Campanha de Combate à Homofobia no Mercosul

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Transcrição da apresentação:

Campanha de Combate à Homofobia no Mercosul SEDH – Brasil Abril 2009

Consulta para a campanha Para elaboração das linhas da Campanha de Combate à Homofobia no MERCOSUL,a SEDH conduziu um encontro com representantes da UNAIDS, Ministério da Saúde, ampliada para segmentos LGBT no Poder Público e Sociedade Civil: Cássio Silva – Coordenação de Políticas de Cidadania – Núcleo de Políticas de Gênero, Raça e Pessoas com Deficiência - Santo André - SP Cláudio Nascimento – Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos – Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos - RJ Eduardo Santarelo - Programa Brasil sem Homofobia – SEDH-PR Edvaldo Souza - Programa Brasil sem Homofobia – SEDH-PR Jacqueline Côrtes - UNAIDS / Brasil Julio Moreira – Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT- RJ Mauro Siqueira – ASCOM – PN-DST/AIDS – MS Paulo Biagi – Programa Brasil sem Homofobia – SEDH-PR Toni Reis – ABGLT A Reunião foi realizada em 25/03/09, no auditório do Anexo I do Ministério da Justiça.

Apresentação A proposta de Campanha de Combate a Homofobia no MERCOSUL ora apresentada é uma iniciativa aprovada na reunião da RAADDHH, em Brasília realizada de 10 a 12 de dezembro de 2008. A proposta está dividida em: Histórico Marcos Legal e Político Problema Objetivos da Campanha Públicos e Meios de Acesso Recomendações Orçamento Parcerias no Brasil Parcerias no MERCOSUL Etapas Contatos A Presidência Pró-Tempore do Brasil apresenta essa proposta com as linhas para orientar as decisões da RAADDHH, de 01 a 03 de abril de 2009, na Cidade de Lima- Peru.

Histórico da campanha Na XIV RAADDHH (Reunião de Altas-Autoridades em Direitos Humanos do MERCOSUL) realizada nos dias 10 a 12 de dezembro de 2008, na capital federal Brasília, Brasil o tema Homofobia foi parte de sua agenda. Neste evento foi realizada no dia 10 de dezembro uma reunião do SUBGRUPO DE TRABALHO DIVERSIDADE SEXUAL E IDENTIDADE DE GÊNERO constituído na RAADDHH anterior, que fez um diagnóstico de situação do tema na Região e apontou estratégias de enfrentamento a discriminação contra LGBT – Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais no MERCOSUL. Dentre as diversas ações apontadas foi aprovada a criação de Campanha contra Homofobia no MERCOSUL como umas das prioridades de 2009. A Presidência Pró-Tempore do Brasil ficou responsável por coordenar o processo de criação da Campanha e buscar parceiros.

Marcos Legais e políticos A Organização Mundial de Saúde preconiza que a homossexualidade não é doença, desde 1993. A Declaração Universal dos Direitos Humanos  declara no  artigo  VII  que “todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação (Adotada e proclamada pela resolução 217 A (III) da  Assembléia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948. Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. Todos os direitos humanos são universais, interdependentes, indivisíveis e inter-relacionados. A orientação sexual e a identidade gênero são essenciais para a dignidade e humanidade de cada pessoa e não devem ser motivo de discriminação ou abuso. (Documento elaborado por 29 eminentes especialistas de 25 países, com experiências diversas e conhecimento relevante das questões da legislação de direitos humanos, reunidos na Universidade Gadjah Mada, em Yogyakarta, Indonésia, entre 6 e 9 de novembro de 2006, adotaram por unanimidade os Princípios de Yogyakarta sobre a Aplicação da Legislação Internacional de Direitos Humanos em relação à Orientação Sexual e Identidade de Gênero.

Marcos Legais e políticos (continuidade) A Declaração da Conferência Regional das Américas contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Formas Conexas de Intolerância compromete todos os países do continente americano exorta-os a prevenir e combater a discriminação em razão da orientação sexual entre as bases de formas agravadas de discriminação racial. ( Santiago do Chile, 2000) O Brasil, Argentina, Croácia, França. Gabão, Japão, Noruega e Países Baixos ( em nome de mais 66 países, entre eles 09 dos 10 países associados ao MERCOSUL) apresentam para Assembléia Geral da ONU uma declaração sobre Direitos Humanos, Orientação Sexual e Identidade de Gênero com o propósito de melhorar o gozo efetivo dos Direitos Humanos e as liberdades fundamentais, com enfoque no reconhecimento dos direitos de LGBT. (carta datada de 18 de dezembro de 2008, dirigida ao Presidente da Assembléia Geral da ONU)

Problema Apesar dos avanços nos anos recentes, os LGBT continuam a estar entre os mais marginalizados, excluídos e discriminados nas várias sociedades pelo mundo (Anistia Internacional, 2007). No Mercosul essa é ainda uma realidade alarmante. A larga extensão dos direitos humanos – civil, políticos, econômicos, sociais e culturais – deveria igualmente ser desfrutada por todos os grupos de indivíduos sem se importar com suas orientações sexuais ou identidades de gênero (UNAIDS, 2007). Levando-se em consideração a situação econômica e social em nossa região essa situação se agrava. O preconceito, o estigma e a discriminação contra LGBT em nossa região traz sérios prejuízos a essa população e a toda a sociedade. A OPAS (2007) aponta que a América Latina e Caribe formam a região que se comete o maior número de crimes homofóbicos no mundo.

Desafios Desenvolver uma campanha de comunicação voltada à população em geral dos 10 países que compõem o MERCOSUL. A proposta deve considerar as seguintes temáticas: Combate a discriminação e a violência contra LGBT; Redução dos estigmas e preconceitos em razão da orientação sexual e identidade de gênero; Reconhecimento das diferenças de orientação sexual e identidade de gênero como exercício da sexualidade e da cidadania; Acolhimento de LGBT na sociedade; Reconhecimento de LGBT como cidadãos de direitos.

Campanha de Combate à Homofobia no Mercosul Realização MERCOSUL – RAADDHH (SUBGRUPO de Trabalho Diversidade Sexual e Identidade de Gênero)

Objetivos Promover o conceito de que a vivência da sexualidade é um direito de todos, independente de orientação sexual e identidade de gênero; Promover o respeito à diversidade, às diferenças, à inclusão social e direitos humanos de lésbicas, gays, travestis, transexuais e transgêneros. Contribuir para diminuição da homo-lesbo-transfobia, estimulando uma atitude pró-ativa dos públicos-alvo da campanha. Cobertura: 10 países associados ao MERCOSUL

Público e Meios de Acesso Homens Jovens – Classes A/B, de 16 a 25 anos, por meio de internet (blog, sites e outros meios virtuais); B) Homens Formadores de opinião – Classes A/B, de 26 a 45 anos, por meio de jornais e revistas; C) População Geral – homens e mulheres adultos das Classes C, D e E, por meio de rádio e televisão. Metodologia: Linguagem simples e direta, através de spots de rádio e TV, anúncios em jornais e revistas, releases e propagandas via internet. Idiomas: Português e Espanhol. Peças Gráficas: folder, cartazes e banners.

Recomendações Evitar o tom pejorativo ou que choque a sociedade; A campanha deve: Evitar o tom pejorativo ou que choque a sociedade; Garantir a possibilidade de interpretação da mensagem em todos os países onde será veiculada; Considerar a possibilidade de trabalhar a produção do discurso em imagens e utilizar textos e/ou locuções para apoio da mensagem. Considerar que a homossexualidade não é considerada crime e, muito menos, doença; Apresentar os personagem como pessoas comuns, que se relacionam normalmente em família, trabalho e em outros contextos sociais.

Orçamento Estimativa de Custo para criação de todas as peças em espanhol e português: US$ 100 mil Custo total em processo de levantamento.

Parceiras no Brasil UNAIDS – apoio institucional e financiamento de parte da campanha; PN DST/AIDS – apoio na elaboração da campanha sob a orientação do GT de Consulta Campanha Contra a Homofobia no MERCOSUL a ser criado; SECOM/Presidência da República – estratégias para a exibição da campanha em TV e Rádio no Brasil; Organizações LGBT e redes no Brasil – Consulta sobre a campanha e apoio em divulgação; SEDH –PR – Coordenação da Campanha; GT de Consulta da Campanha Contra a Homofobia no MERCOSUL (em processo criação). Ministério das Comunicações – atuação junto aos veículos de comunicação.

Parcerias no MERCOSUL Identificar e envolver os parceiros no Governos nacionais e seus órgãos específicos. Identificar e envolver organizações LGBT e de direitos humanos dos 10 países.

Etapas Apresentação de briefing na XV RAADDHH, em Lima – Perú; Inclusão das sugestões da RAADDHH; Criação de GT de Consulta da Campanha Contra a Homofobia no MERCOSUL e definição de tarefas e responsabilidades; Definição de parceiros envolvidos; Briefing concluído; Desenvolvimento da Campanha por uma Agência de Publicidade; Apresentação da Campanha para o GT e acertos finais; Plano de Execução Lançamento da Campanha no Brasil e outros países.

Contatos Paulo Biagi – Programa Brasil Sem Homofobia – SEDH/PR paulo.biagi@sedh.gov.br Paulo.biagi@mj.gov.br Elaborado por: Cláudio Nascimento, Julio Moreira, Edvado José de Souza e Mauro Siqueira e Paulo Biagi.