Patogênese Fatores de risco Quadro Clínico Osteoartrite Patogênese Fatores de risco Quadro Clínico Andressa Z Canavezzi R3- Reumatologia Santa Casa de São Paulo
Introdução O conceito de que a OA é uma condição nl do envelhecimento (processo degenerativo) já não é mais uma verdade Ela resulta de um conjunto de fatores como: Integridade articular Processos inflamatórios locais Pré disposição genética Forças mecânicas Alterações celulares e bioquímicas
Patofisiologia Ela resulta de uma desrregulação dos processos de Degradação X Reparação da cartilagem, osso e sinóvia Também interferem fatores como: obesidade, idade, deposição de minerais,hormônios e anormalidades neurogênicas. As principais céls responsáveis pela OA são os condrócitos
Patofisiologia São 2 os principais mecanismos responsáveis pelo início da OA. Na > dos pacientes há um dano mecânico (macro ou microtraumas) na cartilagem articular nl Os Condrocitos reagem a essa injúria liberando enzimas degradativas com uma resposta reparativa inadequada
Patofisiologia Peptídeos derivados dos monócitos e outros fatores de crescimento podem induzir a proliferação dos condrócitos e a degradação da matriz extracelular Fragmentos de cartilagem, proteoglicanos e colágeno tipo II são observados no líquido sinovial de articulações acometidas e estes, através da estimulação dos macrófagos, + liberação de mediadores inflamatórios
Menos comum, “defeito” da própria cartilagem desencadeia o processo.EX. defeito genético do colágeno tipo II ou ocronose. Anormalidades associadas com OA não se restrigem à cartilagem articular tb há acometimento do osso justaarticular, o que radiologicamente se revela como esclerose subcondral
Fatores de risco
Multiple risk factors have been linked to osteoarthritis in epidemiology studies including: Idade ♀ X ♂ Obesidade Antecedente de OP Occupação Atividades esportivas Injúria prévia Fraqueza muscular Deficit da propriocepção Elementos genéticos Acromegalia (hormônios, IFP) Dças de deposição cristais de Ca
Doenças sistêmicas OA secundária à : Dça de Wilson Hemocromatose: que pode levar à condrocalcinose e tem predileção pela 2ª e 3ª MCF
Idade avançada é um dos fatores de > risco. The National Health and Nutrition Examination Survey encontrou uma prevalência de OA em – de 0,1% em indivíduos de 25 a 34 anos X taxa > 80% em maiores de 55a Esses achados são consistentes com achados de estudos recentes: 1958: estudo encontrou OA em 83 – 87% de ♂e ♀ com idades acima de 55 e 64 anos, respectivamente. 1973: descreveu aumento da incidência de OA nos 2 sexos Homens: incidência de 9.4% entre 15 a 24 anos e 97% nos > 65a Mulheres :incidência de 7.6% entre 15- 24 a e 97% em > 65a
SEXO FEMININO: Mulheres com OA são + susceptíveis a um dano estrutural acelerado, principalmente no quadril As razões disso ainda não estão bem estabelecidas mas já há relatos de ações hormonais e genéticas OBESIDADE: Parece ser o fator de risco modificável de > importância no desenvolvimento e na prevenção da OA O risco varia conforme a articulação. As + afetadas são: joelhos, mão e quadris.
Estudos Joelhos: Mãos: Para cada aumento de 2 unidades do IMC (aproximadamente 5Kg), o odds ratio para OA radiológica em 1.36 A distribuição da gordura, entretanto, não se mostrou significativa. Mãos: Tecumseh Community Health Study: estudo prospectivo para avaliar os fatores de risco para OA de mãos. Obesidade se associou com um RR de 3.12, nos indivíduos sem outros fatores pré existentes
Quadril: Menos dados apontam para associação consistente entre obesidade e AO de quadril 1 estudo em pacientes com idade > 30 anos a incidência de OA de quadril foi > nos indivíduos com > IMC, com um incremento de odds ratio de 2.8 para acometimento bilateral do quadril entre o grupo baixo para alto peso. Outro estudo com + de 1 milhão de noruegueses tb demonstrou > incidência de artroplastia total de quadril e obesidade. Em contrapartida, estudo com 1000 mulheres estudantes de medicina, de 20-39 anos, notou que > IMC correlacionou-se com > risco de OA de joelho, mas não com quadril, durante um followup de 36 anos.
Fatores Ocupacionais
JOELHOS: atividades de traumas repetitivos > 30 min de agaixamento (OR=6.9), Ficar + 30 min ajoelhando (OR=3.4), subir + de 10 degraus/dia (OR=2.7) QUADRIL Fazendeiros Trabalhadores da construção civil
Esporte Levantamento de peso (cervical, joelhos, cotovelos) Boxe (carpometacarpal joints) Baseball (shoulders and elbows) Ciclismio (patellofemoral joints) Paraquedismo (coluna, joelhos e tornozelos) Cricket (fingers) Ginastas (ombros, punhos e tornozelos) Ballet (talar joints) Futebol (quadril, tornozelo, pés, joelhos, coluna)
Manifestações Clínicas
Padrões de apresentação Monoarticular em jovens e frequentemente 2ª a anormalidades congênitas ou trauma prévio Pauciarticular pp em articulações que suportam peso, nas extremidades e cursam com alargamento local. + f em middle age Poliarticular, generalizada e rapidamente progressiva, pp em ♀ idosas
A idade de início geralmente é após os 40 anos As articulações + acometidas são: Coluna Cervical e lombar, 1ª MCF, IFP, IFD, quadril, joelho, subtalar e 1ª MTF O principal sintoma é a DOR que tipicamente é desencadeada por atividade física e, aliviada com repouso. Nas fases + avançadas a dor pode aparecer com atividades cada vez + leves, até aparecer à noite e ao repouso. A dor não é causada diretamente pelo dano na cartilagem articular, já que essa é aneural. Alterações radiológicas são vistas em pacientes assintomáticos, de forma incidental
Episódios de dor aumentada e inflamação, sugerem sinovite causada por deposição de cristais ou trauma. Alguns pacientes referem alteração dos sintomas de acordo com o clima, mas não há evidências sugerindo essa associação. Rigidez tb é uma queixa comum. A rigidez matinal da OA não costuma passar de 30 min e pode recorrer após períodos de inatividade
Exame Físico Dor à palpação da articulação envolvida e pode ou não vir acompanhada de sinais inflamatórios Derrames articulares podem estar presentes, e tipicamente são claros, têm pleocitose discreta (< 2000 leucócitos/mm3), viscosidade nl e discreto de proteínas. Crepitação= perda da regularidade da superfície articular Osteófitos tb podem ser palpados = alargamentos ósseos ↓ da mobilidade
Distribuição do envolvimento articular Não afeta de forma igual todas as articulações Há uma predileção pelos dedos, joelhos, quadril Raramente: cotovelos, punhos e tornozelos Se essas articulações “atípicas” são envolvidas em um paciente com HD de OA, é necessária uma investigação de história de trauma e/ou anormalidades congênitas, assim como dça sistêmica e deposição de cristais.
MÃOS: Alargamento articular é visto nas IFD (nódulos de Heberden) e IFP (nódulos de Bouchard's) Tb é comum o acometimento da 1ª MCF = Rizoartrose PÉS: É frequente o acometimento da 1ªMTF podendo levar ao Hálux Valgo ou Rígido. O envolvimento da subtalar pode causar dificuldade de deambulação e dor desencadeada pela inversão e eversão do pé Joelhos: Em casos avançados pode evoluir para deformidade em genu varus or genu valgus A perda de cartilagem tibiofemoral geralmente inicia-se pela face medial ( logo a angulação em varu é + f). Uma complicação comum é a formação do Cisto de Baker
Quadril A dor pode ser do acometimento local ou referida (EX. da coluna lombar) Da mesma forma o acometimento do quadril pode ser referido como dor no joelho ATENÇÃO: Diferenciar OA da Bursite trocantérica Bursite: a dor é + lateral e não limita os movimentos
COLUNA: OMBROS: Áreas + acometidas: C5, T8, and L3.Riscos: 2 Síndromes Compressão do canal cervical e raízes nervosas pelos osteófitos marginais Lombar: Osteófitos apofisários podem causar estenose espinal com irradiação para extremidades e piora com a extensão, pp L4 e L5 OMBROS: Acometimento da glenoumeral costuma cursar com dor na face anterior do ombro e é agravada com movimento Osteófitos localizados na superfície acrômio clavicular podem levar à Sd do rotador Formas agressivas de OA podem levar à rápida deteriorização do ombro, e qdo acompanhada de deposição de cristais = Milwaukee shoulder syndrome
Radiografias Estreitamento do espaço articular Esclerose subcondral, Osteofitose marginal Cistos subcondrais
Perda severa de cartilagem no compartimento medial do joelho
OA erosiva em mãos (IFD e IFP) osteofitose lateral edema de partes moles ↓ espaço articular
RX de quadril D: ↓ espaço articular, esclerose e osteofitose
Visão em oblíqua para avaliar estreitamento do espaço foraminal Visão em oblíqua para avaliar estreitamento do espaço foraminal. This 54-year-old patient apresentando formigamento e dormência gradual nos dedos médios da mão D. Os sintomas eram intermitentes. O reflexo triceptal e o força estavam preservados. RX: estreitamento foraminal em C6-7
CASOS RX de uma ♀ com 67 anos com dor em região antero-lateral do ombro. Negava história de trauma ou fratura. Porém referia que fazia trabalho de homem e que a família tinha histórico de OA. RX: perda de cartilagem articular entre a cabeça umeral e glenóide, esclerose e formação osteofitária na porção inferior da cabeça umeral.
Glenoumeral
Acrômio clavicular Osteófitos
OBRIGADA!