A EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Plano de Ação da Segunda Cúpula das Américas, Chile
Advertisements

POMMAR/USAID-Partners
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DOS ASSISTENTES SOCIAIS
DIRETRIZES OPERACIONAIS PARA EDUCAÇÃO BÁSICA NAS ESCOLAS DO CAMPO
Declaração e Programa de Ação de Viena (1993)
Profª Simone Cabral Marinho dos Santos
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
Programa de Ética e Cidadania
PROGRAMA de Educação pelo Trabalho para a Saúde – PET/SAÚDE/UFPE
Resolução n°51 EJA e ECONOMIA SOLIDÁRIA. Formação de Educadores Ministério da Educação Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade.
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS
Comissão de Educação dos Profissionais
BREVE HISTÓRICO: Plano de Ação de Viena em 1993;
O PNEDH E OS DESAFIOS PARA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
21/09/2004 O papel da Universidade no Sistema Nacional de Direitos Humanos O papel da Universidade no Sistema Nacional de Direitos Humanos Breve histórico.
Capacitação de Comitês de Educação em Direitos Humanos 30 e 31 de agosto 01 e 02 de setembro.
Capacitação de Comitês Estaduais de Educação em Direitos Humanos.
Coordenação Geral de Educação em Direitos Humanos
Educação em Direitos Humanos Educação Não-Formal
Transversalidade dos Direitos Humanos
INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO AMBIENTAL
I- Concepção de Educação
A Construção de Políticas Públicas em Gênero e Raça
- Universidade e sociedade - A extensão universitária - Graduação e extensão
POLÍTICA ESTADUAL DE GESTÃO DO TRABALHO E DA EDUCAÇÃO NA SAÚDE - PGETS
PNEDH e compromisso do Estado
SÉCULO XX.
CONTAG Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura
ASSESSORIA DE FORMAÇÃO
CONAE 2014 – Conferência Nacional de Educação
EIXO II – EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE: JUSTIÇA SOCIAL, INCLUSÃO E DIREITOS HUMANOS Ementa Justiça social, Direitos humanos, diversidade e educação. Direitos.
Apresentação dos Conteúdos Programáticos
V Congresso Internacional
“Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos – PNEDH”.
Plano de Trabalho Docente
PERGUNTA-SE As escolas dão a devida atenção aos CONSELHOS DE CLASSE?
Superintendência de Recursos Humanos da Saúde
LICENCIATURA EM LETRAS-PORTUGUÊS UAB – UNB
Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar - CONDRAF Grupo Temático: Educação do Campo.
Conafor: perspectivas para o papel do Comfor na implementação e consolidação da Política Nacional de Formação Inicial e Continuada de Profissionais.
CONFERÊNCIA NACIONAL DE EDUCAÇÃO 2010 EIXO VI – JUSTIÇA SOCIAL, EDUCAÇÃO E TRABALHO: INLCUSÃO, DIVERSIDADE E IGUALDADE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E CONTEXTUALIZAÇÃO.
EIXO - 02 – SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO, CULTURA E ECONOMIA SOLIDÁRIA: PERSPECTIVAS PARA UM OUTRO MODELO DE DESENVOLVIMENTO. Utopia Concreta1 –
em Educação em Direitos Humanos
A FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO: CURRÍCULO DE ENFERMAGEM
SEMINÁRIO DE COMUNICAÇÃO, EDUCAÇÃO E MOBILIZAÇÃO EM VIGILÂNCIA SANITÁRIA Brasília, dezembro de 2005.
CONFERÊNCIA NACIONAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA “Democratização da Gestão e Qualidade Social da Educação” Dr. Luiz F. Dourado -UFG Brasília,
Projeto Institucional das escolas Salesianas
Universidade Federal de Uberlândia
GESTÃO DEMOCRÁTICA E QUALIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA: UM DESAFIO DOS CONSELHOS DELIBERATIVOS DA COMUNIDADE ESCOLAR.
DIREITOS HUMANOS, VIOLÊNCIA E COTIDIANO ESCOLAR
LIDERANÇA E GESTÃO DE PESSOAS
MARIA DO SOCORRO VEIGA DA SILVA ODALÉIA DO SOCORRO FERREIRA VIANA
LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL
PENSANDO O LIVRO DIDÁTICO E SUAS IMPLICAÇÕES NO ENSINO DE HISTÓRIA
O Futuro da Licenciatura a partir das normativas do Ensino Médio
REESTRUTURAÇÃO CURRICULAR DOS CURSOS TÉCNICOS
Edital n° 3/2009 Resolu ç ão FNDE n° 51 de 15 de dezembro de 2008.
Seminário de Capacitação das Equipes dos Serviços de Atendimento ao Cidadão em matéria de Direitos Humanos Brasília, 20 a 23/06/2006 Seminário de Capacitação.
Bahia 2008 Superintendência de Recursos Humanos da Saúde Diretoria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde Estratégia para Fortalecimento da Gestão.
Composição dos Conselhos de Assistência Social
FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
DIDÁTICA A inter-relação da Educação com a Licenciatura, a Pedagogia e a Didática Objetivos: Estabelecer relações entre Educação, Licenciatura e Pedagogia.
I ENCONTRO NACIONAL DE JOVENS GAYS E AIDS DA ARTAGAY JOVEM ‘Construindo uma agenda política, para uma juventude sem AIDS e livre da homofobia’ 27 de maio.
Ministério da Educação Secretaria de Educação Básica
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação
DIRETOR DA ESCOLA PÚBLICA: PAPEL ESSENCIAL NA ARTICULAÇÃODO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA  
O PT, o Estado e as políticas públicas para a igualdade de gênero Vera lúcia bertoline (65)
Tendências atuais ou pós LDB: interacionistas/ cognitivistas
Educação em Direitos Humanos. PNEDH e compromisso do Estado Compromisso do Estado brasileiro com a garantia dos DH construção histórica de especialistas.
EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS: perspectivas internacional e nacional Virgínia Feix Mestre em Direito Coordenadora da Cátedra de Direitos Humanos/Centro.
Transcrição da apresentação:

A EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS Na América Latina No Brasil

NATUREZA HISTÓRICO-SOCIAL DA EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS A educação em direitos humanos na América Latina é uma prática jovem (...) Começa a se desenvolver coincidentemente com o fim de um dos piores momentos da repressão política na América latina e conquista certo nível de sistematização na segunda metade da década e dos 80. (BASOMBRIO apud CANDAU, 1999, p. 63) Surge, no contexto das lutas e movimentos sociais de resistência contra o Autoritarismo dos Regimes Ditatoriais. Sua origem é comum na A. Latina - Buscar ações de defesa e denúncia de violações de direitos humanos na vida cotidiana de forma sistemática. As primeiras experiências de educação em direitos humanos segundo os registros do Conselho de Educação em Direitos Humanos da América Latina – CEAAL e do Instituto Interamericano de Direitos Humanos – IIDH, concretizam-se através de experiências de educação popular e de educação formal, voltadas para a luta contra os regimes autoritários, a luta, a conquista e a construção de processos democráticos. Como ressalta Benevides, a educação para a cidadania democrática é uma estratégia política central na construção de uma cidadania democrática. “Sem educação não há cidadania”. Acrescenta a autora citando Anísio Teixeira: “nascenos desiguais, nascemos ignorantes, e, portanto, nascemos escravos. É a educação que pode mudar.” ( BENEVIDES, 1997,p.12). Um marco ético-político que serve de crítica e orientação (real e simbólica) em relação às diferentes práticas sociais (jurídica, econômica, educativa, etc) na luta nunca acabada por uma ordem social mais justa e livre. (SALVAT, apud Op.cit.,1999, p. 272)

Objetivos da Educação em Direitos Humanos Afetar a naturalidade e normalidade das violações; Ter uma intervenção sistemática na formação de valores e hábitos; Fortalecer as estratégias dos movimentos e a dimensão axiológica da ação transformadora; Promover o pluralismo e o regime democrático e erradicar o autoritarismo;

Abordagem Histórico-Crítica da Educação e das Práticas A educação se constitui num espaço político-pedagógico e de liberdade onde os homens preocupados em se situar podem lutar por uma existência mais autêntica e uma sociedade mais justa (...) há uma luta no interior da educação e do sistema escolar entre a necessidade de transmissão de uma cultura existente (ciência, valor, ideologia) que é a tarefa conservadora da educação e a necessidade de criação de uma nova cultura que é a tarefa revolucionária da educação. (GADOTTI, ibid., p. 21) A educação em direitos humanos demanda uma reflexão sobre o processo educativo numa perspectiva crítico-social, envolvendo nessa análise, princípios que norteiam essa proposta distinta de educação, com seus respectivos objetivos, sua relação com a cultura e o cotidiano, o projeto de sociedade com a qual está vinculado, a relação entre o método e a prática. A educação é tanto um processo de criação, recriação ou produção de cultura e de formas de relações, é um caminho privilegiado para a construção de um modo de convivência que permite alcançar as aspirações mais elevadas do homem, o advento de um mundo e que os seres humanos, liberados do temor e da miséria, desfrutam a liberdade de palavras e da liberdade de crenças. (NAHMÍAS apud NUEVAMERICA, 1998) Uma prática essencialmente política e comprometida com a promoção, a proteção e a defesa dos direitos individuais, coletivos de toda a humanidade.

Princípios da Educação em Direitos Humanos 1.Incorpora a visão crítica e política de educação; 2. Promove uma ética e uma cultura democrática 3. Cria multiplicidades de possibilidades de ações e metodologias de ação; 4. Permeia e atravessa as relações de poder 5. Desenvolve-se de modo desigual na construção do processo de democratização social 6. Potencial crítico e transformador da realidade pedagógica, da realidade social e institucional 7. Atravessa os conteúdos e as práticas educacionais e sociais, ressignificando os métodos, os conteúdos, as relações, os projetos de vida e de trabalho, o clima e a cultura. 8. Flexibiliza a interrelação entre temas e conteúdos 9. Promove o diálogo intercultural 10. Permeia e atua no cotidiano 11. Possibilita a construção e formação de sujeitos de direitos 12. Integraliza as concepções históricas dos direitos humanos 13.Adota os princípios metodológicos da educação popular 15. Promove a educação para a justiça social e a paz 16.Serve de crítica e orientação às práticas e relações 17. Compromisso com a humanidade 18. Incorporar os distintos espaços institucionais como forma de democratização das relações.

As Dimensões da EDH Educativo-Cultural – constrói novos modos de pensar, sentir, agir e relacionar-se; promove uma educação intercultural; forma pessoas como agentes culturais; afeta a cultura na medida em que faz uma crítica aos costumes e forma hábitos e atitudes; valoriza processos comunicativos; constrói compromisso moral; proporciona a formação de uma consciência dos valores; transmite saber sobre os direitos e deveres de modo a construir uma consciência cidadã, promove uma cultura legal; desvela os problemas sociais na perspectiva de seus fatores determinantes; ensina a respeitar o outro com suas diferenças; educa para a pluralidade; promove a afirmação da identidade;

Ético-Social – Promove uma ética do público e da solidariedade; promove sentidos para a vida social; abre novos horizontes e janelas; erradica o autoritarismo, constrói um clima democrático; desvela e critica a indiferença e o alheamento; sensibiliza para relação com o outro; cria a mentalidade de que o homem enquanto ser universal é um bem da humanidade; cria novos modos de convivência social; faz entender o sentido universal da liberdade e da igualdade; cria um pacto de amor com a humanidade; exercita a tolerância;

Político-Educativa – concebe uma metodologia multidimensional; provoca mudanças para que se supere e rejeite as violações; potencializa uma atitude questionadora; desvela a necessidade de introduzir e se comprometer com mudanças; gera tensão; exercita a autonomia; gera a indignação; produz mudanças políticas; desenvolve atitudes pessoais e grupais mobilizadoras; articula o cotidiano; concebe os sujeitos da ação como agentes de saber e ação; desenvolve uma pedagogia da co-responsabilidade; cria vínculos;

Jurídico-Educativa - ensina a usa a lei para auto-proteção e a proteção do grupo e dos ideiais e projetos de sociedade; capacita o sujeito para o exercício da conquista da defesa dos direitos humanos e de cidadania.

MARCO PROTETIVO INTERNACIONAL DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS - 1948 CONFERÊNCIA DE VIENA 1993 – Plano Mundial de Ação para Educação em prol dos Direitos Humanos e da Democracia PACTO DOS DIREITOS ECONÔMICOS, SOCIAIS E CULTURAIS - 1996 DECLARAÇÃO DO MÉXICO SOBRE EDDH NA AMÉRICA LATINA E NO CARIBE - 2001 CONFERÊNCIA MUNDIAL CONTRA O RACISMO, A DISCRIMINAÇÃO RACIAL, A XENOFOBIA E FORMAS CORRELATAS DE INTOLERÂNCIA - 2001

MARCO PROTETIVO NACIONAL DA EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 PARÂMETROS CURRICULARES DA EDUCAÇÃO LEI DE DIRETRIZES DE BASES DA EDUCAÇÃO PROGRAMA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS I E II PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS - DÉCADA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS – 1995/2004 LEI DE CRIAÇÃO DO COMITÊ NACIONAL DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS – JULHO 2003 LANÇAMENTO DA PRIMEIRA VERSÃO DO PLANO - 10 DE DEZEMBRO DE 2003 ENCONTROS ESTADUAIS DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS – JUNHO A AGOSTO DE 2005.

OBJETIVOS DOS ENCONTROS ESTADUAIS DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS Revisão do PNEDH Articulação e Mobilização de Atores Sociais e Institucionais Construção de um Coletivo Estadual Processo de Mobilização para a construção de Planos Estaduais Audiências Públicas

PÚBLICO Gestores, Educadores, alunos dos diversos níveis de ensino, sindicatos e conselhos; Academias de polícias, escolas de Magistratura, Ministério Público e Defensoria, Associações e Fóruns; Conselhos e entidades de Direitos Humanos Conselhos e Associações Profissionais Comissões e Redes Núcleos de Direitos Humanos Entidades da Sociedade Civil Mídia

ÁREAS DO PLANO EDUCAÇÃO BÁSICA ENSINO SUPERIOR EDUCAÇÃO NÃO – FORMAL EDUCAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DOS SISTEMAS DE JUSTIÇA E SEGURANÇA EDUCAÇÃO E MÍDIA

Educação Básica Papel fundamental da Escola; Articula o respeito às diferenças de gênero, étnicas, geracionais, orientações sexuais, religiosas, origem social; Articula dimensões cognitivas, subjetivas, práticas individuais e coletivas; Educação intercultural Diálogo inter-religioso; Leitura crítica dos preconceitos e estigmas; Atravessa conteúdos, currículo, projetos político-pedagógicos; Atravessa processo de gestão e participação; Informa direitos e deveres; Exercita o protagonismo social

Ensino Superior Reafirma a função social da Universidade; Promove uma cultura democrática; Compromisso com políticas de inclusão social; Subsidia a atuação da Universidade nas esferas públicas da cidadania; Articula ensino, pesquisa e extensão; Exercita níveis de multi, inter e transdisciplinaridade; Atravessa conteúdos e projetos político-pedagógicos; Articulação com os órgãos de defesa; Fortalecimento dos movimentos sociais.

Educação e Mídia A mídia como espaço de produção de valores, opiniões e atitudes; Espaço de informação e socialização; Crítica social Espaço de denúncia e controle social Leitura crítica da mídia; Articulação com os profissionais e associações da área Articulação com empresários da área Produção de material educativo; Campanhas Debate Social.

Educação Não-Formal Modo estratégico dos atores sociais; Promove a formação de sujeitos para o exercício da cidadania ativa; Cria uma cultura política junto a sociedade; Faz interagir saber popular e científico; Considera linguagens e métodos distintos; Considera os diferentes recortes; Promove a capacitação de atores sociais; Produz processos de lutas; Cria protagonismo social.

Educação dos Profissionais de Justiça e Segurança Prepara os agentes públicos para a função no Estado Democrático de Direito; Combate e previne a violação dos Direitos Humanos; Atravessa conteúdos, disciplinas e projetos de pesquisa e intervenção; Considera distintas dimensões; Fundamenta-se nos princípios contidos nos mecanismos de proteção; Promove o diálogo com os órgãos de defesa; Capacita para resolução pacífica de conflitos e crises; Socializa as informações sobre a política nacional de Direitos Humanos; Promove uma cultura de paz e cidadania Articula o respeito aos direitos humanos com a função profissional.

SEDH – Coordenação Geral de EDDH Esplanada dos Ministérios – Bloco T – Anexo II – S. 203 CEP 70 064 901 – Brasília – DF F: (61)3 429 3624 Fax: (61)3 226 7695 maria.zenaide@sedh.gov.br http://www.presidencia.gov.br/sedh