Extracorporeal Life Support for Severe Acute Respiratory Distress Syndrome in Adults Suporte Extra-Corporal de Vida para Adultos com Síndrome de Insuficiência.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Ventilação mecânica na SDRA
Advertisements

Luana Alves Tannous R3 UTI 02/08/2006
AVC Isquêmico Agudo Abordagem inicial
FACULDADE NOBRE DE FEIRA DE SANTANA
PARADA CARDIO-RESPIRATÓRIA EM PEDIATRIA
O Envelhecimento do SNC
Fatores prognósticos e sobrevida em recém-nascidos com hérnia diafragmática congênita(HDC) Prognostic factors and survival in neonates with congenital.
Programa Educação Continuada C R E M E S P
HIPERTENSÃO E PRESSÃO ARTERIAL
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
Transplante Hepático Sumara Barral.
PNEUMONIA NOSOCOMIAL: DIAGNÓSTICO, MANEJO E PROFILAXIA
INJÚRIA PULMONAR AGUDA E SARA
FISIOLOGIA NEUROLÓGICA
Trombose Venosa Profunda
Síndrome do desconforto respiratório agudo Qual a correlação entre o diagnóstico clínico e o histopatológico? Bruno do Valle Pinheiro Prof. do Departamento.
SARA: hora de discutir critérios diagnósticos?
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA
EMBOLIA PULMONAR CONCEITO FISIOPATOLOGIA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Insuficiência Respiratória em idade Pediátrica
Abordagem da Via Aérea em Doentes Pediátricos
Sistema cardiovascular Professora: Alba Almeida
Terapia Anticoagulante (Sonis, Secrets of Oral Medicine)
FATORES DE RISCO CARDIOVASCULARES
UTI CRITÉRIOS DE ADMISSÃO E ALTA
Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular
Suporte de vida extra-corporal para adultos com Síndrome de insuficiência respiratória aguda André Pereira Susana Ramalho 13 de Dezembro de 2006.
PAC: O que o clínico precisa saber?
Lesão pulmonar induzida por ventilação
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA AGUDA
INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA
DESMAME VENTILATÓRIO Daniel Martins, IC cir. Cardiotorácica
Casos Clínicos Antibióticos
Roberta Iglesias Bonfim Candelária R4 Medicina Intensiva Pediátrica/HRAS/HMIB/SES/DF Coordenação: Alexandre Serafim Brasília,
HEMOCOR SERVIÇOS MÉDICOS LTDA
ÓXIDO NÍTRICO VIA CPAP NASAL EM NEONATOLOGIA
ENDARTERECTOMIA.
DOENÇAS INFECCIOSAS DO CORAÇÃO
Benefícios do Exercício
Brasília, 18 de Setembro de 2014 –
Dra. Michelle Simão Coraiola Curitiba,16/08/2008
American Medical Association, Oct 22/ Vol 290, Nº 16 A IMPORTÂNCIA PROGNÓSTICA DO EXAME FÍSICO DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA NAS SINDROMES CORONARIANAS.
Ana Cintia Carneiro Leão
MEDIDA DO CONSUMO DE OXIGÊNIO.
COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS: Hematológicas Renais Neurológicas
Especialização em Terapia Intensiva SOBRATI
EUROPEAN JOURNAL OF CARDIO-THORACIC SURGERY 24 (2003) 133–138 A COMPREHENSIVE ANALYSIS OF TRAUMATIC RIB FRACTURES: MORBIDITY, MORTALITY AND MANAGEMENT.
STATUS EPILEPTICUS Drª. Ana Marily Soriano Ricardo
A RELAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DE FLÚIDO E O DESFECHO NO ENSAIO SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO (SDRA) PEDIÁTRICO RECEBENDO CALFACTANTE THE RELATIONSHIP.
CONDUTA EXPECTANTE NO PNEUMOTÓRAX EM NEONATOS SOB VENTILAÇÃO
Eficácia do sulfato de magnésio no tratamento inicial da asma aguda grave em crianças, realizado em um Hospital Universitário de nível terciário. Um estudo.
Antenatal Corticosteroids Promote Survival of Extremely Preterm Infants Born at 22 to 23 Weeks of Gestation Rintaro Mori, MD, PhD, Satoshi Kusuda, MD,
Apresentação Final Efeito de uma estratégia ventilatória protetora na sobrevida de pacientes com Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (ARDS) Responsável.
Eficácia e segurança de CPAP por borbulhamento na assistência neonatal em países de baixa e média renda: uma revisão sistemática Efficacy and safety of.
Tipos de assistência ventilatória: indicações
Crit Care Med 2014; 42:2461–2472 Artigo Apresentado na UTI Pediátrica do HRAS/HMIB sob Coordenação do Dr. Alexandre Serafim
AVANÇOS NO SUPORTE VENTILATÓRIO NA PNEUMONIA COMUNITÁRIA GRAVE
Momento Científico 22/05/2014 Renata Borges Facury Arroyo
Escola Superior de Ciências da Saúde - ESCS
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NO RECÉM-NASCIDO EM OXIGENOTERAPIA
do Desconforto Respiratório Agudo
Aconselhamento em Cardiopatias Congênitas
Gasometria Arterial. GASOMETRIA A gasometria consiste na leitura do pH e das pressões parciais de O2 e CO2 em uma amostra de sangue. A leitura é obtida.
USO DO CPAP NASAL DURANTEA REMOÇÃO DE RECÉM-NASCIDOS COM DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO “Use of Nasal Continuous Positive Airway Pressure During Retrieval.
Módulo II Procedimentos Realizados Indicações
Veronica M. Amado Universidade de Brasília
José Gustavo Pugliese de Oliveira
Docente : Kátia Cristine de Carvalho
Insuficiência Respiratória Aguda
Transcrição da apresentação:

Extracorporeal Life Support for Severe Acute Respiratory Distress Syndrome in Adults Suporte Extra-Corporal de Vida para Adultos com Síndrome de Insuficiência Respiratória Aguda

SUMÁRIO INTRODUÇÃO OBJECTIVOS CRITÉRIOS DE SELECÇÃO MÉTODOS ECLS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO RESULTADOS DISCUSSÃO E CONCLUSÃO

Síndrome da Insuficiência Respiratória Aguda Introdução Síndrome da Insuficiência Respiratória Aguda Insuficiência respiratória aguda e progressiva, de origem não-cardíaca Etiologia: Primária: pneumonia, inflamação dos vasos, etc Secundária: trauma, sépsis pancreatite Sépsis: inflamação bacteriana;destruição de tecidos por bactérias causadoras de doença ou pelas suas toxinas. Pancreatite: inflamação do pâncreas e desenvolve-se quando as enzimas produzidas e armazenadas no pâncreas se tornam activas e começam a digerir o próprio pâncreas Mortalidade: normalmente associada a falha de múltiplos orgãos, sépsis, AVC, enfarte do miocárdio, insuficiência pulmonar irreversível e progressiva Hipoxémia: pressão parcial de oxigénio no sangue arterial (PaO2) inferior a 60 mm de Hg ou saturação arterial de oxigénio (SaO2) inferior a 90% Saturação arterial de oxigénio: Infiltrações pulmonares bilaterais e hipoxémia associados Mortalidade: 40-60%

Suporte de Vida Extra-Corporal (ECLS) Introdução Suporte de Vida Extra-Corporal (ECLS) Substitui temporariamente a função ventilatória do pulmão Usado no tratamento da ARDS severa perante a falha das restantes terapias No contexto da ARDS proporciona um ambiente óptimo para a recuperação da função pulmonar

Suporte de Vida Extra-Corporal (ECLS) Introdução Suporte de Vida Extra-Corporal (ECLS) Circuito veno-venoso (VV) ou veno-arterial (VA) associado a um oxigenador de membrana

Motivação Taxa de mortalidade de doentes com ARDS: 30 - 50% Objectivos Taxa de mortalidade de doentes com ARDS: 30 - 50% Taxa de mortalidade no uso de ECLS em pediatria: 10-30% Antigos estudos: 1975 e 1989 – aplicação de ECLS a doentes com ARDS; taxa de mortalidade de 90% e 30-50%

Objectivo Características Duração: Janeiro/1989 a Dezembro/2003 Objectivos Objectivo Avaliação do algoritmo criado pela U.Michigan no tratamento de ARDS e no uso de ECLS em adultos (idade ≥17) com ARDS severa relativamente à mortalidade e morbidade Características Duração: Janeiro/1989 a Dezembro/2003 “Alvo”: 255 pacientes com ARDS severa Local: University of Michigan Medical Center

Pacientes Incluídos Falha do algoritmo: PaO2/FiO2 < 100 Critérios de selecção Pacientes Incluídos Falha do algoritmo: PaO2/FiO2 < 100 (FiO2 a 1.0) A-aDO2 > 600 mm HG Transpulmonary shunt fraction > 30% PaO2 : pressão parcial de oxigénio arterial; 100 Torr FiO2 : fracção de oxigénio inspirado: 0.21 A-aDO2: gradiente de pressãode oxigénio alveolar-arterial shunt fraction: Risco de mortalidade: >80% Algoritmo da U. Michigan para o tratamento da ARDS severa

Contra-indicações idade superior a 50 anos; Critérios de selecção Contra-indicações idade superior a 50 anos; mais de 5 dias no ventilador mecânico; sépsis sistémica severa; idade superior a 70 anos; mais de 7 dias no ventilador mecânico;

Métodos ECLS direita e veia cava inferior; SaO2 > 85% Canulação VV : aurícula direita e veia cava inferior; SaO2 > 85% Canulação VA: aurícula direita e/ou veia cava inferior e artéria comum femoral ou artéria carótida direita; SaO2 > 90% Heparina: anticoagulante Tempo de coagulação: tempo que o sengue demora a coagular,normal-120 s Heparina: tempo de coagulação 160 – 180s

Avaliação dos resultados Critérios de Avaliação Avaliação dos resultados Recuperação pulmonar: remoção do sistema de canulação e fim do tratamento com ECLS com sucesso; Em todas a variáveis envolvidas a análise resultados foi feita em termos de sobrevivência ou não sobrevivência: uma vez retirado o ECLS; após alta hospitalar; complicações.

Métodos ECLS um hemofiltro ao circuito ECLS parenteral ou enteral, Disfunção renal compensada acrescentando um hemofiltro ao circuito ECLS O suporte alimentar: via parenteral ou enteral, conforme a tolerância do paciente Foi administrado metilprednisolona aos pacientes que não apresentaram melhoras ao fim de 7 dias Metilprednisolona: glucocorticoide sintético, anti-inflamatório Só foram administrados antibióticos em caso de infecções microbianas

Por diagnóstico dos pacientes com ARDS severo: Resultados Taxas de sobrevivência Resultados Por diagnóstico dos pacientes com ARDS severo: Doentes com ARDS severo: 67% depois de retirados do ECLS 52% após alta-hospitalar Totais: Por modos de ECLS:

Características dos pacientes Resultados Características dos pacientes

Complicações mecânicas e fisiológias Resultados Complicações mecânicas e fisiológias

f(x)= 0.18 dv + 0.027 id - 0.021 P/F + 2.13 pH - 0.54 s - 0.45 Resultados Variáveis: idade, género, PaO2/FiO2 pré-ECLS, pH pré-ECLS < 7.1, dias de ventilação assistida pré-ECLS Prob. de morte = e f(x) (1+ e f(x)) f(x)= 0.18 dv + 0.027 id - 0.021 P/F + 2.13 pH - 0.54 s - 0.45 dv – dias com ventilação id – idade P/F – PaO2/FiO2 pH – 0, se pH > 7.1 1, se pH < 7.1 Sexo – 0,fem. 1,masc. Dv: aumentam a prob Id: aumentam a prob P/F: diminui pH: aumenta se for < Sexo: diminui se for masc

Causas de morte Morte cerebral Isquémia e necrose da bexiga Resultados Causas de morte Morte cerebral Isquémia e necrose da bexiga Concentração de glucose < 40 mg/dL

Pós alta-hospitalar A maioria recuperou totalmente após um ano Resultados Pós alta-hospitalar A maioria recuperou totalmente após um ano Complicações neurológicas e neuromusculares (por ex. surdez ) Perturbações psicológicas, comuns nos casos de doença potencialmente letais (pesadelos, depressão e medo de recaída) Falar fibrose

Com tão bons resultados, porque não é o ECLS mais usado? Discussão e conclusão Perspectivas Simplificação da tecnologia, redução dos custos e partilha de experiências Com tão bons resultados, porque não é o ECLS mais usado? Desactualização dos estudos anteriores (maus resultados) Dificuldade em realizar novos estudos Custo Técnica complexa que requer aprendizagem e prática laboratorial e envolvimento de várias secções hospitalares Uso generalizado do ECLS na unidade de cuidados intensivos para adultos

ECLS - uma técnica eficiente! taxa de sobrevivência entre os 50-70% Discussão e conclusão ECLS - uma técnica eficiente! Permite as trocas gasosas sem as complicações associadas alta-pressão e ventilação mecânica Permite que um paciente adulto se mantenha vivo, mesmo na ausência de funções vitais do pulmão Participa directamente no tratamento de ARDS Diminui significantemente a mortalidade de ARDS taxa de sobrevivência entre os 50-70%