Linguística gerativa: Desenvolvimento e Perspectivas uma Entrevista com Noam Chomsky Na Linguística e na Filosofia, geralmente as pessoas estão interessadas.

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Linguística gerativa: Desenvolvimento e Perspectivas uma Entrevista com Noam Chomsky Na Linguística e na Filosofia, geralmente as pessoas estão interessadas em questões mais atuais. Assim, uma obra que é um pouco mais antiga, mesmo tendo sido importante nos anos 60 e 70, raramente é discutida, o que pode às vezes levar a erros sérios. Entrevista dada na UFAL (Universidade Federal de Alagoas) em Maceió, a 3 de dezembro de 1996. Traduzido por Maria Aparecida Caltabiano-Magalhães & Carolina Siqueira

Linguística gerativa: Desenvolvimento e Perspectivas Quanto à história da Gramática Gerativa, devo começar dizendo que é extremamente enganoso iniciar com Syntactic Structures. Nos anos 50, não havia linguística deste tipo; aparentemente não existia. Contudo, ela realmente tem uma tradição que se iniciou há 2500 anos com a gramática de Panini. Este tipo de trabalho ressurgiu nos século 17, 18 e 19, mas também foi esquecido juntamente com linguistas do século 20 como Otto Jespersen que, em certo sentido, foi a última pessoa que veio desta tradição. Entrevista dada na UFAL (Universidade Federal de Alagoas) em Maceió, a 3 de dezembro de 1996. Traduzido por Maria Aparecida Caltabiano-Magalhães & Carolina Siqueira

Linguística gerativa: Desenvolvimento e Perspectivas Leonard Bloomfield era meio esquizofrênico; numa metade de seu cérebro, ele era um acadêmico que conhecia a história da linguística germânica, linguística índica e como as coisas tinham sido praticadas durante centenas de anos. Na outra metade de seu cérebro ele foi muito influenciado pelo positivismo lógico, pelo behaviorismo, por tudo que se chamava "ideias modernas". Se você olhar seu trabalho, então, há dois caminhos separados. Entrevista dada na UFAL (Universidade Federal de Alagoas) em Maceió, a 3 de dezembro de 1996. Traduzido por Maria Aparecida Caltabiano-Magalhães & Carolina Siqueira

Linguística gerativa: Desenvolvimento e Perspectivas Leonard Bloomfield enquanto escrevia Language, por volta de 1930, fazendo o que as pessoas então consideravam como um trabalho científico obstinado na linguística estrutural, também trabalhava com questões gramaticais no estilo de Panini. Em 1939, ele publicou uma monografia sobre Menomini, uma língua Indígena Algonquiana da América do Norte- Menomini Morphophonemics -, que teve como modelo a gramática do sânscrito, de Panini. De alguma maneira, ele sabia que aquilo era a verdadeira linguística e que o estruturalismo não o era, mesmo que naquela época ele parecesse mais científico. Entrevista dada na UFAL (Universidade Federal de Alagoas) em Maceió, a 3 de dezembro de 1996. Traduzido por Maria Aparecida Caltabiano-Magalhães & Carolina Siqueira

Linguística gerativa: Desenvolvimento e Perspectivas Eu era aluno iniciante por volta de 1946 e todos os professores eram linguistas ilustres e amigos ou alunos de Bloomfield. Entretanto, nunca nos disseram que Bloomfield tivesse feito qualquer trabalho semelhante à gramática gerativa. Comecei a trabalhar com a linguística sem qualquer conhecimento anterior e fiz o que me pareceu óbvio: a gramática gerativa. Meu trabalho final de graduação foi uma gramática rudimentar, na realidade, um tanto detalhada na fonologia e morfologia e contendo alguma coisa de sintaxe rudimentar, mas apesar disso, uma gramática gerativa. Entrevista dada na UFAL (Universidade Federal de Alagoas) em Maceió, a 3 de dezembro de 1996. Traduzido por Maria Aparecida Caltabiano-Magalhães & Carolina Siqueira

Linguística gerativa: Desenvolvimento e Perspectivas Então fui para o MIT e comecei a ensinar. O MIT incorporou o entusiasmo da época: as ciências comportamentais, computadores, ciências da comunicação, cibernética. Havia grandes expectativas em relação à inteligência artificial e muita euforia tecnológica em geral. Os alunos do MIT são cientistas, engenheiros e matemáticos e eu estava ministrando um curso introdutório de linguística para eles. Comecei o curso com o que eles estavam interessados, que eram as fontes de Markov, autômata finita, modelos matemáticos, etc. Entrevista dada na UFAL (Universidade Federal de Alagoas) em Maceió, a 3 de dezembro de 1996. Traduzido por Maria Aparecida Caltabiano-Magalhães & Carolina Siqueira

Linguística gerativa: Desenvolvimento e Perspectivas A primeira metade de Syntactic Structures é uma tentativa de mostrar que nada disso fazia qualquer sentido para a linguagem. A segunda metade de Syntactic Structures inicia com o que eu considerava certo: a gramática gerativa transformacional. Nunca pensei em publicar o livro; era simplesmente um conjunto de anotações de sala de aula para um curso de graduação no MIT. Entrevista dada na UFAL (Universidade Federal de Alagoas) em Maceió, a 3 de dezembro de 1996. Traduzido por Maria Aparecida Caltabiano-Magalhães & Carolina Siqueira

Linguística gerativa: Desenvolvimento e Perspectivas Embora a primeira parte de Syntactic Structures  não tivesse nada a ver com linguística, exerceu grande influência. Consequentemente, a discussão representa de maneira inadequada a área. Por exemplo, a divisão entre sentenças gramaticais e agramaticais não tem nada a ver com linguística.   Não há nenhuma divisão entre sentenças gramaticais e agramaticais: cada expressão que você produz tem alguma interpretação. Se um falante do inglês ouve uma sentença em português, ele vai tentar dar a ela uma interpretação, com certeza não a maneira que foi pretendida, mas ele não pode deixar de dar alguma interpretação. Entrevista dada na UFAL (Universidade Federal de Alagoas) em Maceió, a 3 de dezembro de 1996. Traduzido por Maria Aparecida Caltabiano-Magalhães & Carolina Siqueira

Linguística gerativa: Desenvolvimento e Perspectivas Entrevista dada na UFAL (Universidade Federal de Alagoas) em Maceió, a 3 de dezembro de 1996. Traduzido por Maria Aparecida Caltabiano-Magalhães & Carolina Siqueira

Linguística gerativa: Desenvolvimento e Perspectivas Entrevista dada na UFAL (Universidade Federal de Alagoas) em Maceió, a 3 de dezembro de 1996. Traduzido por Maria Aparecida Caltabiano-Magalhães & Carolina Siqueira

Linguística gerativa: Desenvolvimento e Perspectivas Entrevista dada na UFAL (Universidade Federal de Alagoas) em Maceió, a 3 de dezembro de 1996. Traduzido por Maria Aparecida Caltabiano-Magalhães & Carolina Siqueira

Linguística gerativa: Desenvolvimento e Perspectivas Entrevista dada na UFAL (Universidade Federal de Alagoas) em Maceió, a 3 de dezembro de 1996. Traduzido por Maria Aparecida Caltabiano-Magalhães & Carolina Siqueira

Linguística gerativa: Desenvolvimento e Perspectivas Entrevista dada na UFAL (Universidade Federal de Alagoas) em Maceió, a 3 de dezembro de 1996. Traduzido por Maria Aparecida Caltabiano-Magalhães & Carolina Siqueira

Linguística gerativa: Desenvolvimento e Perspectivas Entrevista dada na UFAL (Universidade Federal de Alagoas) em Maceió, a 3 de dezembro de 1996. Traduzido por Maria Aparecida Caltabiano-Magalhães & Carolina Siqueira

Gramática Universal (GU): princípios e parâmetros presentes CONCEITOS DE N. CHOMSKY Gramática Universal (GU): princípios e parâmetros presentes nas estruturas mentais inatas. Entrevista dada na UFAL (Universidade Federal de Alagoas) em Maceió, a 3 de dezembro de 1996. Traduzido por Maria Aparecida Caltabiano-Magalhães & Carolina Siqueira

CONCEITOS DE N. CHOMSKY Entrevista dada na UFAL (Universidade Federal de Alagoas) em Maceió, a 3 de dezembro de 1996. Traduzido por Maria Aparecida Caltabiano-Magalhães & Carolina Siqueira

CONCEITOS DE N. CHOMSKY Entrevista dada na UFAL (Universidade Federal de Alagoas) em Maceió, a 3 de dezembro de 1996. Traduzido por Maria Aparecida Caltabiano-Magalhães & Carolina Siqueira

CONCEITOS DE N. CHOMSKY Entrevista dada na UFAL (Universidade Federal de Alagoas) em Maceió, a 3 de dezembro de 1996. Traduzido por Maria Aparecida Caltabiano-Magalhães & Carolina Siqueira