Alterações Cardiovasculares na Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Fisiologia cardiovascular
Advertisements

O Envelhecimento do SNC
HIPERTENSÃO E PRESSÃO ARTERIAL
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
Insuficiência Cardíaca Congestiva(ICC)
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
CARDIOPATIA GRAVE Gicela Rocha
Monitorização Hemodinâmica Funcional
HIPERTENSÃO ARTERIAL DEFINIÇÃO
FATORES DE RISCO CARDIOVASCULARES
RONCOPATIA E SÍNDROME DA APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO
Apnea do Sono "A apnea do sono: o que a Equipe de Saúde da Família deve saber?".
PREVALÊNCIA DE DOENÇA VASCULAR EXTRACRANIANA EM PACIENTES NEFROPATAS
Doença Arterial Crônica Periférica
Alimentação e Distúrbio do Sono Apneia Obstrutiva do Sono
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DISCIPLINA DE CARDIOLOGIA
Aula 9 – Fisiologia do Sistema Cardiovascular II
Respostas cardiovasculares ao exercício físico
Acidente Vascular Cerebral ( AVC)
Anahy Wilde R1 Medicina Esportiva HC-FMUSP
Transient Ischemic Attack S. Claiborne Johnston, M.D., Ph.D. New England Journal of Medicine Vol. 347, nº de novembro de 2002 Ddo. Rafael Coelho.
DOENÇA ARTERIAL PERIFÉRICA (DAP) – Parte I
Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE
Enfª Audiandre Nunes Coelho
COGNIÇAO / HUMOR MOBILIDADE COMUNICAÇÃO. COGNIÇAO / HUMOR MOBILIDADE COMUNICAÇÃO.
Nefrotoxicidade induzida pela ciclosporina em transplante cardíaco
APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO (AOS) QUESTIONÁRIO DE BERLIM
Prevenção do risco cardiovascular da DPOC
O foco do tratamento dos distúrbios respiratórios do sono (DRS) deve ser a hipoxemia, fragmentação do sono ou IAH? III Curso Nacional de Sono Marília Montenegro.
Síndrome da Apneia obstrutiva do sono. Tratar a SAOS é custo-efetivo? Gleison Guimarães TE SBPT 2004/TE AMIB 2007 Área de atuação em Medicina do Sono pela.
Reciclagem Ciclo 9.
CASO CLÍNICO.
Especialização em Terapia Intensiva SOBRATI
Regulação do Bombeamento Cardíaco
Quando suspeitar de cardiopatia congênita no RN
"Diretrizes para o Implante de Marcapasso Cardíaco Permanente"
INTERPRETAÇÃO DE EXAMES BIOQUÍMICOS
DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GRAVIDEZ
Fisiologia Cardiovascular
Geraldo Lorenzi-Filho Laboratório do Sono, Instituto do Coração, USP
Complicações cardiovasculares da Apnéia do Sono
Curso de Atualização São Paulo – SBPT 2007 Distúrbios Respiratórios do Sono Casos Clínicos Dr. Flavio J. Magalhães da Silveira Rio de Janeiro HU Grafrée.
DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS DO SONO
Caso Clínico Pedro Rodrigues Genta
DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS DO SONO
Distúrbios Respiratórios do
Sistema Cardiovascular
TROMBOSE.
INSÔNIA PARA O PNEUMOLOGISTA CARLOS A A VIEGAS C N D R S SBPT/ 2012.
CONSEQUENCIAS METABOLICAS E CARDIOVASCULARES DA SAOS
Consequencias do distúrbios respiratórios do sono não tratados Consequencias do distúrbios respiratórios do sono não tratados Geraldo Lorenzi-Filho Laboratório.
Luis Eduardo Giollo Cesar nº46
Márcia Gonçalves de Oliveira Médica Pneumologista
FISIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
Complicações cirúrgicas
Ronco e Apnéia do Sono. Ronco e Apnéia do Sono.
Devemos fazer de rotina?
IAM com supra do segmento ST
Apnéia da Prematuridade
Sistema Circulatório.
Além da hipersonia diurna e distúrbios de sono noturno, os pacientes com AOS apresentam HAS, arritmia cardíaca durante o sono. Complicações sistêmicas.
Hipnograma.
CREMESP – Saúde do Idoso Henrique I. A. Ebaid
Alunos: Aurora Rodrigues Renan Di Iorio Infante Gomes
Efeitos agudos do EF sobre a FC
Fisiologia Cardiorrespiratória: CICLO CARDÍACO
TRATAMENTO DA SAOS ALEM DA PRESSÃO POSITIVA
Prof. Ms. Rodrigo Alves do Carmo
Saúde Pública Luiza Vasconcelos Tania Munhos. Do polyunsaturade fatty acids behave like an endogenous “polypill” ? Do polyunsaturade fatty acids behave.
Transcrição da apresentação:

Alterações Cardiovasculares na Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono Hospital Central Coronel Pedro Germano Alterações Cardiovasculares na Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono Cintra, F. D., Poyares, D., Guilleminault, C., Carvalho, A. C., Tufik, S., Paola, A. A. V. Arquivos Brasileiros de Cardiologia – Vol 86, nº 6, Junho 2006 Doutoranda Thiara Ramos

Alterações Cardiovasculares na Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono SAHOS Obstrução completa ou parcial das VAS durante o sono, resultando em períodos de apnéia, dessaturação da oxiemoglobina e despertares noturnos freqüentes, com conseqüente sonolência diurna. Sexo masculino, idade avançada Polissonografia Uso de CPAP Arquivos Brasileiros de Cardiologia – Vol 86, nº 6, Junho 2006

Fisiopatologia Hipoxemia e hipercapnia SNA simpático Alterações Cardiovasculares na Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono Fisiopatologia Hipoxemia e hipercapnia SNA simpático vasoconstricção pulmonar HAP HAS Arquivos Brasileiros de Cardiologia – Vol 86, nº 6, Junho 2006

Fisiopatologia Hipoxemia e reoxigenação ↑Radicais livres Alterações Cardiovasculares na Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono Fisiopatologia Hipoxemia e reoxigenação ↑Radicais livres Conseqüências cardiovasculares Arquivos Brasileiros de Cardiologia – Vol 86, nº 6, Junho 2006

Conseqüências cardiovasculares Alterações Cardiovasculares na Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono Conseqüências cardiovasculares Alterações no SNA HAS Arritimias Cardíacas DAC AVE ICC Arquivos Brasileiros de Cardiologia – Vol 86, nº 6, Junho 2006

Alterações Cardiovasculares na Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono Alterações no SNA Evento apnéico leva a um aumento progressivo na atividade simpática Aumento persistente da atividade: componente hipóxico e componente carotídeo ↓no tônus parassimpático, ↑ no tônus simpático e ↑ da variabilidade da freqüência cardíaca Predominância simpática Arquivos Brasileiros de Cardiologia – Vol 86, nº 6, Junho 2006

Alterações Cardiovasculares na Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono Hipertensão Arterial Prevalência de HAS em portadores de SAHOS: 40 – 90% Prevalência de SAHOS em hipertensos: 22 – 62% IAH > 15/h: risco 3 x maior de desenvolver HAS em um período de 4 anos ↑ variação de TA durante à noite: ↑ alto valor médio noturno Uso de CPAP Arquivos Brasileiros de Cardiologia – Vol 86, nº 6, Junho 2006

Arritmias Cardíacas Não há consenso Alterações Cardiovasculares na Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono Arritmias Cardíacas Não há consenso Hipoxemia intermitente, ativação simpática e alterações abruptas da TA FA Arritmias ventriculares nos pacientes que apresentem importante dessaturação Taquicardia ventricular é mais comum na SAHOS As bradiarritmias também são associadas à SAHOS (principalmente durante o sono REM e com queda de saturação de O2 > 4%) Arquivos Brasileiros de Cardiologia – Vol 86, nº 6, Junho 2006

Doença Arterial Coronariana Alterações Cardiovasculares na Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono Doença Arterial Coronariana Fatores de risco em comum Uso do CPAP mostrou redução de eventos cardiovasculares ↑ da atividade simpática Alterações noturnas do segmento ST são comuns Arquivos Brasileiros de Cardiologia – Vol 86, nº 6, Junho 2006

Acidente Vascular Encefálico Alterações Cardiovasculares na Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono Acidente Vascular Encefálico Também apresentam fatores de risco em comum Causa ou conseqüência? A incidência de SAHOS em indivíduos com AVE pode ser maior que 50% HAS, disfunção endotelial, agregação plaquetária, hipercoagulabilidade e diminuição do fluxo sanguíneo (↓DC) Principalmente durante o sono REM Comprometimento da cognição Arquivos Brasileiros de Cardiologia – Vol 86, nº 6, Junho 2006

Insuficiência Cardíaca Congestiva Alterações Cardiovasculares na Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono Insuficiência Cardíaca Congestiva IAH > 11/h: risco para desenvolver ICC foi de 2,38 ICC também pode contribuir para a SAHOS Disfunção tanto sistólica quanto diastólica Possíveis mecanismos: efeitos da hipóxia, injúria dos miócitos e mudança repetitiva nas pressões intratorácicas Arquivos Brasileiros de Cardiologia – Vol 86, nº 6, Junho 2006

Alterações infamatórias, endoteliais e trombóticas Alterações Cardiovasculares na Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono Alterações infamatórias, endoteliais e trombóticas Diminuição ou ausência de mecanismos fisiológicos vasculares Aumento das proteínas de adesão Estresse oxidativo recorrente ↑ da homocisteína, haptoglobina e proteína amilóide sérica A ↑ da proteína C reativa e IL-6 Arquivos Brasileiros de Cardiologia – Vol 86, nº 6, Junho 2006

Obrigada!