Assistência farmacêutica na farmácia homeopática

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Residência Farmacêutica Visão Humanista
Advertisements

FARMACOTÉCNICA I APRESENTAÇÃO: PROFESSOR LUIZ FERNANDO CHIAVEGATTO
Dr. Pedro Eduardo Menegasso Presidente do CRF-SP
FARMÁCIA MAGISTRAL: RDC ANVISA 214/06 COMENTADA ( anexo I e V)
21ª Jornada da AMIMT 23/11/2007 Sandra Gasparini
Curso de Especialização em Assistência e Atenção Farmacêutica
Vera Lúcia Regina Maria
Atendente de Farmácia Aula: 02
SÉCULO XX.
MANUAIS Manual de Gestão da Qualidade
SIGES Gestão da Saúde Pública.
Dra. Jéssica Augusto Alves de Araujo
Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde
NBR ISO Diretrizes para auditorias de sistema de
Elementos de um Programa Eficaz em Segurança e Saúde no Trabalho
PARTE 1. PARTE 1 A PNSST tem por princípios: Interprete as imagens A B E C D.
ABFH - Associação Brasileira de Farmacêuticos Homeopatas
Curso Técnico em Meio Ambiente
Política Nacional de Saúde do Idoso
VISITA DOMICILIAR CONSULTA DE ENFERMAGEM
II Jornada Científica dos Estudantes de Medicina da UNIGRANRIO
Dispensação de Medicamentos
ROTULAGEM Informações obrigatórias para constar no rótulo de frutas e hortaliças “in natura”
A (DES)JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA
Prevenir erros de medicação
( Nem sempre valorizado ... )
O PAPEL DO FARMACÊUTICO NO USO RACIONAL DE ANOREXÍGENOS
Os servidores estaduais estão ficando doentes...
O FARMACÊUTICO NA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR CTO, 2007 Dulce Couto
CEM DIREITOS DOS MÉDICOS É direito do médico: II - Indicar o procedimento adequado ao paciente, observadas as práticas cientificamente reconhecidas e respeitada.
Câmara Setorial de Medicamentos 24/05/2007 Contribuições da Abrasco, Fiocruz, Fenafar, Sobravime.
RDC 302 Laboratório Clínico Recursos Humanos Célio Luiz Banaszeski    
ELABORAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS
Atribuições do Farmacêutico
CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO
Entenda as Funções de cada Profissional da área de Enfermagem
Jornada das Delegacias do CREMESC do Litoral Balneário Camboriú – SC 5 a 6 de novembro de 2010.
ESTÁGIOS- FARMÁCIA
FRACIONAMENTO DE MEDICAMENTOS
QUALIDADE Prof. Enf. Paulo José de Andrade. CONCEITOS O que é qualidade? –Satisfação do cliente (o consumidor final) Qualidade Luxo Atendimento Cliente.
NR 04 – SESMT 4.1 As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da administração direta e indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam.
TIPOS DE UNIDADE Reginalda Maciel.
Instrutor: Objetivos:.
Projeto: “Home Care”para centros de reprodução humana assistida.
Projeto Hospitais Sentinela Uso Racional de Medicamentos 7 Encontro Nacional de Gerentes de Risco Porto Alegre, 10 a 12 de outubro 2005 Clarice Alegre.
A individualização na relação com o paciente
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
O QUE É TREINAMENTO ? Nas organizações, o treinamento é frequentemente visto como uma atividade continua em muitos níveis, operacional, pessoal e administrativo.
Lei nº De 06 de abril de 2001 Antigo Projeto de Lei Paulo Delgado. Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos.
Atividades Físicas e Atendimento de Emergência
AULA TEÓRICA DE FARMACOTÉCNICA
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DAS BULAS DE MEDICAMENTOS NO BRASIL
Planejamento do Processo de enfermagem
Monitoria e Coordenação em Pesquisa Clínica
UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
ANVISA Decreto GESP nº , de 18 de outubro de 1978 (Decreto do Governo do Estado de São Paulo) Aprova Norma Técnica Especial Relativa às Condições.
Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde.
Enfermagem em Trauma e Emergência
Elementos de um Programa Eficaz em Segurança e Saúde no Trabalho
Assistência Farmacêutica
Procedimento operacional padrão de uma drogaria
Análise Crítica de Pedidos, Propostas e Contratos
ÁREAS DE ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO DEONTOLOGIA 1° semestre- 2010
ou seja, resultado de determinações históricas estruturais
Distribuição de medicamentos
Prof. Marcelo Ribeiro Barison Coord. Estágios IRN
Forma Farmacêutica de Dispensação
II CONGRESSO BRASILEIRO SOBRE O USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS FLORIANÓPOLIS - 17 DE OUTUBRO DE 2007 Prof. Luiz Henrique Costa – ABENFAR DESAFIOS PARA O.
Laboratório de Homeopatia
LDB Leis Diretrizes e Bases da Educação
Transcrição da apresentação:

Assistência farmacêutica na farmácia homeopática Valéria de Avelar Andrade Farmacêutica Homeopata Membro do Serviço Phýsis de Homeopatia

O farmacêutico homeopata: “É o responsável pela supervisão da manipulação de preparações homeopáticas e deve possuir conhecimentos científicos na atividade de acordo com a legislação em vigor.” (RDC ANVISA nº 67 / 2007)

Prerrogativas para seu exercício profissional: Ter cursado a disciplina Homeopatia na graduação de Farmácia, com o mínimo de 60 horas, complementadas com estágio em manipulação e dispensação de medicamentos homeopáticos, de 240 horas, no mínimo, na própria instituição de ensino superior, em farmácias ou laboratórios homeopáticos conveniados à estas instituições de ensino. Ter Título de Especialista ou Curso de Especialização em Farmácia Homeopática que atenda as Resoluções pertinentes do CFF, em vigor. Comprovar o exercício da responsabilidade técnica em farmácias ou laboratórios homeopáticos, tendo obtido a comprovação até a data da publicação da Resolução CFF nº 319/1997. (Resolução CFF nº 440/2005)

Atribuições do farmacêutico homeopata: “Garantir a aquisição de materiais com qualidade assegurada; avaliar a prescrição quanto à sua formulação, forma farmacêutica e o grau de toxicidade; manipular e/ou supervisionar a formulação de acordo com a prescrição, obedecendo os procedimentos adequados para que seja obtida a qualidade exigida;

Atribuições do farmacêutico homeopata: aprovar e supervisionar os procedimentos relativos às operações de preparação e garantir a implementação dos mesmos; garantir que a validação do processo e dos equipamentos seja executada e registrada e que os relatórios sejam colocados à disposição da autoridade sanitária competente; garantir que seja realizado treinamento específico, inicial e contínuo, dos funcionários e que os mesmos sejam adaptados conforme as necessidades; assegurar que os rótulos dos produtos manipulados apresentem, de maneira clara e precisa, todas as informações exigidas pela legislação específica.” (RDC ANVISA nº 67 / 2007)

Assistência farmacêutica: “Relação acordada entre o paciente e o farmacêutico, na qual o farmacêutico realiza as funções de controle e uso de medicamentos, com habilidades e conhecimentos apropriados, conscientizando do seu compromisso com os interesses do paciente.” (Hepler, 1987) “ É o compêndio da prática farmacêutica que permite a interação do farmacêutico com o paciente, com o propósito de atender suas necessidades relacionadas com o medicamento.” (Strand, 1990)

Atenção farmacêutica: “É o compêndio das atitudes, dos comportamentos, dos compromissos, das inquietudes, dos valores éticos, das funções, dos conhecimentos, das responsabilidades e das habilidades do farmacêutico na prestação da farmacoterapia, com objetivo de alcançar resultados terapêuticos definidos na saúde e na qualidade de vida do paciente.” (Resolução 357, CFF) “Deve ter como objetivos a prevenção, detecção e resolução de problemas relacionados a medicamentos, promover o uso racional dos medicamentos a fim de melhorar a saúde e qualidade de vida dos usuários.” (RDC ANVISA nº 44/2009) “As ações relacionadas à atenção farmacêutica devem ser registradas de modo a permitir a avaliação de seus resultados.” (RDC ANVISA nº 44/2009)

Assistência farmacêutica em Homeopatia: Considerar que existem: Diferentes tipos de usuário: Educação permanente para a Homeopatia; Orientações quanto ao uso do medicamento e quanto ao tratamento. Diferentes perfis de farmácia homeopática: Treinamento e educação permanente dos funcionários; Proprietário leigo X proprietário farmacêutico; Públicos e localizações distintas.

Assistência farmacêutica em Homeopatia: Considerar que existem: Diferentes formas de prescrição: Unicista; Pluralista / alternista; Complexista; Uso concomitante de Fitoterapia, Antroposofia, Florais, outras abordagens não ortodoxas. A farmácia deve dispor de estoque adequado de matrizes homeopáticas de diferentes métodos, escalas e potências.

Assistência farmacêutica em Homeopatia: Considerar as: Peculiaridades do medicamento: natureza imaterial; nomes em latim; sem bula; manipulação individualizada; farmacotécnica conforme FHB e/ou MNT; cuidados quanto ao uso e conservação; possíveis interações com outras substâncias.

Receituário homeopático: ítens Nome completo do paciente; nome homeopático ou nome científico do medicamento; via de administração; potência, escala e método de preparo; forma farmacêutica; quantidade do medicamento a ser dispensada; posologia; cuidados extras a serem observados, quando necessário; nome completo do prescritor; endereço do consultório e/ou da residência do prescritor e número no respectivo Conselho Profissional.

Receituário homeopático: limites quanto à sua interpretação e aviamento Letra ilegível ou de interpretação duvidosa quanto ao conteúdo; Fuga ao padrão de nomenclatura, gerando incerteza quanto ao método ou escala desejados pelo prescritor, como por exemplo em: Pulsatilla 1M (CH ou FC?) e Calendula 1ª (D ou C?); Uso de sinônimos não constantes em obras científicas consagradas na farmácia e na medicina; Uso de abreviaturas que dão margem à confusão, como por exemplo em: Kali c., Kal. chl. ou Kal. chlor. (Kalium carbonicum, Kalium chloricum ou Kalium chloratum?); Prescrição de medicamentos tóxicos ou perigosos em baixas potências, como por exemplo: Acidum aceticum 2CH, Nux vomica 4DH e Mercurius solubilis C1; Prescrição de medicamentos proscritos, conforme a Portaria 344, de 12/5/1998), tais como Cannabis sativa e Morphinum;

Receituário homeopático: limites quanto à sua interpretação e aviamento Prescrição de medicamentos em baixa potência em forma farmacêutica incompatível, como por exemplo em Silicea 4CH, glóbulos ou Graphites 3CH, 15ml, gotas; Prescrição de doses altíssimas não disponíveis no estoque da farmácia; Prescrição de doses não padronizadas e/ou de difícil aquisição, como em Lachesis 345FC; Prescrição de medicamentos não constantes nos grandes laboratórios e/ou preparados fora do padrão tradicional e não encaminhados corretamente àquela ou às poucas farmácias que os dispensam, gerando resposta não esperada pelo prescritor; Demora para a aquisição de medicamentos menos prescritos; Demora para o preparo de determinados medicamentos, como alguns autoisoterápicos.

Assistência farmacêutica em Homeopatia: Relação farmacêutico / paciente Estabelecimento de vínculo de confiança, respeito e fidelidade, quando o farmacêutico se apresenta empático, cooperativo e responsável sobre as intervenções; Relação estreita, também gerada pelas peculiaridades da terapêutica homeopática – interlocução constante com o paciente, “educando-o” para a Homeopatia. Esclarecimentos sobre o uso correto do medicamento, interações com outras substâncias e cuidados a ele dispensados; Possibilidade de evitar enganos, do tipo: repetição de dose única pelo paciente ou uso do mesmo medicamento para alguém da família; O farmacêutico é, muitas vezes, o único da equipe de saúde que está em contato com o paciente, antes que ele use o medicamento. O acesso ao tratamento homeopático ainda é restrito!

Assistência farmacêutica em Homeopatia: Mais considerações O prescritor, auxiliado pelo farmacêutico, deve ser responsável pelos esclarecimentos necessários e pelo acompanhamento do paciente. Deve buscar, sempre que possível, ampará-lo em suas necessidades - casos de agravação, por exemplo - evitando abandono do tratamento; O prescritor deve ter a segurança de poder contar com um atendimento de qualidade à sua receita. Saber que o medicamento manipulado é exatamente o que se espera dele, dando credibilidade e confiança à farmácia e ao profissional farmacêutico.

A natureza à serviço da Homeopatia:

“Na natureza, nada se perde, nada se cria, tudo se transforma “Na natureza, nada se perde, nada se cria, tudo se transforma.”(Lavoisier) E na farmácia homeopática também!

Obrigada pela atenção!