ATUAÇÃO DOS AGENTES DO CONTROLE SOCIAL

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Transcrição da apresentação:

ATUAÇÃO DOS AGENTES DO CONTROLE SOCIAL FISCALIZAÇÃO E CONTROLE SOCIAL DA GESTÃO PÚBLICA NO ESTADO DE GOIÁS ATUAÇÃO DOS AGENTES DO CONTROLE SOCIAL

A discussão do Controle Social na Sociedade Brasileira, a partir da última década, ganha uma dimensão relevante porque com ela estamos discutindo a relação Estado e Sociedade

Participação Cidadã e Controle Social Controle Social é a capacidade que tem a sociedade organizada de atuar nas políticas públicas, em conjunto com o Estado, para estabelecer suas necessidades, interesses e controlar a execução destas políticas.

HISTÓRICO A constituição Federal/88 inova a relação do Estado com a sociedade, tendo por base: a participação de organizações da sociedade na formulação e co-gestão das políticas sociais. Propõe a criação de Conselhos: instâncias de negociação e pactuação das propostas institucionais e das demandas da comunidade.

O PAPEL DOS ÓRGÃOS DO CONTROLE SOCIAL

Os Conselhos são instâncias deliberativas do Sistema Descentralizado e Participativo, constituídos em cada esfera de governo com caráter permanente e composição paritária, isto é, igual número de representantes do governo e da Sociedade Civil.

Os Conselhos são órgãos colegiados de caráter permanente e deliberativo com funções de formular estratégias, controlar e fiscalizar a execução das políticas públicas, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros.

O OBJETIVO DOS CONSELHOS É O CONTROLE SOCIAL DA GESTÃO PÚBLICA PARA QUE HAJA UM MELHOR ATENDIMENTO À POPULAÇÃO.

OS CONSELHOS EXISTEM NAS TRÊS ESFERAS DE GOVERNO Esfera Federal Temos Conselhos Setoriais das Políticas Públicas (Saúde, Educação, Assistência Social, entre outras) e Conselhos de Direitos com seus respectivos Fundos implementados. Esfera Estadual Os Conselhos Estaduais de Políticas Públicas (saúde, educação e Assistência Social entre outras) estão funcionando em todas as 27 (vinte e sete) unidades federadas com Fundos implementados. Esfera Municipal Na maioria dos municípios estes Conselhos também estão criados

A proliferação destes conselhos representa um aspecto positivo ao criar oportunidades para a participação da sociedade na gestão das políticas públicas. Entretanto, há que se avaliar o funcionamento efetivo e a eficácia da atuação destes conselhos.

Funcionamento dos conselhos Para que o Conselho funcione adequadamente, algumas condições são necessárias: Que o conselho tenha Legitimidade Que o Conselho seja Representativo Que sua atuação tenha Efetividade e Eficácia

PARA QUE O CONSELHO TENHA LEGIMITIVIDADE Em geral há maior legitimidade nos conselhos cuja criação foi efetivada a partir de um processo de discussão ou de mobilização social. A relação do Conselho com o órgão gestor depende: - da forma como foi constituído; - do grau de representatividade dos seus membros; - de como está organizado; - da atitude do poder público (os conselhos são canais de participação onde o poder é compartilhado) Síntese - há uma forte relação entre o funcionamento dos Conselhos e como foi o seu processo de formação.

PARA QUE O CONSELHO TENHA REPRESENTATIVIDADE É NECESSÁRIO QUE O CONSELHO: Não se distancie da entidade ou movimento que o indicou. Represente e defenda os interesses da sociedade, ou seja, o conselheiro não deve se limitar à defesa dos interesses específicos da entidade ou movimento que representa. Atue como interlocutor de suas bases, levando ao conselho as suas demandas e retornando com as decisões de interesses das bases. Que os representantes governamentais tenham poder de decisão.

PARA O CONSELHO TER EFETIVIDADE E EFICÁCIA É PRECISO: paridade - quali-quantitativa; funcionamento regular representatividade e capacidade de mobilização social para que a deliberação se concretize capacidade de articulação respeitabilidade: - seja reconhecido pela sociedade como órgão de defesa do interesse público - não seja visto pelo poder público como órgão para referendar iniciativas governamentais e cumprir exigência legal no repasse dos recursos

A EFICÁCIA DE UM CONSELHO É MEDIDA: pelo conhecimento da máquina administrativa. regularidade das reuniões. participação do orçamento. formulação de propostas e deliberações. capacidade de articulação e de mobilização social.

O EXERCÍCIO DO CONTROLE SOCIAL EXIGE: Socialização de Informações. Acompanhamento e Fiscalização das Ações Governamentais. Controle do Orçamento Público Fiscalização dos Fundos Públicos. Avaliação do desempenho das Políticas Públicas. Realização de Reuniões Abertas Realização de audiências, assembléias e fóruns para ampliar a participação da sociedade no controle das Políticas Públicas.

ALGUNS DESVIOS NA TRAJETÓRIA DOS CONSELHOS Apesar da lei determinar o caráter deliberativo desses conselhos, em geral, denotam um caráter eminentemente consultivo. Dificuldade e resistência do poder público em permitir a publicização do Estado: - transparência e socialização de informações fundamentais para que os conselhos exerçam o controle social.

ALGUNS DESVIOS NA TRAJETÓRIA DOS CONSELHOS Ausência de esquemas próprios de divulgação e comunicação com a Sociedade - A Visibilidade e Transparência dos Conselhos. Autonomia - Na prática dos Conselhos, fica evidente a dependência quanto as condições administrativas, financeiras e técnicas.

CONDIÕES PARA O FORTALECIMENTO DOS CONSELHOS Autonomia - infra-estrutura (espaço físico e secretaria executiva, dotação orçamentária) e condições de funcionamento autônomo. Transparência e socialização de informações - para controlar o orçamento e os gastos públicos Visibilidade - divulgação e publicização das ações do Conselhos. Integração - criar estratégias de articulação e integração do Conselho -através de agendas comuns e fóruns mais amplos- que contribuam para superar a setorização e a fragmentação das políticas públicas.

CONDIÕES PARA O FORTALECIMENTO DOS CONSELHOS Articulação - dos conselhos com outras instâncias de Controle Social como os Fóruns e Comissões Temáticas ampliando a participação da sociedade no Controle Social das Políticas Públicas. Capacitação Continuada dos Conselhos - desenvolver um processo contínuo de formação dos Conselheiros - instrumentalizando-os para o efetivo exercício do controle social