Aula 4 Escola Neoliberal

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LIBERALISMO ECONÔMICO
Transcrição da apresentação:

Aula 4 Escola Neoliberal Profa. Eliana Tadeu Terci

Escola Neoliberal Raízes no Liberalismo clássico em oposição ao Estado em suas formas de intervenção → cerceamento das liberdades individuais Nasce logo no pós-guerra (EUA e Europa) – texto fundador “The road to serfdom” de F. Hayek (Inglaterra 1944) Vésperas das eleições de 1945 → alvo Partido Trabalhista social democrata (defensor do Estado de Bem Estar Social) Passou a articular a oposição: fundou-se a Associação Mont Pèlerin (Suíça) Friedman, Popper, Lionel Robbins, Mises, Michel Polanyi, entre outros Combater o solidarismo → contramão da conjuntura da “Era de Ouro” patrocinada pelo intervencionismo e avanço das conquistas trabalhistas → padrão fordista-taylorista

Escola Neoliberal Ideia central “igualitarismo” destruía a liberdade e a vitalidade da concorrência; em seu lugar defendiam a desigualdade como valor positivo (?) 1970 marca seu avanço – estagflação 5 facetas da crise: fiscal do Estado, do keynesianismo, do petróleo, dos juros, da ordem bipolar Raízes da crise na pressão sindical que corroia os lucros e ↑ gastos estatais!! Remédio: “O remédio, então, era claro: manter um Estado forte, sim, em sua capacidade de romper o poder dos sindicatos e no controle do dinheiro, mas parco em todos os gastos sociais e nas intervenções econômicas.”

Escola Neoliberal Medidas: disciplina orçamentária, com a contenção dos gastos com bem-estar, a restauração da taxa “natural” de desemprego, para quebrar os sindicatos. reformas fiscais para incentivar os agentes econômicos → reduções de impostos sobre os rendimentos mais altos e sobre as rendas; Ou seja, reestabelecer uma nova e saudável desigualdade para dinamizar as economias avançadas. suma: O crescimento retornaria quando a estabilidade monetária e os incentivos essenciais houvessem sido restituídos

Escola Neoliberal A oportunidade para o avanço desse pensamento vem com o trio Thatcher (1979), Reagan (1980) e Khol (1983) e se espalha pela Europa, na América Chile: como ganha força(?) Hayek Premio Nobel de Economia (1974), destacado economista da Escola Austríaca; adepto da evolução espontânea da economia, opunha-se ao planejamento e dirigismo estatais → debilitamento do engenho humano → pobreza e servidão

Escola Neoliberal Individualismo: responsável pelo desenvolvimento da ciência, da economia, resultado da liberdade política → satisfação das necessidades → felicidade Luta intelectual para resgatar o liberalismo condenado pela obstinação em preservar o laissez-faire, admitia a importância do Estado na regulamentação dos monopólios e dos sindicatos (institucionalista às avessas) Oposição ao planejamento e ao socialismo → supressão das liberdades individuais e da democracia? Defesa da concorrência como a melhor maneira de decidir sobre a alocação de recursos escassos → requer uma estrutura legal → correção das falhas de mercado Liberdade individual X coletivismo: “bem comum” Estado de direito X planificação: incompatíveis

Escola Neoclássica Friedman (Escola de Chicago) influenciou a política econômica adotada no Chile de Pinochet dos anos 70! Capitalismo e Liberdade → defensor da liberdade econômica Maior expressão do monetarismo → teoria da inflação: fenômeno monetário originado fundamentalmente no descontrole dos gastos do governo (influência Eugenio Gudin) Daí a recomendação da estabilidade monetária como vetor para atrair os “fluxos de investimento” Daí o receituário do famoso Consenso de Washington para vencer a crise e promover o desenvolvimento: disciplina fiscal, estabilização monetária, desregulamentação dos mercados de trabalho e capital, privatizações, definição precisa do direito de propriedade física e intelectual etc.