Caráter e Personalidade

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Transcrição da apresentação:

Caráter e Personalidade Segundo a psicanálise

Introdução O termo Caráter e personalidade estão indissociavelmente vinculados. Character: “é uma marca gravada, sulcada, uma impressão ou símbolo na alma”. Temperamentum: “disposição do homem de agir de um modo ou de outros segundo a mescla de humores que compõe seu corpo”.

Personalitas: “relativo a uma persona, personagem numa peça teatral ou máscara que a cobria e a identificava”. “A personalidade é um fato que se mostra a cada um de nós como o elemento de síntese da experiência interior que afirma e realiza nossa identidade, harmonizando nossas tendências, hierarquizando-as, adotando algumas, rechaçando outras, imprimindo um ritmo próprio à sua ação. Apresenta-se sob um modo intelectual – o juízo – que se refere não apenas a uma realidade efetuada, mas a uma realidade intencional. A personalidade não é apenas um fato dado; orienta o ser para o ato futuro mediante ao qual se conformará ou não ao juízo que faz de si mesmo”. (Lacan, [1932] 1985,p.29-30)

Tipologia tipológica

Referencias freudianas Freud empregou o termo “caráter” em diversos momentos de sua obra: Caso Emmy Von N. (1893) Caso Dora (1905) Pequeno Hans (1909) Homem dos lobos (1918) Quanto à natureza do caráter: sua origem, fixação, transformação, tratamento no texto “três ensaios sobre a teoria da sexualidade”

“Caráter e erotismo anal”(1908): a moralidade, vergonha e as formações reativas, são barreiras à satisfação pulsional tem implicação direta no desenvolvimento do caráter. “Moral sexual civilizada e a doença nervosa moderna”(1908): discute a problemática relação entre a satisfação sexual direta e as sublimações necessárias para alcançar com êxito as metas da civilização. “A disposição à neurose obsessiva” (1913): traça uma diferença entre sintoma e caráter.(ler) “Alguns tipos de caracteres encontrados no trabalho analítico”(1916): três tipos: as exceções, os arruinados pelo êxito e os criminosos por sentimento de culpa.

5. “O ego e o id” (1923): segunda tópica do aparelho psíquico, compara-o como uma vesícula viva com suas defesas contra a estimulação interna e externa. 6. “Tipos libidinais”(1931): esboça uma sistematização utilizando como princípio ordenador o predomínio de uma das três instancias psíquicas no modo de funcionamento: erótico, narcísico e obsessivo.

Elaborações A estrutura de base da personalidade corresponde a um arranjo estável e definitivo dos seguintes elementos psíquicos fundamentais: pontos de fixação da libido, uso bastante invariado dos processos primário e secundário, mecanismos de defesa, modo seletivo de relação de objeto, certo grau de evolução libidinal, certo grau de evolução do Eu, atitude frente a realidade, modo habitual de expressão do sintoma.

Se lançarmos uma cristal ao chão, ele se quebra, mas não arbitrariamente; ele se parte conforme suas linhas de separação, em fragmentos cuja delimitação, embora invisível, é predeterminada pela estrutura do cristal. (Freud, 1933/2010).Metáfora do Cristal

Formação da personalidade Usando a metáfora do princípio de cristal, Freud indica que ao descompensar-se , a estrutura da personalidade seguirá as linhas pré­-estabelecidas pelos elementos psíquicos fundamentais que a constituiu. A estrutura de personalidade revela a via de organização (não linear) da qual foi composta desde as origens a formação do sujeito.

Neurose, Psicose ou Perversão? Diante dessa questão, Freud vai compreender que um sujeito de estrutura neurótica não poderá desenvolver senão uma neurose, o sujeito de estrutura psicótica senão uma psicose e o perverso compreenderá uma estrutura perversa.