A política do reconhecimento

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Transcrição da apresentação:

A política do reconhecimento Charles Taylor

Elementos contextuais Os chamados “comunitaristas”; Nova geração da escola de Frankfurt (Axel Honneth); Influência de Hegel (dialética do Servo e do Senhor); Diversidade de movimentos sociais. Não somos apenas classe social; A visibilidade política dos grupos sociais; A “luta por reconhecimento” traduzida em forma de políticas públicas?

Questões de fundo Honra x Dignidade Autenticidade: o indivíduo nascendo na modernidade Comportamento histórico: o indivíduo e a democracia (o problema de Toqcheville) A identidade é dialógica. Reconhecimento e falso reconhecimento. O reconhecimento na esfera íntima e na esfera pública

Sobre a esfera pública Tensões: reconhecimento e universalismo Sobre as diferençãs culturais: “no dia que que surgir um Tolstoy zulu, ele passará a fazer parte dos meus hábitos literários” (Bellow) Necessidade de um certo “reconhecimento” dos valores das culturas. Seria a posição de Taylor “relativista”?

Sobre a esfera pública: alguns exemplos O caso de Quebeque Relação do Estado com o reconhecimento: reconhecer o pleito e “agir” políticas públicas O caso dos professores indígenas. Reconhecimento e valores republicanos. O caso da imigração na Europa: práticas culturais distintas Sobre as cotas: uma política de identidade ou uma passagem para o universalismo?

Sobre o papel do Estado Liberalismo (1): a sociedade não deveria interferir no que seria uma “vida boa” para o indivíduo (exemplos: as igrejas e os hereges – Rawls – e o “kit anti-homofobia”). Crítica de Taylor: até que ponto a sociedade democrática (e o Estado) pode se colocar como “neutro” em certas situações? Réplica (Steven C. Rockefeller): a sociedade liberal elege valores (como a liberdade). Ela não seria neutra. Liberalismo (2): permite o Estado comprometido com certos grupos desde que não haja rompimento com os direitos individuais. Para Taylor (no caso de Quebeque) é justa a atuação do coletivo – desde que não haja desrespeito aos contrários. Atuação do Estado. Lutas e conflitos a partir de “identidades distintas”. Como “mediar” essas questões?

Pontos em aberto Como ficam os casos como o de Salman Rushdie (Versos Satânicos) ou, mais recentemente, o Charlie Hebdo? Pensando o currículo de escolas e universidades, como fica a questão do reconhecimento dos grupos “vencidos”? Tensão: local/nacional/global A “valoração” universal da cultura (posições contrárias: Richard Rorty) Sobre a ação do Estado (posição contrária: Habermas). E a classe social?