HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA Disciplina de Clínica Cirúrgica Prof. Dr

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
DOENÇA DIVERTICULAR DO CÓLON
Advertisements

O TRABALHO DO CIRURGIÃO
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE
Fernanda C. J. S. Gonçalves Juliana H. Silva Lais Missae M. Domingues
Aspectos éticos e legais dos arquivos médicos
Profilaxia e Tratamento da Doença Tromboembólica.
ASGE O papel da endoscopia na DUP Volume 71, No. 4 : 2010 GASTROINTESTINAL ENDOSCOPY.
Prof. Enfº. Pol. Jackson Figueiredo
Obstrução intestinal Sessão clinica Serviço de Cirurgia Geral
Universidade Federal de Goiás
Polipose Adenomatosa Familiar
EMBOLIA PULMONAR CONCEITO FISIOPATOLOGIA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Doença Diverticular.
Diverticulite Aguda.
Emergências e Urgências Psiquiátricas
REDE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA ESTADO DO PARANÁ
Cristiane Vieira da Cruz
ENDOCARDITE INFECCIOSA
Hemorragia Digestiva no Pós-Operatório
Dr. André Oliveira Fonseca R1 Hemodinâmica SCRP
Assistência de enfermagem na alimentação da pessoa internada
Pedro Magalhães-Costa, Cristina Chagas
CANCER DE PROSTATA ARNILDO HASPER TEL CEL
FÍSTULA AORTO-ENTÉRICA F. Ávila, Costa Santos V., Pereira J.R., Rego A.C., Nunes N., Paz N., Duarte M.A. Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada,
Doença Diverticular dos Cólons
FLUXO DO ATENDIMENTO ORTOPÉDICO NO DEPARTAMENTO DE EMERGÊNCIA.
CONDUTAS CIRÚRGICAS EM HEMORRAGIAS DIGESTIVAS
Processo de Enfermagem para pacientes cirúrgicos
Cardiopatias no Recém-nascido
PATOLOGIA ÓSSEA II.
RUPTURA TENDÃO DE AQUILES
Barbeiro S., Martins C., Gonçalves C., Canhoto M., Eliseu L., Arroja B., Silva F. Cotrim I. e Vasconcelos H. Serviço de Gastrenterologia - Centro Hospitalar.
DOR ABDOMINAL – UMA ETIOLOGIA A NÃO ESQUECER
SERVIÇOS COMPLEMENTARES
PERSPECTIVAS PARA O SISTEMA DE SAÚDE DA PMDF
“CAP-POLYPOSIS” – UMA ENTIDADE MUITO RARA – 2 CASOS
Walter De Biase da SILVA – NETO, Adalberto CAVARZAN e Paulo HERMAN
Revisão do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde 2015 – ª Reunião do Grupo Técnico 31 de março de 2015.
Profilaxia da TEV: HNF x HBPM
Isquemia Intestinal Definição:
A SÍNDROME DE COMPARTIMENTO DO ABDOME
Atelectasia Derrame pleural Área focal com aumento de densidade
Urgência e emergência na atenção primária
Teste.
DISTÚRBIOS GASTROINTESTINAIS COMUNS
ABDOME AGUDO NA INFÂNCIA
Tayrine Gonçalves Laura Miranda
DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO
Sistema genitourinário
Raquel Adriana M. S. S. Takeguma R1- Pediatria
DOENÇA DIVERTICULAR DO CÓLON
ASGE Papel da endoscopia na cirurgia bariátrica GASTROINTESTINAL ENDOSCOPY Volume 68, No. 1 : 2008.
HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA
Em relação à dengue, é correto afirmar:
UNIDADE DE RECUPERAÇÃO PÓS ANESTÉSICA
 LESÃO MEDULAR TRAUMÁTICA  FISIOPATOGENIA  TRATAMENTO PRÉ E INTRA HOSPITALAR  DISFUNÇÕES MICCIONAIS  FUNÇÃO INTESTINAL  SEXUALIDADE  DISCUSSÃO ADAURI.
Teste Diagnósticos Avaliação
Endoscopia VISÃO GERAL Luís Correia Serviço de Gastrenterologia e Hepatologia – CHLN Centro de Gastrenterologia - Faculdade de Medicina de Lisboa.
Tumores da Próstata Sociedade Brasileira de Urologia
EVENTOS INDESEJÁVEIS EM EDA Luiz Carlos Bertges Universidade Federal de Juiz de Fora MG Faculdade de Medicina da SUPREMA 1.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO COLEGIADO DE MEDICINA DISCIPLINA DE SAÚDE DO IDOSO APRESENTAÇÃO DE CASO CLÍNICO PETROLINA – PE MAIO DE 2009.
Teste.
Teste.
Teste.
Teste\. testes.
Transcrição da apresentação:

HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA Disciplina de Clínica Cirúrgica Prof. Dr HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA Disciplina de Clínica Cirúrgica Prof. Dr. James Skinovski e Dr. Marcos sigwalt Alexandre Casco Pietsch Éder R. L. Sanches Gustavo Wolff João Henrique Pereira Pedro A. P. Pereira

Diagnóstico HEMORRAGIA MACIÇA EM CURSO: Intervenção cirúrgica emergencial (rara) Ressuscitação hídrica e estabilização do paciente Testes diagnósticos primários: Colonoscopia Angiografia visceral Cintilografia com 99mTc Hc

Hemorragia gastrintestinal aguda baixa Algoritmo Hemorragia gastrintestinal aguda baixa Sonda nasogástrica e/ou endoscopia alta Descartar origem gastrintestinal alta Proctoscopia - Descartar origem retal Hemorragia maciça persistente Baixo fluxo ou hemorragia intermitente Angiografia mesentérica seletiva Diagnóstica Não-diagnóstica Colonoscopia Embolização ou Vasoconstritor intra-arterial Não-diagnóstica Diagnóstica Cintilografia com 99 mTc Hc Enteróclise Cintilografia compertecnetato de 99mTC Enteroscopia Tratamento definitivo Ressecção cirúrgica

Colonoscopia Indicação da colonoscopia de urgência (<12h) Após preparo do cólon: Parada da hemorragia progressiva / grau de hemorragia mais moderado Repleção volêmica e estabilidade hemodinâmica Achados positivos: Local de sangramento ativo / vaso sanguíneo não-sangrante / coágulo aderido a um orifício divertilcular ulcerado / coágulo aderido a foco mucoso / sangue fresco em seguemento colônico Lesões não indicativas: Lesões incidentais, coâgulos em multiplos orifícios diverticulares / pólipos e diverticulos não sangrantes Sangue fresco no íleo terminal, após EDA, sugere fonte de sangramento no intestino delgado A hemorragia só pode ser atribuída a lesões com estigma de hemorragia evidente

Colonoscopia Contra-indicação de colonoscopia de emergência: Hemorragia gastrintestinal baixa macíça Dificuldade de preparo do cólon (foco hemorrágico) Instabilidade hemodinâmica (impede sedação, risco de hipoxemia e complicações) Comprometimento da reposição volêmica durante o procedimento A colonoscopia é o procedimento de escolha em pacientes que tenham apresentado hemorragia após uma polipectomia endoscópica

Dr.João

Dr.João

Angiografia Visceral Seletiva A arteriografia mesentérica tem sido amplamente utilizada na avaliação e no tratamento dos pacientes com hemorragia gastrintestinal baixa.

A injeção seletiva de contraste radiográfico na artéria mesentérica superior ou inferior identifica o local da hemorragia em pacientes sangrando a uma velocidade de 0.5 ml/min ou mais. O teste pode identificar com acurácia a hemorragia arterial em 45% a 75% dos pacientes, se eles estiverem sangrando ativamente no momento da injeção do contraste.

Complicações e indicações Cerca de 10% Incluem infarto, insuficiência renal, trombose da artéria femural, imobilização do membro inferior e formação de hematoma. A maioria dos pacientes com HDB tem mais de 60 anos de idade, co-morbidades clínicas que podem tornar o procedimento de alto risco para esses pacientes. Desta forma, a angiografia é reservada para pacientes com evidência de hemorragia significativa em curso.

Cintilografia com Hemácias Marcadas com Tecnéscio 99m Procedimento não invasivo de medicina nuclear. As hemácias do paciente são marcadas com um isótopo do tecnécio e reintroduzidas na circulação. Taxas de sangramento de até 0,1 ml/min podem ser detectadas.

Em cada episódio de sangramento, sangue marcado é derramado no lúmen colônico, criando um foco isotópico que pode ser visualizado com uma cintilografia abdominal. Imagens são obtidas a intervalos distintos, dentro das primeiras 2 horas, e desde então a intervalos de 4 a 6 horas, ou no momento da evidência clínica de hemorragia.

Se o sangramento estiver presente no momento da injeção e da imagem inicial pode identificar com acurácia a origem do sangramento em 85% dos casos.

Cápsula Endoscópica: Endoscópio sem fio: Cápsula que contém uma câmara de vídeo, fonte de luz, bateria e transmissor. Captura de 2 imagens por segundo, chegando a 50.000. Podem ser amplificadas em até 8x e o revestimento da cápsula impede interferencias com o conteúdo intestinal.

Cápsula Endoscópica: Contra-indicações: Sintomas obstrutivos, disturbios da motilidade e uso de marcapassos. Complicações: Retenção da cápsula em algum estreitamento. Podendo ficar retida em 5% dos casos, porém, necessitando de intervenção cirurgica em apenas 1%. Desvantagens: Incapacidade terapeutica, não localiza precisamente as lesões. Vantagem: Extremamente útil para doenças difusas.

Endoscopia Intra-operatória: Procedimento cirurgico e endoscópico combinados para avaliar e tratar fontes de sangramento do intestino delgado. Durante a laparotomia exploratória é realizada uma enteroscopia do delgado por um endoscopista. O cirurgião plica cuidadosamente o intestino delgado por sobre o enteroscópio enquanto o lúmen é visualizado.

Endoscopia Intra-operatória: Essa abordagem combinada pode identificar uma fonte de sangramento em até 70% dos pacientes. O local preciso da anormalidade pode ser identificado para permitir a ressecção limitada do intestino delgado.

TRATAMENTO Tratamento endoscópico: - Inclui o uso das mesmas modalidades terapêuticas disponíveis para hemorragia gastrintestinal alta! - Sondas térmicas, eletrocoagulação e escleroterapia são geralmente utilizadas.

TRATAMENTO Tratamento angiográfico: - Útil em pacientes cujo sangramento é identificado pela angiografia e que apresentam alto risco cirúrgico, ou na tentativa de postergar a cirurgia. - A recidiva é relativamente comum, além de que a vasopressina traz complicações importantes como a isquemia cardíaca, edema pulmonar, trombose mesentérica e hiponatremia. - Pode, no entanto, ser utilizada no controle temporário antes da ressecção cirúrgica definitiva.

TRATAMENTO A embolização transcateter de hemorragia maciça pode se utilizada em paciente com alto risco cirúrgico. A embolização com esponjas de gelatina ou microespirais pode obter controle temporário da hemorragia por angiodisplasias e divertículos (na vigência destes procedimentos, a falta de ciruculação colateral da parede colônica pode provocar infarto colônico, manifestado por dor abdominal, febre e sepse).

TRATAMENTO Tratamento cirúrgico, indicações: - Pacientes com hemorragia progressiva ou recorrente. - Transfusão de seis unidades de concentrado de hemácias ou instabilidade hemodinâmica persistente (indicação precisa de colectomia na hemorragia aguda). Devemos nos eforçar para localizar a fonte de sangramento para que possamos realizar uma colectomia parcial ao invés de uma total/subtotal.

TRATAMENTO A mortalidade após a colectomia por hemorragia gastrintestinal aguda baixa é de cerca de 5%, e a hemorragia, na maioria das vezes NÃO é a causa do ÓBITO, que se dá por eventos clínicos desfavoráveis como a pneumonia, eventos cardiovasculares e insuficiência renal.

TRATAMENTO A angiodisplasia, causa mais comum de sangramento do instestino delgado, deve ser tratada átravés de escleroterapia endoscópica ou coaguação, se não estiver ao alcance do endoscópio indica-se a ressecção segmentar do intestino delgado. Acompanhamento se faz necessário! As neoplasias de intestino delgado também são tratadas cirurgicamente.

MUITO OBRIGADO

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SABISTON, D.C. Textbook of Surgery. Philadelphia: W.B. Saunders Company, 1996. Hemorragias Digestivas – POJETO DIRETRIZES – Federação Brasileira de Gastroenterologia. COELHO, Júlio et al; Aparelho Digestivo: Clínica e Cirúrgica .