Hospital Heliópolis Biologia Molecular 2009

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Mudança Terapêutica nos Doentes Seropositivos para o VIH
Advertisements

M. Just, M. Ribera, E. Monsó, J.C. Lorenzo and C. Ferrándiz
HEPATITE C.
INCIDÊNCIA DOS TIPOS HISTOPATOLÓGICOS DE PÓLIPOS ENDOMETRIAIS EM PACIENTES SUBMETIDAS À VÍDEO-HISTEROSCOPIA CIRÚRGICA Canelas, Ana Clara de Novaes; Andrade.
KARY MULLIS NOBEL PRIZE 1993.
Hipermetilação e Câncer
Amplificação Gênica na Carcinogênese
Mecanismos efetores da resposta imune
Fatores prognósticos e tratamento
PITIOSE NASAL EM EQUINO : RELATO DE CASO RESULTADOS E DISCUSSÃO
REGULAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE
PAPILOMATOSE.
AVALIAÇÃO DA EXPRESSÃO DO RECEPTOR DE LEPTINA COMO CANDIDATO A MARCADOR DE AGRESSIVIDADE TUMORAL EM PACIENTES COM CARCINOMA EPIDEMÓIDE DE BOCA E OROFARINGE.
PREVENÇÃO DAS DEFORMIDADES DA COLUNA NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Mastocitomas em cães M.V. Vívian Rocha de Freitas
IMUNOTERAPIA 26/04/2007.
Taxas brutas e padronizadas de mortalidade por 100
ANÁLISE DO PERFIL DE METILAÇÃO DO GENE MMP-14 EM LINHAGENS TUMORAIS DE MAMA Ana Carolina Paschoalini Mafra – Iniciação Científica / PIBIC/CNPq Orientador:
BIOLOGIA E IMUNOLOGIA DOS TUMORES.
Perfil das mulheres em uma unidade de diagnóstico complementar de pequeno porte na cidade do Rio de Janeiro sobre HPV MARTINS, Keitt¹ RESULTADOS INTRODUÇÃO.
METODOLOGIA CIENTÍFICA
Lee, CA,Huang, CTF, King A, Chan PJ.
Uptodate do Câncer de Testículo
CANCRO DO COLO DO ÚTERO.
UBA VII – Genética Molecular Genética Molecular e Humana
J. Landeira-Fernandez Ética e Ciência
Adenocarcinoma de Colo Uterino
AUTOMEDICAÇÃO EM ESTUDANTES DE MEDICINA
Prof. J. Oliveira São Luis 2010
Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnivelamento do Segmento ST em Pacientes Jovens IVAN PETRY FEIJÓ, JULIANA CAÑEDO SEBBEN, JOÃO MAXIMILIANO MARTINS,
Rayana Dias Santos Prof. Dr. Nilson Rogério da Silva
FATORES PROGNÓSTICOS PARA A METÁSTASE NO MELANOMA CUTÂNEO
1/40 COMANDO DA 11ª REGIÃO MILITAR PALESTRA AOS MILITARES DA RESERVA, REFORMADOS E PENSIONISTAS - Mar 06 -
Ac. Giovanna Canato Toloi Orientador: Prof. Dr. Jaques Waisberg
Relato de caso XXIII JORNADA PARAIBANA DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
Metástases Hepáticas de Tumores Colo-retais
Métodos de Dosagens de Anticorpos
SOLVER – EXCEL Prof. Antonio Carlos Coelho
Reunião Anatomoendoscópica
XXIII Seminário de Iniciação Científica Universidade Federal do Acre
VII CICI – Congresso de Iniciação Científica do IAMSPE
Desenvolvimento de carcinoma epidermóide em sequela de Hanseniase
INSERÇÃO DE DIPEPTÍDEO ENTRE OS CÓDONS 69 E 70 DA TRANSCRIPTASE REVERSA DO HIV-1 DETECTADA EM PACIENTE DA REGIÃO DE MARÍLIA, ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL:
Introdução à Rotina laboratorial em Anatomia Patológica
Graziele Fonseca de Sousa
EFICÁCIA DO AASI NA MELHORA DO ZUMBIDO
Grupo: Maria de Fátima, Marilda, Michele, Priscilla, Rafaela
VII Sessão Conjunta UERJ-UFRJ Abril
Imunohistoquímica na Detecção do Câncer: Mecanismos e Aplicações
Métodos de Dosagens de Anticorpos
Carcinoma de Pulmão Não-Pequenas Células Adjuvância e Neo-adjuvância Ana Lícia Maia e Silva Oncologia Clínica – INCA 27/Junho/2011.
Paula Miguel Lara -Reumatologia- SCMSP
Neoplasia.
II Iº Simpósio Onco Amapá O Câncer do Colo do Útero no Amapá
REGULAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE (I)
Câncer de Próstata: Quando pensar e como conduzir
Ac. Fernando Beani Margeotto
Imunoexpressão dos genes MLH1, MSH2, MSH6, PMS1, PMS2 e MSH3 no carcinoma colorretal em doentes com até 50 anos de idade OrientaNdo: Luiz Guilherme Lisboa.
Morte Celular Programada
Universidade Federal do Triângulo Mineiro Curso de Graduação em Biomedicina Indução de resistência ao benzonidazol em isolados humanos de Trypanosoma cruzi.
GERA Agosto/ 2015 Orientação: Dr. Regis Otaviano
PATOLOGIA E PROCESSOS GERAIS
Imunidade a Vírus e Tumores. Características gerais dos vírus  Os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios.  Utilizam a célula (organelas) para.
REGULAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE (II)
TÍTULO DO PROJETO FONTE: CALIBRI 65 NEGRITO NOME DOS AUTORES; CALIBRI 57 1 Acadêmica da Faculdade de XXXXX/UFAM – Indicar fonte da Bolsa IC – Calibri 40.
Aluno: Manoel Ricardo Costa Souza Orientador: Dr. Leonardo Kruschewsky
Fatores prognósticos e tratamento
CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA, HISTOPATOLÓGICA, CLÍNICA E GENÉTICA DOS TUMORES DO OVÁRIO: UM ESTUDO DE BASE POPULACIONAL DO SUL DO PAÍS OBJECTIVOS Caracterizar.
Imunidade a Vírus e Tumores
Transcrição da apresentação:

Hospital Heliópolis Biologia Molecular 2009 AVALIAÇÃO DA EXPRESSÃO DA DAP-1 E RELAÇÃO COM A AGRESSIVIDADE TUMORAL EM PACIENTES COM CARCINOMA EPIDERMÓIDE DE BOCA E OROFARINGE Aluno: Audrei Estivan Martins Orientador: Profa. Dra. Adriana Madeira Alvares da Silva Co-orientador: Profa. Ms. Ana Maria da Cunha Mercante Hospital Heliópolis Biologia Molecular 2009

INTRODUÇÃO CARCINOMA EPIDERMÓIDE DE BOCA E OROFARINGE Representa 90% dos tumores das vias aerodigestivas superioreS Forte relação com o etilismo e tabagismo. Relação com o vírus HPV.

INTRODUÇÃO O gene DAP1 - 5p15.2 - 85388pb É uma proteína citoplasmática O gene é expresso em uma proteína básica, rica em prolina com 15 kDa Atua como mediador positivo da morte celular programada induzida por interferon-gama.

INTRODUÇÃO Strumpf e Kimchi (1998) relataram que a proteína DAP1 isoladamente não promovia a apoptose, mas que participava da via de sinalização por ser ativada pelas proteinas da via de sinalização à apoptose ( TNF-alfa, TNF-R, FASL, IFN-alfa), e que a expressão da proteína DAP1 resultava no maior potencial de morte pela interferon-gama (IFN-gama) e

INTRODUÇÃO Nakatsuka e colaboradores em 2002, relataram que a hipermetilação da região promotora do gene estava associada ao desenvolvimento de neoplasias cabeça e pescoço, e que este fato resultava na resistência das células tumorais à apoptose. (LEVY-STRUMPF e KIMCHI, 1998)

OBJETIVOS Avaliar a expressão dos genes DAP-1 através da técnica de imuno-histoquímica em carcinoma epidermóide de boca e orofaringe e margens tumorais. Relacionar a expressão dos genes DAP-1 com a agressividade tumoral medida pelo pTNM e fatores histológicos e a sobrevida dos pacientes. Verificar a localização da proteína por imuno-histoquímica. Padronizar as técnicas de imuno-histoquímica e histologia utilizadas neste trabalho.

LOCAL DE ESTUDO E PACIENTES O trabalho foi desenvolvido no Laboratório de Biologia Molecular em parceria com o Serviço de Patologia do Hospital Heliópolis. Foram estudados 85 pacientes com carcinoma epidermóide de boca e orofaringe, sem tratamento prévio, tratados no Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Heliópolis.

MATERIAIS E MÉTODOS HISTOLOGIA Pelo método de coloração de hematoxilina-eosina (HE) as lâminas foram analisadas, avaliando suas características histológicas como: Grau de diferenciação Desmoplasia Intensidade de inflamação Invasão vascular linfática Invasão vascular sanguínea Invasão perineural Necrose

MATERIAIS E MÉTODOS IMUNOHISTOQUÍMICA Pelo método de imunohistoquímica os materiais foram avaliadas segundo a intensidade da marcação, classificadas segundo: Intensidade de marcação. Frequência de células tumorais. A lâmina com os materiais dos pacientes foi confeccionada pela técnica de tissue microarray

RESULTADOS Os resultados mostraram que de 85 casos analisados 62 (72,9%) apresentaram marcação positiva, com 30 fortes positivos e 32 fracos positivos e 23 (27,1%) tiveram marcação negativa. A análise da expressão do DAP1 nas 48 margens analisadas mostrou que 6 não possuíam representação do epitélio, 32 (66%) apresentaram marcação negativa e 10 (20,6%) (7 marcação forte e 3 positivo fraco), mostrando haver diferença de expressão entre tumor e margem tumoral com maior expressão da proteína no tumor (p=0,000). Houve relação estatística entre a presença ou ausência da marcação citoplasmática nos tumores e a variável histopatológica necrose (p= 0,003). Não houve relação entre a expressão da proteína e a sobrevida dos pacientes no seguimento de 48 meses.

RESULTADOS Total 23 100 62 Grau de diferenciação 0,065 Expressão DAP1 Características clínico-patológicas Negativo Positivo p value n %   Grau de diferenciação 0,065 Bem diferenciado 12 52,2 25 40,3 Moderadamente 6 26,1 33 53,2 Pouco diferenciado 4 17,4 6,5 Não avaliável 1 4,3   0,0 Total 23 100   62

RESULTADOS Total 23 100 62 Necrose 0,003 Ausente 8 34,8 6 9,7 Presente Expressão DAP1 Características clínico-patológicas Negativo Positivo p value n %   Necrose 0,003 Ausente 8 34,8 6 9,7 Presente 14 60,9 56 90,3 Não avaliável 1 4,3   0,0 Total 23 100   62

CONSIDERAÇÕES FINAIS A carência de literatura a respeito da função da proteína nas diversas vias de sinalização dificulta a discussão. Os resultados mostram que essa proteína pode estar associada aos mecanismos de tumorigênese, já que está expressa mais intensamente no tumor que na margem. Os dados sugerem também que a DAP1 possa atuar como fator de pior prognostico tumoral, já que está associada à presença de necrose, porém esses dados necessitariam de análise em maior amostragem para a confirmação dos dados obtidos.