DEFORMIDADES DA COLUNA VERTEBRAL Profa. Paula Voloch Hospital da Gamboa
Escoliose - Definição Curvatura da coluna vertebral no plano frontal
Escolioses Estruturais Não Estruturais
Escolioses não estruturais (tratamento dirigido para causa básica) Posturais Inflamatórias Discrepância de MMII Contratura ao nível do quadril Histéricas Irritação nervosa (hérnia discal, tumores)
Escolioses não estruturais (histérica)
Escolioses Estruturais Clinicamente caracterizadas pela presença de gibosidade (pela rotação da coluna vertebral) e menor flexibilidade. Presença de alterações estruturadas dos elementos da coluna vertebral: Deformidade rotatória do corpo vertebral Encunhamento dos corpos vertebrais Retração dos tecidos moles no lado côncavo da curva.
História Clínica Idade História familiar Velocidade de crescimento Sinais de puberdade Menarca Dor
Exame Físico Assimetrias dos contornos dos ombros, cintura escapular e cintura pélvica Desenvolvimento Puberal Marcha Mensuração dos MMII (discrepância)
Triângulo do Talhe
Exame Físico Inspeção da pele (presença de manchas, sardas, tufos pilosos) Exame Neurológico Atrofias assimétricas e deformidades dos pés (cavismo) – anomalias do canal vertebral
Exame Físico Teste de Adams
Exame Radiográfico Radiografia Panorâmica da Coluna Vertebral Ântero Posterior Perfil Em posição ortostática
Método de Cobb
Método de Cobb Vértebra terminal superior : Primeira vértebra inclinada com espaço intervertebral não paralelo Vértebra Apical ( Apex ) : Vértebra mais distante da linha média Vértebra Terminal Inferior : Última vértebra inclinada 1 - Vertebra Terminal Inferior 2 - Linha perpendicular à VTI 3 - Vertebra Terminal Superior 4 - Linha Perpendicular à VTS 5 - Medir angulo de interseção
Maturidade Esquelética Ossificação da apófise do ilíaco (índice de Risser)
Maturidade Esquelética
Índice de Risser
Escoliose Idiopática Doença hereditária de caráter multifatorial (?) 80% pertencem a este grupo Diagnóstico por exclusão Afastar todas as possibilidades de outras etiologias no exame clínico e radiológico
Escoliose Idiopática Padrões típicos de curvas: Duplas curvas Torácica direita
Escoliose Idiopática Em todos os casos com exame neurológico alterado ou na suspeita do padrão da curva no exame radiológico, solicitar IRM para descartar patologias intraraqueanas associadas. A IRM também deve ser solicitada nos pacientes comprometidos por escoliose idiopática em idade precoce.
Escoliose Idiopática do Adolescente (11 a 17 anos) Tipo mais comum Curvas de pequena magnitude – meninas = meninos Curvas maiores de 20 graus – 4 meninas/ 1 menino Curvas acima de 40 graus – 8 meninas/ 1 menino
Fatores de risco para progressão Sexo feminino Segunda fase do estirão do crescimento Potencial de crescimento (Idade/ Menarca/ Índice de Risser) Magnitude da curva
Fatores de risco para progressão As curvas maiores de 50graus tendem a progressão, mesmo após o término do crescimento. O objetivo do tratamento será manter as curvas abaixo de 40 graus.
Escoliose Idiopática Tratamento Curvas abaixo de 25 graus – observação periódica enquanto em crescimento, fisioterapia e exercícios Curvas de 25 a 40 graus – colete , caso ainda haja potencial de crescimento Curvas acima de 45 graus – tratamento cirúrgico
Escoliose Idiopática Tratamento Colete de Milwaukee – para curvas com ápice até T7 Órtese toraco lombo sacra (OTLS) – para curvas com ápice de T8 para baixo. 23 hs/dia até o final do crescimento
Escoliose Idiopática Tratamento Cirúrgico Correção da escoliose pela instrumentação e artrodese vertebral com enxerto ósseo: Via posterior Via anterior Dupla via
Cifoses Postural Dorso Curvo Juvenil ( Enfermidade de Scheurmann)
Dorso Curvo Juvenil Cifose rígida da coluna torácica ou toracolombar acometendo os adolescentes Etiologia desconhecida Acomete os 2 sexos
Dorso Curvo Juvenil Teoria de Scheuermann Necrose avascular do anel vertebral que normalmente aparece em torno dos 11 anos de idade, provocando um encunhamento vertebral e menor crescimento da parte anterior do corpo vertebral, levando a um desequilíbrio de crescimento da vértebra.
Dorso Curvo Juvenil Teoria de Schmorl Hérnia intra esponjosa do disco intervertebral sobre a porção anterior do corpo vertebral, provocando desequilíbrio de crescimento.
Dorso Curvo Juvenil Teoria de Bado Miodisplasia dos isquiotibiais causando um desequilíbrio pélvico provocando uma compensação com o aumento da cifose, rompendo o equilíbrio de crescimento dos corpos vertebrais em crianças.
Dorso Curvo Juvenil Etiologia multifatorial Qualquer fator que provoque uma ruptura do equilíbrio das forças de tensão da porção posterior (complexo músculo ligamentar) e anterior(corpos e discos intervertebrais) gera um aumento da cifose, que nos indivíduos em crescimento vai se tornar progressivo.
Enfermidade de Scheuermann Quadro clínico Inicialmente visto como um defeito postural no adolescente Aumento da cifose torácica Dor não intensa que se agrava com a posição ortostática ou após esforços Dor geralmente no ápice da cifose
Enfermidade de Scheuermann Quadro clínico Hiperlordose lombar compensatória Projeção anterior da cabeça em relação ao tronco Hipotrofia dos músculos da cintura escapular Encurtamento dos isquiotibiais, flexores dos quadris e peitorais
Enfermidade de Scheuermann Aspectos Radiográficos Radiografia Panorâmica da Coluna Vertebral em AP e Perfil Em posição ortostática Mensuração pelo método de Cobb Cifose normal = 20 a 40 Graus
Enfermidade de Scheuermann Aspectos Radiográficos Alterações da forma dos corpos vertebrais com encunhamento vertebral de mais de 5 graus em pelo menos 3 vértebras Nódulos de Schmorl
Enfermidade de Scheuermann Tratamento Conservador Fisioterapia - Ginástica Corretiva Indicada nos casos de dorso curvo postural ou nas deformidades discretas (< 50 graus)
Enfermidade de Scheuermann Tratamento Conservador Colete de Milwaukee Indicado para deformidades de até 70 graus, quando o paciente ainda tem potencial de crescimento Uso integral (23 hs/dia)até que a deformidade esteja corrigida, descontinuando progressivamente até completar o crescimento ósseo.
Enfermidade de Scheuermann Tratamento Cirúrgico Para deformidades graves e rígidas no final do crescimento ou nos pacientes adultos. Correção por dupla abordagem (via anterior e posterior)