Georg Kerschensteiner

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Transcrição da apresentação:

Georg Kerschensteiner (1854-1932)

O professor alemão propõe a escola do trabalho educativo em oposição à escola intelectualista e memorista. Com um mínimo de matéria instrutiva, a escola do trabalho procura obter um máximo de habilidade. O trabalho educativo não é simplesmente um trabalho em sentido físico. Também não coincide apenas com o trabalho em sentido espiritual, como a criação artística. O trabalho pedagógico supõe o predomínio de interesses objetivos, analisados através do critério da utilidade. O trabalho é um exercício para preparar cidadãos úteis. Para Kerschensteiner qualquer outro imperativo - liberdade, espontaneidade, criatividade, autonomia, etc. - deve subordinar-se ao dever para com o Estado nacional. A escola deve formar cidadãos úteis ao Estado.

Kerschensteiner atribui três características principais à escola do trabalho: 1. A Escola do Trabalho é uma escola que enlaça, na medida do possível, sua atividade educativa às disposições individuais em seus alunos, e multiplica e desenvolve para todos os lados possíveis estas inclinações e interesses mediante uma atividade constante nos respectivos campos de trabalho. 2. A Escola do Trabalho é uma escola que trata de conformar as forças morais do aluno, destinando-se a examinar constantemente seus atos de trabalho, para ver se expressam com a maior plenitude possível o que o indivíduo sentiu, pensou, experimentou e desejou, sem enganar-se a si mesmo nem aos outros. 3. A Escola do Trabalho é uma escola de comunidade de trabalho na qual os alunos, enquanto seu desenvolvimento é suficientemente alto, aperfeiçoam-se, ajudam e apóiam, recíproca e socialmente, a si mesmos e às finalidades da escola, para que cada indivíduo possa chegar à plenitude de que é capaz por sua natureza".

Célestin Freinet (1896-1966)

Para o professor francês a atividade natural da criança se desenvolve no grupo, em cooperativa. Por isso mesmo, não se deve nem coagir a criança, obrigando-a a tarefas não-naturais, nem deixá-la por completo entregue à atividade espontânea do jogo. A sociedade funda-se sobre a exploração do trabalho, principalmente o menos qualificado, e tende a separar o jogo do trabalho, reservando o primeiro às profissões "liberais". Cabe à pedagogia social ou popular opor-se a essa pedagogia dos ricos, promovendo a integração do jogo com o trabalho na atividade escolar.

A principal técnica utilizada por Freinet e seus seguidores é a imprensa na escola, que só adquire significado em conexão com as outras técnicas, que são: o texto livre elaborado pelos alunos para ser impresso; a correspondência interescolar, enviando-se os textos escritos aos alunos de outras escolas; o desenho livre; o cálculo vivo, sobre problemas levantados no trabalho de imprensa; o livro da vida, em que os alunos compilam os textos livres sobre sua vida e a vida da escola, e que substitui o livro didático; os fichários e a biblioteca de trabalho, em que são preparados materiais de consulta por alunos e professores, tanto com textos impressos quanto com recortes de jornais, etc. Durante a sessão da tarde as equipes se revezam: a metade da classe trabalha com o professor enquanto a outra realiza uma atividade livre e vice-versa. Quando os que imprimem terminaram o trabalho verifica-se uma sessão de leitura coletiva. Cada aluno recebe uma folha impressa, que coloca no Livro da Vida.

Anton Makarenko (1888-1939)

O professor soviético propõe a substituição da escola burguesa baseada nos métodos lúdicos - o jogo - pela escola baseada no trabalho produtivo. A escola seria uma comunidade, um "coletivo", que produza bens econômicos. Os educandos não vivem isoladamente, mas fazem parte de uma comunidade de vida. Sua liberdade se acha limitada pelos interesses do grupo, que pertence a uma comunidade maior. O "coletivo" é uma célula da grande sociedade comunista. No "coletivo" não se prepara para a vida, mas vive-se através do trabalho, da disciplina e do sentimento do dever, que constituem as bases da solidariedade humana.

Para Makarenko, "um coletivo feliz é uma sociedade feliz"- A vontade do grupo deve prevalecer sobre a vontade individual. O principal postulado das reformas foi o de que a escola deve ser única, para todos. Assim, em quase todas as partes foi criada a escola única de sete anos, depois estendida para dez anos. Deu-se ao ensino um caráter politécnico, para familiarizar os alunos com as bases científicas e os aspectos técnico-práticos das atividades produtivas industriais e agrícolas. A educação, em todos os níveis, tomou-se gratuita. Para a reorganização da educação, as idéias de Makarenko - exigir muito, disciplina, serviço ao "coletivo" - foram de grande utilidade e predominaram não só na organização das escolas, mas também na organização da juventude comunista e em outras associações de jovens.