O senso comum como ponto de partida. Estudo da pág. 10 a 16.

O conhecimento adquirido por meio do senso comum, herdado do grupo social e continuamente ampliado mediante a incorporação de experiências cotidianas, resulta do contato permanente entre indivíduos. Esse contato contínuo gera conhecimento comum, baseadas na observação dos aspectos da vida natural e social. O senso comum nem sempre é suficiente.Coube à Sociologia a tornar o senso comum objeto de estudo. (p.10)

A sociologia coube uma investigação sistemática do ser humano de como ele vive em sociedade. Afinal como podemos definir o senso comum? O conhecimento difundido entre as pessoas de modo geral, que corresponde a uma visão do mundo compartilhada pelo grupo social e sempre atualizada pelas experiências cotidianas que continuam a ocorrer é o que pode ser definido como senso comum. (p.11)

O senso comum no cotidiano Incorporar conhecimentos obtidos no cotidiano faz com que cada individuo da sociedade possa interagir e viver socialmente. São essas repetições que constituem a rotina individual.(p.11)

O que sabemos de realidade imediata? Podemos dizer que é a realidade que o individuo percebe ao seu redor e vive no momento presente, exigindo sempre soluções que garantam a sua sobrevivência. Os autores Peter Berger e Thomas Luckman em sua obra “ A construção social da realidade(1996)” aborda questões que fazem parte da rotina diária do ser humano.Segundo Berger e Luckaman esse automatismo não é percebido nas pequenas ações do cotidiano.(p.12).

O sociólogo David Riesman, autor de A multidão solitária(1950), sustenta que o homem contemporâneo não tende a agir movido pela reflexão, e sim a reagir com base no que, real ou supostamente os outros pensam dele.(p.12). Então, a primeira forma de conhecimento construída pela humanidade desde que passou a viver em comunidade, é o senso comum, que é o próprio conhecimento assimilado pelas pessoas , que é produzido coletivamente e incorporado pelas próprias experiências cotidianas.(p.13).

Riesman acredita que o individuo se encontra cada vez mais isolado e incapaz de se comunicar com o outro, assim o distanciamento é cada vez maior, conseqüência de uma sociedade cada vez mais individualista.(p.12).

O que são dogmas? Pode-se dizer que são pontos ou princípios de fé apresentados como incontestáveis e indiscutíveis, predominaram por muito tempo, principalmente nos séculos XII a XIV.(p.13) Ex: Galileu Galilei foi processado durante a inquisição por defender o heliocentrismo, a tese de que a Terra e os demais planetas giram em torno do sol.

Não há idéia comum mais forte do que aquela que afirma que religião, esporte e politica não se discutem, o que apenas fortalece os aspectos dogmáticos presentes nas esferas culturais. Ex: “ Não se mexe em time que está ganhando”

Como se transmite o senso comum? A roda de amigos e colegas; O ambiente de trabalho; Os meios de comunicação.(p.14).

Algumas características do senso comum: A convivência coletiva também ajuda a moldar a sociedade,contribuem para a solução de problemas que muitas vezes costumam abalar o cotidiano/escolhas.(p.15). Ajuda a superar pequenas dificuldades, em momentos que o chão parece lhe faltar.(p.15)

Existem armadilhas do senso comum? Seu uso continuo faz com que aceitem-se muitas “verdades” sem ao menos questioná-las, nem ao menos saber a origem. Impede a pessoa de alcançar novas realidades e interpretações do mundo. Exemplos típicos: os estereótipos, as idéias preconcebidas resultantes de generalizações.

Visões estereotipadas, este alimenta o preconceito. O ideal seria aliar o senso comum a prática científica.

Atividades Leia o texto “ Desatenção civil” da pag.15 e responda as questões abaixo em seu caderno de sociologia. 1) Na sua opinião, as demandas das outras pessoas podem ser uma fonte de dispersão? 2) Dê exemplos de situações em que as pessoas tendem a prestar atenção nos outros , até mesmo em desconhecidos, no cotidiano das grandes cidades.

4) Faça um contraponto entre a análise de Ervin Goffman, que considera a desatençaõ civil um mecanismo de defesa do individuo, para não dispersar, e a de David Riesman, que vê o homem na multidão como um ser solitário, incapaz de estabelecer um diálogo efetivo com o próximo.