Prof. Regina Pedrini 7° Período 19 agosto de 2014

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
NOMENCLATURA BRASILEIRA DE LAUDOS CITOPATOLÓGICOS – elaborada pela SBC, em parceria com o Ministério da Saúde Apresentação Prof. Carlos Alberto Fernandes.
Advertisements

EXAME PAPANICOLAU.
Material para coleta: Coleta Lâmina com uma extremidade fosca
Departamento de Ginecologia e Obstetrícia
VULVOVAGINOSES.
Prevenindo Doenças e Promovendo Saúde Câncer de Próstata Junho / 2005.
SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE CÂNCER
Taxas brutas e padronizadas de mortalidade por 100
Perfil das mulheres em uma unidade de diagnóstico complementar de pequeno porte na cidade do Rio de Janeiro sobre HPV MARTINS, Keitt¹ RESULTADOS INTRODUÇÃO.
E.E. Camilo Bonfim Tema:Câncer de Colo de Útero
CANCRO DO COLO DO ÚTERO.
Adenocarcinoma de Colo Uterino
Ginecologia e Obstetrícia na Unidade Básica de Saúde
Bethesda 2003 Diagnóstico e Conduta.
Monitoria: Estágio em Gineco – Obstetrícia
Habilidades e técnicas para coleta de exame citopatológico Interpretação de resultados. Candido Guilherme Döring SESA UFPr
UNESC CURSO DE NUTRIÇÃO FASE: 1ª.
TURMA: 08/13N EXAME PAPANICOLAU
ELEMENTOS CELULARES EPITELIAIS PRESENTES NO ESFREGAÇO
Rastreamento do câncer de colo do útero
Prevenção do Câncer Genital
manejo das alterações das citologias cérvico-vaginais
PROTOCOLO PARA COLETA DA CITOLOGIA ONCÓTICA CERVICO-VAGINAL
Histotécnica - fases 1. Coleta ou Colheita do material 2. Fixação
TRICOMONÍASE Infecção causada pelo Trichomonas vaginalis (protozoário flagelado), tendo como reservatório a cérvice uterina, a vagina e a uretra. Sua principal.
Classificações citológicas
Citologia Clínica Metaplasia
Candidíase Vaginal Recorrente
Citologia Clínica Alterações celulares reativas
Prevenção.
HPV Perguntas e Respostas.
CITOLOGIA CLÍNICA CITOLOGIA CERVICAL Narcizo A. Tonet.
AVALIAÇÃO DO SISTEMA GENITO-URINÁRIO FEMININO
Manejo Sindrômico do Corrimento Vaginal
Classificação dos Parasitas do Homem segundo seu
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE TOCOGINECOLOGIA ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE TOCOGINECOLOGIA I Natal,
Citopatologia Citologia Oncótica
II Iº Simpósio Onco Amapá O Câncer do Colo do Útero no Amapá
Informações Gerais: - Data de fundação: 1 de Dezembro 1992;
Citologia Clínica Alterações celulares reativas
Citologia Clínica Organismos
Vera Regina Medeiros Andrade 2014
Vera Regina Medeiros Andrade 2015
Vera Regina Medeiros Andrade
Vera Regina Medeiros Andrade 2015
Entamoeba histolytica
PROPEDÊUTICA DO COLO UTERINO
ANAMNESE E EXAME FÍSICO EM GINECOLOGIA
Vera Regina Medeiros Andrade, 2015
Medicina do adolescente
RASTREAMENTO DO CÂNCER CERVICAL
Vulvovaginites Manifestação inflamatória e/ou infecciosa do TGI feminino – vulva, vagina e ectocérvice. QC geral: Assintomático OU leucorréia.
1.
CONTROLE DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO
HPV Papilomavírus humano
Caso Clínico Alberto Rezende Marcelle Leite
Mestre em Tocoginecologia FMRP-USP Doutora em Ciências UNIFESP-EPM
Detecção precoce do câncer
CITOLOGIA CÉRVICO-VAGINAL NORMAL
Informações Gerais: - Data de fundação: 1 de Dezembro 1992;
A IMPORTÂNCIA DA COLORAÇÃO DE GRAM NA TRIAGEM DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS
CÂNCER DE COLO UTERINO Giovanna Fonseca.
VULVOVAGINITES Dra. Marli Nogaroto
Giardia intestinalis e Giardíase
Transcrição da apresentação:

Prof. Regina Pedrini 7° Período 19 agosto de 2014 Exame ginecológico Prof. Regina Pedrini 7° Período 19 agosto de 2014

Temas abordados: 1 – Avaliação da flora vaginal 2- Avaliação do colo uterino 3- Como interpretar uma citologia oncótica

Avaliação Flora vaginal Importância: conhecer flora normal, para poder identificar amormalidades. Composição varia muito com a idade ( niveis de estrógeno). Equílibrio bacilos de Doderlein X Natureza bacteriana

Vivendo em harmonia……. Patógenos Bacilos de Doderlein lactobacilos Estafilococos coagulase-negativo Estafilococos coagulase-positivo Enterococos Estreptococos anaeróbios Difteróides E. coli Bacteróides Micoplasma Clostridium Fungos ( candida albicans) Bacilos de Doderlein lactobacilos 80 % - 90% dos micro-organismos Produtores de ácido lático pH 3,8 – 4,2

Flora vaginal alterada Ausência dos Bacilos de Doderlein…. Aumento de patógenos comensais…. Infecções vaginais…… Anaeróbios: Gargnerella vaginallis Fungos: Candida albicans Protozoarios: Trichomonas vaginallis

Avaliação da Flora vaginal 1° Observacao da caracteristica da secreção ao exame especular.

Avaliação da Flora vaginal 2° Exame a fresco Em uma lâmina: uma gota de secreção vaginal e uma gota de soro fisiológico e com KOH 10% Prepara a lâmina e analisa ao microscópio.

Classificação Tipo I: esfregaço com células epiteliais com predomínio de bacilos de Doderlein ( 80 % a 95% da flora). Tipo II: flora composta de 50% de lactobacilos e 50 % de outras bacterias. Tipo III: ausência de lactobacilos. Significa flora patológica (tricomoniases e vaginose bacteriana) Classificacao de spiegel que pode ser feito por exame a resco ou pelo metodo de gram

Avaliação do colo do utero Faz parte do exame de rotina ginecologica.

EXAME FÍSICO - GINECOLÓGICO POSIÇÃO DE LITOTOMIA

Avaliação do colo do utero Exame externo: vulva Exame especular 1- avaliação clínica do colo 2- avaliação da secreção vaginal 3- coleta da citologia oncológica 4- teste do Ácido Acetido 5- teste de Schiller.

Vulva - inspeção Distribuição dos pêlos Trofismo Presença de screções exteriorizadas Laceração (comum pós parto) Sob o esforço (manobra de Valsalva) Prolapsos: Parede anterior: cistocele ou uretrocele Posterior: retocele. Colo uterino/útero – prolapso uterino Prolapso da cúpula vaginal – histerectomizadas.

Exame especular Visualizacao direta do colo uterino e vagina em busca de anormalidades. Introdução do espéculo de forma adequada!!! Identificação do epitélio escamoso, epitélio glandular e metaplásico e JEC ( junção escamo-colunar) Ectopia: cels endometriais em lugares nao deveriam estar. (figura direita inferior)

Exame especular Avaliação Colo do utero – forma, cor, orifício cervical, avaliação dos epitelios, junção escamo-colunas Vagina: forma, cor, rugosidade, elasticidade, anormalidades do canal.

Avaliação do colo do utero Objetivo: busca por alteracoes induzidas pelo Papiloma virus humano ( HPV) Rastreamento do câncer de colo uterino.

Exame especular Whiff teste Coleta de secrecao vaginal Gota de hidróxido de potássio a 10% - KOH Liberação de odor desagradável Teste das aminas positivo (aminas voláteis – cadaverina) Gardnerela vaginallis

Papanicolau Toda mulher que tem ou já teve vida sexual deve submeter-se ao exame preventivo periódico, especialmente as que têm entre 25 e 59 anos. Inicialmente, o exame deve ser feito anualmente. Após dois exames seguidos (com um intervalo de um ano) apresentarem resultado normal, o preventivo pode passar a ser feito a cada três anos. A partir dos 65 anos, as mulheres que tiveram exames normais nos últimos 10 anos devem conversar com seu médico sobre a possibilidade de parar de realizar o exame regularmente. Mulheres que realizaram histerectomia (cirurgia para retirada do útero) com a retirada do colo além do útero, não necessitam fazer o exame, a menos que a cirurgia tenha sido feita para o tratamento de câncer ou de lesão pré-maligna.

Exame especular Coleta do citopatológico de colo do utero: JEC Espátula de Ayre Escova endocervical Lâmina

Exame especular Preparo adequado da lâmina: material da espátula e escova de forma homogênea e em sentido único na lâmina. Fixação com fixador citológico. Armazenamento

Exame especular Teste do ácido acético: assim como o teste de Schiller, utilizado como rastreamento de lesões na cérvice uterina e vagina. Aplicação de ácido acético 3-5% de forma generosa sobre o colo na forma de algodão embebecido. A interação do ácido com o epitélio causa edema e mudança de cor ( 1-2 minutos) e é mais intensa nas lesões mais graves. Congelação temporaria das proteínas presentes na célula.

Exame especular Teste do ácido acético:

Exame especular Teste de Schiller: Este teste serve para delimitar o epitélio doente. Consiste na embrocação do colo uterino com solução de Lugol. Em colos normais, deverá dar coloração marrom, devido à combinação do iodo com os produtos de desdobramento do glicogênio citoplasmático.

Exame especular Teste Schiller - interpretação Considera-se teste Schiller POSITIVO quando apresentar áreas IODO NEGATIVAS. Teste Schiller NEGATIVO quando há completa captação do lugol pelo colo uterino e vagina IODO POSITIVO.

Exame especular O teste de Schiller não deve ser visto como método de substituição ao Papanicolaou. Indica que áreas iodo-negativas devem ser checadas pela colposcopia, por serem suspeitas de anormalidades. Vários fatores interferem induzindo a falso-positivos: infecções por HPV, pseudoerosão, erosão; falso-negativos: solução de baixa concentração de iodo e iodeto de potássio, hipoestrogenismo, prolapsos, ulcerações, necrose, presença de sangue e colpites intensas

Exame pelve TOQUE BIMANUAL E RETAL LUVAS LUBRIFICANTES (vaselina) VAGINA (Permeabilidade, dor ,irregularidade, da mucosa) ÚTERO ( volume, morfologia, consistência, mobilidade, dor ) Região supra-púbica e fossas ilíacas( pesquisa de tumores anexiais) Ovário de tamanho normal não é palpável! Principalmente se paciente obesa.

Como interpretar uma citologia oncótica (CO) Para termos a sensibilidade ideal: 1- Colheita 2- Fixação 3- Leitura 4- Laudo

Como interpretar uma citologia oncótica (CO) Nomenclatura Brasileira ( 2003) 1- Adequabilidade da amostra: Satisfatória Insatisfatória (material acelular ou hipocelular, sangue, artefatos, contaminação, superposição celular,…) Epitélios representados: Escamoso Glandular endocervical Metaplasico

Como interpretar uma citologia oncótica (CO) 2 – Diagnóstico descritivo – laudo: # Dentro dos limites da normalidade # Alterações celulares benignas: Inflamação, reparação, metaplasia escamosa, atrofia com inflamação, radiação,….. # Atipias celulares: célula escamosa, celulas glandulares e de origem indefinida

Como interpretar uma citologia oncótica (CO) 2 – Diagnóstico descritivo – laudo: # Microbiologia: Lactobacillus sp Bacilos supracitoplasmáticos ( sugestivo de Gardnerella/ Mobiluncus) Outros bacilos Cocos Candida sp Trichomonas vaginalis Actinomyces Efeito citopatológico compatível com herpes virus

Obrigada