Platão. Aspectos da Vida Quem foi Platão? Localidade: Atenas. Nascimento: 428/27 a.C. Falecimento: 347 a.C. Escola/Tradição: Platonismo. Principais interesses:

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Transcrição da apresentação:

Platão

Aspectos da Vida

Quem foi Platão? Localidade: Atenas. Nascimento: 428/27 a.C. Falecimento: 347 a.C. Escola/Tradição: Platonismo. Principais interesses: Retórica, Arte, Literatura, Epistemologia, Justiça, Virtude, Política, Educação, Militarismo, Filosofia. Πλάτος

Quem foi Platão? Aspectos da Vida: Nome: Arístocles (Platão = Ombros largos) Filho de Políticos (Aristocracia) Pai: Aríston (demo de Colutés) Mãe: Perictione (descendente de Sólon) “Ombros Largos” Guerra do Peloponeso Estudou filosofia com Crátilo (adaptação de Heráclito) e Sócrates

Quem foi Platão? Scholé = “tempo livre” “Crítico dos Mitos” Problemas do Homem: # avidez pela riqueza (ploutos) # avidez da glória (tímé) Viajou muito: Cirene, Egito, Siracusa(República) Preso e vendido como escravo (ilha de Égina) Academia ( ± 387 a.C.): funcionou por quase mil anos

Pensamento

Problema Como é possível conhecer o que se ignora? Platão entende a busca pelo Conhecimento Verdadeiro como sendo a busca pela Essência (o Eterno e Imutável)

Influência Socrática # Discurso: fundamentado naquilo que de fato existe ou existiu = Verdadeiro! # Conhecimento Verdadeiro: só pode ser atingido por meio da Troca de Idéias e do Debate, incluindo a Maiêutica e o uso da Ironia. DIALÉTICA: busca da verdade pelo jogo do Diálogo!

Mundo das Idéias Formas Platônicas: referência que existe em cada ser independente dos diversos itens que o caracterizam! Ex: idéia de cachorro Cada cachorro pensado será uma representação individual da forma cachorro. Objetos materiais: se transformam, mudam. Formas: imutáveis, eternas

Mundo das Idéias As coisas materiais são percebidas pelos homens através dos órgãos dos sentidos (visão, audição,...) enquanto as Formas só podem ser entendidas pelo pensamento (“alma”). Além do mundo concreto, com suas imperfeições, existe o Mundo das Idéias, que contém as Formas perfeitas e imutáveis. O filósofo deve buscar e conhecer esse Mundo!

Mundo das Idéias Dualidade do ser humano: Corpo = se transforma e morre Alma = imortal e sede do pensar A alma é eterna, pertencendo ao mundo das idéias; portanto sempre existiu e sempre existirá. Como o homem possui uma alma ele nasce com uma vaga noção das Formas: REMINISCÊNCIAS

Mundo das Idéias REMINISCÊNCIAS: são as lembranças das formas perfeitas com as quais nossa alma estava em contato antes de se juntar ao corpo. As idéias são inatas. Os que buscam o conhecimento (Filósofos) se aproximam delas, lembrando e aprimorando o conhecimento que já possuem. EROS = amor ao conhecimento e desejo de se aproximar do imortal, libertando-se da imperfeição do corpo Reminiscências Lú Mallmann

A República Escrita por Platão na sua fase da maturidade, A República é o maior dos seus diálogos, com excepção das leis, e certamente mais importante, constituindo um dos marcos fundamentais do pensamento ocidental. É na Alegoria da Caverna, livro VII, que Platão vai por um lado evidenciar as razões por que há tanta confusão acerca da questão da justiça – e de muitas outras coisas – e por outro justificar a necessidade da educação na criação de um novo cidadão, com o qual será possível construir um mundo melhor e mais justo: A República.

A alegoria é um recurso estilístico no qual trata-se de dois planos ligados entre si por uma série de analogias. Transmite intencionalmente pela via do símbolo e da imagem um sentido latente, implícito, mais profundo que o sentido patente. A alegoria quando desenvolvida provoca duas linhas paralelas: uma, do elemento representante, outra, do elemento representado. Por isso, baseia-se na semelhança universal das coisas, na analogia do ser, que permite a transposição de sentidos. Contudo, a alegoria é recíproca, isto é, tanto o homem se assemelha às coisas como as coisas ao homem. A Alegoria da Caverna

Extraindo a sabedoria que A Alegoria da Caverna nos ensina, percebemos que muitas vezes a realidade é outra, encoberta pelas sombras do desconhecimento. E não é fácil aceitar a realidade, convencer-se de que uma doutrina acatada por dezenas de anos possa conter ilusões. Mostra-nos a visão de uma humanidade ignorante, prisioneira das sensações, do imediatismo e inconsciente de sua limitada perspectiva. Comparação com a Atualidade

A analogia é um ataque aos nossos hábitos de pensamentos. Aceitamos os objetos concretos que nos cercam como reais. Mas eles não são. São apenas cópias imperfeitas e menos reais de formas imutáveis e eternas. Essas formas são as realidades permanentes, ideais e originais a partir das quais são construídas cópias concretas, imperfeitas e corruptíveis.

- O que é a caverna? O mundo em que vivemos. - O que são as sombras das estatuetas? As coisas materiais e sensoriais que percebemos. - Quem é o prisioneiro que se liberta e sai da caverna? O filósofo. - O que é a luz exterior do sol? A luz da verdade. Questionamentos

- O que é o mundo exterior? O mundo das idéias verdadeiras ou da verdadeira realidade. - Qual o instrumento que liberta o filósofo e com o qual ele deseja libertar os outros prisioneiros? A dialética. - O que é a visão do mundo real iluminado? A filosofia. - Por que os prisioneiros zombam, espancam e matam o filósofo (Platão está se referindo à condenação de Sócrates à morte pela assembléia ateniense)? Porque imaginam que o mundo sensível é o mundo real e o único verdadeiro.

Reflexões: O homem sabe que o poder corrompe. O homem quer o poder para mudar o que está errado. Logo, o homem quer se corromper para mudar. O poder seduz o ignorante, o despreparado, o homem que não caminha em direção à luz, mas que precisa do jogo político para se sentir importante. Fora do jogo não sobrevive a um mínimo pensar. O aprendizado para tornar-se um homem lúcido passa por sofrimento e solidão, já que pensar é uma ato individual e necessita abstrair-se de prazeres materiais e transitórios. Pensar necessita querer sair das trevas da ignorância com coragem e abnegação.

As amarras individuais são verdadeiras prisões guardadas pelo medo e pela ignorância, onde quebrar os ferrolhos leva o homem ao caminho da luz e da soberania. Uma vez livre, a própria liberdade se encarregará de uni-lo a outros homens, também livres, formando nova corrente do pensar. Vamos sair da caverna. Vamos descobrir que a luz do sol brilha intensamente e é possível determinar que os rumos das nossas vidas podem ser direcionadas por nós, não por homens de almas lamacentas.