Fisiologia e Distúrbios do Magnésio Thiago do Amaral Miranda Orientador: Dr. Sérgio Elias Programa de Internato em Clínica Médica HRS/ESCS – 2013 www.paulomargotto.com.br.

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Transcrição da apresentação:

Fisiologia e Distúrbios do Magnésio Thiago do Amaral Miranda Orientador: Dr. Sérgio Elias Programa de Internato em Clínica Médica HRS/ESCS – Brasília, 25 de setembro de 2014

CONSIDERAÇÕES INICIAIS Parte 1

Magnésio Quarto íon mais abundante do organismo Segundo mais prevalente no meio intracelular (após o potássio) Concentração total em um adulto saudável: 24 mg

Importância como agente estabilizador de membranas, ácidos nucleicos, proteínas e como substrato/cofator de diversas enzimas, cofator do ATP, modulador da fosforilação oxidativa e regulador dos canais iônicos Esta envolvido com o transporte de potássio, condução nervosa e contração muscular

Distribuição corporal do Mg2+

Absorção intestinal Dieta habitual: 4mg/kg/dia Absorção de 25-60% por difusão simples ou facilitada acompanhando o gradiente de água Proteínas, carboidratos, Na, H2O e vit D estimulam absorção Fosfato inibe absorção

Equilíbrio renal Reabsorção pela alça de Henle 65-70% Influencia do gradiente de reabsorção de Na Transporte paracelular influenciado pela proteína paracelin-1 Influencia do PTH e da concentração intracelular de Mg

DISTÚRBIOS DO MAGNÉSIO Parte 2

Níveis séricos abaixo de 1,4 meq/L ou 1,7 mg/dl Quando suspeitar: diarreia crônica, uso de diuréticos, hipocalcemia/hipopotassemia refratarias, arritmias (especialmente após eventos isquêmicos) Diferenciar renal x intestinal: FE Mg= MgU x CrP / 0,7MgP x CrP Níveis > 2% ou MgU > 10mg sugerem aumento de perda renal Hipomagnesemia

Cálcio: O Mg influencia o metabolismo do Ca inibindo a secreção e promovendo a resistência óssea a ação do hormônio quando em níveis baixos (AMPc) Potássio: A hipomagnesemia pode cursar com hipocalemia devido a menor ação do ATP nas células tubulares

Conduta: infusão parenteral de soluções eletrolíticas, contendo magnésio (10 a 40 mEq/l/dia, durante o período de maior gravidade, seguindo-se manutenção com 10 mEq/dia). O sulfato de magnésio pode também ser dado por via IM (4a8g/66a 133mEq, diariamente, divididos em quatro doses; os níveis séricos devem ser monitorizados para prevenir a concentração superior a 5 - 5,5 mEq/l).

Hipermagnesemia Níveis maiores que 2,1 mEq/L ou 2,6 mg/dl Etiologia - o excesso de magnésio é quase sempre o resultado de uma insuficiência renal e inabilidade em excretar o que foi absorvido do alimento ou infundido. Em pacientes com IR o uso de antiacidos, enemas e dialisados com alta concentração de Mg podem causar o distúrbio Ocasionalmente pode ser causada por intoxicação por sulfato de magnésio Pode excepcionalmente ser causado por insuficiênca supra-renal (contração do volume plasmático) ou por hiperparatireoidismo primário (ação do PTH na reabsorção tubular de Mg)

Sinais e Sintomas - fraqueza muscular, queda da pressão sanguuínea, sedação e estado de confusão mental. O ECG mostra aumento do intervalo P-R, alargamento dos complexos QRS e elevação das ondas T. A morte, geralmente, resulta da paralisia dos músculos respiratórios. Conduta - o tratamento é dirigido no sentido de melhorar a insuficiência renal. Podem ser usados o cálcio que age como antagonista do magnésio e pode ser empregado por via parenteral para benefício temporário (gluconato de calcio mg EV em 5-10 min) ou a glicoinsulina. Pode estar indicado na diálise peritoneal ou extracorpórea.

BIBLIOGRAFIA: RIELLA, M. C. Princípios de nefrologia e distúrbios hidroeletrolíticos. 3.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, Schrier, R. W. ATLAS OF DISEASES OF THE KIDNEY. Filadelfia: Wiley-Blackwell, 1999; Volume 1 Martins, H. S.; et alli. Emergências Clínicas: Abordagem Prática - 8ª edição revisada e atualizada. São Paulo: Manole, 2013.

Nota do Editor do site, Dr Paulo R. Margotto Consultem também! Distúrbios metabólicos no recém- nascido Dist ú rbios metab ó licos do rec é m-nascido Autor(es): Paulo R Margotto, Albaneyde F Formiga