4) e Clássico/Científico (3) Incorpora o “Admissão” Ensino fundamental (8) Ensino médio (3) Incorpora o “Pré-primário” 2. Estruturas de organização do ensino de ciências

1ª série 2ª série 3ª série 4ª série 5ª série Português44333 (17) Francês3321 (9) Inglês3321 (9) Alemão (opc.)3321 (9) Latim 33 (6) História22222 (10) Geografia32222 (11) Matemática33333 (15) Desenho33222 (12) Ciências22 (4) Física 222 (6) Química 222 (6) História Natural 223 (7) Canto Orfeônico221 (5) (28) (25)(24)(22) Reforma Francisco Campos (1931) Curso secundário – primeiro ciclo (Horas aula semanais, por disciplina e série)

1ª série 2ª série 3ª série 4ª série Português4333 (13) Francês3222 (9) Inglês 333 (9) Latim2222 (8) História2222 (8) Geografia2222 (8) Matemática3333 (12) Desenho2211 (6) Ciências 33 (6) Tr. Manuais22 (4) Canto orfeônico1111 (4) Educação Física2222 (8) Total(23)(22)(24) Reforma Capanema (1942) Curso Ginasial (Horas aula semanais, por disciplina e série)

ClássicoCientífico 1ª2ª3ª1ª2ª3ª Português Francês ou Inglês32 22 Latim533 Espanhol2 2 História Geografia Matemática Física Química Biologia 4 33 Filosofia 33 4 Educação Física222 Desenho 222 (23)(25)(28) (23) (26) Reforma Capanema (1942) Curso Colegial (Horas aula semanais, por disciplina e série)

ClássicoCientífico 1ª2ª3ª1ª2ª3ª PortuguêsXXXX HistóriaXXXX GeografiaXXX MatemáticaXXXX CiênciasXX FísicaXX QuímicaXX BiologiaXX FilosofiaXXX Língua ModernaXX Língua ClássicaXX DesenhoXXXX OptativasXXXX Lei Orgânica (1962) Curso Colegial

Prepara ou não prepara para o Ensino superior? Como fica a formação para o trabalho? Ênfase humanista ou nas ciências exatas? Fragmentação em disciplinas Base nacional comum (Currículo nacional único?) Interdisciplinaridade e áreas de conhecimento Como é proposta a organização do conhecimento? 3. Questões históricas transversais: Finalidades: Em que consiste a preparação para a cidadania?

“Oficializa” os estudos para além da escola primária (Um único conjunto de seis anos) Preparação para o ensino superior é autônoma (e livre) Inserção das ciências na estrutura curricular (valorização) Formação de quadros para a elite (acesso restrito) Reforma Francisco Campos Reforma Capanema Criação de um segundo ciclo : clássico/científico Reversão parcial da ênfase científica anterior A educação a serviço da construção nacional Cidadania é sentimento de nação

LDB 1961 Construção: resultado de discussões de 13 anos (1948) Escola pública x escola particular Ensino público e ensino religioso Autonomia para Estados na organização educacional Flexibilização do currículo Diversificação Ensino médio: (secundário - técnico - normal) equivalentes Proposta de vários modelos: prevalece clássico/científico Vestibular como forma de assegurar a formação média Ciências são incorporadas como conhecimentos obrigatórios da base comum Regulamentação do ensino técnico e profissional Ciência para superação do sub-desenvolvimento (instrumento de poder) Formação de quadros para o desenvolvimento

Reforma 1971 (Lei 5692) Nova orientação para a estrutura educacional (1º e 2º grau) (Tentativa de superar as segmentações anteriores) Ênfase na educação profissional (obrigatória ) (até 1982) Vestibular seletivo: educação superior para poucos Fim do “clássico/científico”: preponderância das ciências. (O novo 2º grau (único) mais parece o antigo científico...) Autonomia e avaliação Currículo nacional ou flexibilização? Ênfase ao ensino superior. Institucionalização do vestibular.

LEGISLAÇÃO OFICIAL RECENTE (LDB-96 e depois...) Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCN), PCN + : Orientações Educacionais complementares aos PCNs, Orientações Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (OCEN), Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica, 2012 Programa Ensino Médio Inovador, Plano Nacional de Educação Políticas atuais

Prepara ou não prepara para o Ensino superior? Como fica a formação para o trabalho? Ênfase humanista ou nas ciências exatas? Fragmentação em disciplinas Base nacional comum (Currículo nacional único?) Interdisciplinaridade e áreas de conhecimento Como é proposta a organização do conhecimento? 4. Políticas atuais Finalidades: Em que consiste a preparação para a cidadania?

O ensino médio, etapa final da educação básica, com duração mínima de três anos, terá como finalidades: I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos; II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores; III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; IV - a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina. Art. 35 da LDB-96 A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurando-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. Art. 22 da LDB-96 LDB - Finalidades :

Parâmetros Curriculares Nacionais Prepara ou não prepara para o Ensino superior? Ensino médio como etapa final da educação básica (Deixa, nos termos da legislação, de ser propedêutico, ou seja, não visa preparar para o vestibular) Como fica a formação para o trabalho? Ênfase humanista ou nas ciências exatas? Áreas do conhecimento como equivalentes (Avaliações priorizam português e matemática...) Introdução de novos componentes das ciências humanas, apenas por acréscimo. Ensino profissional independente Em que consiste a preparação para a cidadania? ????

Fragmentação em disciplinas Base nacional comum (Currículo nacional único?) Interdisciplinaridade e áreas de conhecimento Como é proposta a organização do conhecimento?

Novas Diretrizes para a Educação Básica

Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica Revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas escolas do campo Consulta referente às orientações para o atendimento da Educação do Campo Diretrizes Operacionais para o atendimento educacional especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial Diretrizes Nacionais para a oferta de educação para jovens e adultos em situação de privação de liberdade nos estabelecimentos penais Reexame do Parecer CNE/CEB nº 23/2008, que institui Diretrizes Operacionais para a Educação de Jovens e Adultos – EJA, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena Diretrizes para o atendimento de educação escolar de crianças, adolescentes e jovens em situação de itinerância Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental

BASE NACIONAL COMUM? O QUE SERIA?

As políticas são expressão de movimentos mais amplos.... O sistema/educação é um sistema complexo.... (complexo não é complicado, mas também é) Muitas escolas, muitas realidades,... Aspectos culturais, políticos, econômicos e sociais são componentes que explicitam mais claramente nas políticas educacionais....

Proposta de trabalho: Análise das novas Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio, buscando possíveis elementos que sinalizam as finalidades do ensino de ciências na escola média. Que critérios são apresentados que podem possibilitar encaminhar uma seleção do conhecimento a ser ensinado? (Identificar eventuais ressonâncias ou contradições internas entre encaminhamentos e discursos). 1.Apresentação do texto analisado (trecho, estrutura ou o que achar pertinente observar sobre o texto) 2.Que critérios são apresentados como possibilidades para uma seleção do conhecimento científico a ser introduzido nas escolas (Física, Química ou Biologia) a ser ensinado? COMO IDENTIFICAR (ou não), NAS NOVAS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA O ENSINO MÉDIO, POSSÍVEIS CRITÉRIOS PARA DECIDIR O QUÊ ENSINAR? (Roteiro)

No que se refere mais particularmente à educação do tipo escolar, a consciência de tudo o que ela conserva do passado não deve encorajar a inconsciência de tudo o que ela esquece, abandona, ou rejeita A cada geração, a cada “renovação” da pedagogia e dos programas, são partes inteiras da herança que desaparecem da “memória escolar”, ao mesmo tempo em que novos elementos surgem, novos conteúdos e novas formas de saber, novas configurações epistêmico-didáticas, novos modelos de certeza, novas definições de excelência acadêmica ou cultural, novos valores (Forquin, 1993)

Em síntese, a história do trabalho escolar e do currículo mostra como ao longo do século XX novas exigências foram se impondo às escolas brasileiras. Nesse processo, foi intensa a demanda da população pela apropriação dos saberes escolares. A relevância desses saberes, do ponto de vista econômico, social e cultural e o significado deles para a humanização de homens e mulheres mantêm a efetiva democratização da cultura como um dos desafios da sociedade brasileira no limiar do século XXI Souza, 2008 (p.296)

HISTÓRIA SOCIAL DA EDUCAÇÃO NO BRASIL ( ) Marcos Cezar de Freitas e Maurilane de Souza Biccas São Paulo, Cortez, 2009 HISTÓRIA DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ESCOLAR E DO CURRÍCULO NO SÉCULO XX Rosa Fátima de Souza São Paulo, Cortez, 2008 HISTÓRIA DA PROFISSÃO DOCENTE NO BRASIL: REPRESENTAÇÕES EM DISPUTA Paula Perin Vicentini e Rosario Genta Luigi São Paulo, Cortez, 2009 HISTÓRIA DAS IDÉIAS PEDAGÓGICAS NO BRASIL Demerval Saviani Campinas, SP, Autores Associados, 2011 DIRETRIZES EDUCACIONAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA 8#q=diretrizes%20curriculares%20nacionais%20da%20educa%C3%A7%C3%A3o%20b%C3%A1sica As Diretrizes Educacionais para o Ensino Médio são um capítulo deste documento