Controle Fitossanitário Receituário Agronômico

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Transcrição da apresentação:

Controle Fitossanitário Receituário Agronômico Demandas Técnicas X Exigências Legais Engº Agrº Irineu Zambaldi Conselheiro CREA-PR

Convênio SEAB / ADAPAR e CREA-PR SIAGRO Convênio SEAB / ADAPAR e CREA-PR VERIFICAÇÕES: Habilitação do profissional Conteúdo da receita ART - Projeto da cultura ART da receita – outro profissional Área da propriedade Época Outras

SITUAÇÃO NO PR CREA-PR - 01/03/12 a 31/08/12 Nº PROFISSIONAIS EMISSORES = 7.897 Nº ARTs = 7.898 Nº DE RECEITAS = 1.338.041

SITUAÇÃO NO PR CREA-PR - 01/03/12 a 31/08/12 TÍTULO Nº ENGENHEIRA AGRÔNOMA ..................................... 245 ENGENHEIRO AGRÔNOMO .......................................6.097 TÉCNICO 2.GRAU AGRIC/AGROPEC .......................1.555 TOTAL 7.897

SITUAÇÃO NO PR CREA-PR ANO Quant. de receitas 2002 1.772.278 2003 2.137.749 2004 2.264.158 2005 2.217.708 2006 2.177.368 2007 2.300.836 2008 2.534.256 2009 2.560.629 2010 2.721.332 2011 2.877.901 2012 até 31/08 1.338.041

Problemas no Paraná 1. Falta de produtos registrados para diversas culturas 2. Registro para a cultura e não para o alvo: - pragas e doenças secundárias 3. Modalidades não previstas: Dessecação para vazio sanitário Controle de insetos em palhada Manejo de banco de sementes out/inverno Manejo de resistência de plantas daninhas 4. Proibição de armazenagem de agrotóxicos em propriedades 6. Fiscalização “on line” x descompassos entre legislação e uso - Multas - Atuação do Ministério Público - Processos de ética no CREA

Controle de Pragas em Pré-plantio

Manejo de Resistência a Herbicidas Problemas Manejo de Resistência a Herbicidas Inseticidas para aveia e outras minor crops Uso de graminicida específico em dessecação Capim amargoso Buva Azevém Risco de resistência múltipla Risco de resistência simultânea – buva + amargoso Resgate de princípios ativos antigos Maior longevidade dos princípios ativos

Estratégias Não Químicas Rotação de culturas Consórcio de culturas – Milho e Brachiaria Alelopatia Espaçamento Aumento da cobertura morta Manejo cultural – semente Limpeza de máquinas Capinas Posicionamento de cultivares Uso da dose correta

Desafios Busca por novos mecanismos de ação Pouco investimento das empresas em novos princípios ativos. Tempo para lançamento (10 a 12 anos) e custos elevados. Necessidade de conhecimento profissional Específico Ex carryover diclosulam 200 dias para a próxima cultura

Manejo de Soja e Milho Voluntários Soja transgênico Milho transgênico expectativa de 100% rr Vazio sanitário Manejo em segunda safra Como manejar sem o paraquat?

AÇÃO EDUCATIVA PR MANUAL DE ORIENTAÇÃO SOBRE RECEITUÁRIO AGRONÔMICO USO E COMÉRCIO DE AGROTÓXICOS Trabalho de vários anos – entidades – profissionais experientes Permite ao profissional melhor entendimento e evitar erros. http://www.crea-pr.org.br/index.php?option=com_phocadownload&view=category&id=42:manuais&Itemid=95

CSFI Culturas com Suporte Fitossanitário Insuficiente Grupo Cereais de Inverno

Grupo Adubação de Cobertura Nabo Forrageiro Brachiária ruziziensis Milheto Tremoço Ervilhaca Crotalária

CSFI Culturas com Suporte Fitossanitário Insuficiente - Grãos 1. Câmara Setorial de Cereais de Inverno e Comitê Técnico de Assessoramento de Agrotóxicos - CTA 2. Criação do Grupo Cereais de Inverno 3. Criação do Grupo Adubação de Cobertura 4. Elaboração da Instrução Normativa Conjunta Nº 2 5. Associações de Produtores, Cooperativas – acionam empresas 6. Empresas solicitam inclusão da CSFI nos rótulos dos produtos

Princípios Legalistas no Receituário O agricultor é incapaz Receita é tratada como se fosse o primeiro uso... Todo emissor é suspeito até prova em contrário A receita é para reduzir o uso Devemos focar na receita – ponto chave O conteúdo da receita deve ser padronizado O diagnóstico é impossível sem a cultura instalada A compra antecipada é um erro 10. A dose de registro é sagrada

Consequências 2. A receita tem que ser informatizada. 1. Insegurança dos emissores. 2. A receita tem que ser informatizada. - A fiscalização é informatizada. 3. Redução de emissores ao mínimo – Só emitem oficialmente aqueles vinculados a comerciantes de insumos. 4. A receita só é emitida pela exigência da lei. 5. O conteúdo da receita é adaptado à lei e as exigências da fiscalização. 6. As instruções de uso adequadas a cada problema, são feitas oralmente e/ou orientações por escrito não sistematizadas. Ex Dose engessada pela legislação x manejo de pragas uso correto não autorizado – falta de registro para o alvo

Mudanças Equivocadas na Legislação 1. Projeto de Lei 3060/11 – 5 vias 2. Projeto de Lei 2043 /2011 – Aviação agrícola / cópia de receita 3. Decreto 2283/2009 – Guia de aplicação 17 itens/arquivar 2 anos 4. Projeto de Lei 655/2011 – Pulverizadores multa após um ano 5. PL 1950/2011 – Vigilância eletrônica de agrotóxicos 6. Leis municipais que proíbem o uso de 2,4 D

Mudanças Positivas na Legislação 1. Resolução 107 Cadastro de produtos no Paraná 2. Lei Estadual 16.082/2009 – agrotóxicos obsoletos 3. Instrução Normativa Conjunta Nº 1/2010 4. Instrução Normativa Conjunta Nº 2/2012

Sugestões de Mudanças Legislação Federal 1. Instrução Normativa Conjunta Nº 2/2012 2. Alterar Legislação Federal –Simplificar conteúdo da receita/campo - Conteúdo adaptado à situação - Diagnóstico – porque colocamos só 1 alvo - Modalidades de uso - Disciplinar uso correto não autorizado - Uso associado de produtos - Permitir embalagens menores Objetivo das alterações : - Aumentar o número leitores - Aumentar o número de emissores

Paradoxo ? Princípio da precaução x Conhecimento científico Alarmismo ambientalista e ideológico Retrocessos semente crioula Agrotóxico é palavrão, agricultura é vilã e agricultor é bandido Uso correto e seguro de produtos legais não é crime. Órgãos públicos responsáveis por registros são capacitados - profissionais lhes creditam fé pública Quando a ideologia entra pela porta, a ciência sai pela janela. Prof. Zeferino Vaz fundador da Unicamp

Uso seguro não autorizado O engenheiro agrônomo utilizando sua autoridade profissional para a recomendação eficaz. BPA – Boas Práticas Agronômicas A Receita prevista na lei é orientada para um profissional que não pensa.

Conformidades Legais Fabricantes Profissionais Comerciantes Pesquisas – Análises - Registros – Formulações - Divulgação - Embalagens – Rotulagens – Comercialização – ações educativas Profissionais Conhecimento técnico – assistência - recomendações – receitas Comerciantes Estocagem - Vendas - ações educativas Agricultores Treinamento dos aplicadores Seguir prescrição Cuidados com: ambiente – saúde – intervalo segurança Poder Público (MAPA – ANVISA – IBAMA – SEABs) Regulamentação – registros – cadastros – fiscalização dos elos da cadeia agrícola Ações educativas principalmente a agricultores e aplicadores

RESGATE DA AUTORIDADE PROFISSIONAL Propostas RESGATE DA AUTORIDADE PROFISSIONAL Fabricantes - Propaganda restrita a profissionais Ações educativas genéricas de segurança a usuários e aplicadores Registro profissional - ART palestras e eventos técnicos Profissionais Habilitação, e reciclagem para conhecimentos técnicos específicos. Comerciantes - Venda antecipada com projetos e receitas - Ações educativas em conjunto com fabricantes, profissionais e poder público.

RESGATE DA AUTORIDADE PROFISSIONAL Propostas RESGATE DA AUTORIDADE PROFISSIONAL Agricultores Treinamento de aplicadores – capacitação documentada Aplicações sob orientação técnica documentada Rastreabilidade dos alimentos “in natura” documentada Poder Público (MAPA – ANVISA – IBAMA – SEABs – EMATER - LEGISLATIVO) – Fiscalização equilibrada dos elos da cadeia agrícola Assistência técnica pública aos mini e pequenos Ações educativas a agricultores e aplicadores Fiscalização dos alimentos rastreáveis nos mercados.

Justificativas - A receita, mesmo perfeita, atualmente é desconsiderada pela maioria dos agricultores que a fiscalização não atinge. Alimentos rastreáveis permitirão à fiscalização identificar desconformidades e aplicar penalidades. Agricultores não são “coitadinhos” ou ignorantes – e se forem não devem utilizar agrotóxicos – CAPACITAÇÃO. Aplicadores são os principais responsáveis pelo uso correto e seguro dos produtos prescritos nas receitas – INCLUSÃO NA LEGISLAÇÃO.