Giolo, J. Educação & Sociedade, Campinas, v. 31, n. 113, p. 1271-1298, out.-dez. 2010.

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Transcrição da apresentação:

Giolo, J. Educação & Sociedade, Campinas, v. 31, n. 113, p , out.-dez

Resumo O artigo aborda a educação a distância brasileira no contexto da expansão da educação superior, verificada depois da LDB/1996. O foco da análise são as ações do Estado e o contraponto político da iniciativa privada, donde derivam três grandes tensionamentos: a prevalência do privado sobre o público; o problema da qualidade; e as controvérsias a respeito do modelo de EaD assumido pelo Brasil.

Evolução Educação Superior Brasileira

Início da Ead no Brasil Os primeiros movimentos por parte do Estado para implantar redes de educação a distância ocorreram em 1995 com o objetivo de atingir rápida e massivamente os professores que não possuíam a formação adequada para o equacionamento do ensino obrigatório. A iniciativa privada privilegiou também esta área

Divisão Ead por categoria administrativa

Evolução dos cursos de Ead

Evolução matrículas Ead

Áreas de predileção da EaD Em 2007, 58% das matrículas da Ead eram de cursos de licenciatura (um terço de todos os estudantes de pedagogia estavam nesta modalidade); Em 2010, 46% das matrículas da Ead eram de cursos de licenciatura, enquanto que no ensino presencial, apenas 17% são de licenciandos.

Ação Política em favor da EaD Em 1995 foi criada a ABED (Associação Brasileira de Educação a Distância), que segundo o autor sempre teve seu foco central de atuação na área política, com a intenção de influenciar o debate sobre a nova LDB. A ata de uma assembleia realizada em 2001 dizia: “as questões técnicas da EaD estão na dependência das questões políticas”. Além da ABED, foi criada em 1999 uma frente parlamentar de apoio à Educação a Distância com 62 deputados e 2 senadores. O autor atribui a estas influências a tímida regulamentação inicial da EaD. Que seria o melhor dos mundos para a iniciativa privada.

Tensões entre o público e o privado 1 – A prevalência do privado sobre o público O universo privado vem “seduzindo” o setor público. O efeito desta sedução é a montagem de fundações privadas. Além disso, universidades como a Udesc e a Unitins formaram parcerias com municípios para dar cursos (principalmente de pedagogia) cobrando dos alunos. A justiça mandou devolver o dinheiro pago.

Tensões entre o público e o privado 2 – O problema da qualidade A partir de 2007 as ações do MEC se tornaram mais avaliativas e propositivas e receberam respostas da ABED que questionavam a necessidade das avaliações.

Tensões entre o público e o privado 3 – O modelo de EaD A normatização número 40 de 12 de dezembro de 2007, fez parecer aos olhos da iniciativa privada a institucionalização de um modelo de EaD para o Brasil. Em 2008 o presidente da ABED publicou um texto em que questionava as exigências de cursos semipresenciais e a existência de bibliotecas, dizendo: “O MEC tem o direito e a liberdade de proceder assim no seu próprio programa, mas não pode obrigar toda sociedade a fazer o mesmo”.

Conclusão Ao final do artigo, o autor diz que o crescimento da EaD parece fora de controle e imune às políticas regulatórias. Diz também que se amplia o coro dos insatisfeitos, citando o documento-referência do CONAE 2010: “A formação e a valorização dos profissionais do magistério devem contemplar aspectos estruturais, particularmente, e superar paulatinamente, as soluções emergenciais, tais como: cursos de graduação a distância (...)”

Opinião Com relação a minha opinião, penso que o autor apresenta fatos relevantes para o entendimento do processo histórico, porém ele exagera em sua ideia contrária ao processo da Ead, não apresenta por exemplo em momento algum do texto, pontos positivos de tal expansão, falando pouco sobre a importância das universidades públicas neste processo.