DISTÚRBIOS ALIMENTARES OBESIDADE, ANOREXIA E BULIMIA
Componentes: Adriana Vilela Danielle Pimentel Fernanda Bevilaqua Gustavo Rocha Marcus Monerat Michele Roberta Carolina
Diagnóstico Diferencial Causas endócrinas: Síndrome de Cushing Hipotireoidismo Hiperinsulinemia Deficiência do hormônio de crescimento Disfunção hipotalâmica Síndrome do ovário policístico
Diagnóstico Diferencial Causa genética: Síndrome de Turner Essas doenças diferenciam-se da obesidade infantil por uma baixa estatura, idade óssea atrasada e desenvolvimento tardio dos caracteres sexuais secundários.
Complicações Afastamento de atividades sociais Discriminação social e isolamento Epifisiólise da cabeça femoral Hipertensão arterial sistêmica Hipertrigliceridemia Hipercolesterolemia Esteatose hepática Intolerância a glicose e Diabetes Mellitus não insulino dependente Idade óssea avançada
COMPLICAÇÕES Acantose nigricans – resistência a insulina Tendência a hipóxia Apnéia do sono Infecções Asma
Prevenção
TRATAMENTO O tratamento bem sucedido da obesidade infantil requer atenção em pelo menos os seguintes componentes: Modificação da dieta e do teor calórico Dietas não devem ser muito restritivas Definição e uso de programas de exercícios apropriados Modificação do comportamento da criança Envolvimento da família no tratamento
TRATAMENTO IMC ≥ ao percentil 85 com complicações Dieta: IMC ≥ ao percentil 85 com complicações IMC no percentil ≥ 95 com ou sem complicações Reeducação alimentar Mudanças comportamentais Evitar lanches nos intervalos entre as refeições Ingesta de alimentos com menor densidade calórica Mastigar corretamente os alimentos
TRATAMENTO Obesidade associada à co-morbidade grave Sibutramina Atividade Física Evitar computador, vídeo-game e televisão. Medicamentos Drogas não são usadas no tratamento da obesidade em crianças exceto endocrinopatias associadas com tratamento hormonal. Obesidade associada à co-morbidade grave Sibutramina Fluoxetina e sertralina (Depressão, compulsão alimentar ou TOC) Metformina (síndrome metabólica) Octreotide ( origem hipotalâmica)
TRATAMENTO Cirurgia bariátrica Obesidade por mais de 2 anos Tratamento clínico ineficaz por 2 anos Tratamento clínico realizado pelo menos uma vez ou pelo menos 3 meses sem sucesso. Idade < 12 anos: - Condutas de exceção: Síndrome Prader-Willi e outras síndromes genéticas similares. -Entre 12 e 18 anos: consenso entre a família e a equipe multidisciplinar. IMC ≥ 40 Kg/m2 ou entre 35 e 40 com co-morbidades.
DISTÚRBIOS ALIMENTARES ANOREXIA NERVOSA e BULIMIA:
ANOREXIA NERVOSA e BULIMIA Epidemiologia: A incidência de ambas aumentou nas últimas 2 décadas; Estima-se que 1 em cada 100 mulheres sofre de anorexia nervosa; Distribuição bi modal: Pico aos 14,5 e aos 18 anos;
ANOREXIA NERVOSA e BULIMIA Epidemiologia: 25% dos acometidos têm menos de 13 anos; A incidência de bulimia é maior comparada à da anorexia; Sugestiva predisposição familiar; Taxa de mortalidade da anorexia nervosa de aproximadamente 10%.
ANOREXIA NERVOSA E BULIMIA A anorexia nervosa se caracteriza por: Excessiva atividade física diante de aparente inanição; Negação de fome; Preocupação com o preparo de alimento; Comportamentos alimentares bizarros; Muitas vezes há dedicação aos estudos e sucesso acadêmico.
ANOREXIA NERVOSA e BULIMIA Diagnóstico: Critérios diagnósticos da Anorexia Nervosa segundo DSM-IV. (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders) 1 - Temor intenso de tornar-se obesa, que não diminui com a perda de peso; 2 - Perturbação na percepção do peso, tamanho ou forma do corpo; 3 - Recusa em manter o peso corporal acima de um mínimo normal para Idade/Estatura; 4 - Nas mulheres, ausência de no mínimo 3 ciclos menstruais consecutivos (amenorréia primária ou secundária).
ANOREXIA NERVOSA E BULIMIA A bulimia se caracteriza por: Comilanças compulsivas que são seguidas de esvaziamento do alimento, através de vômitos auto-induzidos ou do uso de catárticos; Escoriações no dorso da mão podem sugerir o diagnóstico.
ANOREXIA NERVOSA e BULIMIA Critérios diagnósticos da Bulimia segundo o DSM-IV: 1 - Episódios recorrentes de alimentação compulsiva; 2 - Medo de não ser capaz de parar de comer durante seus abusos alimentares; 3 - Utilizar regularmente o vômito auto-induzido, laxativos e dieta rigorosa ou jejum a fim de contrabalançar os efeitos da comilança; 4 - Média de 2 ou mais episódios de alimentação abusiva por semana por pelo menos 3 meses; 5 - Auto-avaliação indevidamente influenciada pelo peso e forma corporais, podendo ocorrer em jovens com peso normal ou pouco obesa.
ANOREXIA NERVOSA e BULIMIA Etiologia: Comumente começam durante a puberdade com dieta inocente; Podem estar associadas a comportamentos de dependência excessiva, imaturidade e isolamento; Podem representar um distúrbio do humor acompanhado por sintomas maníacos ou depressivos; Possíveis anormalidades de neurotransmissores amínicos biogênicos, porém de importância etiológica incerta.
ANOREXIA NERVOSA e BULIMIA Manifestações Clínicas (anorexia nervosa): Pele seca e cabelos lanosos; Bradicardia e hipotensão postural; Alterações do ECG; Obstipação intestinal e esofagite (pelo vômito); Distúrbios Neuroendócrinos (Amenorréia, Hipercortisolismo, elevação de GH)
ANOREXIA NERVOSA e BULIMIA Manifestações Clínicas (anorexia nervosa): Prejuízo na concentração e resolução de problemas; Desequilíbrio eletrolítico (vômito, abuso de diuréticos ou laxativos); Perturbações do sono e hipotermia; Densidade óssea diminuída; Hipoplasia da medula óssea com pancitopenia;
ANOREXIA NERVOSA e BULIMIA Tratamento: Psicoterapia (Individual e familiar) + Técnicas de modificação comportamental + Reabilitação nutricional; Farmacoterapia (principalmente com antidepressivos) é útil em pacientes com depressão associada; Importante inclusão de um médico com experiência clínica e orientado para as interações fisiológicas na equipe de tratamento; Taxa de sucesso no tratamento a curto prazo de aproximadamente 70%.