Segmentos “após a porteira”

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Transcrição da apresentação:

Segmentos “após a porteira” Agentes comerciais e formação de preços A elevação dos preços ocorre em cada mudança de nível ou em cada intermediação. Em geral, a elevação do preço está diretamente relacionada ao número de intermediações. Em geral, quanto maior o número de agentes (intermediários) que atuam em determinado nível, maior a competição entre eles.

Agentes comerciais e formação de preços O menos número de intermediações conjugado com o maior número de intermediários em cada nível favorece produtores e consumidores. Em geral, existe muita diferença entre o preço pago por produtores e consumidores. Em vários casos, o preço do produto se altera, mesmo sem que o produto sofra nenhuma transformação (margem de comercialização)

Agentes comerciais e formação de preços Em geral, a margem de comercialização é inversamente proporcional ao número e diretamente proporcional ao porte dos intermediários em cada intermediação, coeteris paribus.

Agentes envolvidos na comercialização Produtores rurais: enfrentam situações de oligopsônio e oligopólio. Importância da organização dos produtores em entidades representativas. Intermediários: os intermediários primários são pequenos comerciantes mais bem informados que os produtores. Às vezes adiantam recursos ou compram a crédito. Os intermediários secundários são concentradores de produtos; são mais capitalizados. Muitas vezes há adiantamentos financeiros ou compras a crédito entre intermediários, mesmo sem contratos formais.

Agentes envolvidos na comercialização Concentradores: são intermediários de maior porte que adquirem produtos in natura dos produtores e outros intermediários e os distribuem para etapas posteriores da comercialização. Em geral, estão situados em posições geográficas estratégicas, em polos regionais para compra de produtos e vendas no atacado, ou nas proximidades dos grandes centros consumidores. Podem possuir estruturas de beneficiamento de produtos, como packing house, máquinas de beneficiamento, ensacadoras de grãos ou de farinha, etc.

Agentes envolvidos na comercialização Mercados dos produtores: predominam intermediários secundários ou terciários e concentradores. Estes intermediários utilizam o espaço idealizado para aproximar produtores e consumidores. Agroindústrias: atuam como os intermediários, mas tem outras preocupações, como a qualidade da matéria prima e idoneidade dos fornecedores. A exigência de qualidade se deve a facilidade de processamento, preferências dos consumidores, legislação sanitária, etc. O fornecedor deve ser confiável quanto a pontualidade nas entregas, quantidades suficientes, entre outros.

Agentes envolvidos na comercialização Agroindústrias: os consumidores são mais exigentes quanto à regularidade das características do produto agroindustrializado com relação ao produto in natura. É comum a existência de contratos de fornecimento devido a estas exigências. Representantes e vendedores: são repassadores de preços, não são proprietários dos produtos. Distribuidores: em geral, são proprietárias dos produtos. Representam um número pequeno de produtos e empresas e atendem número elevado de clientes. Por isso, são também formadores de preço.

Agentes envolvidos na comercialização Atacadistas: pequeno número de empresas de grande porte, que compram diversos produtos de várias empresas e os comercializam para número elevado de outras empresas, podendo chegar diretamente aos consumidores. Por isso, são também formadores de preços.

Agentes envolvidos na comercialização Centrais de abastecimento e bolsas de mercadorias: estes não efetuam diretamente a comercialização, mas são espaços para os outros agentes venderem seus produtos. São também prestadores de serviços. Nas centrais de abastecimento predomina a comercialização de produtos perecíveis (frutas e hortaliças) e nas bolsas os menos perecíveis (grãos, fibras). Os agentes atuantes nestes níveis têm grande influência nos preços, até em nível mundial.

Agentes envolvidos na comercialização Cédula do Produtor Rural (CPR): é um serviço de apoio que pode ter influência na comercialização. Governo: o Governo Federal tem forte influência na formação de preços em todos os níveis de comercialização. Atua através dos instrumentos de políticas públicas: Programa de Garantia de preços Mínimos(PGPM); Programa de Escoamento da Produção (PEP); Empréstimo do Governo Federal (EGF); Aquisições do Governo Federal (AGF).

Agentes envolvidos na comercialização Governo: os Preços Mínimos são fixados antes da intenção de plantio, procurando garantir a cobertura dos custos de produção. Se no período da comercialização os preços ao produtor estiverem abaixo do mínimo, o governo aciona outros instrumentos, como EGF, AGF e PEP. Os governos estaduais também podem intervir na comercialização.

Agentes envolvidos na comercialização Supermercados: tendência mundial à concentração e formação de grandes redes de supermercados. Conhecem as preferências dos consumidores, que tipo do produto o consumidor quer e quanto está disposto a pagar. Encontram numerosos ofertantes e compradores, por isso, são os agentes de maior interferência na formação de preços para alguns produtos do agronegócio, tendo elevadas exigências e imposição de condições.

Agentes envolvidos na comercialização Pontos de venda: mercadinhos, lojas de conveniência, sacolões, etc. São pequenos agentes e atendem clientelas específicas e mais próximas de onde estão localizados. Nas compras não tem grande poder de barganha e nas vendas estão achatados pelos supermercados. Não tem liderança na formação de preços, mas abastecem os clientes devido á comodidade e proximidade do consumidor.

Agentes envolvidos na comercialização Feirantes: Nas feiras livres, em geral, atuam pequenos comerciantes e em alguns casos, produtores também. Predominam produtos de alta perecibilidade, como frutas, hortaliças e produtos regionais. Tem bastantes perdas de produto e variação de preços, o que acaba tendo influência nos preços ao consumidor.

Agentes envolvidos na comercialização Exportadores: normalmente atuam grandes empresas, que podem ser produtoras, representantes, atacadistas e outras. Tem que ter volume, qualidade, pontualidade e assiduidade nas entregas. Os preços na ponta são formados fora do país, mas acabam influenciando os preços internamente, sobretudo para commodities e produtos de exportação.

Agentes envolvidos na comercialização Importadores: as características são comuns aos importadores e muitas vezes são os mesmos agentes. Procuram preços mais baixos , que possam competir com os preços internos. Consumidores: cada vez mais esclarecidos e exigentes. Todos os níveis da comercialização devem estar atentos às mudanças de hábitos devidas a fatores econômicos, sociais, culturais, etc.

Agroindústrias Beneficiamento: os produtos recebem um tratamento, sem alterar as características de produtos in natura. Visa reduzir as perdas, melhorar a apresentação, agregar valor e atender á preferência dos consumidores. São utilizados os packing house, geralmente para frutas e hortaliças, que fazem classificação, seleção, tratamento contra pragas, lavagem, embalagem, etc.

Agroindústrias Processamento: alguns cuidados especiais efetuados com os produtos, como a pasteurização e embalagem do leite; pre-preparo de alguns alimentos, como hortaliças cortadas, polpas de furtas; cortes de carnes, etc.

Agroindústrias Transformação: obtenção de produtos diferentes dos produtos in natura como queijos, cachaça, vinhos, açúcar, carnes processadas, etc.

Logística do agronegócio Logística é um modo de gestão que cuida da movimentação dos produtos, nos diversos segmentos, dentro de toda a cadeia produtiva de qualquer produto. Envolve o conjunto de fluxos de produtos nas atividades a montante, no processo produtivo e a jusante. As carências de infra-estrutura contribuem para o chamado custo Brasil.

Logística do agronegócio Logística de suprimentos: alguns insumos, como o calcário, tem preço de transporte maior do que seu próprio preço. O fluxo de movimentação dos insumos deve prever o prazo de aplicação. Aproveita-se frete de retorno ou de oportunidade. Logística nas operações de apoio à produção agropecuária: procura movimentar as quantidades necessárias, sem formar estoques excessivos e evitar a falta. Eficiência e eficácia nas operações.

Logística do agronegócio Logística de distribuição: tem que levar em conta a perecibilidade dos produtos e sazonalidade da produção. Neste caso, é necessária a armazenagem: primária (ainda na fazenda), local (no município), regional, terminal (ferroviário ou portuário), de distribuição (saída para armazens menores), final (antes do consumidor). Alguns produtos precisam de câmaras frigoríficas.

Logística do agronegócio Logística do transporte: consiste em definir a melhor maneira de transportar o produto quando há várias maneiras (rodoviário, ferroviário, hidroviário, intermodal. Depende dos custos, das características dos produtos e dos prazos de atenção ao cliente (pontualidade e assiduidade). No Brasil o transporte rodoviário é responsável por 80% dos grãos; ferroviário (16% cargas agrícolas); hidroviário (menos de 3% das cargas custos agrícolas); aeroviário (para produtos de rápida perecibilidade e alto valor específico)

Logística do agronegócio A modalidade de transporte ideal é a que consegue ter baixo custo, conte com infraestrutura de apoio, não prejudique a qualidade do produto, não tenha perdas durante o transporte e atenda ao cliente em pontualidade, qualidade e assiduidade.

Atuações do governo na comercialização Tributações: impostos (Federal como ITR e Confins, estadual como ICMS, municipal IPTU). Subsídios: garantir renda mínima ao produtor. Barreiras: podem ser econômicas, técnicas (exigências de apresentação e qualidade do produto) ou sanitárias.