Orientadora: Dra. Thereza Christina Ribeiro

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Orientadora: Dra. Thereza Christina Ribeiro
Transcrição da apresentação:

Orientadora: Dra. Thereza Christina Ribeiro Monografia apresentada ao Programa de Residência Médica em Pediatria do Hospital Regional da Asa Sul (HRAS)/SES/DF PERFIL CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO DO PACIENTE COM ADENOMEGALIA ATENDIDO NO AMBULATÓRIO DE INFECTOLOGIA PEDIÁTRICA DO HOSPITAL REGIONAL DA ASA SUL SUZANA COSTA REIS Orientadora: Dra. Thereza Christina Ribeiro www.paulomargotto.com.br Brasília, 09 de novembro 2011

INTRODUÇÃO Linfadenopatia: doença dos gânglios linfáticos; Adenomegalia: aumento dos linfonodos: Queixa frequente de anamnese e achado comum de exame físico. Criança frequentemente tem linfonodos palpáveis; Constitui um verdadeiro desafio diagnóstico; Infecções, doenças auto-imunes, medicações até neoplasia. Anamnese e exame físico criteriosos. O sistema linfóide cresce rapidamente durante a infância e atinge o dobro do tamanho adulto no início da adolescência. A partir dessa fase, inicia a regressão, alcançando a maturidade por volta de 20 a 25 anos. Linfadenopatia é definida como doença dos gânglios linfáticos, seja por alteração do tamanho e/ou da consistência de um linfonodo ou grupo de linfonodos. Esse termo é comumente usado para designar linfonodomegalia ou adenomegalia, que é o aumento dos linfonodos. Linfadenopatia é extremamente comum na faixa etária pediátrica e representa um processo benigno em aproximadamente 80% dos casos. Em contraste, nos adultos, mais frequentemente reflete doença grave. Criança frequentemente tem linfonodos palpáveis, pois seu sistema imunológico está sendo ativado por antígenos ambientais e por microorganismos aos quais são comumente expostos. Os linfonodos são estruturas que após uma grande variedade de estímulos patológicos podem responder com inflamação e hiperplasia. Rubinstein E, Levi I, Rubinovitch B. Lymphadenopathy. In: Cohen, Infectious Diseases. 3ª ed. Philadelphia-PA: Mosby. 2008.

INTRODUÇÃO Prevalência varia de acordo com a idade e localização: Linfonodos começam a ser palpáveis próximo da 6ª semana de vida; Considera-se normal - linfonodos: até 2 cm => cervical; até 1 cm => axilar; até 1.5 cm => inguinal; indolores, não aderentes e elásticos em crianças saudáveis. Adenopatias supraclavicular e epitroclear são incomuns em qualquer idade; Em neonatos, os linfonodos são normalmente impalpáveis. Sobrinho JG, Oliveira CG. Adenomegalias. In: Sociedade Brasileira de Pediatria, Tratado de Pediatria. 1ª ed. São Paulo-SP: Manole. 2007.

INTRODUÇÃO Hemograma, VHS, PPD, radiografia de tórax, sorologias, US Geralmente são benignas, auto-limitadas e não necessitam de investigação laboratorial e tratamento; Seguimento clínico: 2- 4 semanas; Valorizar: Evolução prolongada, aderentes, duros, indolores, aumento progressivo, sem sinais inflamatórios, localização não habitual, período neonatal, hepatoesplenomegalia, perda ponderal. Hemograma, VHS, PPD, radiografia de tórax, sorologias, US e biópsia. Sobrinho JG, Oliveira CG. Adenomegalias. In: Sociedade Brasileira de Pediatria, Tratado de Pediatria. 1ª ed. São Paulo-SP: Manole. 2007. Mcclain KL, Fletcher RH. Approach to the child with peripheral lymphadenopathy. UpToDated. 2011.

OBJETIVOS Definir dados clínicos e epidemiológicos dos pacientes com adenomegalia atendidos em ambulatório de referência do DF;  Correlacionar os resultados obtidos com os dados da literatura, buscando avaliar as dificuldades no manejo desta patologia para definição diagnóstica e prognóstico. Diante da diversidade etiológica desta doença e de sua freqüência na prática clínica do pediatra, o trabalho tem como objetivo definir o perfil clínico e epidemiológico dos pacientes atendidos em ambulatório de referência do Distrito Federal localizado no Hospital Regional da Asa Sul, correlacionando dados encontrados com a literatura e avaliando as dificuldades no manejo desta patologia.

MATERIAL E MÉTODOS Estudo descritivo retrospectivo; Crianças com diagnóstico de adenomegalia; Ambulatório de Infectologia Pediátrica do HRAS; Referência para o encaminhamento de pacientes com adenomegalia; Realizados em média 73 atendimentos por mês. Período de 05 de janeiro de 2007 a 15 de julho de 2011.

PROTOCOLO DE PESQUISA – ADENOMEGALIA MATERIAL E MÉTODOS Os prontuários médicos foram analisados pelo mesmo pesquisador, visando identificar as variáveis definidas, e evitar viés de aferição. Protocolo de pesquisa foi elaborado com dados: Epidemiológicos gênero, faixa etária e procedência Clínicos localização, características, etiologia e evolução ANEXO 1: PROTOCOLO DE PESQUISA – ADENOMEGALIA -NOME:________________________________________________ Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino Procedência:_______________________ Data de nascimento: ____/____/_______ Idade na 1ª consulta: _______Data da 1ª consulta: ____/____/____ - LOCALIZAÇÃO: ( ) Regional ou localizada: ( ) Cervical ( ) Retro-auricular ( ) Pré-auricular ( ) Axilar ( ) Submandibular ( ) Supraclavicular ( ) Inguinal ( ) Epitroclear ( ) Poplíteos ( ) Torácica ( ) Occipital ( ) Generalizada - CARACTERÍSTICAS: ( ) Com sinais flogísticos ( ) Sem sinais flogísticos - ETIOLOGIA: ( ) Adenomegalia reacional ( ) Adenite ( ) Mononucleose infecciosa ( ) Síndrome Mononucleose-like: ( ) Confirmado com sorologia ou monoteste ( ) Não confirmado ( ) Toxoplasmose adquirida ( ) Citomegalovírus ( ) Reação adversa à BCG: ( ) Indicação de isoniazida ( ) Remissão do quadro ( ) Doença da Arranhadura do gato ( ) Resolvidas ( ) Outras: ___________________________________________ -INDICAÇÃO DE BIÓPSIA GANGLIONAR: ( ) Biópsia ( ) Não biópsia -EVOLUÇÃO: ( ) Remissão do quadro ( ) Internação ( ) Encaminhamento

DELINEAMENTO DO ESTUDO CRITÉRIOS DE INCLUSÃO: Pacientes com adenomegalia atendidos na 1ª consulta no local e período citados que preencheram os critérios do protocolo elaborado.  CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO: Prontuários com dados incompletos, exceto quanto ao dado de procedência; Diagnóstico de toxoplasmose adquirida sem registro de adenomegalia; Diagnósticos diferenciais: Infecção ou cálculo de glândulas salivares, lipoma, cisto dermóide, linfangioma, cisto de ducto tireoglosso e hemangioma. Infecção ou cálculo nas glândulas salivares, Anomalias congênitas (cisto de fenda branquial, higroma cístico, cisto de ducto tireoglosso), Nódulo de tireóide, Edema de tecidos moles pós trauma, Hematoma, Hérnia inguinal, Hemangioma, Linfangioma, Lipoma, Cisto dermóide. Encontrado e excluídos do estudo: infecção ou cálculo nas glândulas salivares, lipoma, cisto dermóide, linfangioma, cisto de ducto tireoglosso e hemangioma.

DELINEAMENTO DO ESTUDO  ASPECTOS ÉTICOS: Estudo realizado após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da Secretária de Saúde do DF, tendo como base a Resolução 196/96 CNS/MS, registrado com protocolo 307/2011 aprovado em 09 de agosto de 2011; O protocolo de pesquisa foi armazenado em arquivo no HRAS, onde apenas os pesquisadores têm acesso.

RESULTADOS e DISCUSSÃO Realizados 4047 atendimentos; 20% desta amostra de pacientes com adenomegalia, contabilizando os retornos dos pacientes. Analisados 408 prontuários associados ao diagnóstico de adenomegalia: Excluídos 25 pacientes (6%); Critérios de inclusão preenchidos em 383 pacientes. A incidência precisa de linfadenopatia não é conhecida. Estimativas de adenopatia na infância, nos Estados Unidos, variam de 38 a 45%.

Sexo não influencia na linfadenopatia na infância Sexo não influencia na linfadenopatia na infância. Maior prevalência do sexo masculino em relação feminino (1,5 : 1). FIGURA 1- Distribuição por gênero dos pacientes com adenomegalia atendidos no ambulatório de Infectologia Pediátrica do HRAS no período de 05 de janeiro de 2007 a 15 de julho de 2011. FONTE: Protocolo de pesquisa.

Os maiores tamanhos ganglionares são observados nas crianças entre 4 e 8 anos. A faixa etária mais prevalente neste estudo foi o pré-escolar o que condiz com dados da literatura. No período neonatal, se aceita que nenhum gânglio deva ser palpável. FIGURA 2 - Distribuição por faixa etária dos pacientes com adenomegalia atendidos no ambulatório de Infectologia Pediátrica do HRAS no período de 05 de janeiro de 2007 a 15 de julho de 2011. FONTE: Protocolo de pesquisa.

FIGURA 3- Distribuição por procedência dos pacientes com adenomegalia atendidos no ambulatório de Infectologia Pediátrica do HRAS no período de 05 de janeiro de 2007 a 15 de julho de 2011. FONTE: Protocolo de pesquisa.

FIGURA 4- Distribuição por regiões dos pacientes com adenomegalia atendidos no ambulatório de Infectologia Pediátrica do HRAS no período de 05 de janeiro de 2007 a 15 de julho de 2011. FONTE: Protocolo de pesquisa.  

FIGURA 5- Distribuição no DF dos pacientes com adenomegalia atendidos no ambulatório de Infectologia Pediátrica do HRAS no período de 05 de janeiro de 2007 a 15 de julho de 2011. FONTE: Protocolo de pesquisa.  

Generalizada - Foi encontrada 64 pacientes (17%). Causas: Infecções virais (incluindo EBV e CMV) e bacterianas são as mais comuns. Uso de certas medicações, HIV (axilar, cervical e occipital – na fase aguda), tuberculose miliar e lúpus eritematoso sistêmico (fase aguda ou exarcebação) Não foram observadas nesse estudo causas relacionadas a estas patologias. Diagnósticos diferenciais: Neoplasias (doença de Hodgkin, linfoma não-Hodgkin, neuroblastoma, leucemia linfocítica aguda, leucemia mielóide aguda e rabdomiossarcoma) Em nosso estudo foi encontrado 1 paciente com doença de Hodgkin (0.2%) Baixa a incidência de doenças malignas FIGURA 6 - Distribuição quanto à classificação das adenomegalias dos pacientes atendidos no ambulatório de Infectologia Pediátrica do HRAS no período de 05 de janeiro de 2007 a 15 de julho de 2011. FONTE: Protocolo de pesquisa.  

POSTERIOR: raramente é associada a doenças significativas em criança. Adenomegalias da região cervical são as mais freqüentemente encontradas na infância. ANTERIORES:estão associados à variedade de infecções da cabeça e pescoço e infecções sistêmicas como toxoplasmose, EBV e CMV.Apenas ¼ dos pacientes com gânglio cervical tem outra doença grave, na grande maioria por micobactérias. POSTERIOR: raramente é associada a doenças significativas em criança. Houve concordância com a literatura já que no estudo realizado foi encontrado 65% das adenomegalias na região cervical. Linfadenopatia axilar: Infecções, incluindo doença da arranhadura do gato, são causas comuns No estudo foi encontrado adenopatia axilar em 33 pacientes (8.6%). Adenopatia supraclavicular e epitroclear: são incomuns em qualquer idade. LINFADENOPATIA SUPRACLAVICULAR: alto risco de malignidade (até 75%) em crianças. À DIREITA: associada ao câncer dos gânglios linfáticos do mediastino. – À ESQUERDA: sugere malignidade intra-abdominal, na grande maioria linfoma. 18 pacientes (4.7%) apresentavam gânglio supraclavicular.10 pacientes (2,6%) possuíam outras cadeias palpáveis associadas e 8 pacientes (2%) possuíam apenas os gânglios localizados. GÂNGLIO EPITROCLEAR: É frequentemente patológico em crianças. Diagnóstico diferencial inclui infecções do antebraço ou mão, leucemia, linfoma e infecções por micobacterias atípicas. Palpável em somente 3 pacientes (0.8%) sendo em 2 pacientes associado a outras cadeias ganglionares e em 1 paciente gânglio localizado. Linfadenopatia inguinal: Geralmente não está associada a uma etiologia específica, exceto em gânglios muito grandes (maior que 3 cm). Foram encontrados nesse estudo, 12 pacientes (3%) da amostra total com adenopatia inguinal de tamanho reduzido. FIGURA 7- Distribuição quanto à localização das adenomegalias dos pacientes atendidos no ambulatório de Infectologia Pediátrica do HRAS no período de 05 de janeiro de 2007 a 15 de julho de 2011. FONTE: Protocolo de pesquisa.  

FIGURA 8- Distribuição quanto às características das adenomegalias dos pacientes atendidos no ambulatório de Infectologia Pediátrica do HRAS no período de 05 de janeiro de 2007 a 15 de julho de 2011. FONTE: Protocolo de pesquisa.  

FONTE: Protocolo de pesquisa. Linfadenopatia é extremamente comum na faixa etária pediátrica e representa um processo benigno em aproximadamente 80% dos casos. Mais prevalentes do estudo: -Adenomegalia reacional, benigna e auto-limitada em 41% dos pacientes; -Adenite em 24%. Região cervical é mais comum na infância. Regride espontaneamente na maioria das crianças ao longo de várias semanas. Aguda bilateral geralmente é manejada de forma conservadora: benignos e auto-limitados. Se há suspeita de infecção bacteriana => tratamento com antimicrobiano. A drenagem cirúrgica é necessária se houver formação de abscesso sem regressão ou drenagem espontânea. Uso de glicocorticóide deve ser evitado antes da realização do diagnóstico definitivo: Pode mascarar ou retardar o diagnóstico histológico de leucemia ou linfoma. -Toxoplasmose adquirida: É sintomática em apenas 10% dos pacientes Linfadenopatia e febre são as manifestações mais comuns.Geralmente é benigna e auto-limitada. Adenopatia é discreta, não supurativa, e pode persistir por meses. Em nosso estudo foi encontrado toxoplasmose adquirida associada a adenomegalia em 21 pacientes (5%). Doença da arranhadura do gato: Geralmente se manifesta após um arranhão ou mordida de gato como linfadenopatia regional. O modo de transmissão é, presumivelmente, o contato direto com o agente causador, principalmente Bartonella henselae. Crianças e adolescentes saudáveis ​​são mais freqüentemente afetados. Linfadenopatia se desenvolve de 1 a 7 semanas após a inoculação. Comumente, uma pápula eritematosa no local de inoculação precede a linfadenopatia que pode durar semanas.Em nosso estudo, essa patologia foi encontrada em 16 pacientes (4%) e todos tiveram regressão do quadro. CMV: A maioria é assintomática ou incaracterística. Quando se expressam clinicamente, o fazem como um quadro mononucleose símile. Na infância é alta a frequencia: Linfonodomegalia cervical (90%) Hepatomegalia e/ou esplenomegalia (80 a 90%). No presente estudo, 10 pacientes (2.6%) tiveram diagnóstico de CMV. FIGURA 9- Distribuição por diagnóstico das adenomegalias dos pacientes atendidos no ambulatório de Infectologia Pediátrica do HRAS no período de 05 de janeiro de 2007 a 15 de julho de 2011. FONTE: Protocolo de pesquisa.

Confirmado mononucleose: Doença de adolescentes e adultos jovens. É caracterizada por febre, faringoamigdalite, linfadenopatia, esplenomegalia e linfócitos atípicos no esfregaço de sangue periférico. Adenopatia cervical está presente em 93% das crianças com mononucleose infecciosa. Suspeitado de mononucleose: 52 pacientes (14%). Confirmado mononucleose: 20 pacientes (38%). FIGURA 10- Pacientes com adenomegalia atendidos no ambulatório de Infectologia Pediátrica do HRAS no período de 05 de janeiro de 2007 a 15 de julho de 2011 que tiveram diagnóstico de Mononucleose confirmada por exame. FONTE: Protocolo de pesquisa.

Reação a BCG: Pouco freqüentes, variando de 0.01 a 3.8% Linfadenite supurativa é a mais comum. Lesão vacinal: Mácula avermelhada => pústula => cicatriz. Tempo dessa evolução: é de 6 a 12 semanas Lesões mais freqüentes são: Úlcera com diâmetro maior que 1 cm; abscesso subcutâneo frio; abscesso subcutâneo quente; linfadenopatia regional supurada e cicatriz quelóide. Os eventos adversos são decorrentes, na maioria dos casos, de técnica incorreta na aplicação da vacina. Deve-se notificar, acompanhar e indicar o uso de isoniazida: úlcera com diâmetro maior que 1 cm; abscesso subcutâneo frio; linfadenopatia regional supurada. Região axilar ipsilateral foi acometida em todos os pacientes com reação a vacina BCG. 4 pacientes (25%) foram encaminhados a Pneumologia Sanitária para iniciar o tratamento. FIGURA 11- Número de pacientes com reação a BCG com indicação de isoniazida FONTE: Protocolo de pesquisa.

Indicações de biópsia: Gânglios supraclaviculares e cervicais inferiores; Gânglios endurecidos e aderidos aos planos adjacentes na ausência de outros sintomas; Radiografia de tórax ou hemograma alterados; Ausência de sintomas infecciosos no ouvido, nariz e garganta; Linfonodos maior 1 cm com aparecimento no período neonatal; Linfonodos maior que 2 cm de diâmetro com aumento de tamanho ou que não responderam a antibioticoterapia por 2 semanas. Crianças com a VHS persistentemente elevada ou ascendente apesar da antibioticoterapia. Sintomas sistêmicos: febre por período superior a uma semanasudorese noturna, perda ponderal maior que 10% do peso corporal; FIGURA 12- Distribuição quanto à indicação de biópsia dos pacientes com adenomegalia atendidos no ambulatório de Infectologia Pediátrica do HRAS no período de 05 de janeiro de 2007 a 15 de julho de 2011. FONTE: Protocolo de pesquisa.  

Hiperplasia reacional em 1 paciente (14%) Literatura: 75 crianças submetidas a biópsia excisional de um ganglio linfático periférico: Hiperplasia reativa em 55%, adenite granulomatosa não caseosa em 21%, doenças malignas em 17%, granuloma caseosos em 7% Nossa pesquisa: Biópsia foi indicada somente em 7 pacientes (2%), dado que condiz com a literatura As biópsias foram bem indicadas, já que a literatura mostra que a hiperplasia reacional é o laudo mais prevalente Hiperplasia reacional em 1 paciente (14%) Com relação a doenças malignas, foi encontrado linfoma difuso de grandes células em 1 paciente (14%) FIGURA 13- Laudos das biópsias dos pacientes com adenomegalia atendidos no ambulatório de Infectologia Pediátrica do HRAS no período de 05 de janeiro de 2007 a 15 de julho de 2011. FONTE: Protocolo de pesquisa.

Linfadenopatia representa um processo benigno em aproximadamente 80% dos casos. No acompanhamento clínico: Remissão do quadro em 369 pacientes (96%), e Encaminhamento para outras especialidades (Imunologia, Otorrinolaringologia, Onco-Hematologia e Pneumologia Sanitária) em 14 pacientes (4%). SEGUIMENTO: Pacientes com linfadenopatia sem sinais de malignidade no exame e na história clínica, podem ser observados por 3 a 4 semanas e tratado empiricamente com antibiótico quando necessário. O tempo médio de acompanhamento clínico das crianças com adenomegalia, no ambulatório de Infectologia Pediátrica foi de 2 a 4 semanas. FIGURA 14- Evolução dos pacientes com adenomegalia atendidos no ambulatório de Infectologia Pediátrica do HRAS no período de 05 de janeiro de 2007 a 15 de julho de 2011. FONTE: Protocolo de pesquisa.  

CONCLUSÕES Perfil clínico e epidemiológico: Masculino; Pré-escolar; Encaminhado das cidades satélites; Adenomegalia localizada em região cervical; Sem sinais flogísticos; Adenomegalia reacional; Sem indicação de biópsia; Com remissão do quadro; Sem necessidade de encaminhamento para outras especialidades.

CONCLUSÕES O pediatra por meio da anamnese e do exame físico, deve estar atento e preparado para suspeitar de doenças mais graves e encaminhar esses casos aos especialistas; A maioria das adenomegalias é reacional, auto-limitada e benigna; A abordagem clínica adequada evita biópsias desnecessárias; Outras patologias tais como HIV, doenças malignas e auto-imunes são causas menos frequentes; A prevalência de tumores malignos entre os pacientes atendidos no contexto de cuidados primários é relativamente baixa.

OBRIGADA