Patogênese Fatores de risco Quadro Clínico

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Orientadora: Dra. Fernanda Lima
Advertisements

PORFIRIAS Envolvimento Neurológico
Aspectos Ortopédicos e Traumatológicos em Geriatria
Fibromialgia.
Artrite reumatóide É uma doença auto-imune sistémica, caracterizada pela inflamação das articulações (artrite), e que pode levar a incapacitação funcional.
2° Aniversário da 3° Policlínica de Niterói
ARCOS PLANTARES CAVOS, PLANOS E NORMAIS.
DEPARTAMENTO DE ORTOPEDIA
Caso da Semana Karina B. Calil.
Caso da Semana Timotheos Wu.
Artropatias Inflamatórias
OSTEOARTRITE Osteoartrite = artrose = osteoartrose = doença articular degenerativa “Afecção primária ou secundária, que pode ter origem na cartilagem ou.
Traumatismo Raquimedular. Descrever as bases anatômicas e fisiológicas da medula espinhal Descrever as bases anatômicas e fisiológicas da medula espinhal.
QUAIS AS LESÕES FREQUENTES DO TORNOZELO DO ATLETA ?
Canal Estreito Lombar Espondilose Degenerativa Sociedade Brasileira de Neurocirurgia Preservação do Caminhar no Idoso Programa Nacional de Preservação.
SEMIOLOGIA DA COLUNA VERTEBRAL
Causas da Doença de Alzheimer
Orientador: Felipe Hardt
Biomecânica do Arremesso e afecções no cotovelo
Dr. Renato Ferreira Estrella R1 _Medicina Esportiva
INCAPACIDADE NAS DOENÇAS DO OMBRO
Pé Diabético:Ações da equipe multiprofissional de saúde
MARIA APARECIDA Nº28 MARIA DO CARMO Nº29 CLEUZA Nº8 JOSEIR PAULO Nº24
Renielly Casagrande Reumatologia ISCMSP
Cont. aula radiculopatias
Conscientização.
SISTEMA OSTEOMUSCULAR
POSTURA CORPORAL.
Quadro Clínico da Osteoartrite
Introdução às fraturas
FIBROMIALGIA E OSTEOARTRITE
Estenose lombar degenerativa
projetodiretrizes. org
Professora Sandra Rejane
OMBRO - CERVICAL - LOMBAR E ARTRALGIAS
Tratamento das osteoartrites
Osteoartrose Disciplina Fisioterapia em Reumatologia
Caso Clínico Ortopedia
TENOSSINOVITE D´QUERVAIN
Sônia Trajano Fisioterapeuta
Ortopedia e Traumatologia UERJ Fernando Cerqueira
LESÕES DEGENERATIVAS DA COLUNA
PREVENÇÃO DE DOENÇAS PROFISSIONAIS
Quadril Bursite Trocanteriana Displasia de quadril Osteonecrose Sacroileíte Pubalgia Nayara T. C. Pereira.
Mielopatia espondilótica cervical Ela ocorre devido a um estreitamento do canal espinhal cervical, seja devido a um estreitamento degenerativo,
Espondiloartrites Indiferenciadas
Espondilolistese Deslocamento sagital de uma vértebra sobre a outra subjacente. Classificação: displásico, ístmico, degenerativo,traumático, e patológico.
Ana Luiza Telles Leal 24/05/2010
Condoprotetores e Cloroquina
ARTRITE REUMATÓIDE.
Prof: Klenio Lucena de Sena Campina Grande 2015
Carolina Oliveira Priscila Alves Sandra Carriel Taise Swidzikiewicz
Diagnóstico de Diferencial das Cefaléias e Algias Cranianas
cervicalgia e cervicobraquialgia Nayara Pereira
LESÕES TRAUMÁTICAS DO SISTEMA MUSCULO ESQULÉTICO
Manipulação / Anatomia e Fisiologia /
Centro de Educação Profissional Integrado Técnico em radiologia Curso: Técnico em Radiologia Título: Patologias II Tuma:92 Turno: Noite Módulo: V Nomes:
Distúrbios Musculoesqueléticos
FIBROMIALGIA E OSTEOARTRITE
ENVELHECIMENTO DO SISTEMA MUSCULO ESQUELÉTICO
LOMBALGIA CASO CLÍNICO
Faculdade de Medicina Radiologia e Diagnóstico por Imagem
OSTEOPOROSE Tarsila Cunha. A osteoporose (OP) é a doença osteometabólica mais freqüente no paciente idoso. Acomete a ambos os sexos, sendo mais freqüente.
LESÕES ARTICULARES Prof ª. Dra. Taís Tinucci Socorros de Urgência
Transcrição da apresentação:

Patogênese Fatores de risco Quadro Clínico Osteoartrite Patogênese Fatores de risco Quadro Clínico Andressa Z Canavezzi R3- Reumatologia Santa Casa de São Paulo

Introdução O conceito de que a OA é uma condição nl do envelhecimento (processo degenerativo) já não é mais uma verdade Ela resulta de um conjunto de fatores como: Integridade articular Processos inflamatórios locais Pré disposição genética Forças mecânicas Alterações celulares e bioquímicas

Patofisiologia Ela resulta de uma desrregulação dos processos de Degradação X Reparação da cartilagem, osso e sinóvia Também interferem fatores como: obesidade, idade, deposição de minerais,hormônios e anormalidades neurogênicas. As principais céls responsáveis pela OA são os condrócitos

Patofisiologia São 2 os principais mecanismos responsáveis pelo início da OA. Na > dos pacientes há um dano mecânico (macro ou microtraumas) na cartilagem articular nl Os Condrocitos reagem a essa injúria liberando enzimas degradativas com uma resposta reparativa inadequada

Patofisiologia Peptídeos derivados dos monócitos e outros fatores de crescimento podem induzir a proliferação dos condrócitos e a degradação da matriz extracelular Fragmentos de cartilagem, proteoglicanos e colágeno tipo II são observados no líquido sinovial de articulações acometidas e estes, através da estimulação dos macrófagos, + liberação de mediadores inflamatórios

Menos comum, “defeito” da própria cartilagem desencadeia o processo.EX. defeito genético do colágeno tipo II ou ocronose. Anormalidades associadas com OA não se restrigem à cartilagem articular tb há acometimento do osso justaarticular, o que radiologicamente se revela como esclerose subcondral

Fatores de risco

Multiple risk factors have been linked to osteoarthritis in epidemiology studies including: Idade ♀ X ♂ Obesidade Antecedente de OP Occupação Atividades esportivas Injúria prévia Fraqueza muscular Deficit da propriocepção Elementos genéticos Acromegalia (hormônios, IFP) Dças de deposição cristais de Ca

Doenças sistêmicas OA secundária à : Dça de Wilson Hemocromatose: que pode levar à condrocalcinose e tem predileção pela 2ª e 3ª MCF

Idade avançada é um dos fatores de > risco. The National Health and Nutrition Examination Survey encontrou uma prevalência de OA em – de 0,1% em indivíduos de 25 a 34 anos X taxa > 80% em maiores de 55a Esses achados são consistentes com achados de estudos recentes: 1958: estudo encontrou OA em 83 – 87% de ♂e ♀ com idades acima de 55 e 64 anos, respectivamente. 1973: descreveu aumento da incidência de OA nos 2 sexos Homens: incidência de 9.4% entre 15 a 24 anos e 97% nos > 65a Mulheres :incidência de 7.6% entre 15- 24 a e 97% em > 65a

SEXO FEMININO: Mulheres com OA são + susceptíveis a um dano estrutural acelerado, principalmente no quadril As razões disso ainda não estão bem estabelecidas mas já há relatos de ações hormonais e genéticas OBESIDADE: Parece ser o fator de risco modificável de > importância no desenvolvimento e na prevenção da OA O risco varia conforme a articulação. As + afetadas são: joelhos, mão e quadris.

Estudos Joelhos: Mãos: Para cada aumento de 2 unidades do IMC (aproximadamente  5Kg), o odds ratio para OA radiológica  em 1.36 A distribuição da gordura, entretanto, não se mostrou significativa. Mãos: Tecumseh Community Health Study: estudo prospectivo para avaliar os fatores de risco para OA de mãos. Obesidade se associou com um RR de 3.12, nos indivíduos sem outros fatores pré existentes

Quadril: Menos dados apontam para associação consistente entre obesidade e AO de quadril 1 estudo em pacientes com idade > 30 anos a incidência de OA de quadril foi > nos indivíduos com > IMC, com um incremento de odds ratio de 2.8 para acometimento bilateral do quadril entre o grupo baixo para alto peso. Outro estudo com + de 1 milhão de noruegueses tb demonstrou > incidência de artroplastia total de quadril e obesidade. Em contrapartida, estudo com 1000 mulheres estudantes de medicina, de 20-39 anos, notou que > IMC correlacionou-se com > risco de OA de joelho, mas não com quadril, durante um followup de 36 anos.

Fatores Ocupacionais

JOELHOS: atividades de traumas repetitivos > 30 min de agaixamento (OR=6.9), Ficar + 30 min ajoelhando (OR=3.4), subir + de 10 degraus/dia (OR=2.7) QUADRIL  Fazendeiros Trabalhadores da construção civil

Esporte Levantamento de peso (cervical, joelhos, cotovelos) Boxe (carpometacarpal joints) Baseball (shoulders and elbows) Ciclismio (patellofemoral joints) Paraquedismo (coluna, joelhos e tornozelos) Cricket (fingers) Ginastas (ombros, punhos e tornozelos) Ballet (talar joints) Futebol (quadril, tornozelo, pés, joelhos, coluna)

Manifestações Clínicas

Padrões de apresentação Monoarticular em jovens e frequentemente 2ª a anormalidades congênitas ou trauma prévio Pauciarticular pp em articulações que suportam peso, nas extremidades e cursam com alargamento local. + f em middle age Poliarticular, generalizada e rapidamente progressiva, pp em ♀ idosas

A idade de início geralmente é após os 40 anos As articulações + acometidas são: Coluna Cervical e lombar, 1ª MCF, IFP, IFD, quadril, joelho, subtalar e 1ª MTF O principal sintoma é a DOR que tipicamente é desencadeada por atividade física e, aliviada com repouso. Nas fases + avançadas a dor pode aparecer com atividades cada vez + leves, até aparecer à noite e ao repouso. A dor não é causada diretamente pelo dano na cartilagem articular, já que essa é aneural. Alterações radiológicas são vistas em pacientes assintomáticos, de forma incidental

Episódios de dor aumentada e inflamação, sugerem sinovite causada por deposição de cristais ou trauma. Alguns pacientes referem alteração dos sintomas de acordo com o clima, mas não há evidências sugerindo essa associação. Rigidez tb é uma queixa comum. A rigidez matinal da OA não costuma passar de 30 min e pode recorrer após períodos de inatividade

Exame Físico Dor à palpação da articulação envolvida e pode ou não vir acompanhada de sinais inflamatórios Derrames articulares podem estar presentes, e tipicamente são claros, têm pleocitose discreta (< 2000 leucócitos/mm3), viscosidade nl e  discreto de proteínas. Crepitação= perda da regularidade da superfície articular Osteófitos tb podem ser palpados = alargamentos ósseos ↓ da mobilidade

Distribuição do envolvimento articular Não afeta de forma igual todas as articulações Há uma predileção pelos dedos, joelhos, quadril Raramente: cotovelos, punhos e tornozelos Se essas articulações “atípicas” são envolvidas em um paciente com HD de OA, é necessária uma investigação de história de trauma e/ou anormalidades congênitas, assim como dça sistêmica e deposição de cristais.

MÃOS: Alargamento articular é visto nas IFD (nódulos de Heberden) e IFP (nódulos de Bouchard's) Tb é comum o acometimento da 1ª MCF = Rizoartrose PÉS: É frequente o acometimento da 1ªMTF podendo levar ao Hálux Valgo ou Rígido. O envolvimento da subtalar pode causar dificuldade de deambulação e dor desencadeada pela inversão e eversão do pé Joelhos: Em casos avançados pode evoluir para deformidade em genu varus or genu valgus A perda de cartilagem tibiofemoral geralmente inicia-se pela face medial ( logo a angulação em varu é + f). Uma complicação comum é a formação do Cisto de Baker

Quadril A dor pode ser do acometimento local ou referida (EX. da coluna lombar)  Da mesma forma o acometimento do quadril pode ser referido como dor no joelho ATENÇÃO: Diferenciar OA da Bursite trocantérica Bursite: a dor é + lateral e não limita os movimentos

COLUNA: OMBROS: Áreas + acometidas: C5, T8, and L3.Riscos: 2 Síndromes Compressão do canal cervical e raízes nervosas pelos osteófitos marginais Lombar: Osteófitos apofisários podem causar estenose espinal com irradiação para extremidades e piora com a extensão, pp L4 e L5 OMBROS: Acometimento da glenoumeral costuma cursar com dor na face anterior do ombro e é agravada com movimento Osteófitos localizados na superfície acrômio clavicular podem levar à Sd do rotador Formas agressivas de OA podem levar à rápida deteriorização do ombro, e qdo acompanhada de deposição de cristais = Milwaukee shoulder syndrome

Radiografias Estreitamento do espaço articular Esclerose subcondral, Osteofitose marginal Cistos subcondrais

Perda severa de cartilagem no compartimento medial do joelho

OA erosiva em mãos (IFD e IFP) osteofitose lateral edema de partes moles ↓ espaço articular

RX de quadril D: ↓ espaço articular, esclerose e osteofitose

Visão em oblíqua para avaliar estreitamento do espaço foraminal Visão em oblíqua para avaliar estreitamento do espaço foraminal. This 54-year-old patient apresentando formigamento e dormência gradual nos dedos médios da mão D. Os sintomas eram intermitentes. O reflexo triceptal e o força estavam preservados. RX: estreitamento foraminal em C6-7

CASOS RX de uma ♀ com 67 anos com dor em região antero-lateral do ombro. Negava história de trauma ou fratura. Porém referia que fazia trabalho de homem e que a família tinha histórico de OA. RX: perda de cartilagem articular entre a cabeça umeral e glenóide, esclerose e formação osteofitária na porção inferior da cabeça umeral.

Glenoumeral

Acrômio clavicular Osteófitos

OBRIGADA!