Profilaxia Mecânica para Tromboembolismo no Paciente Domiciliar

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Prevenção de TEV O que há de novo?
Advertisements

O Envelhecimento do SNC
CHARISMA Trial The Clopidogrel for High Atherothrombotic Risk and Ischemic Stabilization, Management, and Avoidance (CHARISMA) Dr. Eric J. Topol N. Engl.
Programa Educação Continuada C R E M E S P
Transmissão do HIV e Tratamento da Aids
Prótese valvar aórtica, qual é a melhor opção para o adulto jovem?
A Terapia de Contrapulsação
GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
2° Aniversário da 3° Policlínica de Niterói
Profilaxia e Tratamento da Doença Tromboembólica.
Módulo Cirurgia Vascular
PARCERIA DA AVENTIS COM A DISCIPLINA DE CLÍNICA GERAL DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO.
DESCRIÇÃO Produção de 40 DVD´s contendo palestras, que terão como
Diabetes Mellitus Diabetes Mellitus.
EMBOLIA PULMONAR MACIÇA
Trombose Venosa Profunda
DIABETES MELLITUS DEFINIÇÃO GRUPO DE DOENÇAS METABÓLICAS , COM
EMBOLIA PULMONAR CONCEITO FISIOPATOLOGIA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Sistema cardiovascular Professora: Alba Almeida
DOENÇA ARTERIAL PERIFÉRICA (DAP) – Parte II
Terapia Anticoagulante (Sonis, Secrets of Oral Medicine)
INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA ÚLCERA VARICOSA
VARIZES DOS MEMBROS INFERIORES
Trombólise farmacomecânica na TVP: Quando e como
Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular
The New England Journal of Medicine (04 janeiro de 2001)
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA, FATORES DE RISCO EM HOSPITAL TERCIÁRIO
REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
I Simpósio em Noções Básicas em Cirurgia Venóclise
Paulo César Menezes Santos
Trombose Venosa Profunda & Tromboembolismo Pulmonar
GILBERTO FERREIRA DE ABREU JUNIOR PREVALÊNCIA DE INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA EM VEIA AXILAR DE PACIENTES PORTADORAS DE LINFEDEMA PÓS-MASTECTOMIA.
Pé Diabético:Ações da equipe multiprofissional de saúde
Wagnerlange Fernandes Damião
Aldo Lacerda Brasileiro
Transient Ischemic Attack S. Claiborne Johnston, M.D., Ph.D. New England Journal of Medicine Vol. 347, nº de novembro de 2002 Ddo. Rafael Coelho.
CÂNCER DE COLO DO ÚTERO RODRIGO CÉSAR BERBEL.
Hermé Vasconcellos de Gusmão Verçoza
Dr. ABDO FARRET NETO ANGIO - HCN
Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE
ROTEIRO PADRÃO DA INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA
ANTICOAGULAÇÃO ORAL NA TEV : QUANDO PARAR? Renato Maciel
Diagnóstico de TEV na Gestação
Manejo ambulatorial do TEP idiopático : quando suspender o anticoagulante? RENATO MACIEL.
Complicações do Sitio de Punção
Síndrome do Anticorpo Antifosfolipídio ou Síndrome de Hughes
DEFICIÊNCIA AUDITIVA O QUE É? Jean Buss Bruno Glória Marcelo Azevedo
TROMBOPROFILAXIA PRIMÁRIA
Aula 5- Avaliação inicial da cena e avaliação da vítima
EMBOLIA PULMONAR Renatta Pontes.
II Curso Nacional de Circulação Pulmonar
Caso Clínico Trombólise no TEP agudo
Prevenção do Tromboembolismo Venoso em Pacientes Clínicos :
Fabrício Martins Valois TEP incidental em neoplasias.
TROMBOSE.
Uso de estatina reduz tromboembolismo venoso?
TROMBOSE.
Profilaxia da TEV: HNF x HBPM
A Fototerapia é um fator de risco para Íleo em neonatos de alto risco? Is phototherapy a risk factor for ileus in high-risk neonates? The Journal of Maternal-Fetal.
Profilaxia da TEV na Cirurgia Bariátrica
Quando Pesquisar Trombofilias 2º Curso de Circulação Pulmonar SBPT São Paulo 2009 Alex Gonçalves Macedo Mestre em Pneumologia UNIFESP-EPM.
Complicações cirúrgicas
Fatores de risco para Tromboembolia venosa: Viagens aéreas prolongadas
TVP.
ELIUD GARCIA DUARTE JUNIOR
Diagnostico clinico Dor em panturrilha Edema
Wesley M L Santana.  Em diversas situações clínicas, o TAP e/ou KPTT tornam-se prolongados:  Uso de heparina, fibrinolíticos, deficiência de vitamina.
Módulo Imunopatológico II (MED B26)
Transcrição da apresentação:

Profilaxia Mecânica para Tromboembolismo no Paciente Domiciliar Marcondes Figueiredo

Tromboembolismo Venoso ? O que é Formação de trombo(coágulo) principalmente na veia da perna.

DEFINIÇÃO “Processo Trombótico agudo que ocorre no sistema venoso de forma oclusiva ou não”

Deslocamento do êmbolo - da perna para o pulmão Êmbolo Trombo na veia da perna Êmbolo na artéria do pulmão Pulmão Veia

INCIDÊNCIA EUA 300.000 a 600.000 internações / ano por TVP e EP 10% destes vão à óbito (50.000 óbitos / ano) JAMA 1986 : 256, 744-9

INCIDÊNCIA EUA 1,2 casos/ mil habitantes/ ano SUÉCIA 1,6 casos/ mil habitantes/ ano BRASIL 0,6 casos/ mil habitantes/ ano * * Maffei, 1996

E NO BRASIL ? 34,3% E.P. têm origem nos M.M.I.I. 22,8% T.V.P. Maffei, 1980 22,8% T.V.P. cirurgia geral Maffei, 1987 62,5% fraturas dos M.M.I.I. Silvestre, 1994

INCIDÊNCIA “A Síndrome pós flebítica tem uma incidência de 50% nos pacientes vítima de Trombose venosa profunda dentro de 12 meses” Med Clin (Barc). 2005 Jun 4;125(1):1-4

Trombogênese Alteração da coagulação Lesão do endotélio Estase Tríade de Virchow Alteração da coagulação Lesão do endotélio Estase

FATORES DE RISCO Idade > 40 anos Imobilização Obesidade Tromboembolismo prévio Traumatismo Infecções Neoplasias Causas genéticas Uso de hormônios Gravidez e Puerpério

Porque fazer a profilaxia da Trombose Venosa ?

Em 50% dos casos a trombose venosa é silenciosa !

Quadro clínico

Importância da PROFILAXIA Obrigação de todos os profissionais de saúde : Enfermeiros, Fisioterapeutas, Médicos. Sempre pensar em TROMBOEMBOLISMO VENOSO (TEV). Na dúvida sempre realizar o tratamento. O custo de um Duplex 100 reais e o tratamento de uma TROMBOSE inicia com 1000 reais.

Profilaxia do Tromboembolismo venoso Mecânicos Fisioterapia / deambulação precoce. Trendelenburg e Exercício ativo e passivo com pés e pernas. Compressão elástica / pneumática externa. Farmacológicos Heparina não fracionada. Heparina de baixo peso molecular (HBPM). Warfarina. Dextran ou hemodiluição intencional.

Profilaxia do Tromboembolismo venoso Mecânico Fisioterapia : deambulação precoce. Trendelenburg e Exercício ativo e passivo com pés e pernas. Compressão elástica Compressão pneumática externa.

Profilaxia do Tromboembolismo venoso Trendelenburg Exercício ativo e passivo

Profilaxia do Tromboembolismo venoso Mecânico Fisioterapia / deambulação precoce. Trendelenburg e Exercício ativo e passivo com pés e pernas. Meia Elástica anti trombo Compressão pneumática externa.

Meia Elástica anti-embólica

Profilaxia do Tromboembolismo Venoso Meias Elásticas 1. Aumenta o fluxo sanguíneo venoso 2. Compressão graduada : 18-23 mmHg 3. Sem ponteiras e Branca 4. Pouca contra-indicação 5. Baixo custo 6. 3/4- Curta e 7/8- Longa

Profilaxia do Tromboembolismo Venoso “Meias elásticas Anti-trombóticas reduzem o índice de TVP em 68%” Meta analysis Arch Intern Med 1994;154:67-72

Profilaxia do Tromboembolismo venoso Mecânico Fisioterapia / deambulação precoce. Trendelenburg e Exercício ativo e passivo com pés e pernas. Meia Elástica anti trombo Compressão pneumática externa.

Profilaxia do Tromboembolismo Venoso Compressão Pneumática Intermitente Compressão gradual e sequencial Esvazia as válvulas (origem do trombo) Combate a estase Estimula a liberação do ativador fibrinolítico

Aparelho de compressão pneumática

Contra-indicações da Compressão pneumática Isquemia do membro. Neuropatia periférica. Infecção do membro.

Artigos Científicos

Medicina baseada em evidência Centro Cochrane do Brasil Preparar, manter e promover o acesso a revisões sistemáticas – Fundador e Diretor: Prof. Dr. Alvaro Nagib Atallah Organização sem fins lucrativos

Combined intermittent pneumatic leg compression and pharmacological prophylaxis for prevention of venous thromboembolism in high risk patients [protocol] Kakkos SK, Geroulakos G, Caprini J, Nicolaides AN, Stansby G This protocol should be cited as: Kakkos SK, Geroulakos G, Caprini J, Nicolaides AN, Stansby G. Combined intermittent pneumatic leg compression and pharmacological prophylaxis for prevention of venous thromboembolism in high risk patients (Protocol for a Cochrane Review). In: The Cochrane Library, Issue 2, 2005. Oxford: Update Software.

Indicação da profilaxia com compressão pneumática Associado com métodos farmacólogicos. Pacientes com alto risco de sangramento. Pós operatório grandes cirurgias. Paciente acamado. Chest 2004 ; 126(3) : 338-400

Ensaio clínico randômico : Profilaxia pós trauma – Heparina X CPI 442 pacientes Grupo 1 : 224 pcts com CPI Grupo 2 : 218 pcts com Heparina baixo peso. End point : 30 dias ou quando surgisse o evento trombótico. Não houve diferença estatística nos dois grupos. British Journal Surgery 2003; 90 : 1338-1344

Ensaio clínico randômico : Profilaxia pós trauma – Heparina X CPI Custo total com a Heparina ........ 73.000 $ Custo total com CPI...................... 6.272 $ Os dados indicam que a compressão pneumática intermitente foi de baixo custo e efetiva na profilaxia do tromboembolismo. British Journal Surgery 2003; 90 : 1338-1344

Medicina baseada em evidência CPI é efetiva na profilaxia assintomatica da TVP de pacientes cirúrgicos. CPI versus Heparina reduz o risco de TEV em pós operatório de cirurgia cardíaca. Profilaxia da trombose assintomática pós operatório de cirurgia ortopédica. www.sign.ac.uk

Evidence-Based Compression Prevention of stasis and deep vein thrombosis Ann Surg 2004 ; 239 : 162-171

Qual o efeito da compressão pneumática intermitente fluxo sanguíneo venoso ? O fluxo sanguíneo venoso altera com a respiração, ciclo cardíaco e posição do corpo. Toda compressão intermitente altera o fluxo da veia femoral. Compressão perna de 40 mmHg.............50-250% Ann Surg 2004 ; 239 : 162-171

A compressão no pé é tão efetiva como na perna ? A combinação de meia elástica e compressão intermitente no pé é melhor que apenas meia elástica. Há forte evidência que a compressão no pé é hemodinamicamente efetiva. Ann Surg 2004 ; 239 : 162-171

Deveria a meia elástica ser usada em combinação com a compressão pneumática intermitente ? A meia previne a distensão e a compressão intermitente esvazia a veia, portanto eles devem ser usados juntos. O uso de meia e compressão intermitente é mais eficaz que apenas a compressão. Ann Surg 2004 ; 239 : 162-171

Quem deve fazer profilaxia ? Pessoas acima de 40 anos. Pacientes acamados. Pós operatório. Neoplasia, AVC, Fraturas, etc. Politraumatizado. Antecedente e história de tromboembolismo venoso. Cirurgias de longa duração.

Prevenção é sempre o melhor caminho !!!!!! Trombose Prevenção é sempre o melhor caminho !!!!!!

OBRIGADO PELA ATENÇÃO

www.meiaelastica.com.br drmarcondes@gmail.com