UPCII M Microbiologia Teórica 6-7

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Profª Drª Maria Magali Stelato
Advertisements

Streptococcus.
Imunidade oral /mucosas
Curso de Análises Clinicas Aula Nº 9 Visão Integrada do S.I. em acção
Resposta Imune contra Microrganismos e Mecanismos de Escape
INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR
Antígenos e infecção Graduação em Biotecnologia
Antígenos e infecção Graduação em Biotecnologia
IMUNIDADE INATA Graduação em Biotecnologia Disciplina de Imunobiologia
SISTEMA RESPIRATÓRIO Prof.: Gilmar.
UPCII M Microbiologia Teórica 13
UPCII M Microbiologia Teórica 31
UPCII M Microbiologia Teórica 15
INFECÇÃO: MORTE CELULAR AGUDA E DESTRUIÇÃO TECIDUAL
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Virus Respiratório Sincicial (RSV)
SISTEMA IMUNOLÓGICO.
PNEUMONIAS CLASSIFICAÇÃO FISIOPATOLOGIA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
CLASSIFICAÇÃO BACTERIANA
Vírus Márcia Regina Garcia.
UPCII M Microbiologia Teórica 9
Envolvidos em Meningites
UPCII M Microbiologia Teórica 8
UPCII M Microbiologia Teórica 12
UPCII M Microbiologia Teórica 10
COCOS GRAM- NEGATIVO NEISSERIAS.
Imunidade e controlo de doenças
OTITE MÉDIA AGUDA Prof. Dr. Sergio Albertino otoneurologia.uerj.br.
Resfriado comum e gripe
UPCII M Microbiologia Teórica 10
UPCII M Microbiologia Teórica 9
UPCII M Microbiologia Teórica 11 2º Ano 2012/2013.
UPCII M Microbiologia Teórica 4-5 2º Ano 2011/2012.
UPCII M Microbiologia Teórica 7
UPCII M Microbiologia Teórica 28
UPCII M Microbiologia Teórica 17
UPCII M Microbiologia Teórica 20-21
Características gerais da Resposta Imunológica
UPCII M Microbiologia Teórica 22 2º Ano 2013/2014.
UPCII M Microbiologia Teórica 29
UPCII M Microbiologia Teórica 25
UPCII M Microbiologia Teórica 6
Bacilos Gram Negativos não fermentadores (Pseudomonas e Acinetobacter) Faculdade de Farmácia Universidade Federal do Pará/UFPA Belém/PA Profa. Marta Chagas.
UPCII M Microbiologia Teórica 16
UPCII M Microbiologia Teórica 13
Streptococcus e Enterococcus
UPCII M Microbiologia Teórica 12
Mecanismos de Defesa Respiratória
UPCII M Microbiologia Teórica 26
UPCII M Microbiologia Teórica 15 2º Ano 2014/2015.
Infecções virais respiratórias associadas à assistência à saúde em pediatria Felipe T de M Freitas NCIH /HMIB Brasília, 12/6/2012.
SISTEMA IMUNOLÓGICO Prof.: ÉDER
UPCII M Microbiologia Teórica 14 2º Ano 2014/2015.
UPCII M Microbiologia Teórica 13
Imunidade Natural I Mariana.
Curso de Análises Clinicas Visão Integrada do S.I. em acção
“GRIPE” A influenza ou gripe é uma infecção viral aguda do sistema respiratório que tem distribuição global e elevada transmissibilidade. Classicamente,
Difteria Definição: Doença infecciosa aguda
Imunologia Básica - Biomedicina
Bacilos Gram-Negativos Não-Fermentadores
Infecções orais e de vias respiratórias
Imunologia das Infecções Imunidade Adaptativa Contra a Infecção
UPCII M Microbiologia Teórica 11 e 12 2º Ano 2015/2016.
Sistema Imunológico Prof. Adrean.
UPCII M Microbiologia Teórica 9 e 10 2º Ano 2015/2016.
Inflamação Aguda.
Patogênese das infecções bacterianas
Transcrição da apresentação:

UPCII M Microbiologia Teórica 6-7 2º Ano 2011/2012

Sumário Capítulo V. Microbioma Humano – Conceitos Gerais O corpo humano como meio de cultura e habitat de microrganismos Microbioma humano como sistema em equilibrio dinâmico Defesas contra microrganismos Capítulo VI. Microbioma e Desiquilíbrios do tracto Respiratório Microbiota indígena das vias aéreas superiores Condições para colonização e crescimento Factores de virulência microbianos Factores do Hospedeiro Principais agentes e infecções do tracto respiratório Streptococcus pneumoniae Haemophilus influenzae Neisseria meningitis Outros T08 MJC 12-10-2011

O corpo humano como microhabitat T08 MJC 12-10-2011

Órgãos e Fluidos normalmente estéreis T08 MJC 12-10-2011

Tipos de defesas antimicrobianas Inatas Codificadas na linha germinal Mais imediatas Menos específicas Específicas Resultam de rearranjos clonais em linfócitos Precisam de exposição e tempo para se “diferenciarem” Mais específicas Sistema de complemento e Fagocitose são dois exemplos de defesas que são usadas pelos dois tipos de sistemas. T08 MJC 12-10-2011

Defesas contra MO- Inatas Barreiras mecânicas e químicas (muco-cuctâneas): Mecânicas Pele queratinização, junções intercelulares, descamação, sebo, baixa humidade Mucosas mais susceptíveis mas não indefesas (cílios, muco, pH, IgA) Químicas Lisozima, lactoferrina e antibióticos naturais de natureza proteica (histatinas, defensinas, criptidinas, dermocidina, catelecidina e hepcidina) The role of released ATP in killing Candida albicans and other extracellular microbial pathogens by cationic peptides by  Vylkova, Slavena;  Sun, Jianing N.;  Edgerton, Mira Journal: Purinergic Signalling  Vol.  3  Issue  1 T08 MJC 12-10-2011

Defesas contra MO - Inatas Defesas internas Fagocitose e outras defesas celulares Moléculas que reconhecem motivos microbianos: Receptores tipo Toll Proteínas NOD Lectinas tipo C10 Colectinas T08 MJC 12-10-2011

Defesas contra MO - Inatas Defesas internas Factores solúveis Anticorpos = aglutininas, precipitinas, opsoninas Proteínas da fase aguda – respostas a LPS (proteína C reactiva, fibrinogénio e alfa1- antitripsina) Interferão Complemento (várias vias de activação - Lembram-se?) T08 MJC 12-10-2011

Microbioma e Desiquilíbrios do tracto Respiratório

As vias respiratórias -habitat microbiano Factores mais importantes Zonas estéreis e colonizadas MI com disseminação hematogénica Porta de entrada para agentes patogénicos estritos (Mycobacterium tuberculosum Strep. pyogenes beta, Pneumocystis carinii) 12-10-2011 T08 MJC

As vias respiratórias - habitat microbiano Protecção? Aerossóis em MD Factores mecânicos Sistema ciliar Glândulas mucosas e células goblet Broncoconstrição tosse Factores químicos Lactoferrina Lisozimas Factores imunológicos IgA Sistema de macrófagos específicos dos alvéolos Adesão Crescimento Proliferação + / - 12-10-2011 T08 MJC

MI mais comum Gram + Gram - Strep. pyogenes Branhamella catarrhalis Staph aureus Haemophilus parainfluenzae Staph. epiderdimis Haemophilus influenzae (s/ cápsula) Propiniobacterium Haemophilus influenzae tipo B Micrococcus T08 MJC 12-10-2011

Agentes infecciosos mais comuns Vírus Rinovirus, Adenovirus, Parainfluenza, Influenza, Coxsackie A e outros enterovirus, EBV, HSV1 e 2 Bactérias Strep. pyogenes Corynebacterium diphterae Haemophilus influenzae Mycobacterium tuberculosis Fungos Histoplasma capsulatum Blastomyces dermatiditis Cryptococcus neoformans Aspergilosis T08 MJC 12-10-2011

Mecanismos de virulência mais comuns Polissacarídeos capsulares Proteases IgA1 Pneumolisina (hemolisina que actua no tecido pulmonar específica de Streptococci) Fímbrias LPS T08 MJC 12-10-2011

Antibioterapia prolongada Alterações do MI Idade do hospedeiro Barreira mucosa Sistema imunitário (IgA, fagocitose) Factores mecânicos Factores químicos Factores imunológicos Antibioterapia prolongada T08 MJC 12-10-2011

Colonização de zonas estéreis Aspiração de secreções Infecção localizada (destruição de tecidos) Disseminação hematogénica SI e baço T08 MJC 12-10-2011

Infecções mais prevalentes no SR Vias aéreas superiores Grande morbilidade Origem virusal Podem ter implicações sistémicas Seios nasais e ouvido médio Podem ser agudas ou crónicas Normalmente flora indígena oportunista Traqueia e Brônquios Comuns após infecções de origem virusal Infecções associadas a secreções mucosas Pulmões Infecções mais graves que podem ser letais. T08 MJC 12-10-2011

Infecções das vias aéreas superiores Faringites Essencialmente virusal Faringites bacterianas Strep pyogenes Pode progredir para amigdalite Febre reumática Em resultado de faringite bacteriana e com efeito em tecido cardíaco Glomeronefrite aguda Em resultado de faringite bacteriana e com efeito em tecido renal Constipação comum Essencialmente virusal pode levar a infecção bacteriana 2ª Angina pseudomembranosa, branca ou Difteria Corynobacterium diphteriae  exotoxina cardio e neurotóxica Angina de Vincent Fusobacteria e espiroquetas Higiene oral e estado nutritivo Gingivite ulcerativa necrosante T08 MJC 12-10-2011

Infecções dos seios nasais e ouvido médio Otites Agudas Infecção secundária após constipação Hemophilus influenzae, Strep. pneumoniae e S. pyogenes Crónicas Caracterizada por descargas purulentas que podem ser recorrentes Sinusites Hemophilus influenzae, Strep. pneumoniae e S. Pyogenes Além dos agentes da infecção aguda podem também aparecer Staph aureus e Bacteroides Associada a sintomas mais severos e pressistentes incluindo cefaleias e dor de dentes. T08 MJC 12-10-2011

Infecções da traqueia e brônquios Bronquites Complicação de infecção das vias aéreas superiores Hemophilus influenzae, Strep. pneumoniae, Branhamella catarrhalis e Mycoplasma pneumoniae Pode ser agravada por factores do hospedeiro Fibrose quística Consequência de defeito congénito na produção de muco. Staphylococcus aureus, Strep. pneumoniae e Pseudomonas aerugionosa Tosse convulsa Baixa mortalidade mas potencial morbilidade Existe vacina Bordetella pertussis T08 MJC 12-10-2011

Infecções dos pulmões Pneumonia Doença de legionário tuberculose lobular Só um dos pulmões é afectados Agente de origem externa ao doente (Pneumococcus) mas Staph aureus e Haemophilus influenzae podem estar implicados. Competição com células do pulmão por nutrientes Produção de pneumolisinas Resistência a fagocitose devido às cápsulas de pneumococci. Broncopneumonia Semelhante à anterior Atípica Não é causada pelos mesmos microrganismos Mycoplasma Vírus Doença de legionário Além dos sintomas respiratórios podem aparecer confusão, falhas renais e gastroenterite. Legionella pneumophila e outras legionellas Microrganismo dessiminado pelo AC e águas estagnadas tuberculose Interesse recente devido a imunosupressão e multiresistência a antibióticos Mycobacterium tuberculosis T08 MJC 12-10-2011

Streptococcus pneumoniae Idade do hospedeiro 5-10% em adultos 20-40% crianças Estirpes diferentes Estação do ano Infecções virais que danificam o epitélio das vias aéreas superiores Prevenção de infecção Vacinação Densidade de hospedeiros 23 v. 90 T08 MJC 12-10-2011

Streptococcus pneumoniae Pneumococcus Catalase (-) Hemólise alfa 90 serotipos Polisacáridos C (tecoico) e F (lipotecoico) Factores de virulência principais Cápsula e fagocitose Adesão IgA1ase Hialouridase Neuroaminase Inflamação/resistência a fagocitose T08 MJC 12-10-2011

Haemophilus influenzae G (-) Pleiomorfico Fe  Agar chocolate Estirpes encapsuladas (a-f) 50-80% não encapsulados 3-5% encapsulados Densidade de hospedeiros T08 MJC 12-10-2011

Haemophilus influenzae (factores de virulência) Cápsula HMW1 e 2 Fimbrias Alterações fenotípicas e antigénicas LPS Protease IgA1 Camada epitelial debilitada Infecção facilitada por Entrada a partir do tracto respiratório Infecção viral antecedente SI eficaz por anticorpos e baço Prevenção por vacinação Hib T08 MJC 12-10-2011

Neisseria meningitis Diplococco G(-) Aeróbio (5-8%CO2) Agar de Sangue e chocolate, TSA, M-H Produz autolisinas Cápsula (13 serótipos 8 patogénicas) Maioria da população tem serótipos s/ cápsula Alguns têm c/cápsula mas são assintomáticos T08 MJC 12-10-2011

Neisseria meningitis (factores de virulência) Cápsula LPS e LOS com variação antigénica Adesinas fimbrilares Opa (Adesão ao epitélio) Proteases de IgA1 Meningite Rápida e fulminante Fim do Inverno e inicio da primavera Endémica até aos 5 anos Epidémica 5-19 anos (A,B e C) T08 MJC 12-10-2011

Neisseria meningitis Na mucosa não causa problemas Endotoxina (hemodinâmica, extravasamento capilar e coagulopatia intravascular) Pouco resistente à acção de anticorpos (6m-2anos) Diagnóstico precoce importante Penicilina IV Prevenção por vacinação (A,C,Y e W-135) Pacientes sem baço ou SI deficitário T08 MJC 12-10-2011

Bibliografia Capítulo 23 Capítulo 13 T08 MJC 12-10-2011

Bibliografia Capítulo 13 Capítulo 2, 5 e 23 ou Capítulo 1 – pgs 17-20 T08 MJC 12-10-2011