Fundamentos de cristaloquímica

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Transcrição da apresentação:

Fundamentos de cristaloquímica GMG - 106 Novembro 2017 Adriana Alves

Por que a química importa Propriedades dos minerais dependem não apenas da estrutura mas também da composição Vimos as possibilidades de arranjo ordenado de motivos em 2 e 3D Agora os motivos serão: átomos, íons, grupos iônicos e eventuais moléculas

Breve revisão O átomo Rutherford

Breve revisão O átomo de Bohr

Modelo atual (quantum)

Revisão química f Energia Relativa d p s Note que a energia não necessariamente aumenta K  L  M  N etc. 4s < 3d n = 1 K 2 L 3 M 4 N 5 O 6 P 7 Q

níveis mais altos não preenchidos Camadas e subcamadas mais internas K (n = 1) 2e s (menor E) L (n = 2) 8e s, p M (n = 3) 18e s, p, d externas N (n = 4) 32e s, p, d, f (geralmente E maior) níveis mais altos não preenchidos

A tabela periódica Sete linhas horizontais: correspondem aos números quânticos principais (n = 1 a 7), ou camadas K a Q; Colunas: agrupam elementos com mesma configuração dos orbitais externos s, p e d; os casos em que f é preenchido são indicados na parte inferior, em linhas destacadas (lantanídeos e actinídios). Nas colunas, ou grupos, os elementos compartilham as propriedades químicas mais importantes; As propriedades dos elementos (tamanho atômico, potencial de ionização, eletronegatividade) variam sistematicamente dentro da Tabela Periódica, acompanhando as variações na configuração eletrônica.

Os elementos são classificados como: Metais c/ e-neg < 1.9 assim perdem e- e  cátions Não-metais > 2.1 assim ganham e- e  ânions Metalóides intermediários (B, Si, Ge, As, Sb, Te, Po..)

Informações da tabela periódica

Potencial de ionização Energia necessária para remoção do elétron de uma determinada camada para o infinito

Eletronegatividade Capacidade de um determinado elemento de atrair elétrons a fim de alcançar configuração mais estável

Eletronegatividade A Diferença de Eletronegatividade (∆E) é útil na avaliação do caráter da ligação entre dois elementos: Grande diferença = forte caráter iônico; Pequena diferença, eletronegatividades altas = caráter covalente; Pequena diferença, eletronegatividades baixas a intemediárias = ligação metálica

Ligações químicas São elétricas por natureza Definem grande parte das propriedades dos minerais Tipos: Iônica, Covalente, Metálica, Van der Waals

Ligação Iônica Envolve um átomo com baixo potencial de ionização e outro com grande eletronegatividade

Ligação iônica A ligação é forte (alto ponto de fusão) Mas facilmente disrupta por solventes polarizados (água) Pobres condutores elétricos. São não-direcionais, de modo que a simetria é função do empacotamento e assim pode ser bem elevada (sist. isométrico comum). Se a e-neg de 2 átomos difere por 2.0 ou mais  iônica

Ligação covalente Dois átomos com configuração parecida tentando roubar o elétron do outro Impossível, mas se eles se aproximam até haver superposição dos orbitais externos, podem compartilhar de modo que 2 e- “preenchem” a camada 3p remanescente de cada Cl Essa compulsão para permanecer superpostos & compartilhar resulta em uma ligação forte  Cl2

A influência dos orbitais 2(sp3) tem forma tetraédrica (a energia é idêntica) Maior superposição  mais forte

Grafita Os 3 orbitais 2(sp2) são coplanares & estão a 120o Estrutura da Grafita

Propriedades da ligação covalente Alta dureza (H). No diamante: H = 10. Alta fragilidade Isolantes elétricos no estado sólido e quando fundidos; Alto ponto de fusão; Baixo coeficiente de expansão térmica; Solubilidade muito baixa; Baixo número de coordenação; geralmente, baixa simetria;

Ligação metálica 3) Ligação Metálica Podemos chamá-la o equivalente oposto da ligação covalente: Na ligação covalente a e-neg é alta & os átomos estão tentando conseguir e- Se eles não conseguem, devem compartilhar fortemente Do outro lado, com baixa e-neg & baixo P.I. Eles não estão tentando conseguir, mas doar e-, assim eles compartilham fracamente Cristais metálicos portanto conduzem eletricidade e calor

Van der Waals Ligação mais fraca Usualmente entre moléculas neutras (mesmo algumas grandes como as camadas de grafita) Ajudadas por ligações covalentes polares ou parcialmente polares. Mesmo ligações A-A estáveis como O2 ou Cl2 se tornam levemente polares a baixa T & condensam para líquido & sólido ordenado conforme a vibração diminui  polaridade A fraqueza dessa ligação é evidente na clivagem da grafita

Dos átomos às estruturas Princípios de Goldschmidt e Laves: Os átomos de uma estrutura cristalina procuram arranjar-se: ocupando o espaço da maneira mais eficiente possível; buscando uma configuração a mais simétrica possível; procurando o número de coordenação mais alto possível, i.e. interagindo com o maior número possível de átomos vizinhos