1 Desinflação, Política Monetária e Rolagem de Instrumentos Cambiais Desinflação, Política Monetária e Rolagem de Instrumentos Cambiais Henrique de Campos.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Macroeconomia e o Setor Agrícola
Advertisements

Macroeconomia Aula 2.
Trajetória da Selic e Inflação.
Assessoria Econômica da FEDERASUL
Política Macroeconómica no curto prazo e regimes de câmbio
Política Macroeconómica no curto prazo com câmbios fixos
DEMANDA AGREGADA: CURVAS DE CURTO E LONGO PRAZO
Regime de Metas para Inflação no Brasil: Construindo Credibilidade em Contexto de Volatilidade na Taxa de Câmbio André Minella Paulo S. de Freitas Ilan.
Dionísio Dias Carneiro 4 de julho de 2003
Anos 1980: Rumo perdido.
POLÍTICA MONETÁRIA promover o desenvolvimento econômico
POLÍTICA MONETÁRIA POLÍTICA ECONÔMICA
Instrumentos de Política Macroeconômica
Ministério da Fazenda A Administração da Dívida Interna: Resultados, Desafios e Perspectivas Eduardo R. Guardia Secretário do Tesouro Nacional Câmara de.
Cenário para 2006/2007 Aliança José Márcio Camargo Novembro 2006.
Perspectivas Econômicas para 2013: Brasil e Rio Grande do Sul.
Ministério da Fazenda Secretaria de Política Econômica 1 A CRISE MUNDIAL E SEUS EFEITOS NO BRASIL Nelson Barbosa Secretário de Política Econômica 2 de.
Perspectivas econômicas para 2015
Mauá Investimentos Brasil: Perspectivas Macroeconômicas Por Luíz Fernando Figueiredo Porto Alegre, 12 de abril de 2006.
Dinâmica das taxas de juro
COMÉRCIO INTERNACIONAL
A Situação Econômica Brasileira
Latin American Business Outlook Parte do Global Business Outlook Latin American Business Outlook Duke University / FGV / CFO Magazine Mar Uma pesquisa.
Apresentação ao Senado Realizada nos dias 6 a 10 de junho/2014 Analistas consultados: 28 PESQUISA FEBRABAN DE PROJEÇÕES MACROECONÔMICAS E EXPECTATIVAS.
ECONOMIA APLICADA 2 Aula 04 INFLAÇÃO
A questão dos Juros no Brasil
Arno Hugo Augustin Filho Secretário do Tesouro Nacional Brasília, 03 de julho de 2007 RELATÓRIO QUADRIMESTRAL Avaliação e Cumprimento de Metas – 1 o Quadrimestre.
POLÍTICA CAMBIAL.
Latin American Business Outlook Parte do Global Business Outlook Latin American Business Outlook Duke University / FGV / CFO Magazine Dez Uma pesquisa.
Boletim de Conjuntura nº 61 Diretoria de Estudos Macroeconômicos DIMAC/IPEA Grupo de Acompanhamento Conjuntural – GAC.
1 A Crise Internacional e o Brasil: Perspectivas Abril de 2009 Henrique de Campos Meirelles.
Indicadores Econômicos.
A MACRO E MICRO ECONOMIA
Cenário Macroeconômico Junho China Economia da China parece estar se estabilizando após ações do governo para estimular o crescimento. Ainda assim,
Perspectiva do RPPS no Atual Cenário Econômico. Perspectiva do RPPS no atual Cenário Econômico: -Maiores desafios. Desafio dos gestores na busca de melhores.
Abordagem Macroeconômica: Medidas da Atividade Econômica; O Lado Real.
POLÍTICA CAMBIAL.
Desafios de política monetária Março de 2010 Fundo Monetário Internacional Nicholas Staines FMI, Departamento de África
Brasília, 10 e 11 de julho de Conjuntura econômica e negociações coletivas 5º Congresso dos Bancários de Brasília/DF.
TEORIA ECONÔMICA Objetivo: Analisar como são determinados os preços e as quantidades dos bens e serviços produzidos em uma economia Teoria Neoclássica.
BRASIL AJUSTES INCOMPLETOS: OS DESAFIOS E OS SACRIFÍCIOS CONTINUAM! SETEMBRO 2015.
Indicadores Econômicos
CENÁRIO ECONÔMICO. MUDANÇA DE RUMO DE POLITICA ECONÔMICA  FIM DE POLITICAS ANTICÍCLICAS BASEADO NO ESTIMULO DA DEMANDA  AJUSTE FISCAL  REALINHAMENTO.
A Política Econômica do Governo Lula: avaliação e agenda de reformas
Mecanismos das Instituições Financeiras
Cálculos utilizados em Perícias Contábeis Judiciais:
ESTABILIDADE DE PREÇOS VERSUS ALTO NÍVEL DE EMPREGO POLÍTICAS MACROECONÔMICAS PARA ATINGÍ-LAS E SUAS CONSEQUÊNCIAS NEGATIVAS E POSITIVAS PARA A ECONOMIA.
EQUIPE:ANDREY ANTHONY CLAUDIA SEABRA DANIELE MOREIRA DONALDO JÚNIOR ELIDiMAR GAIA.
Perspectivas de Investimentos para 2016
INFLAÇÃO Livro: Introdução à Economia Autores: Paulo E. V
Evolução Recente da Economia Brasileira Henrique de Campos Meirelles 13 de Maio de 2004.
Cenário Macroeconômico Cenário Macroeconômico. ECONOMIA INTERNACIONAL AMBIENTE MAIS FAVORÁVEL NO 2º SEMESTRE.
1 Luiz Fernando Figueiredo IBCPF - Junho de 2001 Banco Central do Brasil A Conjuntura Econômica e a Importância do Planejamento Financeiro.
1 A Crise Financeira Global e o Brasil Comissão de Assuntos Econômicos – Senado Federal dezembro de 2008 Henrique de Campos Meirelles.
1 Eduardo Loyo Junho de 2004 Perspectivas para a Economia Brasileira.
Bresser e Mailson: o fim do governo Sarney Amaury Gremaud Economia Brasileira Contemporânea.
CRESCIMENTO E INCLUSÃO SOCIAL Vitória-ES, agosto de 2008, Ana Paula Vitali Janes Vescovi.
1 Henrique de Campos Meirelles Setembro de 2004 Administrando o Presente e Construindo o Futuro.
Cenário Macroeconômico Abril/2016. Economia Internacional Economia Doméstica.
Brasil Rumo ao Crescimento Sustentado Henrique de Campos Meirelles CAE, 25 de março de 2004.
1 Afonso Bevilaqua Agosto 2004 O Brasil na Rota do Crescimento.
Política Monetária, Creditícia e Cambial e Impacto Fiscal de suas Operações Política Monetária, Creditícia e Cambial e Impacto Fiscal de suas Operações.
A ECONOMIA BRASILEIRA EM 2006 Guido Mantega Presidente do BNDES Março 2006.
1 Taxa de Juros, Spread Bancário e Autonomia do Banco Central Taxa de Juros, Spread Bancário e Autonomia do Banco Central Henrique de Campos Meirelles.
Conquistas Recentes da Economia Brasileira Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Henrique Meirelles Dezembro de 2003.
Objetivos e Instrumentos
Inflação Aula 9.
1 Um Ano de Crise Internacional: Perspectivas para o Brasil Setembro de 2009 Henrique de Campos Meirelles.
Título do Roteiro do Produto
TÍTULO DO ROTEIRO DO PRODUTO
Transcrição da apresentação:

1 Desinflação, Política Monetária e Rolagem de Instrumentos Cambiais Desinflação, Política Monetária e Rolagem de Instrumentos Cambiais Henrique de Campos Meirelles Maio 2003

2 I. O Desafio da Desinflação

3 abr/0316,77 dez/0212,53 % jan/96 mai/96 set/96jan/97 mai/97 set/97jan/98 mai/98 set/98jan/99 mai/99 set/99jan/00 mai/00 set/00jan/01 mai/01 set/01jan/02 mai/02 set/02jan/03 IPCA Acumulado em 12 Meses

4 Inflação dos Bens Não-Comercializáveis Taxa de Variação dos Preços dos Bens Não-Comercializáveis (variação % em 12 meses) jan/02 fev/02 mar/02 abr/02 mai/02 jun/02 jul/02 ago/02 set/02 out/02 nov/02 dez/02 jan/03 fev/03 mar/03 9,87

5  “Há sinais de que a política monetária começa a obter resultados no combate à inflação. As perspectivas do Copom, assim como as expectativas dos analistas econômicos, são de continuidade da queda da inflação em direção à trajetória de suas metas. Ata do Copom, Maio de 2003 A Eficácia da Política Monetária

6 IPCA Mensal % 3,02 0, Jan 02 Feb 02 Mar 02 Apr 02 May 02 Jun 02 Jul 02 Aug 02 Sep 02 Oct 02 Nov 02 Dec 02 Jan 03 Feb 03 Mar 03 Apr 03

7 Expectativas IPCA Acumulado 12 Meses Jan 99 Jan 00 Jan 01 Jan 02 Jan 03 % ao ano. % ao ano. Apr 04 8,14 16,77 Expectativas do Mercado

8 A Eficácia da Política Monetária Expectativas de Inflação para 2004 Distribuição de Freqüência Expectativas de Inflação para 2004 Distribuição de Freqüência % 4-5% 5-6% 6-7% 7-8% 8-9% 9-10% 10-11% 11-12% 12-13% 13-14% Em 29/05 Em 29/04 8% 7,58%

9 Expectativas de IPCA Próximos 12 Meses Jul-02 Aug-02 Sep-02 Oct-02 Nov-02 Dec-02 Jan-03 Feb-03 Mar-03 Apr-03 May Mai 8,14

10 Expectativas de IPCA Expectativas de Mercado Inflação Média Mensal Período Maio/Dezembro nov 02 dez 02 jan 03 fev 03 mar 03 abr 03 % mai 03 0,65 0,70 0,75 0,80 0,85 0,90

11  Essas perspectivas favoráveis estão baseadas nos seguintes pressupostos: (i) a persistência da inflação venha a configurar um fenômeno temporário; (ii) a recente apreciação cambial venha a afetar positivamente a dinâmica de preços (por simetria ao efeito da depreciação cambial sobre a inflação).” Ata do Copom, Maio de 2003 A Persistência da Inflação

12  A persistência da inflação tem sua origem nos reajustes de preços e salários ocorridos desde o início deste ano, que se basearam na elevada taxa de inflação acumulada nos últimos 12 meses e não na sua projeção futura.  Houve esforço de recomposição de margens de lucro num cenário de arrefecimento da demanda agregada.  A política monetária não deve sancionar reajustes de preços e salários baseados na inflação passada, dado o risco de se perpetuar a inflação em patamares elevados”. Ata do Copom, Maio de 2003 A Persistência da Inflação

Jan 99 Set 99 Mai 00 Jan 01 Set 01 Mai 02 Dec 02 Coeficiente de Persistência Inflacionária

14 Variação Cambial x X Inflação Dec-99Apr-00Aug-00Dec-00Apr-01Aug-01Dec-01Apr-02Aug-02Dec-02Apr Variação cambial acumulada em 3 meses em t-3 Escala esquerda Inflação acumulada em 3 meses, anualizada Escala direita

15 II. Rolagem de Instrumentos Cambiais II. Rolagem de Instrumentos Cambiais

16 Rolagem de Instrumentos Cambiais  “O governo tem tido como objetivo de longo prazo reduzir a exposição cambial do seu passivo doméstico, com o intuito de reduzir a volatilidade do passivo do governo federal e expandir o mercado de títulos em moeda local.  O Banco Central tem contribuído para este objetivo, reduzindo gradualmente o estoque de swaps e títulos cambiais em poder do público, sempre que as condições de mercado permitiram (...) Nos últimos meses, vinha buscando renovar 100% do principal das obrigações vinculadas ao câmbio vincendas, o que implicou uma rolagem média de 88%.” Nota à Imprensa, 26 de Maio de 2003

17 Rolagem de Instrumentos Cambiais % 70% 75% 80% 85% 90% 95% 100% Jan-03Fev-03Mar-03Abr-03Mai-03 % de Rolagem só do Principal (sem juros finais ou intermediários)

18 70% 75% 80% 85% 90% 95% 100% jan-03fev-03mar-03abr-03mai-03 % 88% Rolagem de Instrumentos Cambiais % de Rolagem Total (com juros finais ou intermediários)

19 Participação da Exposição Cambial na Dívida Total % Jan 01 Abr 01 Jul 01 Out 01 Jan 02 Abr 02 Jul 02 Out 02 Jan 03 Abr 03 30,4

20 Rolagem de Instrumentos Cambiais  “Nas condições atuais, não se justifica mais manter como objetivo renovar um percentual fixo do principal (...) O Banco Central não vai estabelecer mais um percentual fixo para a rolagem do principal dos vencimentos de swaps e títulos cambiais. De agora em diante, este percentual poderá ser menor ou maior que 100% do principal a cada vencimento.  O Banco Central manterá seu papel fundamental como provedor de proteção cambial, num mercado que ainda não desenvolveu todo o seu potencial para que o próprio setor privado faça este papel.” Nota à Imprensa, 26 de Maio de 2003

21 Hedge Cambial % hedge potencial atendido pelo Setor Público 39,4% 38,4% 46,4% 59,9% 53,9% 46,9% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% dez-01mar-02jun/02set-02dez-02mar-03

22 Regime de Metas para a Inflação  O regime de metas para a inflação tem como objetivo a busca da estabilidade de preços. A sua principal vantagem é explicitar o objetivo da autoridade monetária, tornando transparente a meta que se persegue e dando ciência à sociedade do compromisso absoluto com a contenção da inflação.  Neste regime não cabe o estabelecimento de outras metas para o Banco Central, como a fixação de tetos ou pisos para a taxa de câmbio. Nota à Imprensa, 26 de Maio de 2003

23 Desinflação, Política Monetária e Rolagem de Instrumentos Cambiais Desinflação, Política Monetária e Rolagem de Instrumentos Cambiais Henrique de Campos Meirelles Maio 2003