Rejeição Aguda Mediada por Anticorpo

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Síndrome Nefrótico Síndrome NEFRÍTICO
Advertisements

Curso de Análises Clinicas Aula Teórica Nº 2 O S.I. Inato
Anatomia patológica da rejeição de transplantes
INTERAÇÕES ANTÍGENO-ANTICORPO
SITEMA IMUNE E CÂNCER Ivana Nascimento Labimuno-UFBA 2007.
Glomerulonefrite rapidamente progressiva
Síndrome de Guillain Barre
Tipos de transplantes Autólogo – mesmo indivíduo;
Antigénio versus Anticorpo O diagnóstico Imunológico
Imunologia da Gravidez
Noções do Sistema imunitário Orgãos / Células
RESPOSTA IMUNE HUMORAL
Mecanismos efetores da resposta imune
ANATOMIA RENAL.
HIPERSENSIBILIDADE É UMA RESPOSTA IMUNOLÓGICA EXAGERADA
NEFROTOXICOLOGIA.
CURRÍCULO NUCLEAR Alessandra Rogério; Carla Ronda; Valéria Hong; Célia Fernandes; Lisia Kiehi; Adalberto Silva; Mateus Laterza; Fernanda Maluf.
Ativação da Célula B, Produção de Anticorpos e Resposta Imune Humoral
IMUNOLOGIA DOS TRANSPLANTES
Transplante Hepático Sumara Barral.
Prof. Caroline Rigotto Borges
Apresentação e reconhecimento de antígenos pelas células da R.I.
IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA
DOENÇA RENAL CRÔNICA NO PACIENTE TRANSPLANTADO – O QUE É DIFERENTE?
COMPLICAÇÕES NAS TRANSFUSÕES DE HEMOCOMPONENTES REAÇÃO TRANSFUSIONAL FEBRIL NÃO HEMOLÍTICA (1:200) Reação mais comum durante a transfusão Motivo:
Ação das vitaminas no sistema imunológico
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO(LES)
Glomerulonefrites Asssociadas à Hipocomplementemia
MargarethTorres Hospital Albert Einstein
Prof. J. Oliveira São Luis 2010
GLOMERULOPATIAS E PROGRESSÃO DA LESÃO RENAL
Glomeruloesclerose nodular associada ao tabagismo
GESF colapsante não associada à infecção pelo HIV
Púrpura de Henoch-Schonlein em adultos
NEFROPATIA DO POLIOMA VÍRUS
Nefrotoxicidade induzida pela ciclosporina em transplante cardíaco
GLOMERULONEFRITES RAPIDAMENTE PROGRESSIVAS
Discussão Anátomo-Clínica Portal da Sociedade Brasileira de Nefrologia
Insuficiência Renal Aguda na Síndrome Nefrótica
Síndrome de Goodpasture
Glomerulonefrite Anti-MBG
Envolvimento Renal nas Doenças Neoplásicas
ENVOLVIMENTO RENAL NA INFECÇÃO PELO HIV.
GLOMERULONEFRITE PÓS INFECCIOSA
Métodos de Dosagens de Anticorpos
RECORRÊNCIA DA NEFROPATIA MEMBRANOSA APÓS TRANSPLANTE RENAL
Transplante renal Caso 1
Protocolo Transplante Renal
Manifestações cutâneas na doença mista do colágeno
TRANSPLANTES.
Prof. J. Oliveira São Luis 2010
Reação de Hipersensibilidade
Transplante Renal Caso 2
MECANISMOS DE DEFESA DO ORGANISMO
Métodos de Dosagens de Anticorpos
Transplante Renal Caso 3
Avaliação da Resposta Imune Humoral Considerações gerais Quem representa a Imunidade Humoral? O que deve enfocar a avaliação da Imunidade Humoral? Concentração.
Paula Miguel Lara -Reumatologia- SCMSP
Laboratório Clínico - Hematologia Leucemias
Trabalho realizado no Hospital de Messejana, Fortaleza (CE) Brasil.
Imunologia - Imunidade
Síndrome Hemolítico-Urêmica (SHU)
Rejeição Mediada por Anticorpos
Síndrome nefrítica aguda. Definição Síndrome caracterizada pela conjunção de hematúria,hipertensão arterial,oligúria,déficit de função renal e edema.
Prof. Dr. José Henrique Pereira Pinto
IMPORTÂNCIA DOS TESTES SOROLÓGICOS NA PATOLOGIA CLÍNICA
Visão Geral: Imunologia
Imunidade a Vírus e Tumores. Características gerais dos vírus  Os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios.  Utilizam a célula (organelas) para.
Imunologia de Transplantes
Células e Órgãos do Sistema Imunológico
Transcrição da apresentação:

Rejeição Aguda Mediada por Anticorpo Itamar Thomé Vieira José Otto Reusing Júnior HC – FMUSP Agosto / 2006

Rejeição aguda Definição: deterioração aguda na função do aloenxerto, associada com alterações patológicas específicas (o  de creatinina é um evento tardio)  sistema imune Incidência  50% (1980) /  15% (atualmente). Mas parece haver agora um aumento relativo com a marcação do C4d. Rejeição precoce (< 60d)  redução sobrevida enxerto, principal causa de rejeição crônica

Rejeição aguda mediada por anticorpo Reconhecida precocemente história do Transplante  rejeição hiperaguda (compatibilidade ABO, prova cruzada +) 1º caso relatado  1968 Historicamente diagnóstico presuntivo  ausência critérios diagnósticos ou histológicos, baseado na falta resposta tratamento padrão e alguns achados histológicos ocasionais

Rejeição aguda mediada por anticorpo Halloran (1990)  papel Anticorpo Ocorre 3–10% todos Transplantes renais Pode ser um componente de 20-30%  rejeição aguda

Fisiopatologia “Alvos antigênicos”: - sistema ABO, aloanticorpos x MHC, antígenos de histocompatibilidade menor Interação células T e B  Anticorpos Dano mediado por Ac: - direto (ativação / proliferação endotélio) - ativação cascata complemento

Fisiopatologia Aloanticorpos: - mulheres (gravidez), transfusões, transplantes prévios C4d: - produto degradação via clássica complemento - ligação covalente colágeno MB e endotélio  marca imunológica ativação complemento e atividade Ac - técnicas detecção / coloração  imunofluorescência e imunohistoquímica

Fisiopatologia C4d: - presença em Biópsia  marcador perda enxerto

Estágios propostos da aloimunidade humoral. O 1º estágio é a presença do aloanticorpo circulante. Se o anticorpo se deposita e ativa o complemento, o C4d será detectado no aloenxerto. Na seqüência, se não ocorrer acomodação, ocorrerão alterações patológicas com dano tecidual – podendo ser extenso o suficiente para haver disfunção do enxerto. As alterações patológicas e o tempo para desenvolvimento de disfunção do enxerto podem ser variáveis.

Métodos para detecção de aloanticorpo CDC (Citotoxicidade dependente complemento) AHG-CDC (antiglobulina humana) Citometria de fluxo Fluxo fase sólida

Métodos de detecção de anticorpo (Prova-Cruzada) Obs.: aumento de sensibilidade da esquerda para direita

Achados histológicos

- Marcação difusa e intensa com C4d em capilares peri-tubulares que estão entre os túbulos. - Neutrófilos presentes em capilares peri-tubulares dilatados - Neutrófilos presentes em capilares glomerulares.

Algoritmo Diagnóstico de Rejeição Aguda Mediada por Anticorpo

Tratamento Terapia ótima ainda não definida Múltiplas terapias utilizadas: - Imunoglobulina humana intra-venosa (IVIG) - Plasmaférese - Imunoadsorção (proteína A) - Terapia antilinfocítica (ATG) - Anticorpo anti-CD20 (rituximab) - Mudança imunossupressão manutenção  MMF e tacrolimus

Referências Bibliográficas: Racusen LC, Haas M. Antibody-Mediated Rejection in Renal Allografts: Lessons from Pathology. Clin J Am Soc Nephrol 1: 415-420, 2006. Terasaki P, Mizutani K. Antibody Mediated Rejection: Update 2006. Clin J Am Soc Nephrol 1: 400-03, 2006. Vella J et al. Acute renal allograft rejection: Diagnosis. UpToDate version 14.1, Jan 2006. Koch JM, Brennan DC. Acute renal allograft rejection: Treatment. UpToDate version 14.1, Jan 2006. Koch MJ et al. C4d staining in renal allografts and treatment of antibody mediated rejection. UpToDate version 14.1, Jan 2006.