Caracterização Geral da Mudança Climática Consequências mundiais das Mudanças Climáticas Mudança Climática e projeções das MC no Brasil
Mudanças Climáticas: mudança no estado do clima que pode ser identificada: por meio de testes estatísticos. por mudanças na variação no clima num longo período de tempo. Provocada pelo homem (antrópicas) ou efeitos naturais. Como ocorrem? por meio de processos internos naturais. forças externas - modulações dos ciclos solares, erupções vulcânicas. mudanças antropogênicas persistentes na composição da atmosfera ou no uso da terra. Fonte: IPCC, 2014; 2015; UNFCCC, 2016
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas Programa FAPESP de Pesquisas em Mudanças Climáticas REDE CLIMA PAINEL BRASILEIRO DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS Núcleo de Apoio à Pesquisa em Mudanças Climáticas – NapMC/INCLINE Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) Estado do Conhecimento
Fonte: IPCC, 2012, 2014 Século XX, a temperatura global aumentou em torno de 0,6ºC; Previsão que a temperatura global aumente em média 3ºC até o final do século XXI; A partir da Revolução Industrial, o nível de CO2 aumentou 31%.
Fonte: INMET, 2016
Fonte: IPCC, 2014
RISCOS Riscos oriundos dos impactos relacionados às mudanças climáticas. IMPACTOS Efeitos sobre os sistemas naturais e humanos dos eventos climáticos e meteorológicos extremos e das mudanças climáticas.
Impacto físico ou tendência a este que pode causar danos às vidas ou às propriedades, ecossistemas e recursos ambientais. Eventos por si só não são desastres Fenômenos naturais comuns podem resultar em desastres naturais: ciclones, dilúvios, deslizamentos de terra (causando endemias, epidemias, pandemias), erosão, erupção vulcânica, ciclone tropical (furacão, tufão), incêndio florestal, inundação, queda de meteoro, tempestades (gelo, granizo, raios), tornado, tsunami, terremoto. Quanto mais vulnerável, mais sujeito a desastres Fonte: Estratégia Internacional de Redução de Desastres (EIRD, 2012),
Anomalia ou desvio de comportamento de um padrão médio ou habitual. Eventos de origem climática/meteorológica respondem por mais 85% dos eventos extremos no planeta. Podem variar desde dias até milênios. A ocorrência de um evento extremo em áreas vulneráveis ou de risco, pode se transformar em um desastre natural. Fonte: SANT’ANNA NETO 2005
‘ Event that is rare at a particular place and time of year. Definitions of “rare” vary, but an extreme weather event would normally be as rare as or rarer than the 10th or 90th percentile of the observed probability density function´ (IPCC, 2014). Fonte: DIAS, M A. USP. 2011
Os eventos climáticos extremos mais frequentes no Brasil, segundo os dados da defesa civil nacional, são em ordem de importância: seca e estiagem, inundações, deslizamento e ventos fortes. Além desses, o grupo incluiu as ondas de frio e calor. Devido ao impacto diferenciado destes tipos de eventos sobre a saúde, e considerando os danos e magnitude dos eventos, a precipitação pode ser considerada como a causa mais importante para a ocorrência de eventos climáticos extremos no país. Atrelado ao volume pluviométrico, situações de emergência são relacionados direta e indiretamente à precipitação, sobretudo do ponto de vista ambiental, como inundações, e sociais, como deslizamento de encostas e por consequência de moradias e serviços públicos. As inundações, enchentes e deslizamentos são consequências da intensidade e da persistência da chuva. Fonte: Fiocruz, 2011
Fonte: Estratégia Internacional de Redução de Desastres (EIRD, 2012), Como? Análise e gestão dos fatores causais dos desastres. Redução do grau de exposição a ameaças. Diminuição da vulnerabilidade da população. Gestão dos solos e do meio ambiente.
Seca, Estiagem Inundações Deslizamento Ventos fortes Ondas de frio e calor Fonte: MARENGO, 2014
Precipitação - causa mais importante Inundações Deslizamento de encostas 56% dos desastres naturais brasileiros estão associados a chuvas, enchentes e desmoronamentos, resultados de um crescimento urbano não planejado. Necessidade de incluir nos planos diretores municipais ações que minimizem os impactos causados pelos desastres climáticos. Fonte: MARENGO, 2014; CEMADEN, 2016
Fonte: Atlas Brasileiro de Desastres Naturais, 2015
Fonte: PBMC, 2013; IPCC, 2015 Os padrões de chuva e temperatura mudam e eventos climáticos extremos como secas, tempestades, que podem gerar inundações, ondas de frio e de calor se tornam mais frequentes. Impactos importantes em todas as regiões do planeta. Fevereiro de As temperaturas globais médias ficaram 1,35 ºC acima do normal, a maior alta de temperatura de qualquer mês levando em conta uma base de dados do período
Fonte: MATIAS, 2014
Desastres hidrológicos e meteorológicos responderam por 94% dos desastres relacionados às mudanças climáticas em Catástrofes naturais custaram US$ 225 bilhões em Katrina 2005 – US$ 108 bi – mortes. Sandy US$ 68 bi. Tufão Hayian Filipinas mortes. Onda de calor na Europa Central 2003 – a mais do que o usual. Fonte: MATIAS E., 2014
Fonte: PINHO, P., 2016
Fonte: Ceped, 2012 No Sul e no Sudeste - aumento de extremos de precipitação => frequência de desastres naturais, chuvas intensas, deslizamentos e enchentes. Mais frequentes nos últimos 50 anos. 0,6 mm dia por 50 anos durante 1950 – 2008 Entre 1991 e 2012 afetou 96,2 milhões de brasileiros. Muitas dessas tragédias são deflagradas por extremos de clima Inundações e estiagens mataram pessoas nesse mesmo período.
Fonte: Ceped, 2012 O Brasil vivenciou o primeiro furacão já observado no Atlântico Sul, o furacão Catarina, ocorrido em março de Sudeste registrou no ano de 2013 temperaturas de 1°C a 2°C superior à média entre os anos 1961 e O aquecimento foi detectado em toda a América do Sul 0,7 ºC até 1°C desde meados dos anos 1970
O clima no Brasil nas próximas décadas deverá ser mais quente. Aumento gradativo e variável da temperatura média em todas as regiões do país entre 1 ºC e 6 ºC até 2.100, em comparação à registrada no fim do século 20. Deverá diminuir significativamente a ocorrência de chuvas em grande parte das regiões central, Norte e Nordeste do país. Nas regiões Sul e Sudeste, por outro lado, haverá um aumento do número de precipitações. Fonte: PBMC, 2013
Em São Paulo terá aumento de eventos extremos de chuva: enchentes e inundações. Extremos de chuva e secas com períodos secos mais longos e dias muito chuvosos na Amazônia e no Sudeste até finais do século XXI. Nordeste e Amazônia maior frequência de períodos secos mais intensos e longos, podendo virar secas sazonais. Fonte: Econ. Da Mudança do Clima no Brasil, 2010; PBMC, 2013; PNA, 2016
Quase todo o Nordeste, o Noroeste de Minas Gerais e as regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Brasília e Manaus são mais suscetíveis as MC. Rio Janeiro sofrerá com o aumento do nível do mar, chuvas intensas, inundações, perda de biodiversidade, e aumento de doenças induzidas pelas mudanças climáticas. Fonte: Econ. Da Mudança do Clima no Brasil, 2010; PBMC, 2013; PNA, 2016
A dinâmica climática deverá causar uma migração das culturas adaptadas ao clima tropical para as áreas mais ao sul do País ou para zonas de altitudes maiores, para compensar a diferença climática. Poderá haver diminuição nas áreas de cultivo de plantas de clima temperado do País. Se houver aumento próximo a 3°C causará uma possível expansão das culturas de café e da cana-de-açúcar para áreas de maiores latitudes. Fonte: PBMC, 2013
Fonte: Economia da Mudança do Clima no Brasil, 2010