3. CRESCIMENTO ECONÓMICO, PRODUTIVIDADE E NÍVEL DE VIDA Economia II – Estes materiais não são parte integrante da bibliografia da unidade curricular.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
CAP2 MEDIÇÃO DA ACTIVIDADE ECONÓMICA E CONTABILIDADE NACIONAL
Advertisements

Funções Financeiras Parte 2. TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)  A Taxa Interna de Retorno (TIR) é outra medida de investimento, porém, diferentemente do.
Aula 5 Bioestatística. Estatísticas para uma variável.
Principais resultados do Censo da Educação Superior 2014 BRASÍLIA – DF | NOVENBRO 2015 Censo da Educação Superior 2014.
Aula Teórica nº 13 Bibliografia: Obrigatória: Amaral et al. (2007), cap. 4 Complementar: Frank e Bernanke (2003), cap. 29 (secção “Taxas de Câmbio”) Sumário:
O TRABALHO E O MERCADO DE TRABALHO. Os países variam muito por apresentarem Características: Sociais Econômicas Políticas Institucionais.
Funções Prof. Márcio.
Professor: Gerson Leiria Nunes.  Tempo contínuo vs. Discreto  Sinal Determinístico vs. Aleatório  Conceito de frequência  Amostragem.
Aula Teórica nº 7 Sumário: 4. Consumo Privado, Poupança das Famílias e Investimento 4.1. Consumo privado, poupança das famílias e riqueza Bibliografia:
Contributos para uma Caracterização Os Estudantes Estrangeiros Nacionais de Países da CPLP no Ensino Superior em Portugal: Isabel Pedreira Cláudia Roriz.
PIB e IDH Ao observar o planeta sob o ponto de vista das sociedades humanas, é possível perceber as diferenças e desigualdades exigentes entre os muitos.
Os três mundos Durante o período da Guerra fria era comum regionalizar o espaço mundial em “três mundos”: Primeiro Mundo: constituído pelos países capitalistas.
Câmbio, Inflação e Crescimento: Reflexões e Aplicações à Economia Brasileira Roberto Ellery Jr, FACE/UnB.
População brasileira: rumo a estabilidade demográfica Atualidades/Geopolítica Prof. Reginaldo.
Capítulo III Contas Nacionais: Problemas de Mensuração.
Economia II – Estes materiais não são parte integrante da bibliografia da unidade curricular. Aula Teórica nº 16 Bibliografia: Obrigatória: Amaral et al.
Aula Teórica nº 12 Bibliografia: Obrigatória: Amaral et al. (2007), cap. 4 Complementar: Frank e Bernanke (2003), cap. 29 (secção “Taxas de Câmbio”) Sumário:
Aula Teórica nº 19 Bibliografia: Obrigatória: Frank e Bernanke (2003), cap. 26 Sumário: 9.3. Taxa de juro e procura agregada 9.4. Crescimento monetário.
Cálculo Numérico Computacional Prof. Linder Cândido da Silva.
Aula Teórica nº 18 Bibliografia: Obrigatória: Frank e Bernanke (2003), cap. 26 Sumário: 9. Moeda e Política Monetária 9.1. Procura de moeda 9.2. Oferta.
1 26 de março de 2015 Senado Federal Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática- CCT Audiência Pública 28 de Abril 2015.
UNIDADE TEMÁTICA 8 INTERNACIONALIZAÇÃO DA ECONOMIA, DO CONHECIMENTO E DA INFORMAÇÃO.
GEOGRAFIA POLÍTICA – EPUFABC 2016 PROF.º ALAN NERIS.
Aula Teórica nº 21 Bibliografia: Obrigatória: Frank e Bernanke (2003), cap. 27 Sumário: Perturbações da procura e da oferta.
Aula 3 – Oferta e Demanda.
Aula Teórica nº 2 Sumário: 2. Medição da Actividade Económica e das Variáveis Económicas 2.1. Medição do produto e do desemprego Medição do produto.
Média, Moda e Mediana Prof.: Adeilton Silva..
Economia II – Estes materiais não são parte integrante da bibliografia da unidade curricular. Aula Teórica nº 4 Bibliografia: Obrigatória:Amaral et al.
Curso Contabilidade Social – Feijó, Ramos et al., Ed. Campus, 2003 NÚMERO ÍNDICE É uma medida que sintetiza, em uma expressão quantitativa, a variação.
PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS
AGREGADOS MACROECONOMICOS
Economia II – Estes materiais não são parte integrante da bibliografia da unidade curricular. Aula Teórica nº 17 Bibliografia: Obrigatória: Amaral et al.
Economia II 2006/07 – Estes materiais não são parte integrante da bibliografia da unidade curricular. Aula Teórica nº 1 Sumário: Apresentação 1. O que.
Matemática Financeira. JUROS SIMPLES Juro e Consumo Existe juro porque os recursos são escassos. As pessoas têm preferência temporal: preferem consumir.
formas de remuneração do capital
RAZÃO A razão consiste no cociente formado por dois números (ou grandezas) diferentes de zero. A “velocidade média”, por exemplo, corresponde à razão entre.
3. SELEÇÃO DE PRESTADOR DE SERVIÇOS LOGÍSTICOS 3
Frente 1B Aula 03 Pirâmides Ecológicas: Quantificando o ecossistema.
Economia II – Estes materiais não são parte integrante da bibliografia da unidade curricular. Aula Teórica nº 14 Bibliografia: Obrigatória: Frank e Bernanke.
Medidas de Tendência Central ou de Posição 2- MODA- mo 1.1-Para Dados não Agrupados indica a região das máximas freqüências – que se evidencia – que está.
Economia II 2006/07 – Estes materiais não são parte integrante da bibliografia da unidade curricular. Aula Teórica nº 3 Sumário: Continuação da aula anterior.
IBGE – Brasil 2010 Indicadores De Desenvolvimento Sustentável Dimensão Econômica.
Abordagem crítica de estudos de usuários. Apresentações dos grupos Necessidade de explicar os porquês, justificar os resultados Alguns duvidaram das respostas.
Módulo III – Fundamentos Gerais de Segurança do Trabalho
Contabilidade Aplicada as Instituições Financeiras José Leandro Ciofi Aula 16.
Objectivo da reunião Porquê? ■ Credibilidade; ■ Avaliação; ■ Preparação; ■ Autonomia. Uniformizar modelos de validação das fontes documentais em trabalhos.
O HIATO DO PRODUTO E A REGRA DE TAYLOR TEORIA, APLICAÇÕES E COMENTÁRIOS.
Matemática Financeira Prof. Elano Diniz. 2 Nomenclatura Capital Inicial Capital Inicial (C 0 ) ou Principal Principal (P) ou Valor Presente Valor Presente.
Finanças Corporativas EPGE/FGV Notas de Aula Prof. Aldo Ferreira.
ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
PROJETO DE NIVELAMENTO – ITEC/PROEX - UFPA PROJETO DE NIVELAMENTO – ITEC/PROEX - UFPA EQUIPE FÍSICA ELEMENTAR EQUIPE FÍSICA ELEMENTAR DISCIPLINA: FÍSICA.
População brasileira Indicadores das características da estrutura da brasileira Idade e gênero – Pirâmide Etária escolaridade – Taxa de analfabetismo.
Determinação do nível de renda e produto nacional Aula 6.
Estatística Aplicada à Administração Profº Alessandro Moura Costa
ORIENTAÇÃO ACADÊMICA NO CURSO DE PEDAGOGIA PRESENCIAL UFRN – Campus Natal Setembro – 2013.
Contabilidade e Análise de Balanços Silvia Pereira de Castro Casa Nova Daniel Ramos Nogueira
Economia II – Estes materiais não são parte integrante da bibliografia da unidade curricular. Aula Teórica nº 15 Bibliografia: Obrigatória: Amaral et al.
Curso de Jornalismo Investigativo: uma capacitação para organizações e ativistas locais Análise e filtro de dados: oficina prática Apresentação baseada.
O setor externo Aula 11.
B RASIL 2035 Tendências – Dimensão Econômica Brasil 2035 – Construindo hoje o país de amanhã.
GEOGRAFIA Professor: Wilson Forti Maria Clara Samapaio Nº 14 8ºB Pedro Henrique Ambrósio Nº 18 8ºB Rafaella Montebello Nº 19 8ºB.
DINÂMICA DE POPULAÇÃO MUNDIAL. CONCEITOS BÁSICOS POPULAÇÃO ABSOLUTA: total de habitantes de um lugar. DENSIDADE DEMOGRÁFICA: medida de habitantes por.
SETOR EXTERNO Prof.: Ricardo Clemente. Fundamentos do Comércio Internacional O que leva os países a comercializarem entre si ? LEI DAS VANTAGENS COMPARATIVAS.
PIB. .. O PIB (Produto Interno Bruto) é uma das mais importantes estatísticas de um país, por destinar-se ao estudo dos valores agregados da produção,
Colégio de Nossa Senhora de Fátima Geografia 9º ano Filipe Miguel Botelho.
Jurandir Peinado GESTÃO DE OPERAÇÕES Previsão de demanda.
CPI do ASSASSINATO de JOVENS Senado Federal Brasília, 18 de maio de 2015.
Economia 2009 Prof. Fabiana. Conceito Origem – grego. Economia, ciência social que estuda os processos de produção, distribuição, comercialização e consumo.
Investimento – Modelo Acelerador Investimento mede a variação no estoque de capital ocorrida em determinado ponto do tempo. Def. A formação bruta de capital.
POLÍTICA CAMBIAL.  Mercado cambial são os mercados nos quais se compram e vendem as moedas dos diferentes países. A TROCA DA MOEDA NACIONAL PELAS MOEDAS.
Transcrição da apresentação:

3. CRESCIMENTO ECONÓMICO, PRODUTIVIDADE E NÍVEL DE VIDA Economia II – Estes materiais não são parte integrante da bibliografia da unidade curricular.

Aula Teórica nº 5 Sumário: 3. Crescimento económico, produtividade e nível de vida 3.1 Crescimento económico e nível de vida – análise empírica 3.2. Importância da taxa de crescimento 3.3 Importância da produtividade média do trabalho Bibliografia: Frank e Bernanke (2003), cap. 20 Economia II – Estes materiais não são parte integrante da bibliografia da unidade curricular.

Objectivos da aula: No final desta aula o aluno deverá ser capaz de:  Reconhecer a industrialização como uma época de crescimento económico sem precedentes.  Compreender o conceito de convergência real.  Calcular taxas de crescimento.  Compreender a importância de pequenos crescimentos anuais acumulados durante períodos longos.  Compreender o papel da produtividade média do trabalho no crescimento do PIB por habitante.

3.1. Crescimento económico e nível de vida – análise empírica  Durante os últimos dois séculos os países industrializados assistiram a uma impressionante melhoria das condições de vida  A evolução do PIB real por habitante reflecte essa evolução:  Mede o volume de bens e serviços disponíveis para o residente médio num país em determinado ano

Fonte: Angus Maddison, PIB por habitante, dólares internacionais de Geary-Khamis de 1990

 No gráfico, o PIB por habitante está medido em termos:  reais (“dólares de 1990”), porque o nível de preços varia ao longo do tempo.  em dólares “internacionais”, porque os preços variam de país para país, mesmo quando expressos na mesma moeda.

 Nos últimos dois séculos, o PIB por habitante português:  cresceu de forma impressionante;  em 2001, atingiu um valor cerca de 15 vezes superior ao de 1820;  foi sempre inferior ao PIB por habitante da Europa Ocidental e dos EUA.  Convergência real:  Aproximação do nível de vida médio em Portugal ao nível de vida que caracteriza economias mais ricas (e. g., Europa Ocidental, EUA).

 A convergência real pode ser medida de duas formas:  analisando o comportamento das taxas médias de crescimento anual;  analisando o comportamento do PIB relativo.  Período de convergência:  a taxa média de crescimento portuguesa excede a taxa média de crescimento europeia ou dos EUA;  Tal sucedeu a partir de 1950.

 Taxas médias de crescimento anual

 A partir de 1950, o PIB por habitante português aproximou-se do PIB por habitante dos países mais ricos.  Isto aconteceu porque o PIB por habitante português cresceu mais rapidamente.

3.2. Importância da taxa de crescimento  Mas, afinal… o que é a taxa de crescimento anual (de uma variável y )?  y t = valor da variável no ano t  y t-1 = valor da variável no ano t-1   y t = y t - y t-1 = variação no ano t  Taxa de crescimento anual:

 Daqui se retira a seguinte relação:  Logo, por substituição sucessiva temos:  n é nº de anos entre t e t-n  t é o ano final  t-n é o ano inicial

 O mesmo valor final ( y t ) poderia ter sido obtido a partir do mesmo valor inicial ( y t-n ) se a variável tivesse crescido sempre à mesma taxa ( ).  Isto quer dizer que:

 Logo, resolvendo em ordem a temos:  À taxa chamamos Taxa Média de Crescimento da variável y no período entre t-n e t.  Note-se que seria um erro fazer uma média aritmética simples das taxas de crescimento de cada ano do período.

 Pequenas diferenças na taxa de crescimento média anual têm grandes efeitos no longo- prazo

3.3. Importância da produtividade média do trabalho  A produtividade média do trabalho é medida como o valor criado (a preços constantes) por unidade de trabalho empregue.  Uma primeira aproximação consiste em calcular para um país X num período t :  Onde N t representa o emprego (stock) no período.  Seria melhor medir N t como o número de horas trabalhadas (fluxo), mas é mais difícil obtê-las.

 Podemos escrever o PIB real por habitante como resultando da multiplicação de duas parcelas:  a produtividade média do trabalho ( PMeL ) e  a parte da população que trabalha. PMeL t

 O PIB real por habitante cresce se:  aumentar a produtividade do trabalho  aumentar a parte da população que trabalha  No longo prazo:  aumentos do produto por habitante resultam essencialmente de aumentos na produtividade do trabalho