A evolução da agricultura em Portugal

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Transcrição da apresentação:

A evolução da agricultura em Portugal " A agricultura é a mãe de todas as artes: quando é bem conduzida, todas as outras artes prosperam; mas quando é negligenciada, todas as outras artes declinam, na terra como no mar “ Jacques Diouf

Agricultura Agricultura: Actividade que tem como objectivo a exploração de recursos do solo, a fim de satisfazer as necessidades essenciais do Homem (nutrição e vestuário) e do seu habitat.

A agricultura depende de: Factores naturais: Clima – temperatura humidade e insolação; Solo – riqueza em matéria orgânica e sais minerais; Relevo – altitude, exposição e inclinação das vertentes; Factores humanos: Sistemas económicos e políticos; Densidade da população; Meios e técnicas de trabalho;

Agricultura no antigamente A agricultura antiga ou arcaica é aquela caracterizada pela utilização intensiva da força humana e animal nas plantações, todas as civilizações utilizavam algumas técnicas agrícolas consideradas rudimentares em relação às técnicas mais modernas, tais como o uso da enxada, da queimada e o do arado de tracção animal, característicos desse tipo de agricultura.

Abundância em Portugal As plantas tipicamente mediterrânicas como a vinha, a oliveira e alfarrobeira, aperfeiçoaram-se em Portugal, assim como moinhos de cereais, e introduziram os lagares de vinho e de extracção do azeite, a figueira também é predominante em Portugal. Temos produção da amendoeira, amoreira e do loureiro, já desde a antiguidade, laranjeiras, bananeiras, medronheiros e outras árvores em abundância. Portugal foi sempre um país muito rico em agricultura, no entanto ao longo dos anos tem vindo a fracassar, o desenvolvimento industrial e económico é cada vez mais.

Culturas: As culturas temporárias predominam nas regiões agrárias de: Entre Douro e Minho; Beira Litoral; Ribatejo e Oeste; Madeira; As culturas permanentes têm o seu predomínio nas regiões de: Trás-os-Montes; Algarve; Os prados e pastagens permanentes predominam: nos Açores; no Alentejo;

Regiões Em termos regionais, devido às diferentes realidades agrícolas nacionais condicionadas e pela diferente natureza e qualidade dos solos, pelas diferenças climáticas, temos uma enorme variedade por factores de ordem económica e social. Assim, de um modo geral, verificou-se que as culturas temporárias predominam nas regiões agrárias de: Entre Douro e Minho; Beira Litoral; Ribatejo e Oeste; Madeira;

Culturas Culturas temporárias são aquelas em que o ciclo vegetativo não ultrapassa um ano (anuais) e também as que são ressemeadas com intervalos que não excedem os 5 anos. Trigo: Ocupa a maior extensão das culturas cerealíferas; apresenta uma produção muito irregular. O clima quente e seco, as planícies e a natureza do solo, da região alentejana é propícia ao cultivo deste cereal. A produção total é insuficiente, o que obriga à importação de grandes quantidades deste cereal.

Culturas Milho: Esta cultura predomina nas regiões de entre Douro e Minho, Beira Litoral e Ribatejo e Oeste. É o cereal com maior valor e volume de produção. Arroz: Este exige solos alargados e temperaturas elevadas. As áreas de produção localizam-se nas planícies aluviais dos rios portugueses: Mondego, Tejo, Sado e Sorraia. O rendimento agrícola deste cereal tem vindo a aumentar mas a produção total obtida é deficitária.

Culturas Culturas hortícolas: Estas culturas tem aumentado a sua produção, uma vez que têm beneficiado da utilização de estufas, estando por isso protegidas das condições meteorológicas adversas (tomate, alface, brócolos…). Destaca-se, em termos de produção, as regiões do Ribatejo e Oeste e o Algarve.

Culturas Batata: Produto alimentar de grande importância na dieta alimentar, está espalhada por todo o território nacional, registando-se maiores valores de produção nas regiões agrárias Beira Litoral, Entre Douro e Minho, Trás-os-Montes e Ribatejo e Oeste. A produção anual apresenta grandes irregularidades dado que é muito sensível às pragas e às condições meteorológicas. As áreas de cultivo têm sofrido uma diminuição provocada pelas alterações dos hábitos de consumo e a deficiente e pouco organizada estrutura de comercialização.  

Culturas Floricultura: Produção de alto rendimento económico e que se encontra em fase de expansão, realizada em estufas. O litoral constituiu a área com melhores condições para o seu desenvolvimento com o destaque para o Ribatejo e Oeste e para a ilha da Madeira.  

Factores  Os factores responsáveis pela diminuição das leguminosas secas e da batata foram: O desaparecimento de explorações de pequena dimensão, onde eram cultivadas; A estabilização da produtividade por hectares; A modificação dos hábitos de consumo da população, associada a uma melhoria do seu nível de vida; O aumento e a diversificação da oferta de outros produtos alimentares; A inexistência de ajudas comunitárias.

Culturas permanentes Fruticultura Plantações que ocupam as terras por um longo período de tempo:   Fruticultura O clima português oferece óptimas condições para a cultura de um variado leque de produtos frutícolas, um pouco por todo o país, apresentando-se como um dos sectores da nossa agricultura com maiores potencialidades. Destacam-se as produções de citrinos, especialmente no sul do país, de pêra roxa, de maças e de frutos subtropicais como a banana, o ananás e o kiwi.

Culturas permanentes Olival: Mediterrânico por excelência, é um dos produtos mais importantes da nossa agricultura, encontrando-se em todo o território continental. A produção apresenta grandes variações de colheita para colheita dado que é condicionada pelas condições meteorológicas exigindo Verões longos, quentes e secos. Os maiores valores de produção registam-se no Alentejo, Trás-os-Montes e Beira Interior. Nos últimos anos tem havido uma nova dinâmica em resultado das novas áreas de olival e pelo facto de se tratar de um sector estratégico no programa de desenvolvimento rural.

Culturas permanentes Vinha: Cultivada por todo o país, sustenta uma produção de grande significado económico, representa mais de metade do valor das exportações portuguesas dos produtos agrícolas. Os maiores valores de produção registam-se no Ribatejo e Oeste seguido dos Trás-os-Montes. As condições naturais favoráveis para o crescimento da vinha são: solos argilosos, calcários, arenosos e graníticos, necessitando também de um clima temperado mediterrâneo (Verões quentes, secos, longos e luminosos).

Profissões ou ocupações profissionais Engenheiro agrónomo Engenheiro Técnico agrário Técnico Auxiliar Agrícola. Estes podem desempenhar funções, em várias instituições: No Estado, em serviços centrais no ministério da agricultura, Direcções regionais da Agricultura ou Delegações Locais de Agricultura. Em Cooperativas Agrícolas, Empresas ou trabalhar por conta própria (empresários agrícolas). Gestores agrícolas, Directores de marketing, Distribuidores de produtos. Armazenistas. Vendedores. Actividades exercidas directamente no campo: Viveirista, Enxertador, Podador, Jornaleiro, Tractorista, fazendeiros e muitos outros que podem não estar ligados directamente.

Agricultura tradicional É uma agricultura de subsistência, ou seja para consumo próprio; É mais praticada nos países subdesenvolvidos; Possui um carácter rudimentar e rotineiro; Utiliza técnicas e instrumentos rudimentares/simples; Utiliza fertilizantes naturais; Possui um baixo rendimento agrícola, ou seja, tem pouca produtividade; È praticada em explorações agrícolas de reduzida dimensão; Adopta a policultura; É praticada em regime extensivo; Ocupa uma grande percentagem da população activa;

Agricultura Moderna É uma agricultura de mercado, ou seja, praticada para depois vender; Possui carácter científico; Ocupa uma reduzida percentagem da população activa; Utiliza produtos químicos; Possui um elevado rendimento agrícola e altos valores de produtividade; É praticada em explorações agrícolas de grande dimensão (emparcelamento); Adopta a monocultura; Praticada em regime extensivo; Praticada nos países desenvolvidos;

… em Portugal Os prados e pastagens permanentes predominam: nos Açores; no Alentejo;  As culturas permanentes têm o seu predomínio nas regiões de: Trás-os-Montes; Algarve; Alentejo;

Evolução nos últimos anos O processo de êxodo rural verificado em Portugal nos últimos trinta anos teve como principal consequência a urbanização maciça de algumas cidades, ocupando vastas áreas num autêntico crescimento urbano em mancha de óleo, determinando simultaneamente um desequilíbrio entre a oferta e a procura de terrenos, a consequente especulação imobiliária e o encarecimento de terrenos, a construção em zonas inadequadas e de fraca qualidade, construções clandestinas e a falta de infra-estruturas e de equipamentos de apoio, o afastamento das pessoas dos locais de trabalho. O despovoamento de algumas áreas, principalmente do interior, e a urbanização de outras, localizadas na sua maioria no litoral, constituem fenómenos que continuam a intensificar-se.

Evolução da Agricultura

Conclusão: Em Portugal a agricultura perdeu peso na economia e no emprego: nas últimas três décadas, entre 1970 e 2000, o peso da agricultura na economia passou de 15 para 4% e o seu peso no emprego de 31 para 5%. Mais, perdeu peso no próprio espaço rural, onde hoje a população agrícola já não coincide com a população rural e a agricultura já não unifica o espaço rural. Note-se que, nas zonas rurais onde a agricultura e a floresta têm a maior importância o peso destas actividades no trabalho, na riqueza criada e na origem dos rendimentos não ultrapassa a quinta parte.

Fim da apresentação