UMA EXPERIÊNCIA DE PLANTÃO PSICOLÓGICO À POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO:ARTICULANDO COMPREENSÕES.

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Transcrição da apresentação:

UMA EXPERIÊNCIA DE PLANTÃO PSICOLÓGICO À POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO:ARTICULANDO COMPREENSÕES

APRESENTAÇÃO DO TEMA LEFE-USP: Projetos em Psicologia para aproximar os profissionais e a sociedade; Atendimento dado a dois batalhões da Polícia Militar do Estado de São Paulo

HISTÓRICO DO PLANTÃO PSICOLÓGICO À POLÍCIA MILITAR O serviço de Psicologia em instituições tem características que tornam os projetos únicos. Contato entre o LEFE e a PM se iniciou em 2000, com um pedido do Conseg (Conselho Regional de Segurança) da região em questão:  Demanda inicial pela verificação do nível de estresse na corporação.

HISTÓRICO DO PLANTÃO PSICOLÓGICO À POLÍCIA MILITAR Coordenação do LEFE monta uma equipe para refletir sobre possíveis respostas ao pedido; Todos os seus projetos são iniciados por pedidos feitos pelo comando das instituições. É importante contemplar as demandas dos integrantes, não se focando apenas no pedido dado pelo topo da hierarquia, para um atendimento satisfatório.

HISTÓRICO DO PLANTÃO PSICOLÓGICO À POLÍCIA MILITAR A “cartografia”: É necessário compreender as demandas da instituição, metaforicamente mapeando o serviço que será dado; Os policiais: “Em várias conversas, diziam das severas obrigações, das situações de risco de morte, do contato com a miséria humana, e deixavam claro o quanto era difícil conviver com essa realidade opressora.”

HISTÓRICO DO PLANTÃO PSICOLÓGICO À POLÍCIA MILITAR O estresse já era percebido pelos policiais e isso ajudou a definir o foco de atuação: Era necessário oferecer a eles a oportunidade de retomarem-se como sujeitos. Prática focada na colocação de psicólogos/estagiários à disposição para que os policiais buscassem o atendimento conforme desejassem.

REFLEXÕES SOBRE O PLANTÃO PSICOLÓGICO À POLÍCIA MILITAR Houveram momentos em que a procura aos plantonistas cessou, o que levantou hipóteses focadas nos policiais. Era necessário pensar sobre a prática do plantão na instituição, e não apenas nos sujeitos a serem atendidos.

REFLEXÕES SOBRE O PLANTÃO PSICOLÓGICO À POLÍCIA MILITAR Em atividades anteriores observou-se: O grupo de plantonistas acabou “aderindo” aos ideais da instituição, sendo contaminado por eles, deixando os policiais inseguros quanto ao atendimento. Os policiais sentiam como se estivessem falando com alguém da própria instituição.

REFLEXÕES SOBRE O PLANTÃO PSICOLÓGICO À POLÍCIA MILITAR Houve a necessidade de permitir que os policiais explicitassem suas impressões pessoais sobre o serviço, para que este fosse aprimorado a partir das informações levantadas.

ARTICULANDO COMPREENSÕES POSSÍVEIS Ambivalência na postura dos policiais acerca do plantão: prática necessária, porém perigosa. Existe certo receio por parte dos policiais de recorrer ao atendimento. Primeiro para aceitar para si mesmos que precisa de ajuda; depois para assumir isso aos colegas.

ARTICULANDO COMPREENSÕES POSSÍVEIS O resgate do sujeito por trás do policial implica em retomar responsabilidades diante da própria existência; O policial não se sente autorizado a pedir ajuda. A posição que lhe é atribuída é a de apenas ajudar, sem ser ajudado.

ARTICULANDO COMPREENSÕES POSSÍVEIS Vida pessoal em segundo plano: A instituição priva o policial de si mesmo, mas lhe garantem em contrapartida, um lugar de pertencimento. Os policiais apresentaram dificuldade em compreender o uso que poderiam fazer do plantão: Restringiam o discurso à prática profissional até que lhes fosse explicada a possibilidade de falar de si mesmos.

ARTICULANDO COMPREENSÕES POSSÍVEIS A supervisão do plantão teve importância crítica durante todo o período da atividade, para tratar desde as dificuldades na prática até as demandas dos plantonistas acerca de sua prática na instituição.

Fim!