Profª Gilmara Michel Turma 301E

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Transcrição da apresentação:

Profª Gilmara Michel Turma 301E LESÕES OBSTÉTRICAS Profª Gilmara Michel Turma 301E

HEMORRAGIA PÓS PARTO Determina uma HPP o sangramento de exceda a definição do profissional da saúde, e não possa ser controlada pela massagem uterina (Zanhn & Yeomans). Diminuição de 10 ou mais % no Ht (Robert, 1995).

CLASSIFICAÇÃO Precoce ou tardia, em relação ao parto. Precoce: Ocorre nas primeiras 24h Tardia: Depois das 24h, mas antes de seis semanas.

Causas Causa mais comum: Atonia Uterina Causas menos comuns: Placenta retida, placentação anormal, laceração e ruptura uterina, laceração do trato genital inferior, hematomas, infecções, coagulopatias.

Risco para atonia uterina Útero excessivamente distendido. Feto grande Fetos Múltiplos Polidrâmio (excesso de líquido amniótico) Distensão com coágulos História prévia de atonia uterina Alta paridade Trabalho de parto prolongado ou induzido com ocitocina Coriomnionite (inflamação das membranas fetais devido infecção bacteriana)

Retenção de restos placentários Placenta anormalmente aderida Lacerações do canal de parto Ruptura do útero Descolamento prematuro da placenta Placenta prévia Distúrbios de coagulação Remoção manual da placenta retida

Placenta Retida É de etiologia desconhecida. Suspeita-se de que se origine da implantação do zigoto em uma área defeituosa do endométrio. A retirada manual não tendo sucesso pode reverter em laceração e até perfuração uterina.

Fatores Predisponentes Cicatrização do útero Após parto cesáreo Miomectomia Curetagem Endometrite Implantação anormal Mal formação da placenta

A aderência placentária pode ser parcial ou completa Placenta acreta: penetração leve do miométrio Placenta increta: penetração profunda Placenta percrepta: perfuração do útero pela placenta.

Lacerações do trato genital Embora o fundo do útero esteja contraído e firme, pode haver um gotejar contínuo ou uma hemorragia franca. Fatores Parto operatório, parto precipitado, anormalidades congênitas das partes moles maternas, pelve pequena, tamanho apresentação anormal e posição do feto, o tamanho da parte de apresentação em relação ao canal de parto, tecido de cicatrização, a infecção ou operatória prévia.

Inversão uterina Risco de vida Pode ser: Parcial ou completa A inversão incompleta não pode ser vista, apenas palpada. Fatores Predisponentes: pressão do fundo do uterino, tração aplicada ao cordão, atonia uterina, inserção anormal da placenta.

Maior frequência nas mulheres com placenta acreta (definida como a implantação profunda da placenta na parede uterina, ultrapassando o limite normal da fixação) ou increta (a placenta penetra mais profundamente no útero, atingindo a camada muscular, o miométrio), sinais de hemorragia, choque, dor, a prevenção sempre é mais eficaz.

Coágulopatias Quando o sangramento for contínuo e não existir origem identificável, a causa pode estar relacionada a uma coagulopatia.

Coagulação intravascular disseminada Caracteriza-se por ser difusa e consumir grandes quantidades de fator de coagulação, causando sangramento externo amplo, sangramento interno ou ambos.

Intervenções de enfermagem As intervenções de enfermagem incluem avaliação dos sistemas de sangramento e dos sinais de complicações da administração de sangue e derivados. Como a falência renal é uma consequência da CIVD (coagulação intravascular disseminada), monitoriza-se a eliminação urinária, geralmente pela inserção de um cateter urinário de demora. Proporcionar apoio emocional à puérpera e a família durante esse período crítico.

AVALIAÇÃO EM PUÉRPERAS COM SANGRAMENTO Pulso (frequência, qualidade, simetria). Pressão sanguínea Ausculta Ruídos cardíacos Ruídos respiratórios Inspeção Cor TAX Turgor Nível de consciência Perfusão periférica

Eliminação urinária Oximetria Mucosas Ansiedade Apreensão Inquietação Desorientação

Infecção pós-parto A infecção puerperal ou pós parto qualquer infecção clínica do canal genital que ocorre nos 28 dias seguintes ao aborto ou ao parto. O primeiro sintoma de infecção pós parto é geralmente a febre de 38C° ou mais em dias sucessivos, nos dez dias posteriores ao parto (sem considerar as primeiras 24h). A infecção puerperal constitui provavelmente a principal causa de morbidade de mortalidade materna em todo o mundo.

Fatores pré- disponentes História de trombose venosa Infecção do trato urinário Mastite Diabete Melitos Alcoolismo Abuso de drogas Imunosupressão Anemia Desnutrição

Fatores intraparto Ruptura prematura das membranas RUPREMA. Corioamnionite (inflamação das membranas fetais devido infecção bacteriana) Trabalho de parto prolongado Sondagem vesical Retenção de restos placentários Monitorização interna da pressão fetal/uterina Anestesia epidural Hemorragia pós parto Episiotomia ou lacerações Hematomas

Assistência de enfermagem O papel da enfermagem é importante e deve-se fazer o máximo de esforço para evitá-la. Higiene ao cuidar da paciente e o uso de técnicas assépticas quando indicadas, e o hábito de lavar as mãos antes de prestar assistência à mãe. Os partos devem ser conduzidos seguindo-se uma técnica de assepsia, mas as precauções observadas na sala de parto não são suficientes, porque a infecção pode atingir a mãe durante o trabalho de parto ou no puerpério imediato. Comadres individuais devem ser providenciadas para impedir infecção cruzada.

É importante manter a resistência da paciente durante um trabalho de parto prolongado com repouso e líquidos adequados, e prevenir a perda sanguínea ou restaurar a perda quando necessário. Lacerações do trato genital e exploração uterina aumentam os perigos de infecção. A disponibilidade imediata de antibióticos para profilaxia. Ainda é importante empregar conscientemente técnicas assépticas em todas as ocasiões.

Referência RICCI, S.S., Enfermagem Materno-Neonatal e Saúde da Mulher, Guanabara Coogan, RJ, 2008.