Maximização de Lucros e Oferta Competitiva

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Maximização de Lucros e Oferta Competitiva Capítulo 8 Maximização de Lucros e Oferta Competitiva 1

Tópicos para discussão Mercados perfeitamente competitivos Maximização de lucros Receita marginal, custo marginal e maximização de lucros Escolha do nível da produção no curto prazo Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 2

Tópicos para discussão Curva da oferta da empresa competitiva no curto prazo Curva da oferta de mercado no curto prazo Escolha do nível de produção no longo prazo Curva da oferta do setor no longo prazo Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 3

Mercados perfeitamente competitivos Características dos mercados perfeitamente competitivos 1. Aceitadores de preços 2. Homogeneidade de produtos 3. Livre entrada e saída Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 4

Mercados perfeitamente competitivos Aceitadores de preço Cada empresa, individualmente, vende uma pequena parte da produção total do mercado e, portanto, não tem influência no preço de mercado. O consumidor, individualmente, compra uma porção muito pequena da produção industrial, não tendo qualquer impacto sobre o preço de mercado. Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 4

Mercados perfeitamente competitivos Homogeneidade de produtos Os produtos de todas as empresas são substitutos perfeitos. Exemplos Produtos agrícolas, petróleo, cobre, ferro, madeira Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 4

Mercados perfeitamente competitivos Livre entrada e saída no mercado Os compradores podem, facilmente, mudar de fornecedor. Os fornecedores podem, facilmente, entrar ou sair de um mercado. Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 4

Mercados perfeitamente competitivos Quando um mercado é altamente competitivo? Que fatores poderiam funcionar como barreiras à entrada e à saída? Todos os mercados são competitivos? Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 4

Maximização de lucros Será que as empresas maximizam lucros? Outros objetivos possíveis: Maximização da receita Maximização de dividendos Maximização de lucros no curto prazo Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 5

Será que as empresas maximizam lucros? Maximização de lucros Será que as empresas maximizam lucros? Implicações de objetivos que não sejam a maximização dos lucros No longo prazo,os investidores deixariam de investir na empresa Sem lucros, a sobrevivência seria improvável Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 6

Será que as empresas maximizam lucros? Maximização de lucros Será que as empresas maximizam lucros? A hipótese de maximização de lucros no longo prazo é válida e não exclui a possibilidade de comportamento altruísta. Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 7

Receita marginal, custo marginal, e maximização de lucros Determinação do nível de produção que maximiza os lucros Lucro ( ) = Receita total - Custo total Receita total (R) = Pq Custo total (C) = Cq Logo: Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 8

Receita marginal, custo marginal, e maximização de lucros Maximização de lucros no curto prazo R(q) Receita total Inclinação de R(q) = RMg Custo, receita e lucro (dólares por ano) Produção (unidades por ano) Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 10

Receita marginal, custo marginal, e maximização de lucros C(q) Custo total Inclinação de C(q) = CMg Por que o custo é positivo quando q é zero? Maximização de lucros no curto prazo Custo, receita e lucro (dólares por ano) Produção (unidades por ano) Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 11

Receita marginal, custo marginal, e maximização de lucros Receita marginal é a receita adicional proveniente da produção de uma unidade a mais de produto. Custo marginal é o custo adicional associado à produção de uma unidade a mais de produto. Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 14

Receita marginal, custo marginal, e maximização de lucros Comparando R(q) e C(q) Nível de produção: 0- q0: C(q)> R(q) Lucro negativo CF + CV > R(q) RMg > CMg Indica que o lucro deve aumentar com a expansão da produção Custo, receita e lucro (dólares por ano) C(q) A B R(q) q0 q* Produção (unidades por ano) Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 16

Receita marginal, custo marginal, e maximização de lucros Comparando R(q) e C(q) Pergunta: por que o lucro é negativo quando a produção é zero? Custo, receita e lucro (dólares por ano) Produção (unidades por ano) C(q) A B q0 q* R(q) Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 17

Receita marginal, custo marginal, e maximização de lucros Comparando R(q) e C(q) Nível de produção: q0- q* R(q)> C(q) RMg > CMg Indica que o lucro deve aumentar com a expansão da produção Lucro é crescente Custo, receita e lucro (dólares por ano) Produção (unidades por ano) C(q) A B q0 q* R(q) Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 18

Receita marginal, custo marginal, e maximização de lucros Comparando R(q) e C(q) Nível de produção: q* R(q)= C(q) RMg = CMg Nível máximo de lucro Custo, receita e lucro (dólares por ano) Produção (unidades por ano) C(q) A B q0 q* R(q) Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 19

Receita marginal, custo marginal, e maximização de lucros Pergunta Por que o lucro diminui quando a produção se torna maior ou menor que q*? Custo, receita e lucro (dólares por ano) Produção (unidades por ano) C(q) A B q0 q* R(q) Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 20

Receita marginal, custo marginal, e maximização de lucros Comparando R(q) e C(q) Nível de produção maior que q*: R(q)> C(q) CMg > RMg Lucro é decrescente Custo, receita e lucro (dólares por ano) Produção (unidades por ano) C(q) A B q0 q* R(q) Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 21

Receita marginal, custo marginal, e maximização de lucros Logo, podemos dizer que: Os lucros são maximizados quando CMg = RMg. Custo, receita e lucro (dólares por ano) Produção (unidades por ano) C(q) A B q0 q* R(q) Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 22

Receita marginal, custo marginal, e maximização de lucros Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 23

Receita marginal, custo marginal, e maximização de lucros Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 24

Receita marginal, custo marginal, e maximização de lucros Demanda e receita marginal para empresas competitivas Aceitação de preços Produção de mercado (Q) e produção da empresa (q) Demanda de mercado (D) e demanda da empresa (d) R(q) é uma linha reta Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 25

Receita marginal, custo marginal, e maximização de lucros Curva da demanda com a qual se defronta uma empresa competitiva Preço (dólares por Bushel) Preço (dólares por Bushel) Empresa Setor D $4 d $4 100 200 Produção (bushels) 100 Produção (milhões de bushels) Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 27

Receita marginal, custo marginal, e maximização de lucros Demanda e receita marginal para empresas competitivas A empresa competitiva A demanda da empresa competitiva O produtor individual vende todas as suas unidades de produto por $4, independente do seu nível de produção. Se o produtor cobrar um preço mais elevado, suas vendas cairão para zero. Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 28

Receita marginal, custo marginal, e maximização de lucros Demanda e receita marginal para empresas competitivas A empresa competitiva A demanda da empresa competitiva Se o produtor cobrar um preço mais baixo, ele não conseguirá aumentar suas vendas P = D = RMg = RMe Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 28

Receita marginal, custo marginal, e maximização de lucros Maximização de lucros por uma empresa competitiva Maximização de lucros CMg(q) = RMg = P Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 29

Escolha do nível da produção no curto prazo Veremos agora de que forma a análise da produção e dos custos, combinada à análise da demanda, nos permite determinar os níveis de produção e rentabilidade. Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 30

Escolha do nível da produção no curto prazo Uma empresa competitiva que gera lucro positivo CMg Preço (dólares por unidade) 60 50 Lucro perdido quando qq < q* Lucro perdido quando q2 > q* CVMe CTMe D A 40 RMe=RMg=P q* C B 30 q1 : RMg > CMg q2: CMg > RMg q0: CMg = RMg mas o CMg é decrescente Em q*: RMg = CMg e P > CTMe 20 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Produção q0 q1 q2 Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 36

Escolha do nível da produção no curto prazo Uma empresa competitiva que tem prejuízos CVMe CTMe CMg q* P = RMg Preço (dólares por unidade) B F C A E D Em q*: RMg = CMg e P < CTMe Prejuízo = (P- CMe) x q* ou ABCD Esse produtor continuaria a produzir apesar do prejuízo? Produção Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 39

Escolha do nível da produção no curto prazo Resumo das decisões de produção O lucro é maximizado quando CMg = RMg Se P > CTMe, a empresa aufere lucros. Se CVMe < P < CTMe, a empresa deve produzir com prejuízo. Se P < CVMe < CTMe, a empresa deve abandonar a indústria. Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 40

Escolha do nível da produção no curto prazo Produção no curto prazo de uma fábrica de alumínio Observações Preço entre $1.140 e $1.300: q = 600 Preço > $1.300: q = 900 Preço < $1.140: q = 0 Pergunta A empresa deveria continuar a operar quando P < $1.140? Custo (dólares por tonelada) 1.400 P1 P2 1.300 1.200 1.140 1.100 Produção (toneladas por dia) 300 600 900 Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil

Escolha do nível da produção no curto prazo Exemplo: Algumas considerações sobre custos para os administradores Três recomendações para a estimativa do custo marginal: 1. Evitar o uso do custo variável médio como substituto do custo marginal. Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 41

Escolha do nível da produção no curto prazo Algumas considerações sobre custos para os administradores Três recomendações para a estimativa do custo marginal: 2. Um único item do registro contábil da empresa poderá ter dois componentes, com apenas um deles envolvendo custos marginais. Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 41

Escolha do nível da produção no curto prazo Algumas considerações sobre custos para os administradores Três recomendações para a estimativa do custo marginal: 3. Todos os custos de oportunidade devem ser considerados na determinação dos custos marginais. Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 42

Curva da oferta da empresa competitiva no curto prazo Curva da oferta no curto prazo para uma empresa competitiva P1 q1 A empresa escolhe o nível de produção onde RMg = CMg, desde que seja capaz de cobrir seus custos variáveis de produção. Preço (dólares por unidade) CMg CVMe CTMe P2 q2 O que aconteceria se P < CVMe? P = CVMe Produção Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 46

Curva da oferta da empresa competitiva no curto prazo Observações: P = RMg RMg = CMg P = CMg A curva de oferta corresponde à quantidade de produto para cada possível nível de preço. Logo: Se P = P1, então q = q1 Se P = P2, então q = q2 Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 47

Curva da oferta da empresa competitiva no curto prazo Curva da oferta no curto prazo para uma empresa competitiva Preço (dólares por unidade) S = CMg acima de CVMe CMg CMe P2 CVMe P1 P = CVMe Ponto de saída do mercado Produção q1 q2 Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 49

Curva da oferta da empresa competitiva no curto prazo Observações: A curva de oferta é inclinada de forma positiva devido à ocorrência de rendimentos decrescentes. Preços mais elevados compensam a empresa pelos custos mais altos associados ao aumento da produção e elevam o lucro total, pois se aplicam a todas as unidades produzidas. Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 50

Curva da oferta da empresa competitiva no curto prazo Resposta da empresa à modificação de preço dos insumos Quando o preço de um fator de produção varia, a empresa modifica seu nível de produção, de tal forma que o custo marginal de produção permaneça igual ao preço do produto. Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 51

Curva da oferta da empresa competitiva no curto prazo Resposta da empresa à modificação no preço dos insumos CMg2 q2 Devido ao aumento no preço do insumo, CMg se desloca para CMg2, e q cai para q2. Preço (dólares por unidade) Economia de custo associada à redução da produção CMg1 q1 $5 Produção Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 54

Curva da oferta da empresa competitiva no curto prazo Produção no curto prazo de derivados de petróleo 27 Custo (dólares por barril) CMgCP O CMg de produção de uma combinação de derivados de petróleo apresenta forte aumento em diversos níveis de produção, à medida que a refinaria alterna de uma unidade processadora para outra. 26 Quanto seria produzido se P = $23? E se P = $24-$25? 25 24 Produção (barris por dia) 23 8.000 9.000 10.000 11.000 Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 57

Curva da oferta da empresa competitiva no curto prazo Exemplo: Produção no curto prazo de derivados de petróleo Uma curva de CMgCP que aumenta em degraus indica o uso de diferentes processos produtivos para distintos níveis de capacidade. Observação: Dada uma função de CMg em degraus, é possível que pequenas variações no preço não alterem a decisão de produção da empresa. Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 58

Curva da oferta de mercado no curto prazo A curva da oferta de mercado no curto prazo representa a quantidade de produto que o setor produzirá no curto prazo para cada preço possível. Suponha um mercado competitivo com apenas três empresas: Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 59

Curva da oferta de mercado no curto prazo Curva da oferta de um setor no curto prazo S A curva de oferta da indústria no curto prazo é a soma horizontal das curvas de oferta das empresas individuais. CMg1 CMg2 Dólares por unidade CMg3 P1 P3 P2 Pergunta: Qual seria o efeito sobre a oferta de mercado de um aumento da produção, se este aumentasse o preço dos insumos? 2 4 5 7 8 10 15 Quantidade 21 Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 64

Curva da oferta de mercado no curto prazo Elasticidade da oferta de mercado Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 66

Curva da oferta de mercado no curto prazo Uma curva de oferta a curto prazo perfeitamente inelástica surge quando todos os equipamentos e plantas produtivas do setor estão sendo plenamente utilizados, de modo que, para aumentar o nível de produção, seria necessária a construção de novas plantas produtivas. Uma curva de oferta a curto prazo perfeitamente elástica surge quando os custos marginais são constantes. Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 67

Curva da oferta de mercado no curto prazo Perguntas 1. Dê um exemplo de oferta perfeitamente inelástica. 2. Se o CMg aumenta rapidamente com a produção, a oferta é mais elástica ou menos elástica? Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 68

Curva da oferta de mercado no curto prazo Exemplo: Oferta mundial de cobre no curto prazo Produção mundial do cobre (2001) Produção anual Custo marginal País (milhares de ton. métricas) (dólares/libra) Austrália 900 0,65 Canadá 620 0,75 Chile 4.650 0,50 Indonésia 1.0800 0,55 Peru 560 0,70 Polônia 450 0,80 Rússia 550 0,50 EUA 1.340 0,70 Zâmbia 320 0,55 Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil

Curva da oferta de mercado no curto prazo Oferta mundial de cobre no curto prazo Preço (dólares por libra) 0,90 CMgPo 0,80 CMgCa CMgP,CMgUS 0,70 CMgA 0,60 CMgJ,CMgZ CMgC,CMgR 0,50 0,40 1.500 3.000 4.500 6.000 7.500 9.000 10.500 Produção (milhares de toneladas métricas) Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil

Curva da oferta de mercado no curto prazo Excedente do produtor no curto prazo As empresas obtém um excedente por cada unidade produzida, exceto a última unidade. O excedente do produtor é a soma das diferenças entre o preço de mercado e o custo marginal de produção de cada unidade produzida. Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 69

Curva da oferta de mercado no curto prazo Excedente do produtor para uma empresa P q* Em q*, CMg = RMg. Entre 0 e q , RMg > CMg para todas as unidades. A D B C Excedente do produtor Alternativamente, o CVMe de produzir q* é a soma de todos os custos marginais até q*, dada por 0DCq* . Sabemos que R = P x q* = 0ABq*. Logo: Excedente do produtor = R – CV = ABCD. Preço (dólares por unidade de produção) CMg CVMe Produção Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 73

Curva da oferta de mercado no curto prazo Excedente do produtor no curto prazo Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 69

Curva da oferta de mercado no curto prazo Excedente do produtor no curto prazo Observação No curto prazo, quando o custo fixo é positivo: Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 69

Escolha do nível de produção no longo prazo Excedente do produtor para um mercado Preço (dólares por unidade produzida) S D P* Q* Excedente do produtor O excedente do produtor para um mercado é a diferença entre P* e S, de 0 a Q*. Produção Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 77

Escolha do nível de produção no longo prazo No longo prazo, a empresa pode variar a quantidade usada de todos seus insumos, inclusive o tamanho da empresa. Estamos supondo livre entrada e livre saída no mercado. Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 78

Escolha do nível de produção no longo prazo No longo prazo,o tamanho da empresa aumenta e a produção se eleva para q3. O lucro de longo prazo (EFGD) > lucro de curto prazo (ABCD). q3 q2 G F Preço (dólares por unidade produzida) $30 CMeLP E CMgLP CMeCP CMgCP q1 A B C D No curto prazo, alguns insumos são fixos. P = $40 > CTMe. Lucro é dado por ABCD. P = RMg $40 Produção Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 84

Escolha do nível de produção no longo prazo Preço ($ por unidade de produção) $30 CMeLP E CMgLP CMeCP CMgCP D A P = RMg $40 C B G F Pergunta: O produtor aufere lucros quando o preço cai para $30 devido ao aumento da produção da indústria? q1 q2 q3 Produção Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 84

Escolha do nível de produção no longo prazo Equilíbrio competitivo no longo prazo Lucro contábil e lucro econômico Lucro contábil = R - wL Lucro Econômico = R - wL - rK wL = custo da mão-de-obra rK = custo de oportunidade do capital Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 87

Escolha do nível de produção no longo prazo Equilíbrio competitivo no longo prazo Lucro econômico nulo Se R > wL + rK, o lucro econômico é positivo Se R = wL + rK, o lucro econômico é nulo, mas a empresa aufere uma taxa de retorno normal, o que indica tratar-se de um setor competitivo Se R < wL + rK, a empresa deveria abandonar o setor Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 88

Escolha do nível de produção no longo prazo Equilíbrio competitivo no longo prazo Entrada e saída Os lucros de curto prazo resultam em maior produção e lucros no longo prazo. Os lucros no setor atraem novos produtores. O aumento no número de produtores resulta na elevação da oferta do setor e, portanto, na redução do preço de mercado. Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 89

Escolha do nível de produção no longo prazo Equilíbrio competitivo no longo prazo $30 Q2 P2 O lucro atrai novas empresas A oferta aumenta até que o lucro = 0 dólares por unidade produzida Empresa Setor dólares por unidade produzida S1 D CMeLP CMgLP $40 P1 Q1 S2 q2 Produção Produção Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 92

Escolha do nível de produção no longo prazo Equilíbrio competitivo no longo prazo 1. CMg = RMg 2. P = CMeLP Não há incentivo à entrada ou saída Lucro = 0 3. Preço de mercado de equilíbrio Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 93

Escolha do nível de produção no longo prazo Equilíbrio competitivo no longo prazo Perguntas 1) Descreva o processo de ajustamento do mercado quando P < CMeLP e as empresas apresentam custos idênticos. 2) Descreva o processo de ajustamento do mercado quando as empresas apresentam custos diferentes. 3) Qual é o custo de oportunidade do terreno? Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 94

Escolha do nível de produção no longo prazo Renda econômica Renda econômica é a diferença entre o valor que as empresas estariam dispostas a pagar por um insumo e o menor valor necessário para adquiri-lo. Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 95

Escolha do nível de produção no longo prazo Renda econômica Exemplo Duas empresas, A e B são proprietárias dos terrenos em que estão localizadas. A está localizada às margens de um rio, o que lhe confere um custo de transporte menor que o custo de B em $10.000 . A demanda pela localização de A aumenta o preço de seu terreno em $10.000 Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 95

Escolha do nível de produção no longo prazo Renda econômica Exemplo Renda econômica = $10.000 $10.000 – 0 (custo do terreno) A renda econômica aumenta Lucro econômico de A = 0 Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 95

Escolha do nível de produção no longo prazo As empresas auferem lucro zero no equilíbrio de longo prazo Preço do ingresso CMeLP CMgLP Uma equipe de beisebol de uma cidade média vende uma quantidade de ingressos suficiente para que o preço seja igual aos custos marginal e médio (lucro = 0). $7 Vendas de ingressos na temporada (milhões) 1 Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 96

Escolha do nível de produção no longo prazo As empresas auferem lucro zero no equilíbrio de longo prazo Preço do ingresso $7 CMeLP CMgLP 1,3 $10 Renda econômica Uma equipe com custos idênticos localizada em uma cidade maior vende ingressos a $10. Vendas de ingressos na temporada (milhões) Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 97

Escolha do nível de produção no longo prazo Excedente do produtor no longo prazo Na presença de um insumo fixo como uma localização privilegiada, a diferença entre o custo de produção (CMeLP = 7) e o preço ($10) corresponde ao valor ou custo de oportunidade do insumo (localização) e representa a renda econômica obtida do insumo. Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 98

Escolha do nível de produção no longo prazo Excedente do produtor no longo prazo Se o custo de oportunidade do insumo (isto é, a renda) não for levado em consideração, pode-se concluir erroneamente que há lucros econômicos no longo prazo. Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 99

Curva da oferta do setor no longo prazo O formato da curva de oferta do setor no longo prazo depende do grau em que mudanças no nível de produção do setor afetam os preços dos insumos. Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 101

Curva da oferta do setor no longo prazo Na determinação da oferta no longo prazo, supõe-se que: Todas as empresas têm acesso à tecnologia de produção existente. O aumento da produção deve-se ao uso de maior quantidade de insumos, e não a inovações tecnológicas. Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 100

Curva da oferta do setor no longo prazo Na determinação da oferta no longo prazo, supõe-se que : As condições dos mercados de fatores de produção não variam em decorrência da expansão ou contração do setor. Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 100

Curva da oferta do setor no longo prazo Oferta no longo prazo em um setor de custo constante dólares por unidade de produção Lucros econômicos atraem novas empresas. A oferta aumenta para S2 e o mercado retorna ao equilíbrio de longo prazo. dólares por unidade de produção SLP Q1 aumenta para Q2. Oferta no longo prazo = SL = CMeLP. A mudança na produção não afeta o preço do insumo. A P1 CMe CMg q1 D1 S1 Q1 S2 C D2 P2 q2 B Produção Q2 Produção Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 106

Curva da oferta do setor no longo prazo Setor de custo constante Em um setor de custo constante, a oferta no longo prazo é uma reta horizontal, referente a um nível de preço igual ao custo médio mínimo de produção. Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 100

Curva da oferta do setor no longo prazo Oferta no longo prazo em um setor de custo crescente SLP P3 CMg2 Em decorrência do aumento nos preços dos insumos, o equilíbrio no longo prazo ocorre a um preço mais elevado. CMe2 Dólares por unidade de produção Dólares por unidade de produção S1 D1 P1 CMe1 CMg1 q1 Q1 A B S2 P3 Q3 q2 P2 D1 Q2 Produção Produção Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 111

Curva da oferta do setor no longo prazo Setor de custo crescente Em um setor de custo crescente, a curva de oferta no longo prazo é positivamente inclinada. Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 100

Curva da oferta do setor no longo prazo Setor de custo decrescente Perguntas 1. Como é possível a ocorrência de custos decrescentes? 2. Dê um exemplo de setor de custo decrescente. 3. Qual é a inclinação da curva SL em um setor de custo decrescente? Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 112

Curva da oferta do setor no longo prazo Setor de custo decrescente Em um setor de custo decrescente, a curva de oferta no longo prazo é negativamente inclinada. Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 100

Curva da oferta do setor no longo prazo Efeitos de um imposto Em capítulo anterior, vimos como as empresas reagem a impostos sobre insumos. Agora, veremos como as empresas reagem a impostos sobre a produção. Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 118

Curva da oferta do setor no longo prazo Efeito que um imposto sobre a produção provoca no nível de produção de uma empresa competitiva Dólares por unidade produzida t CMg2 = CMg1 + t CVMe1 + t Um imposto de produção aumenta o custo marginal da empresa no montante do imposto. CMg1 A empresa reduzirá a produção até o ponto em que o custo marginal acrescido do imposto seja igual ao preço. P1 q1 CVMe1 q2 Produção Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 121

Curva da oferta do setor no longo prazo Efeito que um imposto sobre a produção provoca no nível de produção de um setor Dólares por unidade produzida S2 = S1 + t t O imposto desloca S1 para S2 e a produção cai para Q2. O preço aumenta para P2. P1 S1 Q1 D P2 Q2 Produção Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 124

Curva da oferta do setor no longo prazo Elasticidade da oferta no longo prazo 1. Setor de custo constante A oferta no longo prazo é horizontal Pequenas variações no preço induzem variações extremamente grandes na produção Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 130

Curva da oferta do setor no longo prazo Elasticidade da oferta no longo prazo 1. Setor de custo constante A elasticidade no longo prazo da oferta é infinita Supõe-se que haja insumos imediatamente disponíveis para a expansão da oferta Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 130

Curva da oferta do setor no longo prazo Elasticidade da oferta no longo prazo 2. Setor de custo crescente A oferta no longo prazo é positivamente inclinada e a elasticidade é positiva A inclinação (elasticidade) depende da magnitude dos aumentos no custo dos insumos A elasticidade no longo prazo é geralmente maior que a elasticidade no curto prazo Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 131

Curva da oferta do setor no longo prazo Elasticidade da oferta no longo prazo Pergunta Descreva a elasticidade no longo prazo da oferta em um setor de custo decrescente. Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 132

Curva da oferta do setor no longo prazo Exemplo: Oferta habitacional no longo prazo Cenário 1: imóveis ocupados pelos proprietários Áreas suburbanas ou rurais Mercado em escala nacional para os insumos Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 133

Curva da oferta do setor no longo prazo Oferta habitacional no longo prazo Perguntas Esse setor apresenta custo constante ou crescente? Que tipo de elasticidade da oferta você esperaria encontrar nesse setor? Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 133

Curva da oferta do setor no longo prazo Oferta habitacional no longo prazo Cenário 2: imóveis alugados Restrições de zoneamento limitam as construções Áreas urbanas Custos de construção fortemente crescentes Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 134

Curva da oferta do setor no longo prazo Oferta habitacional no longo prazo Perguntas Esse setor apresenta custo constante ou crescente? Que tipo de elasticidade da oferta você esperaria encontrar nesse setor? Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 134

Resumo Os administradores de empresas podem atuar de acordo com um conjunto complexo de objetivos e sob diversas restrições. Uma empresa competitiva toma suas decisões de produção sob a hipótese de que a demanda pela sua produção é horizontal. Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 139

Resumo No curto prazo, uma empresa competitiva maximiza seu lucro escolhendo o nível de produção para o qual o preço seja igual ao custo marginal (de curto prazo). A curva de oferta de mercado no curto prazo é a soma horizontal das curvas de oferta das empresas do setor. Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 140

Resumo O excedente do produtor para uma empresa é a diferença entre sua receita e o custo mínimo necessário para produzir o nível ótimo de produto. Renda econômica é a diferença entre o pagamento feito por um fator de produção escasso e o valor mínimo necessário para obtê-lo por locação. Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 141

Resumo No longo prazo, as empresas maximizadoras de lucro escolhem o nível de produção para o qual o preço é igual ao custo marginal no longo prazo. A curva de oferta no longo prazo da empresa pode ser horizontal ou apresentar inclinação positiva ou negativa. Capítulo 8 ©2006 by Pearson Education do Brasil 142

Maximização de Lucros e Oferta Competitiva Fim do Capítulo 8 Maximização de Lucros e Oferta Competitiva 1