VIII Congresso Mineiro de Nefrologia Sessão de Casos Clínicos

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Síndrome Nefrótico Síndrome NEFRÍTICO
Advertisements

Simpósio de Enfermagem
PUCRS - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PEDIATRIA E SAÚDE DA CRIANÇA Início do Mestrado: 1995 Início do Doutorado: 2004 Formou 63 Mestres e 3 doutores Conceito.
Portaria Nº 1.556, de 16 de Junho de 2010 Estabelece recursos de custeio destinados as ações de Atenção Primária, de Média e de Alta Complexidade a serem.
Caso clínico Identificação: M.N.L., 06 anos, sexo feminino, residente em Salvador-Ba, data de nascimento 26/12/2003, peso: 24kg. História da doença atual:
Sessão Interativa Coordenadora: Luciana Cristina Lima Correia Lima
Pré-Natal – Gestante com Pré-Eclâmpsia
Transplante Renal Preemptivo
IMPLANTAÇÃO DO PLANO DIRETOR DA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE Oficina 10: O Sistema de Apoio Diagnóstico Laboratorial Prof. Pedro Guatimosim Vidigal.
IMPLANTAÇÃO DO PLANO DIRETOR DA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE Oficina 10: O Sistema de Apoio Diagnóstico Laboratorial Prof. Pedro Guatimosim Vidigal.
VII Congresso Mineiro de Nefrologia, 22 a 25 de abril Ouro Preto-MG
CONGRESSO MINEIRO DE NEFROLOGIA APRESENTAÇÃO DE CASO CLÍNICO
DOENÇA RENAL CRÔNICA -DRC- PANDEMIA DE GRAVES CONSEQUÊNCIAS
Uma realidade para o Brasil?
12 March 2009.
BH TELESAÚDE: UMA REDE VOLTADA PARA O PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA
Síndrome do desconforto respiratório agudo Qual a correlação entre o diagnóstico clínico e o histopatológico? Bruno do Valle Pinheiro Prof. do Departamento.
Anamnese DIH: 11/05/09 Identificação: D.C.S., 55 anos, natural da Bahia, procedente da Ceilândia, auxiliar de serviços gerais. QP: Febre, calafrios e sudorese.
Fibrose Cística Professora: Elisângela de Paula
Derrame Pleural Prof. Marcos Nascimento
Programa de Controle da Esquistossomose
Mapa da Rede Credenciada - Baixada Santista Pensando em proporcionar a melhor rede de atendimento possível para os mutuários e seus dependentes, a Capep.
A REPERCUSSÃO DO TRATAMENTO HOMEOPÁTICO DA CONJUNTIVITE PRIMAVERIL NA VIDA DE UMA CRIANÇA, A PARTIR DA EXPERIÊNCIA EM UM CASO, EM COMPARAÇÃO COM O.
FAMEPP Fernando Leal Pereira
Sair. 12 a 15 de abril de Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte - MG Sair.
HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA RESIDÊNCIA EM NEFROLOGIA Tratamento Conservador das Glomerulopatias Primárias MR1: Tacyano Tavares.
VICE-DIRETORIA TÉCNICA DE ENFERMAGEM
Descentralização experiência de Uberlândia - MG
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA AGUDA
Cirilo Pereira da Fonseca Neto Hospital Socor – IHB – HC/UFMG
NEFRO USP Nefropatia Esquistossomótica Vinícius Sardão Colares Érico Souza de Oliveira.
Caso Clínico Escola superior de Ciências da Saúde
Sistemas de Informação
VIII Congresso Mineiro de Nefrologia Casos Clínicos
HAS: DIAGNÓSTICO E CLASSIFICAÇÃO
Título principal Modelo_2 Texto. Título principal Modelo_2 Texto Cenário SexoEstimativas EstadoCapital Casos Taxa BrutaCasos Taxa Bruta Homens Sbtotal.
UMA CAUSA RARA DE COLESTASE HEPÁTICA
Acometimento renal na Síndrome de Sjögren
Esquistossomose Diagnóstico Laboratorial
Sobrecargas atriais e ventriculares
EVOLUÇÃO E TRATAMENTO DA GNDA NO ADULTO
XXIII Seminário de Iniciação Científica Universidade Federal do Acre
IV Simpósio da Sociedade de Gastroenterologia do Rio de Janeiro
1° Quem pretendo tratar? Resposta: Avaliação. 2° Sei prescrever o exercício físico/Dieta? Resposta: Intensidade vs. Volume. 3° Sei orientar a prática de.
Diabetes Mellitus - Caso Clínico 1
EVOLUÇÃO DA MASSA ÓSSEA PÓS-PARATIREOIDECTOMIA EM UM
C.M. é uma mulher de 24 anos de idade com DM1 desde os 10 anos de idade, quando teve cetoacidose diabética. À época do diagnóstico, observou-se que a paciente.
Manejo das complicações microvasculares
Glomeruloesclerose Diabética
TRATAMENTO CONSERVADOR
Nefropatia Diabética:
Cuidados com Acesso Vascular
Walter De Biase da SILVA – NETO, Adalberto CAVARZAN e Paulo HERMAN
Transplante Hepático Caso 4
Estrutura Geral Histologia Fisiologia Anatomia Bases Fisiológicas
Esquistossomose Mansoni
CASO CLÍNICO OSTEOPOROSE
Patologia Endócrina Anatomo-Clínica IV Universidade Federal da Bahia Faculdade de Medicina-HUPES Patologia Cirúrgica I.
UFMG – Hospital Universitário da Universidade Federal de Minas Gerais
Natacha Feitosa Eleutério R2 Pediatria Geral
Glomerulonefropatias
Caso Clínico 1 Diagnóstico Diferencial dos Derrames pleurais
Schistosoma mansoni classe: Trematoda família: Schistosomatidae
André L. L. Curi Universidade Federal Fluminense
Caso Clínico HGRS – Internato de Ginecologia e Obstetrícia
Elane Sousa - R1 Acupuntura Saulo Alencar – R1 Clínica Médica Joaquim e Rita - R2 Clínica Médica Maria – R3 Clínica Médica Dr. Clésio e Dr. Daniel Kitner-
III. Materiais e Métodos (Fonte: 70-80)
II. Objetivos (Fonte: 70-80)
Transcrição da apresentação:

VIII Congresso Mineiro de Nefrologia Sessão de Casos Clínicos UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS HOSPITAL DAS CLÍNICAS SENUR – CENTRO DIALÍTICO RESIDENCIA MÉDICA – NEFROLOGIA ADULTO Valerio Ladeira Rodrigues

VIII Congresso Mineiro de Nefrologia Sessão de Casos Clínicos DFD, 53, masc, melanodermo, natural de Jacinto (MG) Encaminhado pela CTR-DIP – UFMG para avaliação de proteinúria mínima Exame físico: Hepatomegalia (LE); esplenomegalia (Boyd 2). PA: 130/80 mmHg; sem edema Varizes de esofago de pequeno calibre US: fibrose Symmers-Bogliolo Diagnóstico Esquistossomose mansoni forma crônica hepatoesplênica.

VIII Congresso Mineiro de Nefrologia Sessão de Casos Clínicos Laboratório: Hg: 17,6; GL: 5130; PLT: 82000 Creatinina: 1,5 (MDRD 51,6 ml/m) C3: 36 mg% (< 79); C4: 2,6 mg% (< 16) Fator reumatóide: 27,6 UI (<10) Albuminúria: 76 mg 24 horas Crioglobulinemia qualitativa: positiva FAN: negativo; ASO: 50 UI Enzimas hepáticas dentro de parametros normais

VIII Congresso Mineiro de Nefrologia Sessão de Casos Clínicos Alterações urinárias mínimas com consumo importantes de complemento Sem hematúria Sorologia viral negativa Eletroforese de proteínas séricas dentro de parametros normais

VIII Congresso Mineiro de Nefrologia Sessão de Casos Clínicos COMPLEMENTO CONSUMIDO GN Pós-Infecciosa Aguda (via alternada) Lupus Eritematoso Sistêmico Endocardite Bacteriana Sub-Aguda Abscesso Visceral Nefrite do Shunt Crioglobulinemia GN Membrano-Proliferativa

Positividade também para anti-IgM e anti-IgG Soro anti-IgA Positividade também para anti-IgM e anti-IgG

VIII Congresso Mineiro de Nefrologia Sessão de Casos Clínicos

Nefropatia da Esquistossomose mansoni Aspectos Epidemiológicos GN mesangioproliferativa leve 46,3% GN mesângioproliferativa com nítida expansão do mesângio 36,3% GN proliferativa difusa lobular 10,0% Sem referências específicas 7,4% Quadro 1: Prevalência dos vários aspectos histopatológicos: necropsias em 80 pacientes portadores de Esquistossomose mansoni hepatoesplênica, segundo Andrade, Z et al, 1971

Nefropatia da Esquistossomose mansoni Aspectos Epidemiológicos GN membranoproliferativa 73,0% Glomerulosclerose focal e segmentar 20,0% Nefropatia membranosa 6,7% Quadro 2: Prevalência, segundo Queiroz, PF et al, 1973

Nefropatia da Esquistossomose mansoni Imunofluorescência Antigenos intestinais regurgitados Vermes adultos alojados na veia porta Função inadequada dos macrófagos hepáticos e das células de Kupffer Colaterais porta-sistêmicas Depósitos Glomerulares Ativação do Complemento Via Clássica IL-6; IL - 10 Resposta Imune Humoral Imunocomplexos IgG IgM IgA C1q/C4/C3 ACC AAC

Nefropatia da Esquistossomose mansoni Imunopatogênese Ovo (mucosa intestinal, espaço periportal) - SEA Resposta imune celular Th2 predominante Supressão da função de macrófagos Colaterais porto-sistêmicos AC anti-receptor asialoglicoproteinas Lesão da mucosa intestinal Granuloma IL- 6 IL- 10 Aumento da síntese de IgA IgM IgA Depuração reduzida de IC (CAA;CCA) Depósitos Glomerulares Progressão da Nefropatia Anti-gliadina Anti-DNA ?

VIII Congresso Mineiro de Nefrologia Sessão de Casos Clínicos Ausência de hematúria Proteinúria discreta Consumo de complemento via clássica Evolução GNMP secundária à Esquistossomose mansoni forma crônica hepatoesplênica.

Nefropatia da Esquistossomose mansoni Aspectos Clinicos Progressão para estadios avançados da doença renal independentemente do tratamento da helmintíase Intensidade das lesões histológicas tem relação com o prognóstico Hipertensão e insuficiência renal ao diagnóstico apontam para um pior prognóstico