Atendimento ao RN Patológico

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Assistência ao RN na Sala de Parto
Advertisements

PREMATURIDADE E RECÉM NASCIDO PIG
AIDPI / AIEPI / IMCI 1A SEMANA HUAP/UFF.
Hipercalemia não oligúrica nos neonatos: um estudo caso controle Non-oliguric Hypercalemia in neonates: A case controlled study Yaseen H United Arab Emirates.
Apresentação: Sérgio do Prado Silveira Karla Débora
Monitoria de Bioquímica e Laboratório Clínico
Pressão Positiva Contínua em Vias Aéreas
Efeitos do uso de aditivo no leite humano cru da própria mãe em recém-nascidos pré-termo de muito baixo peso Evelyn C. Martins Mestre. Departamento de.
Hospital Regional da Asa Sul/SES/DF
NEONATOLOGIA Definições: AIG, PIG, GIG. Baixo peso: menor 2.500g
Recuperação Pós Anestésica
MENINGITES NA INFÂNCIA
INFECÇÕES NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Trombose Venosa Profunda
Óbitos Infantis e Fetais
Óbitos Infantis e Fetais
Síndrome do Desconforto Respiratório no RN
Atendimento Inicial ao Politraumatizado
Natália Silva Bastos Ribas R1 pediatria/HRAS
Nutrição Parenteral Dra. Marta D. Rocha de Moura Residência Médica
Choque tóxico: relato e caso
UTI CRITÉRIOS DE ADMISSÃO E ALTA
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA AGUDA
TRANSFUSÃO SANGÚÍNEA NEONATAL
Cristiane Andrade Kuroda
Oxigenoterapia Profa. Lívia Almeida.
Cetoacidose Diabética (CAD)
Sessão de anatomia clínica
NEONATOLOGIA Atendimento e reanimação em sala de parto
Síndrome de Aspiração de Mecônio
Ana Cintia Carneiro Leão
Cardiopatias no Recém-nascido
Sessão anátomo-clínica: Hospital Regional da Asa Sul
UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
STATUS EPILEPTICUS Drª. Ana Marily Soriano Ricardo
Sepse Neonatal Precoce
Avaliação Pulmonar Pré operatória
Assistência de Enfermagem ao RN de risco e Prematuro: UTI neonatal
Professor: Rogério Ferreira
Assistência de enfermagem à criança com disfunção respiratória
Sepse grave e choque séptico em Pediatria
Pontifícia Universidade Católica de Campinas
INFECÇÃO BACTERIANA DO RECÉM-NASCIDO
ATENÇÃO A SAÚDE DA CRIANÇA MUNICÍPIO DE CASCAVEL
Defeitos de Fechamento da Parede Abdominal
Eficácia e segurança de CPAP por borbulhamento na assistência neonatal em países de baixa e média renda: uma revisão sistemática Efficacy and safety of.
Introdução Aleitamento materno tem mostrado melhora do desenvolvimento neuropsicomotor(DNPM), redução da incidência de gastroenterites infecciosas e menor.
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NO RECÉM-NASCIDO EM OXIGENOTERAPIA
Assistência Perinatal como desafio para atingir a 4° meta do milênio: Redução da Mortalidade Infantil Transporte Neonatal Campinas, 30 de junho de 2011.
PARADA CARDIO-RESPIRATÓRIA (PCR)
CONTROVÉRSIAS A RESPEITO DA SEPSE FÚNGICA NO PRÉ-TERMO EXTREMO: PROFILAXIA E ESQUEMAS TERAPÊUTICO Maria E. L. Moreira Pesquisadora do Instituto Fernandes.
Urgência e emergência na atenção primária
Hipotermia Terapêutica Alexandre Serafim Hospital Anchieta/Brasília/DF Brasília, 15/9/2010
Bebês que Exigem Cuidados Especiais
RISCO DE SEPSE NEONATAL
Enterocolite Necrosante
Doença da Membrana Hialina
Taquipnéia Transitória do recém-nascido
ANATOMIA PATOLÓGICA 9.  DADOS MATERNOS:  Idade: 21 anos;  Tipagem sanguínea: O positivo;  Pré-natal : 2 consultas  G1 P0 C0 A0;  IG (DUM): 29 semanas.
RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR PEDIÁTRICA
Avaliação do paciente de UTI
Dr. Luiz André Nadler Lins PEPEAV
Ressuscitação NEONATAL
RN de M.C.S.S; Mãe, 21 anos, TS O+ GII P0 CI A0, Fez 8 consultas de pré-natal, DUM 17/05/05, Data da internação- 06/03/06.
Porque crianças com Sepse grave morrem: Determinantes e Consequências do Cuidado Sub- Ótimo Alexandre Serafim Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica Hospital.
Transcrição da apresentação:

Atendimento ao RN Patológico Marynea Vale HUUFMA 2013

Introdução As principais causas de morbimortalidade no período neonatal são bem conhecidas: -asfixia -prematuridade -infecções -malformações congênitas.

Introdução A morte precoce ou diminuição de sequelas graves dependem da abordagem , diagnóstico e tratamento precoce. A intervenção simples e rápida, pode trazer inúmeros benefícios ao RN e sua família.

Objetivo:diminuir os riscos de morbidade e mortalidade

Procedência: Domicílio Hospitalar

Centros primários Centros secundários Centros terciários

Transporte mais seguro e eficiente para o concepto de risco:

Etapas para o sucesso do transporte

Transporte Com profissional médico/ pediatra/ téc. enfermagem/ leigo Relatório médico em anexo/ contato prévio? Incubadora de transporte/ pele a pele Intercorrências durante o transporte( apnéia/ ressuscitação/pneumotórax/ uso de drogas)

Como proceder???????

História do Pré natal: Idade/ gesta/ carteira de PN/ número de consultas/hábitos Ocupação/estado civil Doenças anteriores/ gestações anteriores/ medicações Intercorrências: ITU/DHEG/ sangramentos Exames: TS, VDRL, TORCH, USG, HBsAG , EAS

Historia do Parto e nascimento: Local- condições físicas/ profissional que fez o parto/profissional que recebeu o RN é treinado em reanimação? Perda de líquido?/ mecônio?/ febre?PA? Condições de nascimento do RN- chorou ao nascer? tem relato de Apgar?fez vit K?/ foi colocado ao seio?fez contato pele a pele?

Historia do Parto e nascimento: Teve alta para casa? História atual: investigar diurese, eliminação de mecônio, regurgitações, sangramentos, recusa ao seio. Investigar uso de drogas antes e depois do nascimento/ presença de punção venosa.

EQUIPAMENTO Manutenção de temperatura; Monitoração dos sinais vitais; Permeabilidade de vias aéreas; Aspiração traqueal e gástrica; Oxigenoterapia; Reanimadores manuais; Ventilação mecânica; Intubação traqueal e drenagem torácica; Acesso vascular periférico e central.

Exame clínico: Retirar adereços/ lavar as mãos/retirar toda a roupa do bebê. Objetivo: detectar malformações grosseiras, avaliar tipo de intervenção e tranqüilizar os pais.

Exame clínico: observar postura, atividade, cor,choro, convulsões, desconforto respiratório. verificar temperatura, freqüência cardíaca, pulsos, PA

Exame clínico: malformações: defeitos do tubo neural, fenda palatina, imperfuração anal, onfalocele gastrosquise, características sindrômicas, etc identificar massas palpáveis, sopro cardíaco, bossa, cefalohematoma, icterícia, coto umbilical. IG detalhada: Ballard

Monitorar / Assistir Berço de calor radiante- cuidado para não hiperaquecer. Saco plástico nos RNPT Oximetria de pulso( Sat de O2, FC ) Dieta zero/ SOG aberta Controle de diurese, PA, temperatura.

Exames: DX Gasometria arterial HC, PCR, HMC, LCR, TS, HT Swab nasal Rx de tórax e/ou abdome TAP/TTPA se houver relato de sangramento BRB, Coombs direto, reticulócitos, se mãe O+ ou RH – USTF

ACESSO VASCULAR Acesso vascular: fundamental Recomendável contar com um 2° acesso venoso, se for transportar. Criticamente doentes: é preferível transportar com um acesso central.

DOR NO RECÉM-NASCIDO USAR “NEONATAL INFANT PAIN SCALE”:NIPS SE NIPS >3, O RECÉM-NASCIDO ESTÁ COM DOR E INDICA-SE O INÍCIO OU O AJUSTE DA MEDICAÇÃO ANALGÉSICA

Tratamento Suporte ventilatório: Vit K Suporte ventilatório: Reanimação se apnéia ou FC menor que 100

Suporte ventilatório Dependendo da gasometria, da sat de O2 e do Rx de tórax: Capacete com oxigênio (oxihood), CPAP nasal (Pressão Positiva Contínua) VPM(ventilação pulmonar mecânica)

Tratamento: Hidratação Venosa: Restrição hídrica: th=60 ml/kg/dia nos RN com anóxia presumida. Nos RNPT- de acordo com peso e horas de vida. Aumentar a oferta nos RN policitemicos , com ht maior que 60( RCIU, mãe com DHEG, Gemelar ou com hipoglicemia)

Tratamento: Suporte hemodinâmico: uso de aminas (em caso de PA baixa, diurese diminuída e pulsos dé beis, perfusão lentificada). Dopamina- 5 a 7 mcg/kh/min Dobutamina- 7 a 15 mcg/kh/min

Não ultrapassar concentrações de soro a 12 % Tratamento: Glicose: em RN com DX=0, fazer flush , com 2 ml de glicose a10% em RN assintomático, sem risco para hipoglicemia: TIG de 4 a 6 mg/kh/min em RN sintomático ou com risco para hipoglicemia(PMT, RCIU, filho de mãe diabética): 6 a 8 mg/kg/min. Não ultrapassar concentrações de soro a 12 % em veia periférica

Tratamento: Correção de acidose metabólica: Quando pH inferior a 7.25 e em RN bem Ventilados. Utilizar fórmula : Bic= (BE)x0,3xpeso(kg) em 6 h.

Tratamento: Uso de Hemoderivados, se necessário: - Concentrado de Hemácias: dependendo do HT/ se em uso de ventilação. - Concentrado de Plaquetas: em caso de sangramento e PLT inferior a 50.000 - Plasma Fresco Congelado- choque séptico, com sangramento, TAP e TTPA alterados.

Tratamento: Tratar convulsão: Fenobarbital ( DA=20/ DM=5) Acrescentar Hidantal nas convulsões de difícil controle.

Antibioticoterapia- ATENÇÃO. Tratamento:  Antibioticoterapia- ATENÇÃO. Considerar: Ruptura prematura de membranas(acima de 18 no RNPT e 48 no RNT) Leucorréia/ ITU não tratada ou tratada inadequadamente. Clinica do RN: distensão abdominal, apnéia, regurgitações, hemorragia digestiva, má perfusão, SAM.

Tratamento: gentamicina( de acordo com P,IG e idade). Esquemas: * Primeira linha- ampicilina (100 mg/kg/d) + gentamicina( de acordo com P,IG e idade). *Segunda linha: ver padrão epidemiológico da Unidade Hospitalar. Evitar cefalosporina de terceira geração: risco de resistência bacteriana. Sugestão: oxacilina + amicacina. Obs: ajustar doses de acordo com função renal.

Tratamento: Na suspeita de ECN: acrescentar metronidazol por 72 h, até descartar procedimento cirúrgico (drenagem de perfuração). Em caso de meningite: substituir o aminoglicosídeo por Cefotaxima. Duração do tratamento: 7 a 10 dias, de acordo com clínica, HC, PCR , HMC e LCR. Nos casos neurológicos: 14 a 21 dias.

Tratamento: MAIS IMPORTANTE QUE INICIAR ATB É SUSPENDER !!!!!!

Nutrição: Dieta zero inicialmente/ sog aberta Avaliar: RCIU, anóxia, convulsões, sepse, características do resíduo gástrico.

Nutrição: Avaliar inicio de dieta enteral mínima: Primeiras 24 hs de vida: RN sem distensão abdominal, sem hemorragia digestiva, com boa perfusão, eliminação de mecônio ok. Pt menos que 1500 g: 10 a 20 ml/kg/dia RNT- 20 a 30 ml/kg/dia NPT- 1a 2 g/kg/dia nas primeiras 24 h de vida

Nutrição Estimular a mãe a retirar seu próprio leite Encaminhar para o Banco de Leite

Obrigado!