Mestrado em Estudos de Linguagens Disciplina: Ambientes sociotécnicos para ensino/aprendizagem de línguas Edson de Freitas Pinto Sérgio José Batista.

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Transcrição da apresentação:

Mestrado em Estudos de Linguagens Disciplina: Ambientes sociotécnicos para ensino/aprendizagem de línguas Edson de Freitas Pinto Sérgio José Batista Gomes 21 de setembro de 2011

NATIVOS DIGITAIS, IMIGRANTES DIGITAIS por Marc Prensky

Origem: Era da tecnologia digital – primeiras gerações (últimas décadas do século XX)

“Nós nunca compreenderemos a tecnologia precisamente da mesma forma que os nativos digitais compreendem. Esta distinção é crítica na educação, porque nós estamos em uma época em que todos os nossos alunos são nativos digitais, ao passo que nossos educadores, professores, administradores e planejadores curriculares são imigrantes digitais.” “Use Their Tools! Speak Their Language!” Marc Prensky, Março de 2004 http://www.marcprensky.com/writing/Prensky-Use_Their_Tools_Speak_Their_Language.pdf

Tipologia proposta por Wesley Fryer Refugiados: ignoram a tecnologia ou a negam, agindo como se ela não existisse. Voyeurs: conhecem a existência da tecnologia, mas não as utilizam. Imigrantes: participam nas redes digitais, porém de modo limitado. Nativos: adotam de modo intenso a tecnologia em sua vida diária.

Atualidade: Os estudantes da atualidade são diferentes. Os professores terão de conhecer o perfil do estudante digital para dar início a uma nova etapa no processo de ensino-aprendizagem.

Cotidiano/ambiente do novo estudante digital: computadores; jogos de vídeo/computador; aparelhos de música digital; câmaras digitais; telemóveis; redes sociais; e-mail; Internet; outros aparelhos e instrumentos digitais.

Características dos “novos alunos”: recebem informação muito rápido; gostam de ações paralelas/múltiplas; preferem gráficos a textos; apreciam acessos aleatórios – hipertextos; gostam de trabalhar em rede; precisam de respostas/elogios instantâneos e recompensas frequentes; preferem jogos a trabalho.

PARTINDO DA ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE UM NATIVO DIGITAL PODEMOS TENTAR ESBOÇAR O PERFIL DO NOVO ESTUDANTE DIGITAL.

PERFIL DO ESTUDANTE DIGITAL: Capacidade de comunicação: o jovem comunica muito e com diferentes interlocutores em simultâneo, abandonando as formas tradicionais de comunicação, como a carta. Interesse pela partilha: o jovem utiliza a internet para partilhar emoções e a sua própria intimidade. Esta partilha emocional torna-se mais importante que a partilha intelectual.

Desejo de criar: são adeptos de construir sítios, filmes, avatares, e outros mundos…utilizando ferramentas poderosas e inovadoras, Prazer em trocar: (música, filmes…) este prazer está relacionado com a necessidade de exprimir a sua própria personalidade, Habilidade para coordenar e gerir o trabalho em grupo: o aluno tem capacidade para gerir o trabalho em diferentes projetos em simultâneo e com diferentes parceiros, tal como o faz nos jogos interativos.

Necessidade de avaliar: para se poder confiar e acreditar em quem não se conhece na internet, há a necessidade de avaliar sítios e comportamentos on line, Motivação para aprofundar a aprendizagem: o jovem, quando interessado numa temática, tem ao seu dispor um mundo de informação e recursos para explorar, o que torna a aprendizagem muito estimulante.

Habilidade para pesquisar e filtrar informação essencial: habituado a buscar muita informação ao mesmo tempo, o jovem adquire esta habilidade, Prazer em transmitir informação: adoram reencaminhar a informação e, mais uma vez, partilhar tudo o que têm ou encontram numa perspectiva de “Sharing Knowledge is Power”, Capacidade de evoluir e de se adaptar: o jovem sempre modifica a sua forma de lidar com a tecnologia para facilitar a sua vida (neuroplasticidade e maleabilidade).

O PROFESSOR IMIGRANTE DIGITAL Prefere a oferta de informação lenta e controlada, de fontes limitadas. Prefere processamento linear e tarefas únicas ou limitadas. Prefere oferecer texto ao invés de figuras, som e vídeo. Prefere oferecer informação de forma linear, lógica e sequencial.

Prefere que os estudantes trabalhem independemente ao invés de interagir em rede, Prefere adiar a gratificação e as recompensas, Prefere ensinar o que está no currículo e testes padronizados.

Os professores que atuam na escola e possuem mais de vinte anos são imigrantes no ciberespaço. Ou seja, nasceram em outro meio e aprenderam a construir conhecimento de forma diferente do que esta geração denominada de “nativos” o faz. (Prensky, 2007)

Como ensinar os estudantes digitais? Metodologia: ser mais rápido e sucinto a transmitir a informação; utilizar ações paralelas; usar acessos aleatórios; organizar trabalho em grupo; permitir a partilha; estimular a criatividade.

Saberes tradicionais: Conteúdos: Objetivo: conseguir uma amálgama de saberes tradicionais (“legacy”) com novos saberes (“future”). Novos saberes: mundo digital; tecnologia. Saberes tradicionais: leitura e escrita; Aritmética; Pensamento lógico; Compreensão dos textos e das ideias do passado;

Recursos: Materiais adaptados à linguagem dos estudantes digitais; Elaborar jogos de computador e outros tipos de software para qualquer conteúdo e disciplina; Pedir ajuda aos próprios estudantes digitais para participarem da invenção de novas metodologias para o ensino de qualquer matéria ou nível escolar.

Os analfabetos do século XXI não serão aqueles que não conseguem ler e escrever, mas aqueles que não conseguem aprender, desaprender e reaprender. Alvin Toffler

Conclusão: O futuro já chegou. A Escola tem de mudar. Vamos fazê-lo!

Bibliografia: PRENSKY, M. Digital natives, digital immigrants parts I & II. On the Horizon, MCB University Press. v. 9. n. 5, 6. 2001.